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História 365 Days - Prologue


Escrita por: lifeworthl

Notas do Autor


● A musica que toca na cena do casamento é: Beethoven's 5 Secrets - OneRepublic - ThePianoGuys. (link nas notas finais)
● Créditos ao blog Fuck Designs pela sinopse.
● Boa leitura!

PS: Bem, gostaria de, primeiramente, me desculpar com as pessoas que já começaram a ler. Me deu um pequeno surto e resolvi que seria melhor fazer algumas modificações na fanfic. Além de já ter ficado parcialmente explicado aqui neste prologo.

Capítulo 1 - Prologue


Fanfic / Fanfiction 365 Days - Prologue

"O dia do meu casamento"

New York, 01 Agost, 2015. 
Jenna Mary Knightley-Layng, Point of Vew

 


Meu corpo era levado para lá e para cá, para dar toques finais, remover um fio solto, apertar mais o corpete - como se realmente precisasse – e até para colocar mais brilho na maquiagem. Por fim, sobrou eu e a cerimonialista no estúdio do salão, com ela me olhando com sua sobrancelha arqueada.

        ⁃       O que foi? – Perguntou-me dando um meio sorriso e me fazendo desviar o olhar do seu, achando que a madeira da penteadeira, que foi a primeira coisa que vi, se tornasse bem mais interessante do que qualquer coisa. Mas pela educação a mim dada retomo a atenção para ela, agradecendo-a inclusive por ter tido tanta paciência comigo durante toda a preparação.


        - Só estou um pouco nervosa... – Dou-lhe um sorriso fraco – Acredito que isso é até normal, não acha? Eu nunca sequer namorei antes e agora estou prestes a me casar... – Percebo seus olhos arregalando, puxo a respiração antes de prosseguir – Mas eu conheci o amor da minha vida, então não tenho medo disso. Só me sinto nervosa com tudo e como vai ser daqui pra frente. – Uno minhas mãos frente ao corpo e umedeço os lábios – Eu só queria meu avo aqui, para ser sincera.


A verdade é que me encontro assim, nesse total estado de nervosismo,  porque não quero me casar, mas nas atuais circunstancias não me cabe outra opção a não ser esta que tenho disposição. Filha única eu fui abandonada por meus pais e criado por meus avós, que me contaram, mais tardar, que meus pais haviam falecido. Poderia dizer que isso me deixou mal, mas também seria uma mentira, vez que nunca cheguei a realmente os conhecer, o que não me possibilita a condição de falta. Meu nervosismo passa do casamento, ele me invade com precisão inusitada pelo simples fato de que não há um alguém especial para me acompanhar. Tudo se trata de apenas meros conhecidos e parentes distantes. Isso porque, mais uma vez eu fui deixada, mas desta vez por conveniência do destino. Quando eu havia apenas 10 anos minha avó faleceu devido a uma infecção generalizada que pegou dentro do hospital enquanto tratava de uma pequena gripe. Agora, com meus vinte e três anos, foi à vez de meu avô partir, desta vez por motivos apenas de idade. Eu era sua única herdeira e deveria ganhar tudo que sua grande empresa fornecia inclusive minha nomeação como CEO, porém não foi exatamente assim que aconteceu e então, cá estamos. Enfrentando a realidade sem nem tempo de aceitação previa.

Minha vida pessoal sempre girou em torno do que era considerado melhor para mim e diante disso segui exatamente os passos que a mim foram ensinados. Desde nova fui mandada para as melhores escolas, enviada de pais para outro para ter sempre o melhor a minha disposição, enquanto, na verdade, minha única vontade era de ser como as garotas que eu via na rua, saindo e divertindo-se sem remediações. E nunca tive estas oportunidades até alcançar a maior idade.

        ⁃       Eu acho que entendo. – Ela diz já mais calma – Tudo é novo para você. – De repente estava mais próxima a mim, ajeitando meu véu. – A sensação do novo realmente assusta, mas a primeira parte do casamento é a mais fácil. Em meu serviço eu não devia falar sobre esse tipo de coisa, mas você, despreparada dessa maneira, deve saber que haverão dias bons e ruins, mas que após as tempestades o sol sempre se abre novamente. Você vai enfrentar todos os dias coisas novas e não há como estar preparada. Você vai precisar se encontrar dentro deste relacionamento. E, se o amor que nutre por seu noivo é o mesmo que ele nutre por ti, não há de ter medo.

 

Balanço minha cabeça em sinal positivo, abrindo um sorriso para ela. Seu conselho de bom grado me seria dado se encaixasse realmente com minha atual situação, porém poupo-lhe de informações desnecessárias, isso seria ruim para o nome de todos e não envolveria apenas a mim. Considerando que ela é apenas uma contratada, e não uma amiga minha, prefiro ser centrada e cordial nas palavras.

De frente ao espelho encaro o meu reflexo. Antes que eu pudesse voltar a falar alguma coisa, pelo menos para tranqüilizá-la, a porta se abre, revelando a mãe do noivo, Patrícia, com um vestido azul turquesa muito bonito. Sorrio fracamente em sua direção, me virando de frente para ela.


        ⁃       Vou dar um tempo a vocês, mais dez minutinhos, e logo a limusine chega para levá-las ao salão do casamento. - Lydia, a cerimonial, fala e aproveitando a porta aberta, saí imediatamente.

⁃       Como você está? - Dona Patrícia pergunta me encarando docilmente, solto os ombros para frente e quero desabar.


        ⁃       Estou bem.

 

Dona Pattie, é uma mulher de negócios, porém recentemente deixou seus afazeres para se tornar uma dama, ou dona de casa, se preferível assim ser dito. Hoje ela é a pessoa mais próxima a mim quanto a qualquer assunto, além do meu advogado, a única que está de ouvidos e braços abertos para mim. Porém, por mais que suas atitudes sejam nobres sinto que há apenas a necessidade de não me deixar escapar. A assinatura de um contrato renderá para ela e sua família bons frutos até sua quarta geração, que ainda poderá usufruir de nossos ganhos.

 

Seu marido é dono de uma empresa de Arquitetura e Engenharia, enquanto a de meu avô é sobre Designers Gráficos, o que para a concepção destes será um encaixe perfeito, vez que poderemos unir ambas e vender como uma única peça. Afinal, ao comprar um desenho, você precisara que quem o organizará ao estar pronto. Com a nova estrutura tudo passará para seu herdeiro mais velho, que seguira como Diretor e me terá ao lado, ambos com funções iguais para diferentes áreas. Para ainda não mais confuso, o que finalmente se estende é o fato de, ao morrer e descobrir seu testamento, meu avô deixou declarado que eu só teria parte a renda e todos os seus bens, assim como a empresa e filiais espalhadas, a partir do momento em que estivesse casada.

 

♣♣♣♣
 


Em nenhuma escola ou faculdade fui ensinada de como me portar diante de uma cerimônia de casamento, muito menos a minha. Em toda a minha vida eu era afastada de homens com a desculpa de estes serviriam para atrapalhar em meu futuro, que havia tudo para ser grande e promissor. Sinto que parte disso possuía razão, mas ser cortada dos prazeres da adolescência em nada modificaria o meu foco principal. Então, simplesmente às pressas, preciso burlar um testamento em forma de contrato.

 

É na porta da igreja que sinto realmente o nervosismo me consumir. Ainda dentro do carro, já sozinha, minhas pernas tremem, como se fossem feitas de gelatinas, me deixando receosa com o fato de precisar ficar de pé em poucos minutos. Antes de finalmente me encontrar preparada a porta do veiculo se abre, com o chofer devidamente posto ao lado dela.

 

A minha frente toma posto, novamente, Lydia. Em seus lábios se encontram um sorriso leve, que me deixa menos tensa.

 

- Está na hora, Jenna. – Ela me avisa com calma, fazendo eu apenas manear a cabeça com suavidade para que nenhum fio saísse do lugar.

 

Já do lado de fora, permaneço estática atrás das grandes portas de madeira, que agora são a única barreira para a cerimônia. E então as portas se abrem, revelando-me sozinha ali.

A música, que fiz questão de escolher entope meus ouvidos, com um ressonar baixo, preenchendo o local e então entro, marchando em passos lentos até onde meu futuro marido se encontra. Ele me olha lá da frente, suavizando um pouco sua expressão carrancuda, os convidados, de pé, me encaram com aceitação, reprovação e até outros mistos de sensações e definições, devido ao nervosismo e eu opto em abaixar a cabeça e não olhar para nenhum deles.

Mais me parecia uma eternidade, até estar de frente com Justin, e então, quando estava lá, o encarei, sem saber o que fazer. O mesmo pareceu partilhar das mesmas duvidas e olhou para os lados, respirou fundo, por fim, esticou um braço em minha direção, descendo o degrau para me alcançar. Pousei minha mão sobre a sua e subi os últimos degraus ficando cara a cara com ele e depois com o padre.
 


E agora estava ali, diante do único homem que poderia selar meu futuro próximo. O que vai iniciar minha contagem de 365 dias.


Notas Finais


● Quem leu até aqui, espero que me apoiem com essa ideia, dando palavras de incentivo nos comentários. Não é pedir muito, só quero saber se estarei agradando.

https://www.youtube.com/watch?v=mJ_fkw5j-t0


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