História 32 Dias de Fontcest - Dia 17

  Dia 17: O sol iluminava o dia e a vida dos seres da superfície, enquanto todos do underground continuavam com suas vidas, ainda com a esperança de que um dia a barreira fosse quebrada. Papyrus acordou cedo, como de costume, se vestiu e foi para a cozinha, provavelmente preparar mais espaguete, quando chegou lá se lembrou de que não havia mais pão para dar a Rigatone, escreveu um bilhete para Sans e saiu de casa.

  Sans acordou e, ainda com vontade de dormir, se virou na cama e se cobriu, ouviu o pombo arrulhar e abriu os olhos, o pombo o encarava intensamente.

 - Bom dia Rigatone.- Acariciou a cabeça da ave, que ainda o encarava.

  Se levantou, saiu do quarto e, com o pombo nas mão, desceu a escada, ao chegar na sala pode perceber a ausência do irmão, Papyrus sempre fazia algum barulho na cozinha , mas hoje estava tudo quieto. Colocou o pombo no chão e foi andando na direção da cozinha, notou que na mesa havia um bilhete.

 * Bilhete on *

  ‘’Sans, seu preguiçoso, tive que sair para comprar mais pão para o Rigatone, não pretendo demorar. Tem espaguete na geladeira se estiver com fome.

                                                      Com amor, O Grande Papyrus.

 Ps: Não esqueça de alimentar sua pedra!

 Ps2: Guarde a porcaria da sua meia! ‘’

 * Bilhete off *

  Sans riu e escreveu para Papyrus, na parte de trás do bilhete, avisando que iria comprar umas coisas para fazer os biscoitos. Olhou em volta a procura da ave, a viu em frente a geladeira, encarou o pombo, seu olhar dizia claramente “Tem comida nessa geladeira ?’’. A ave não parou a encarada, então percebeu que havia perdido algo. Olhou em seus olhos novamente “ Seu merda”, okay, estava claro que esse pombo era realmente esquisito.

                                                                             (...)

  Papyrus estava voltando para a casa, com uma sacola que continha pão e igredientes para o preparo de um delicioso espaguete...talvez não tão deliciosa. Estava ansioso para chegar em casa, hoje prepararia biscoitos com Sans, e os biscoitos que ele preparava eram tão maravilhosos ! No maio do caminho acabou sendo parado por Nice Cream Guy.

 - Hey Papyrus.- O coelho o chamou.

 - Ola Nice ! Como vão as vendas ?

 - Vão ótimas! – Sorriu radiante.- Mas hoje eu estou de folga, então resolvi sair com o BurgerPants.

 - É uma ótima noticia ! E boa sorte no seu encontro.

 - Obrigado ! Oh, o Sans pediu para te entregar isso, eu não sei bem o que é, mas ele disse que você ia entender.- Tirou de sua bolsa o pombo, que possuía um olhar de aparentemente muito medo...ou sede de vingança.

 - Rigatone! – Disse surpreso.

 - Rigatone ? Isso aqui é macarrão ? – Disse olhando bem confuso para a ave.

 - Não, não. Esse é só o nome dele, ele é...nosso pombo de estimação.

 - O que é um pombo ?

 - É um animal muito comum lá na superfície, Frisk me falou um pouco sobre eles.

 - Wow ! Vocês tem um animal da superfície ?! Como conseguiram ele ?

 - Bem, o Sans acabou encontrando ele na neve e levou pra casa, agora estamos cuidando dele até ele melhorar.

 - Que legal! – Olhou para o relógio.- Eu tenho que ir agora, não quero chegar atrasado em Hotland.

 - Okay. – Pegou o pombo.- Até qualquer hora.

 - Até.- Sorriu indo em direção ao River Person.

  Ao chegar em casa não ouviu absolutamente nada, Sans ainda estava dormindo ? Colocou o pombo na mesa e viu que o bilhete continuava lá, provavelmente tivesse escrito em vão, mas quando o olhou de relance viu que não estava escrito a mesma coisa.

* Bilhete on *

“ Hey Pap, sai pra compra umas coisas pra fazer os biscoitos, deixei o Rigatone com o Nice Cream Guy

                                               Com amor, Sans.

Ps: Ok.’’

* Bilhete off *

                                                                          (...)

 - Cheguei.- Sans anunciou sua chegada.

 - Ola Sans.- Papyrus disse sorrindo enquanto saia da cozinha.- Já lavei tudo que você costumava usar para fazer os biscoitos.

 - Não precisava, Pap.

 - Claro que precisava, você ia fazer com todas aquelas coisas sujas ? Mas então, vamos começar ?

 - Claro...O Nice te entrego o Rigatone ?

 - Uhum, ele esta ali no sofá.- Sans olhou para o sofá, o pombo parecia dormir calmamente.- Vamos logo Sans! – Agarrou a mão do menor e o arrastou para a cozinha.

                                                                            (...)

  Sans batia a massa dos biscoitos, já fazia muito tempo desde a ultima vez que os fizera, porem, ainda possuía lembranças perfeitas da receita e o seu modo de preparo. Colocou gotas de chocolate e adicionou um pequeno toque de canela, Papyrus o observava atentamente, cada mínimo detalhe para a preparação de biscoitos esplendidamente perfeitos.

 - Quer provar ? – O mais velho perguntou enquanto pegava um pouco da massa com o dedo indicador. Mas antes que pudesse levar a massa até sua boca o mais novo pegou sua mão e lambeu o pouco de massa com sua linda e laranja língua mágica, fazendo Sans corar.- P-Papyrus o que você...

  Papyrus não estava pensando muito em seus atos, acho que ficar admirando o irmão por tanto tempo assim não fez muito bem pra sua cabeça, mas Sans era tão lindo e ele o amava tanto, o queria tanto. Sem prensar, acho que no mínimo uma vez, ele puxou o menor para perto e roubou-lhe um beijo, isso...Isso era tão bom e...Incrível. Ter o irmão tão perto assim, sentir seu doce cheiro misturando-se com um pouco do cheiro da massa que sujava de leve sua roupa. Queria que esse momento durasse para sempre, não podia acreditar que estava fazendo isso...Não podia acreditar que estava fazendo isso ! Ao dar-se conta do que havia feito se afastou rapidamente, sabia que Sans o amava, mas um beijo agora ? Não era rápido de mais ? Isso tudo era tão confuso !

 - Sans me desculpe! – Lagrimas se formaram em seus olhos.- Eu não devia ter feito isso eu...- As lagrimas começaram a escorrer por seu rosto, Sans estava calado, olhava espantado para o chão.- Sans...Você esta bravo comigo.

 O menor  continuou paralisado, não estava bravo, não podia estar! Apenas...não sabia o que dizer, como reagir, fora tudo tão rápido e...queria de novo. Olhou para o irmão, ele parecia tão triste e desesperado, aguardando a resposta do menor com os olhos cheios de lagrimas. Droga Sans, diga alguma coisa ! Qualquer coisa ! Não o deixe nesse estado à toa !

  Sans tentou falar, mas não achava as palavras e sua voz parecia quer sumido, abriu a boca pra tentar dizer qualquer coisa que fosse, mas nada saia. Fechou os olhos, ficou na ponta dos pés e puxou o irmão pelo cachecol para mais um beijo, urgente, desesperado e repleto de desejo, precisava disso, mais uma vez, mais um beijo antes de dizer qualquer coisa, porque isso era tão bom! E quando estava assim, perto do irmão, o beijando, não ligava para mais nada alem dele, não se importava com viria depois, porque parecia que sua mente parava de funcionar quando sentia essa sensação, esse amor imenso e inexplicável. O beijo acabou, estava ofegantes, quanto tempo esse beijo durara ? Bem, isso não importa, fora ótimo...não, fora maravilhoso e fora incrível e...tudo que se pode imaginar! Oh Deus, como isso fora fantástico e sublime e perfeito e não havia palavras.

 - Pap eu... Eu não posso ficar bravo com você, muito menos por esse motivo.- Não conseguia conter um sorriso bobo.- Papyrus eu te amo tanto, muito mais do que se pode amar e muito mais que um irmão! Eu sou um péssimo irmão por não te contar uma coisa como essa.

 - Sans você não é um péssimo irmão!  Eu não sabia que você se sentia assim...Também. Eu já sinto isso a tanto tempo que nem sei dizer quando começou e eu devia ter sido mais sincero com você, ao invés de tentar esconder. Me desculpe por isso.

 - Eu que tenho que pedir desculpas, eu estava tão ocupado tentando esconder isso que não dei atenção pra o que você sente e eu nunca me abri de verdade com você.

 - Esta tudo bem Sans. Eu fico feliz em saber que você sente o mesmo, e também que isso aconteceu.- Sorriu inocentemente.

 - Eu também.

 - Então...e agora ?

 - Eu não sei...- Deu um riso nervoso.- Que tal a gente terminar os biscoitos.

 - É uma ótima ideia.

  Terminaram a massa, colocaram na forma e colocaram no fogão. Se sentaram no sofá da sala, levaria um tempo até os biscoitos ficarem prontos.

 - Sans.

 - Hu ?

 - Nos...podemos fazer de novo ?

 - Biscoitos ? Claro.

 - Não...a gente, se beijar de novo.

  Sans não disse nada, apenas se aproximou do maior e o beijou, estava amando poder fazer isso porque isso era simplesmente a melhor coisa do mundo inteiro, não, de todo o universo, era a melhor coisa em todo o universo! Não conseguia entender como passara tantos anos de sua vida sem isso, e a cada segundo queria mais e mais.

                                                                                             (...)

  Os biscoitos ficaram prontos e estava realmente deliciosos. O resto do dia se passou calmo, se sentiam estranhos mas era um estranho bom, estavam felizes e...era difícil de descrever. Já eram quase 22h, então os dois foram se preparar para dormir, antes que Sans começa-se a ler o mais novo perguntou se podiam dormir juntos e, com um leve e apaixonado sorriso, o menor aceitou o convite, depois desse dia incrível, a melhor forma de termina-lo seria dormindo com o irmão, porque ele simplesmente amava isso e se sentia tão bem perto dele, como se nada ruim pudesse acontecer, e com certeza não aconteceria. Sentou na cama, ao lado do irmão que, já deitado, esperava ansioso pela historia.