2015, 15 de Janeiro. Sexta- Feira -16:44
Noah sumiu na última semana. Eu fiz de tudo, enchi seu celular de mensagens, fui á casa dele e nada dele aparecer. Cheguei ao ponto de pensar o pior, e fiquei muito brava quando o toque do meu celular atrapalhou meus pensamentos negativos.
Chamada em andamento...
Noah
( x ) Atender ( ) Recusar
Chamada Atendida
-Noah? Pelo amor de Deus, aonde você tava?
- L-liz... Me ajuda
-Em nome de tudo que é sagrado aonde você tá?
- Estou no deck, onde te levei, Liz , ta doendo...
Chamada Encerrada. Duração:2m47s
-MERDA!
A droga da ligação caiu. Coloquei meus chinelos correndo e peguei minha bolsa indo rapidamente ao ponto de ônibus pegando o mesmo que pegamos na última vez que nos vimos.
*** ***
Cheguei perto do deck e ao longe via o corpo de Noah jogado no imenso quadrado branco de madeira, e ao me aproximar vi que o rosto dele estava todo machucado e um pouco roxo.
-NOAH! Pelo amor de Deus, quem fez isso com você? -me abaixei perto dele e acariciei sua bochecha, ele estava perdendo a consciência. - Continua acordado ok? Tudo vai ficar bem.
Chamada em andamento...
-Emergência, no que posso ajudar?
-Preciso de uma ambulância, rápido.
*** ***
A ambulância demorou horrores pra chegar, e nesse tempo todo eu fiquei tentando manter Noah acordado. Quando ouvi as sirenes corri ao início do deck gritando feito louca para sinalizar o local onde estávamos. 3 paramédicos desceram e colocaram ele na maca e me ajudaram a subir no veículo, o caminho todo foi longo e assustador, eu poderia perder ele á qualquer minuto.
Chegamos ao pronto socorro infantil e levaram ele hospital á dentro. Me joguei numa cadeira da sala de espera e mandei uma mensagem pra mamãe, pedindo pra avisar aos pais dele onde ele estava.
45 minutos um doutor alto e magrelo me chamou para vê-lo.
Entrei no quarto 212 e vi Noah deitado cheio de fios e tubos. Segundo o médico ele foi agredido, e teve fraturas no rosto, cabeça e quebrou a perna. Me aproximei lentamente e vi que ele dormia serenamente. Depositei um beijo em sua bochecha e puxei um banquinho pra perto do leito e me sentei. Não sabia o que fazer então cantarolei algumas músicas aleatórias. Decidi cantar pedaços que eu decorei da música que ele escreveu e ele esboçou um sorriso assim que comecei, e então abriu os olhos.
-Você tava acordado esse tempo todo seu babaca?
-S-sim. -mesmo cansado e todo machucado ele ainda sorria, era impossível não sorrir junto. - Você canta bem, canta m-mais.
E assim fiquei, cantando e vendo ele rir.
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