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História 366 Dias - Desejo.


Escrita por: miukie

Notas do Autor


HEY

Tudo bom com vocês? Primeiro, queria agradecer pelo feedback do último capítulo, foram mais de 30 comentários e eu fiquei muito feliz – muito MESMO – em ler e comentar cada um, vocês me animam muito! Então, obrigada.

Segundo, os favoritos. Já são mais de 500 e eu não tenho como ficar mais agradecida. Vocês são fodas.

Então, fiquem com o capítulo da semana!

Capítulo 13 - Desejo.


Fanfic / Fanfiction 366 Dias - Desejo.

Capítulo Doze – Desejo.

Permitam-me lhes contar uma coisinha: eu sou realmente um idiota.

Uma vez em aula quando eu ainda fazia faculdade e tinha pais, o professor escreveu na lousa a seguinte frase:

"Há duas coisas infinitas: o universo e a tolice do homem", famosa frase dita por Albert Einstein em algum dia em algum ano, só sei que faz bastante tempo. Pois bem, o cara ‘tava certo.

Eu, Park Jimin, consegui provar que a tolice do homem é infinita como ele mesmo disse.

Encarei o garoto assustado à minha frente e então arregalei os olhos após perceber a merda que eu havia feito.

— Ai meu Deus...

Não vai adiantar muita coisa eu dizer o motivo desse meu monólogo sobre idiotas, portanto vamos voltar um pouco a história.

Ilha de Jeju, Templo Yakcheon-sa.

Dez horas antes do ocorrido – 11:30 AM.

Eu e os meninos fomos visitar um templo. JungKook estava usando sua camisa de botões com flores tropicais – que mais pareciam folhas de maconha – que ele ganhou do Taehyung e eu usava uma camisa lisa preta, com um boné virado para trás na cabeça, só pra cobrir a raiz castanha que estava começando a aparecer em meio aos outros fios laranjas. Yoongi estava com uma câmera e tirava foto de tudo, juntamente a Namjoon, todos pareciam maravilhados com a paisagem.

Por outro lado, JungKook preferiu arrancar flores dos arbustos. O garoto começou a recolher várias flores do jardim e logo formou um mini buquê, amarrando o cabo com um elástico e estendendo sua obra de arte para mim. Senti as bochechas queimarem.

— Hyung, toma.

Peguei e dei um sorriso pequeno.

— Obrigado, Kookie...

Fiquei observando as flores, eram lindas. Olhei para ele, que agora tirava fotos de uma criancinha segurando seu algodão doce enquanto corria em direção a mãe. Fofo.

Procurei com os olhos pelos outros, mas todos haviam sumido, então puxei JungKook comigo e começamos a procurar juntos.

— Onde será que eles foram? Não podemos ir embora sem eles... – resmunguei e o menino suspirou.

— Aish, não acredito que nos perdemos!

O lugar em que estávamos era grande e lotado, e meu celular havia acabado a bateria, demoraria um bom tempo para que nós conseguíssemos achar os meninos em meio a multidão que estava ali. Segurei a mão quentinha do garoto e virei o rosto pra ele.

— Não saia de perto de mim.

Ele assentiu e desviou o olhar, eu jurava ter visto um sorriso tímido em seu rosto.

Tive a ideia de sentar em frente ao templo e esperar até que os garotos decidissem voltar para nós, então o arrastei comigo e decidimos tirar algumas fotos juntos. Me sentei enquanto o via brincar com a mesma criança que ele tirava fotos antes, peguei a sua câmera e bati algumas dele com a garotinha sem que ele visse. Ficaram lindas, espontaneamente lindas. O sorriso de Jeon parecia tão mais bonito agora que eu parava pra analisar, e seus lábios tornavam-se cada vez mais tentadores a cada secada que eu dava nos mesmos.

Não vou mentir, seria um privilégio dar um beijo naqueles lábios. Mas eu não podia, não podia fazer isso com o garoto. Era tão... errado.

E mais uma vez, eu decidi que era melhor guardar esses desejos só para mim do que dividi-los com o garoto.

. . .

Ainda em Jeju, no hotel.

Cinco horas antes do ocorrido – 16:30 PM.

— Você não vai descer? – Seokjin perguntou enquanto borrifava algum perfume caro pelo corpo e eu o lancei um olhar malicioso, que ele retribuiu com um revirar de olhos — Pare de pensar besteira, eu só quero ficar cheiroso.

— Pra quem? – ri — Respondendo sua pergunta, eu estou cansado. Vou tirar uma soneca.

Jin suspirou.

— Se é por aquilo que a cartomante disse, sugiro que esqueça. Nada ruim vai acontecer.

— Eu juro, estou cansado, andei muito procurando por vocês hoje no templo, preciso de um descanso. – Dei-lhe um sorriso gentil — Depois eu me encontro com vocês.

Ele assentiu e saiu, fechando a porta. Coloquei meus fones de ouvido e me aconcheguei na cama, olhando para o céu pela janela do quarto que ainda estava claro.

Se eu dissesse que não estava apreensivo pelo que ouvi daquela senhora eu estaria mentindo, por mais que eu não acreditasse nessas coisas de tarô e tudo mais, aquilo me despertou um pressentimento estranho.

Fechei meus olhos por um tempo, até sentir um cutucão e me virei assustado.

— JungKook! Que susto, moleque. – Por impulso, dei um empurrão em sua testa e ele praguejou baixo.

— Ai, eu bati algumas vezes mas você não escutou, então decidi entrar. O que está fazendo aqui enquanto todos os hyungs estão se divertindo lá embaixo? – perguntou e eu dei de ombros.

— Não estou com vontade de participar de nada agora. E você? Por que não está com aquele seu amigo? – cruzei os braços — Kyung... Kyung alguma coisa.

— KyungSoo? Ah, eu não sei – coçou a nuca — Fiquei com vontade de te ver então vim pra cá, mas se você quiser sossego eu posso sair...

— Não! – gritei e logo tapei a boca — D-digo, não precisa ir... fica.

Ele sorriu e se ajeitou na cama, deitando do meu lado e cobrindo nós dois.

— O que está ouvindo?

O estendi um lado do fone e ele colocou em seu ouvido, deitando a cabeça perto do meu peito. Engoli em seco e permaneci intacto.

— A música é boa. E seu coração está batendo muito rápido – ele se aproximou mais — Tu-dum.

Dei uma risada baixa.

Ficamos conversando um pouco enquanto ele brincava com as cordinhas do meu moletom e as puxava, rindo em seguida e dizendo que eu parecia um E.T daquela forma. Ou a cabeça de um pênis.

Quando finalmente o garoto ficou em silêncio, eu decidi lhe perguntar algo que estava me incomodando.

— JungKook... ontem você disse que estava amando uma pessoa mas não tinha certeza – olhei para o teto — E-essa pessoa sou eu?

Sem resposta. Achei que ele estivesse envergonhado demais para responder, então esperei uns minutos, mas fiquei no vácuo. Me inclinei para ver seu rosto e reparei que ele tinha dormido, nem sequer havia escutado a minha pergunta.

Suspirei.

Tirei os fones de ambos nossos ouvidos e deixei-os de lado, junto do meu celular, ajeitando o edredom sobre nossos corpos. E eu adormeci.

. . .

Aproximadamente uma hora e meia antes do ocorrido – 20:00 PM.

Acordei com o som do meu celular tocando, tateei a cama a procura do mesmo e só então reparei que JungKook não estava mais ali, mas o lugar onde ele antes dormia ainda estava quente. Peguei o aparelho e sem olhar a identificação, atendi.

YEOL É UM DEMÔNIO! – ouvi o grito estridente de Jisoo do outro lado da linha e soltei uma risada rouca.

— Boa noite pra você também.

Te acordei? Perdão, não sabia que dormia tão cedo. – ela suspirou — Só liguei pra avisar que o seu cão está bem, mas parece estar possuído. É sério, ele rasgou alguns livros de astronomia seus, sinto muito. Tentei um exorcismo em latim mas não deu certo, agora ele está devorando suas pantufas de urso.

Arregalei os olhos.

— Oh, merda.

Aqueles livros tinham sido caros, e por mais que eu não fosse mais precisar deles, pretendia vender ou doar para alguém que precisasse, mas agora ele tinha virado comida de cachorro.

Jisoo tinha aceitado cuidar do Yeol enquanto eu e JungKook estivéssemos fora, então se ela sobreviveu até agora era porque estava fazendo um bom trabalho.

É.

— Tire as pantufas dele e prenda-o na garagem. – orientei — Na verdade, eu preciso da sua ajuda agora.

De novo? Não sei o que seria de você sem mim, né? – ela riu e eu revirei os olhos.

— É sério, demente. Descobri que estou apaixonado pelo JungKook, mas parece que ele está tendo um crush em outro garoto.

Como assim? Não era você quem dizia que não era gay e ignorou os sentimentos dele?

— Esse não é um ponto importante agora...

Mas é claro que é, Jimin. Você foi bem idiota, e acho que você merecia levar um gelo dele pra aprender – começou — Porém, eu tenho certeza que ele ainda gosta de você. Ninguém "desgosta" de uma pessoa assim do nada.

Fiz um bico.

— Você acha que eu tenho chance? – perguntei.

Sim, só não vá magoar o menino, por favor, ele já sofreu muito por sua culpa.

— Pode deixar, senhora.

Encerramos a conversa depois de um tempo e eu recebi uma mensagem de Yoongi onde ele pedia para que eu me vestisse e fosse dar uma passada na festa que estava rolando lá embaixo.

Eu não sabia que havia uma festa, mas tomei um banho e vesti uma roupa bonita, descendo para o saguão e indo para o salão de festas que havia do lado. Assim que adentrei o lugar, que tinha uma música extremamente alta e estava parecendo um formigueiro de tanta gente dentro. Não foi difícil acha-lo por sua pele ser branca e parecer um ponto de luz no meio da escuridão do ambiente.

— Oi, floquinho – cumprimentei e ele revirou os olhos.

— De todos os apelidos que você já me deu, esse foi o mais carinhoso. Não gosto disso. – fez uma careta e eu ri.

— A festa 'tá boa? – olhei em volta — Onde estão os meninos?

— Pra mim essa festa 'tá um lixo, mas não parece estar tão ruim pro Seokjin e o Namjoon – apontou para perto dos banheiros, onde os dois garotos se beijavam afoitamente, como se aquilo fosse urgente.

Esbocei um sorriso malicioso para Yoongi e o mesmo deu de ombros.

— Eu já sabia. – Ele disse.

Percorri os olhos novamente sobre as pessoas da festa, procurando alguém em especial, mas eu não conseguia acha-lo.

— Procurando o JungKook?

Assenti.

— Ele está saindo com aquele amiguinho dele pela porta dos fundos – falou e eu olhei para o lugar, vendo os dois saírem bem próximos.

Meu coração falhou uma batida.

Eu não podia deixar acontecer, não podia de forma alguma deixar que eles fizessem qualquer coisa que envolvesse contato físico. Eu era egoísta por pensar isso? Talvez.

Mas eu não podia perder o meu garoto.

— Vem comigo. – puxei Yoongi pelo braço até o lugar onde eles saíam, desvencilhando-me das pessoas no caminho.

Eles haviam sumido, e só então consegui vê-los dentro de um carro. O mais velho, KyungSoo, deu partida e eu entrei em desespero, procurando por algo que me ajudasse.

Ouvi um assobio e me virei, Yoongi estava parado na porta de um táxi.

— Você vem ou não? – perguntou e eu não respondi, corri e me enfiei dentro do carro.

O motorista olhou para nós dois pelo retrovisor e eu sorri.

— Siga aquele carro – apontei e ele concordou, me encostei no banco e contive meus pulinhos — Ai meu Deus! Eu disse, eu disse! Eu sempre quis dizer essa frase.

O garoto riu e bagunçou meus cabelos. Eu me sentia num filme do Tom Cruise. 

— Parabéns.

Me foquei em olhar o trajeto que o taxista percorria, ele não tinha perdido o carro dos dois meninos de vista, e só parou quando chegamos ao possível destino, que era em um bosque.

Eu e Yoongi descemos do carro, eu paguei a corrida e sai correndo para alcançar os dois, mas o mesmo me puxou.

— Tá maluco? Você não pode chegar lá e simplesmente arrastar o JungKook. Vamos nos esconder e observar – instruiu.

Parecia experiente em stalkear pessoas.

— Mas e se...

— Só faz o que tô mandando, porra.

Suspirei e assenti, ele era mais velho, provavelmente sabia melhor do que eu como agir numa situação dessas.

Vocês conseguem imaginar no que eu estava metido? Pois bem: KyungSoo e JungKook desceram do veículo e ficaram sentados na grama, conversando e dando risadinhas, enquanto eu e Yoongi nos enfiamos atrás de uma árvore e observamos cada movimento da parte dos dois.

A cada risada de Jeon, era uma batida falha no meu coração, aquela fagulha de esperança sempre voltava com força quando eu via seu sorriso de coelhinho. Eu queria muito correr até lá e toma-lo em meus braços.

Fiquei perdido em sua beleza, quando senti um cutucão do esverdeado, apontando para KyungSoo.

— Ih, alá.

O mais alto segurou a mão de JungKook e eu tentei ouvir a conversa dos dois.

— Sabe... Kook, eu gostei muito de ter te conhecido. – ele riu tímido — Eu queria saber s-se... se...

Kyungsoo parecia tão nervoso quanto eu no momento.

Eu sabia qual seria a pergunta dele, mas de forma alguma deixaria ele terminar de fazê-la.

Dei um passo à frente e sem querer – querendo – pisei em um galho, que estalou alto até demais, arregalei os olhos e voltei a me esconder atrás da árvore, enquanto Yoongi balançava a cabeça negativamente e resmungava: "Você é um merda."

— Tem alguém aí? – o mais velho gritou e eu estremeci.

— O que a gente faz agora? – sussurrei.

— Só cala a boca. – ele sussurrou de volta.

— Mas e se ele vier checar?

— Cala a maldita boca, Jimin! – ele sussurrou meio alto e eu ouvi passos se aproximando, me escondi atrás de Yoongi, que tentava correr, mas não conseguia porque eu tinha cravado as unhas na sua camiseta.

— Yoongi-hyung? Jimin-hyung? O que fazem aqui? – ouvi e olhei pelo ombro do garoto para JungKook, que estava com uma lanterna em nossa cara.

Merda.

. . .

Mesmo lugar onde Park Jimin (eu), cometi tamanha burrice.

Horário do ocorrido – 21:32 PM.         

— Apaga isso, seu idiota! – Yoongi bufou — E você, Jimin, larga minha camisa.

Larguei e abaixei a cabeça, com medo de olhar para JungKook e ver a decepção em seu olhar.

— Jimin?

— Hm...?

— Por que nos seguiu?

Não consegui responde-lo de imediato, eu geralmente tinha dificuldades para falar quando me encontrava sob pressão, então apenas me calei.

— Eu vou embora, JungKook. – KyungSoo bufou — Seus amigos conseguiram estragar tudo.

Arqueei a sobrancelha.

— Tudo o quê? – dei um passo à frente e Yoongi me segurou.

— Tudo! Eu estava prestes a pedi-lo em namoro, mas você e aquele palhaço acabaram com o momento. Parabéns, babaca. – o garoto disse e eu olhei para JungKook, que parecia tão surpreso quanto eu.

— Palhaço é o seu pai! – Yoongi gritou, entredentes, mas o mesmo ignorou.

Me virei para KyungSoo.

— Como assim pedi-lo em namoro? Você não pode fazer isso!

— Ah, é? E por que não? – ele provocou.

Eu estava furioso, perdi totalmente a linha. Talvez fosse o ciúmes tomando conta do resto de sanidade que me restava, e eu só me dei conta que estava fora de mim quando empurrei o garoto para longe e falei:

— Você não pode pedi-lo em namoro porque o JungKook é meu namorado.

Agora vocês devem conseguir imaginar a gravidade da situação. Eu disse, em alto e bom som, para os três indivíduos ali presentes que eu estava namorando meu dongsaeng. E pior, sem eu realmente estar.

Nunca imaginei que a minha primeira confissão da vida seria tão desastrosa, se bem que nem era uma confissão, não aos olhos do garoto.

JungKook estava de olhos arregalados, assim como os outros dois garotos.

Eu, de fato, era idiota.

. . .

Na manhã seguinte, todos os outros quatro estavam de ressaca, e o clima estava bem pesado durante o café da manhã.

Tinha tudo pra ser uma viagem legal, até eu ter aquele ataque de ciúmes que me fez agir possessivamente sobre algo que nem era meu.

JungKook não era meu, e provavelmente não seria depois disso. Eu tinha 70% de certeza de que ele gostava daquele tal de KyungSoo e aceitaria facilmente seu pedido de namoro, mas eu consegui acabar com isso também.

Hoseok e Taehyung até tentaram melhorar o clima entre o grupo, mas não deu muito certo, porque Yoongi ficou estressado e quase enfiou seu garfo na garganta de Hoseok. Coisas do dia a dia.

Nós já estávamos com as malas prontas dentro da van que nos levaria até o aeroporto, me sentei na janela e fiquei vendo JungKook se despedir do amigo.

Eles se abraçaram e eu suspirei aliviado quando o mesmo o beijou na bochecha, eu odiaria ter que vê-lo beijar o garoto que eu estava gostando na boca. 

De certa forma, parecia que o universo estava querendo me fazer pagar pelo que eu tinha feito. Eu fui estúpido quando ignorei os sentimentos de JungKook e olhe só onde eu estou, sentado com a cabeça apoiada no vidro do carro, suspirando feito uma garotinha apaixonada pelo oppa.

— Parece que o jogo virou, não é mesmo? – Yoongi debochou e eu suspirei.

— Com certeza...

A van deu partida e eu evitei olhar para o garoto até chegarmos no aeroporto, onde fizemos o check-in e despachamos as malas, esperando decolar um tempo depois.

Por ironia do destino, meu assento dessa vez era do lado de Jeon, e eu até tentei trocar com os outros garotos, mas eles não quiseram e então tive que me sentar com ele mesmo.

Eu devia falar algo, mas não sabia como começar uma conversa depois do ocorrido.

Então eu fiquei quieto e dormi, porque só em sono mesmo pra eu não cometer outra burrada.

Horas depois, fui acordado por Jin, já que havíamos pousado em Seul e eu estava louco pra ir para casa e me jogar na minha cama quentinha, eu simplesmente odiava viajar de avião, por mais que a vista que a janela do mesmo me proporcionasse fosse incrível, o cansaço parecia ser dobrado.

Cada um pegou suas malas e partiu para suas residências, assim como eu e JungKook fizemos. O garoto não falava muito, mas trocava mensagens com alguém no celular frequentemente, e aquilo me deixava nervoso.

Entrei em casa e joguei a mala num canto do quarto, cumprimentei Jisoo e agarrei Yeol, acariciando suas orelhinhas.

— A casa não parece ter sido destruída – comentei.

— Isso porque a trouxa aqui limpou tudo – ela bufou — Na moralzinha, nunca mais aceito fazer favores pra você. Seu cachorro é um fofo, mas dá muito trabalho.

— Você também deve dar trabalho pros seus pais e nem por isso eles saem te difamando, sua monstra – mandei língua e ela revirou os olhos, levantando seu dedo médio pra mim.

No começo da nossa amizade Jisoo era um amorzinho, mas conforme fomos pegando intimidade, descobri que ela era – assim como Yoongi – uma naja, e das mais venenosas, mas ainda assim era uma boa pessoa e ótima conselheira, então eu arrisquei continuar sendo amigo da mesma.

Ela se sentou comigo na cama e quando soube que ninguém podia nos ouvir, se aproximou meio que sussurrando:

— Vocês se beijaram?

Arregalei os olhos.

— O quê? Não! Maluca.

Ela fez bico.

— Aish, Jimin, assim não dá pra te defender... – suspirou dramaticamente — Ele está caidinho por você.

— Quem está caidinho pelo Jimin-hyung? – o garoto entrou no quarto e eu engoli em seco.

— Opa, acho que vou indo. – a garota sorriu — Tchau Jimin, tchau Kookie.

Ele acenou e a porta da frente foi fechada assim que ela saiu, o garoto deu uma olhada para ver se ela já tinha mesmo ido e se aproximou.

— Preciso da sua ajuda, hyung.

— O que houve?

Ele coçou a nuca.

— Vai haver um baile no colégio e eu... convidei uma menina para ir.

Olhei para ele.

— Isso é bem legal.

— É... mas eu não sei dançar valsa. Você pode me ensinar?

Eu já havia dançado valsa algumas vezes em festas e casamentos de parentes, mas nunca pensei que ensinaria alguém, principalmente quando esse alguém era Jeon JungKook.

— Claro.

— Podemos começar agora? – perguntou e eu afastei um pouco a cama, para que tivéssemos espaço o suficiente para começar a dança.

Puxei o garoto para perto de mim e coloquei sua mão esquerda em minha cintura, pousando a minha em seu ombro e segurando sua mão direita com a outra. Suas bochechas adquiriram um tom avermelhado e eu sorri.

— Não fique tão nervoso, apenas me acompanhe – falei e ele assentiu, dei passos para o lado e o guiei — Um, dois... um, dois. Assim, entendeu?

— Sim, mas e se eu pisar no pé dela, hyung? Não quero pagar um mico desses – disse e eu ri — Ela vai me achar um bobão.

— Ela não faria isso – dei mais dois passinhos e o girei, ele acabou ficando debaixo do meu braço por ser mais alto que eu, e nós dois rimos.

Éramos um desastre juntos, mas eu até que gostava desse desastre.

Em meio as palhaçadas e risadas altas, acabamos conseguindo, e eu adorei ter tido a oportunidade de dar essa “aula” á ele, poderia fazer isso todos os dias sem reclamar.

Num último passo, ele me girou e levou meu corpo para perto do seu, fazendo assim nossos troncos grudarem um no outro e nossos rostos ficarem próximos. Olhei para cima, podendo assim prestar atenção em cada detalhe, mesmo já tendo memorizado todos.

E naquele momento, céus, como eu o desejei.

Desejei beijá-lo, desejei fazer de nós dois um só, mas num ato rápido, JungKook quebrou o contato e sorriu meio nervoso.

— Você está bravo comigo? – perguntei — Você sabe... pelo que eu disse... 

Ele engoliu em seco e desviou o olhar.

— Obrigado pela aula, Jiminie-hyung. – disse e saiu apressado do quarto, me deixando sozinho.

Levei a mão até o peito e soltei o ar que nem percebi que até então estava prendendo. Esse garoto estava me deixando completamente maluco.

 

 


Notas Finais


O que dizer sobre Park Jimin e mais um de seus deslizes? Tsc.

Mas só digo uma coisa: o próximo é bomba.

Espero que continuem acompanhando e comentando, obrigada pelos favoritos, novamente. :3
XOXO, Lolla.


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