História 30 Seconds to Love You - Que você se dane, Tom. Eu quero ser feliz !

Recadinho nas notas do autor

​Narradora P.V

​Que você se dane, Tom. Eu quero ser feliz !

- Não deixe-me explicar, por favor. NÃO, POR FAVOR

Margot colocou as mãos em frente ao corpo, e imediatamente começou a chorar. Tom não estava com uma cara nada boa, e estava andando na direção de Margot. Seus olhos estavam pura raiva, e seus punhos estavam brancos de tanta força com que ele os cerrava. Margot não entendia como ele descobriu algo, possivelmente ele esteja assim por causa das fotos postadas no Twitter. Ou alguém contou á ele que Margot sairia com Jared aquela noite. Por algum motivo Cara não parecia estar em casa, para o total desespero de Margot. ​Droga, Cara, por que você sempre sai justo na hora que eu mais preciso de você ?! ​Margot, pensou.

Margot se encolhia ao lado da porta, apenas esperando para ver oque Tom iria fazer. Antes de qualquer coisa, ela pegou seu celular disfarçadamente e mandou uma mensagem rápida para o primeiro número que viu, Jared.​ Jared e ela se falaram a muito pouco tempo, por isso ele está no topo de seus contatos, e por sorte dela, ele não estava muito longe.

- Você vem aqui ! - Tom diz com os dentes trincados. Ele agarra no braço de Margot e o aperta. Sua força é tanta que ele a levanta do chão apenas a segurando pelo braço fino dela. Ele a carrega e a joga no chão da sala. Margot cai de joelhos e chora mais ainda. - Isso é para você aprender a não ficar de gracinha com outro !

Ele levanta a mão e acerta um tapa em Margot. Ela se levanta, com o corpo todo dolorido.

- Vamos, me bata mais ! Me espanque se for preciso- Ela diz entre lágrimas - Mas, antes disso ... - Ela tira seu anel de noivado violentamente, e o joga no peito de Tom, que muda de expressão- Eu não quero mais saber de você na minha vida. Vai embora, pode levar os presentes, as roupas ... tudo !

- Você não pode fazer isso comigo.

- Claro que posso, inclusive estou fazendo. Eu estou cansada de te aguentar, me batendo e me controlando o tempo todo. Estou cansada de fingir que está tudo bem. Estou cansada de fingir que sou a noiva mais feliz do mundo, sendo que minha vida não vai pra frente desde que fiquei com você. Quer a verdade ? Que você se dane, Tom. Eu quero ser feliz !

Tom nunca ouviu tantas verdades. Ele sabia que estava errado, mas ele não iria colocar o braço á torcer. Ele se enfureceu, trincou os dentes novamente. Margot arregalou os olhos ao ver ele levantando sua mão para lhe acertar novamente. Ela apenas se encolheu no chão. Nesse momento a mão de Tom foi impedida por Jared, que lhe deu um soco no rosto. Margot não entendeu como Jared conseguiu aparecer tão silenciosamente, mas ela não se importou, a única coisa que importava é que ele estava lá ... para a salvar.

- Você, não ouse encostar mais nenhum dedo nela. Seu covarde, vá bater em alguém do seu tamanho, alguém que tenha chance de se defender- Jared disse nervoso, não desmerecendo a força de Margot, mas em comparação a Tom, ele teria mais chances de vencer uma briga. Tom estava caído no chão da sala, e seu nariz sangrava, mas se levantou e tentou acertar Jared, que se esquivou rapidamente e o acertou na barriga. Tom novamente caído, parecia que não iria mais levantar, o que deixou Jared um tanto tranquilo. Enquanto isso, Margot, mesmo machucada, correu para pegar seu celular de novo e ligou para a polícia. Jared estava nervoso demais, e não para quieto, parecia que ele estava em um constante frenesi, não acreditara o quão imprudente foi em convidar Margot para um jantar, "sabendo" que seu noivo era ciumento. Ele deixou Tom de lado e caminhou até Margot. Colocou as duas mãos em seu rosto e analisou o mesmo.

- Você está bem ? Ele fez mais alguma coisa á você ? - Ele perguntou desesperado. Margot virara o rosto, não queria que Jared a visse assim, toda machucada. Mesmo que sua companhia fizesse tão bem a ela, ela não queria conversar. Jared a virara bruscalmente, querendo ver se ela possuía mais algum hematoma além da marca do tapa que levou em seu rosto. Viu que suas mãos estavam roxas, igualmente ao seu braço.

Em poucos minutos a polícia chegou a casa de Margot, e os encaminharam para a delegacia, juntamente com Tom. Margot ainda estava em estado de choque, mas iria falar tudo oque conseguisse. De algum modo ela se sentiu bem vendo Tom ser algemado, mesmo que não gostasse de desejar o mal para os outros, independentemente do que pessoa cometeu.

Ela se sentou no banco da viatura, estática. Nenhuma palavra saía dos lábios dela, mas assim era bom para ela ... ela teria um tempo para acalmar sua mente, que naquele momento estava um turbilhão. Ela prestou o B.O, e a todo momento Jared esteve com ela, a apoiando e a ajudando a falar, oque quase era impossível pois suas lágrimas não paravam de cair.

Margot voltara para casa, juntamente com Jared, que não iria sair do lado dela até ela ficar mais calma. Jared a forçou a tomar um banho e a trocar aquela roupa que estava com um pouco de sangue de seu nariz. Margot entrou no box, do chuveiro, e tomou um banho, que não foi muito bom pois seus hematomas ardiam quando entravam em contato com a água. Ela queria se limpar daquilo tudo, se limpar do Tom e sua alma imunda que a contaminou. Margot ainda não estava acreditando que aquilo aconteceu com ela, ela havia sofrido violência doméstica ... e aquilo a assustava, pois ela nunca pensou que isso poderia acontecer.

Margot emprestou uma das roupas de seu irmão, que ela tinha guardada e as entregou para Jared, que se trocou. Margot estava cansada, precisava dormir . Jared se deitou no sofá, e ela logo foi até ele, e se deitou no ombro do mais velho. Jared colocou uma de suas mãos em sua cintura, e a outra em sua cabeça, aonde ficou fazendo carinho. Jared começou a cantar Alibi em seu ouvido, para a acalmar. O coração dela foi desacelerando, até ficar quase parado, mas pelo menos ela estava mais calma.

As lágrimas escorriam de seus olhos, mas ela estava sem expressão nenhuma. Ela estava sofrendo, mas em silêncio. Não era preciso dizer nada, suas lágrimas já falavam por ela ...