História 32 Dias de Fontcest - Dia 21

  Dia 21: As ações da noite anterior e as poucas horas dormidas contribuíam em tornar acordar  praticamente impossível. Papyrus abriu os olhos e, com a visão meio embaçada , observou ao redor, tentando estabilizar a visão, notando que o irmão estava de seu lado, terminando de vestir as meias, o mesmo olhou para o lado e ao perceber que o mais novo acordara sorriu, um sorriso bobo e apaixonado.

 - Já acordou ? Isso é bom.- Sans disse, encarando o mais novo com um olhar fascinado.- Hey...Desculpe pela noite passada, espero não ter te  deixado muito cansado.- Papyrus não sabia o que falar, tudo havia sido tão diferente e bom, tudo fora tão inexplicavelmente incrível. Piscou algumas vezes, recuperando por completo tudo da noite anterior, não conseguindo evitar de corar. Praticamente tudo que sabia fora Sans que ensinara, mas nunca havia  comentado de algo parecido, sempre o tratava como uma criança, tudo estava tão diferente. Viu que o irmão o encarava, o encarou de volta com um olhar confuso, o outro deu um riso, em seguida depositando um beijo em sua cabeça.- Eu vou preparar o café da manha.

  Após um tempo depois que o menor saiu da quarto o mais novo se levantou, todo seu corpo doía, principalmente sua região pélvica, e estava tão cansado que parecia não ter dormido. Se vestiu sem pressa, talvez pelo cansaço, ou talvez por ter esquecido que dia era, se voltou para a cama e pegou o celular que costumava deixar a seu lado, olhou que dia e que horas eram, Deus, como podia ter esquecido ? Teria treino com Undyne em menos de uma hora! Já era tão tarde assim ?! Sabia que era tarde, Sans ainda estava se arrumando quando acordou e ele sempre enrolava para levantar, mas não fazia a mínima ideia que havia dormido tanto. E agora ? O que faria ? Não podia ir assim e se fosse o que diria a amiga ? Tinha suas duvidas se podia contar para ela sobre ele e Sans, não por não confiar nela, muito longe disso, adoraria contar, mas Sans sempre fora meio fechado, seria melhor perguntar pro mesmo antes de dizer qualquer coisa.

                                                                                     (...)

 - ‘Ta, mas por que você não pode vim ? – Undyne perguntou.

 - Porque...Eu não estou me sentindo muito bem e...

 - Você quer que eu vá ai com a Alphys ? – Interrompeu, meio histérica.

 - N-não precisa, esta tudo bem, eu só quero ficar um pouco em casa.

 - Okay, mas qualquer coisa me avisa.

 - Claro.

  Conversaram mais um pouco e após terminar a ligação saiu do quarto, descendo as escadas, o ar carregava um aroma adocicado tão familiar, aquela essência de quando a massa macia encontra o calor da frigideira, enchendo o ambiente com o conforto de lembranças de sua infância. A magia estava sendo feita! Ao entrar na cozinha se deparou com Sans que, com poucos ingredientes, preparava o que, alem de uma refeição essencial para o dia, era também uma receita deliciosa e querida no seu cardápio: Panquecas!

 - Bom dia, Pap.- O menor disse, sorrindo serenamente, fitando a frigideira.

 - Boa dia.- Disse com um sorriso radiante, se aproximando do irmão.- Eu não acredito que você esta fazendo panquecas, já faz anos desde a ultima vez que você fez.

 - Eu sei.- Acabou soltando um riso.- Eu só achei que você precisava de algo especial pra repor as energias depois de ontem.

 - É muito gentil da sua parte.- Disse, um pouco corado e não conseguindo conter um leve riso.- Precisa de ajuda em alguma coisa ?

 - Já ‘to quase terminando, mas você pode ir arrumando a mesa se quiser.

 - Okay.- Sorriu mais uma vez, já se virando para ir pegar as coisas no armário.

 - Hey Pap.- O menor o puxou para perto, ficando na ponta dos pés para dar inicio a um doce, delicado e apaixonado beijo.- Eu te amo.

 - Eu também te amo! - Disse sorrindo mais ainda, porque tudo estava simplesmente tão perfeito, seria impossível não sorrir.

                                                                                   (...)

 - Esta tão bom! – Papyrus anunciou após mais uma garfada nas deliciosas panquecas. Sans não estava dando a mínima para as elas, apenas admirava o irmão com um sorriso bobo estampado em seu rosto, e Papyrus acabara por perceber isso, porque Sans não fazia nada para esconder isso.- O que foi ? Minha boca ta suja ?

 - Só um pouquinho.- Riu inclinando-se sobre a mesa com um guardanapo em sua mão, limpando o xarope de bordo antes presente no rosto do mais novo.- Pronto.

 - Obrigado.- Deu aquele seu sorriso inocente.

  O café da manha estava incrivelmente agradável, Sans não para de observar apaixonadamente o mais novo, ele era simplesmente tão adorável! Papyrus, por sua vez, esta completamente entretido com as panquecas, era simplesmente tão boas, já se fazia muito tempo que não as comia, anos talvez, era incrível pensar que alguém como Sans cozinhava bem assim, mas não podia nem si quer tentar negar, sempre que comia algo que o irmão preparava seu rosto mostrava imenso prazer.

 - Que horas é o seu treino com a Undyne ? – Sans perguntou, tirando os pratos e os levando para a pia, para provavelmente Papyrus lava-los mais tarde.

 - Eu não vou hoje.- Disse se arrumando na cadeira para poder observar o mais velho.

 - Por que ?

 - Meu corpo dói um pouco e...

 - Desculpa.- Interrompeu,  voltando seu olhar para o irmão que o olhou um pouco confuso.- Era sua primeira vez e eu acabei extrapolando.

 - Não, esta tudo bem.- Encarou o menor com um doce sorriso, o mesmo deu um riso, amava ver o sorriso do outro, se virou para a pia, fechando a torneira que abrira para tirar um pouco da sujeira dos pratos.- Sans.

 - Uh ?

 - Você pode ficar em casa hoje ?

 - Se é o que você quer.- Se aproximou do mais novo, o envolvendo carinhosamente.

 - Você não precisa ficar só porque eu quero.- Abraçou o menor, corando de leve, Sans sempre dizia essas coisas, que se era o que queria ele iria fazer, sempre o colocava acima de tudo.

 - Mas eu quero.- Depositou carinhosamente um beijo na cabeça do irmão, Papyrus riu de leve, céus, seu amor pelo irmão era imensurável, era tão bom estar perto dele, podia sentir suas almas se aquecerem quando estava próximos assim.

                                                                                    (...)

  E deitados no sofá os dois esqueletos apaixonados passavam a tarde juntos, era simplesmente maravilhoso estar com o irmão, amavam essa incrível sensação de conforto, era de fato prazeroso, relaxante, tão relaxante que ficasse incrível de acreditar que Sans ainda estava acordado, mas não queria dormir, estava simplesmente ocupado demais observando e acariciando o mais novo que dormia calmamente em seu peito. Ele parecia tão cansado, mas isso já era de se esperar, sempre seguira horários e a noite passada...Havia realmente o deixado cansado.

 - Hey Pap.- Disse calmamente em um tom baixo.

 - Uh ? – Acordara lentamente, olhando diretamente para o irmão que continha um sorriso no rosto, sorriu de volta e, com a voz sonolenta, perguntou.- O que foi ?

 - Já ‘ta ficando tarde, se dormir mais não vai conseguir dormir a noite.

 - Eu dormi ?

 - Por um bom tempo.- Disse sorrindo, aproximando o rosto do mais novo, dando inicio a um beijo que começara doce mas acabara como um beijo urgente repleto de desejo.

 - Sans...- Teve de dar uma pequena pausa para recuperar um pouco de ar.- Posso te fazer uma pergunta ?

 - Você acabou de fazer. – Papyrus o olhou como uma cara de “serio ?”, o que fez Sans rir.- Claro que pode, Pap.

 - Eu posso falar da gente pra Undyne ? – Nesse momento Sans parou de sorrir, começando a ficar preço em seus pensamentos, não tinha nada contra Undyne, sempre fora uma boa amiga, mas contar a ela ? Pensando mais um pouco se deu conta que teria que contar a Frisk, a Grillby, a todos! Agora que Papyrus sabia o que ele sentia e sentia o mesmo não tinham mais motivos para esconder isso, amava o irmão e queria que todos soubessem disso! Mas mesmo assim, contar a todos era um pouco difícil. Percebendo o silencio do menor o mais novo tornou a falar.- É que ela sempre soube do que eu sentia por você.- Ela sempre soube ?! Por que não contara para ele ? – Sans ?

 - Uh ? Claro, claro, pode contar pra ela.

 - Pro Mettaton também ? – Disse sorrindo.

 - O Mettaton ?

 - É, ele acabou sabendo que eu gostava muito de você quando aconteceu aquilo com no jornal.

 - Nem me lembre disso.- Disse envergonhado ao lembrar de sua reação quando leu o jornal.- Pode contar pra ele também...-Permaneceu em silencio, mais uma vez preso em seus pensamentos.

 - ‘Ta tudo bem ?

 - ‘Ta...Eu só to pensando como vai ser a reação da Frisk quando eu contar pra ela.

 - Por que ?

 - Ela já sabe que eu amo você e foi ela que deu a ideia do encontro.

 - Aquele que o garçom derrubou sopa de molho de tomate em você ou o outro ? – Disse rindo de leve ao se lembrar da cena no primeiro encontro.

 - O do garçom.- Riu também, na hora fora uma completa decepção, mas lembrando era uma cena bem engraçada.- Falando nisso, eu nunca mais vi ele.

 - Será que o Mettaton demitiu ele ? – O menor deu de ombros.

 - Mas é um boa teoria, foi ele que pagou tudo no encontro.

 - Eu achei que você tivesse pagado.

 - Nah, eu tinha pedido um desconto mas ele disse que ia pagar tudo.

 - Oh...Coitado daquele garçom.- Sans não conseguiu evitar de rir.- Eu estou falando serio, o Mettaton deve ter ficado realmente bravo com ele.

 - É, coitado, perdeu o emprego por jogar molho de tomate em alguém.- Riu novamente e Papyrus fez uma careta, meio emburrado, o que fez Sans rir mais ainda.- Você é tão fofo, Pap.

 - Eu não sou fofo!

 - É o monstro mais fofo do universo.- Apertou as bochechas do mesmo.

 - Não sou não!

 - É sim.

 - Não! – Se sentou no sofá cruzando os braços.

 - Okay, okay.- Se Sentou ao lado do mais novo.- Que tal o monstro mais bonito que eu já vi ?

 - Ai seria mentira.

 - Claro que não.

 - Seria sim, temos espelho em casa, então eu não sou o monstro mais bonito que você já viu.

 - O que ? – Corou de leve.

 - Você entendeu. Se você disse-se que eu sou o monstro mais bonito que você já viu seria mentira, porque temos espelho em casa e você já se viu no espelho e você é o monstro mais bonito de todo o underground.

 - Deus, Pap.- Deu um riso envergonhado.- E depois você diz que não é fofo.

 - Eu não sou...- Não conseguiu terminar a frase por causa de Sans, que o beijara docemente.

 - Eu não te ensinei que é feio mentir ?

 - Okay, okay, eu sou fofo, satisfeito ?- Ficou emburrado novamente, fazendo Sans ri e o beija-lo de novo.

 - Mais que isso.

                                                                                      (...)