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História 366 Dias - Maioridade.


Escrita por: miukie

Notas do Autor


Hey hey (you you) ♫ Como vão vocês?

Trouxe mais um capítulo pra vocês, esse tá grandinho.

Recomendo que ouçam ele ouvindo a música Heaven do Troye Sivan e Youth da banda Daughter. Ouçam nessa ordem, vocês não vão se arrepender.

Boa leitura :3

Capítulo 17 - Maioridade.


Fanfic / Fanfiction 366 Dias - Maioridade.

Capítulo Dezesseis – Maioridade.

Apertei os olhos, sorrindo minimamente pronto para dar meia-volta e correr aos braços dele, feliz por ouvir sua voz doce novamente.

E então eu me virei e o encarei com o sorriso mais bobo possível no rosto, Jungkook segurava uma sacola e estava assustado, mais pálido que o normal, o que era preocupante. Seus olhos escuros estavam opacos, sem qualquer brilho, por mais que estivessem lacrimejando. Os lábios entreabertos tremiam de nervosismo, e ele estava de suéter.

Por que ele estava usando suéter num clima tão quente?

— Kook... – dei um passo à frente.

— O que você está fazendo aqui? E com o Jin-hyung? – ele largou a sacola no chão e eu pisquei algumas vezes, perplexo.

— Como assim o que estou fazendo aqui? Não é óbvio?

— H-hyung, se meu pai te ver aqui... – sua voz denunciava o medo que ele tinha ao citar o pai, e então eu me lembrei da sua história.

“...Havia um garoto chamado Jeongguk, ele sofria muito porque seus colegas de classe o maltratavam, e também porque seu pai era extremamente religioso e odiava tudo que contrariava a Bíblia, fazendo assim coisas maldosas também.” 

Me aproximei do garoto e o abracei forte, afagando seus cabelos.

Ele tentou se afastar, ainda tremendo, mas eu aumentei o aperto e seu corpo foi relaxando, não demorando a me abraçar de volta.

Era tão bom sentir seu cheiro novamente.

— O que está acontecendo? – murmurei — Por que mandou aquela mensagem?

Jeon afastou o rosto para poder me fitar.

— Que mensagem?

— ​“Desculpa, não podemos continuar. Isso é errado, acabou” – repeti.

— Eu não mandei isso... – abaixou a cabeça — Vamos entrar, eu explico melhor lá dentro.

— Mas e os seus pais?

— Mamãe foi para a igreja e o meu pai está trabalhando – respondeu e abriu a porta, pegou a sacola e levou para dentro, o segui deixando os sapatos na porta e reparando em cada detalhe da casa. Seokjin fez o mesmo.

Era pequena, de fato, mas não tanto. Se assemelhava com a da senhora Jeon por ter um papel de parede também florido cobrindo as paredes, e móveis rústicos. As paredes eram inteiras decoradas por quadros com trechos da Bíblia, e no fundo do corredor havia um altar com a foto de um garoto bem parecido com Jungkook.

Caminhei com cuidado e me ajoelhei na frente, olhando.

— Mamãe fez esse altar para o Wonwoo hyung – ele sorriu vendo a foto do irmão — Ela diz que é para rezarmos todos os dias pela alma dele, já que pessoas que tiram a própria vida não vão para o céu.

Engoli em seco, acendi uma das velas perfumadas e fechei os olhos, juntando as mãos, e orando pelo garoto. Era o certo a se fazer, não era?

— Querem chá? – perguntou, estendendo uma xícara assim que abri os olhos.

— Eu passo, obrigado – Jin disse, educado.

— Obrigado, Kook – peguei e me sentei no sofá, seguido por Seokjin, e ele se sentou na poltrona. Jungkook abaixou a cabeça, e eu pude notar que ele estava suando.

— Por que não tira o suéter? Está quente aqui – o moreno disse a ele.

— Acho melhor não...

Deixei o chá em cima da mesa de centro e segurei seu rosto com as duas mãos.

— Me conte o que está acontecendo, Jungkook, e não ouse mentir para o seu hyung.

Uma lágrima escorreu pela sua bochecha, molhando a ponta do meu polegar.

— Quando eu cheguei, meu pai ficou bravo por eu ter fugido e me deixou de castigo – murmurou e desviou o olhar — Ele pegou meu celular e viu nossas mensagens, fotos e até aqueles vídeos que gravamos na viagem que fizemos a Jeju. Ele soube do nosso relacionamento e me machucou muito, disse que a igreja nunca iria aceitar um garoto assim.

Arregalei os olhos.

— E-ele te machucou muito? – Jin se aproximou.

Jeon assentiu e tirou o suéter, expondo o corpo marcado por manchas roxas em diversas partes do seu tronco e braços.

— Ainda dói um pouco, mas eu estou passando pomada e logo vai melhorar – falou, como se fosse algo rotineiro.

— Isso não pode continuar – levantei — Jungkook, ele não pode continuar te machucando assim!

— Isso é crime, Jeon. Você têm que falar com a polícia, e sua mãe deve testemunhar, ela sabe, não sabe? – o mais velho perguntou.

— Não. Eu não posso... a mamãe sabe, mas ela tem medo que ele faça algo com ela.

— Jeongguk? Quem são esses garotos?

Pude ver o garoto ficar paralisado, e me virei.

— Senhor Jeon? Muito prazer, meu nome é Park Jimin – sorri, um pouco nervoso e me curvei — Estou aqui para levar o seu filho de volta.

— Perdão? – o homem projetou o maxilar para a frente.

Pronto, é hoje que eu morro.

— Jeongguk é maior de idade e o senhor o está prendendo em casa, e além disso, o machucando – Seokjin pigarreou — Isso é crime, senhor. Sugiro que nos deixe levar seu filho embora antes que a polícia venha e lhe algeme.

— O Jeongguk não vai a lugar nenhum! – ele o puxou pelo braço — Vamos, filho, diga a eles que eu só estou cuidando de você e te livrando do mal caminho.

— Livrar do mal caminho? O senhor sabe o que está fazendo ao espancar seu filho por causa de uma religião? – dei um passo e Seokjin me puxou de volta. — Você é quem vai queimar no inferno, não ele.

— Fora da minha casa, os dois! – falou entredentes e eu mordi o lábio, contendo a vontade de chorar.

Isso não pode estar acontecendo...

— Eu não saio daqui sem o meu garoto! – rebati, nervoso.

Jungkook me olhou sereno, pedindo que eu fosse embora antes que piorasse a situação. Eu não conseguia ir, não queria ir sem ele, mas sem alguém para testemunhar o abuso que ele estava sofrendo não adiantaria de nada, e sua mãe com certeza não iria fazer isso.

Seokjin sussurrou para mim que tinha um plano, e que era melhor irmos agora. Olhei para o garoto uma última vez e abri a porta da frente, saindo.

Gritei alto quando entrei no carro e Yoongi tentou me acalmar.

— Aquele filho da puta, desgraçado, demônio, cretino! – esmurrei o banco da frente enquanto xingava.

— Vamos esperar um pouco, ele não vai fazer nada com o garoto enquanto estivermos aqui, então podemos ir pelos fundos e ajudar o Jungkook a fugir. – Seokjin disse e suspirou — A situação é bem pior do que eu pensava, aquele cara tem sérios distúrbios mentais.

Esperamos por uma hora mais ou menos, e não ouvimos nenhum grito ou ruído de dor vindo de dentro da casa, o que era bom, pelo menos aquele monstro não havia machucado o garoto novamente.

E eu realmente não esperava que a situação estivesse assim tão grave, fui ingênuo ao pensar que quando ele voltasse para Busan os seus pais pediriam desculpas e o tratariam de forma carinhosa, como pais devem tratar seus filhos de verdade, mas a realidade era outra.

Era bem mais cruel.

Tentei conter a ansiedade dentro do carro, enquanto os meninos repassavam o plano novamente.

— Já está escurecendo, vamos. – Namjoon falou e eu abri a porta.

Jin iria ficar no carro para antecipar fuga, Yoongi iria comigo buscar o garoto, Namjoon e Hoseok ficariam de olho na entrada e Taehyung comia bolinhos dentro da minivan. Ninguém deu nenhum papel importante para o último, achavam que ele podia estragar tudo.

Pobre Taehyung.

Eu estava me sentindo num filme, e tive toda a certeza de que a minha vida poderia virar um.  

Pulamos a grade do quintal do garoto e eu aproveitei pra pegar umas pedrinhas no gramado, Yoongi sentou no chão e ficou me observando.

Mirei na janela.

— Mais para a esquerda... hm, não, um pouco para a direita – observou — Não, demente, eu disse direita!

Revirei os olhos e enfim taquei uma.

Ia tacar outra, quando vi Jungkook abrir a janela e me encarar.

— O que está fazendo aqui?! – tentou manter a voz baixa — Jimin, você precisa ir!

Ignorei suas tentativas de me mandar embora e sorri, colocando as mãos no bolso do moletom e jogando o capuz pelos cabelos.

— Suas tentativas de me manter afastado não são válidas agora.

Ele abaixou a cabeça.

— Estou falando sério, hyung, sabe-se lá o que meu pai pode fazer comigo se souber que continuo me encontrando contigo... – engoliu em seco.

— Você quer ficar aqui? – perguntei e ele negou — Então venha comigo, vamos voltar para casa, Kook.

— Mas... eu não posso...

— De acordo com a lei você pode – o cortei e arrastei uma escada do seu quintal até a janela — Desça.

— E se me pegarem?

— Nós resolvemos isso. Agora desce.

Jungkook desceu com cuidado e rapidamente o tomei em meus braços, afagando seus cabelos, enquanto ele me abraçava forte. Coloquei a cabeça na curva do seu pescoço e inalei seu cheiro gostoso, enquanto ele fazia o mesmo comigo. O afastei devagar e segurei seu rosto com ambas as mãos, dando um beijo estalado em seus lábios.

Ele sorriu corado e olhou para Yoongi, que revirou os olhos.

— Jungkook, vá para o carro e coloque sua mala lá – o baixinho disse e ele obedeceu, olhando para mim antes de entrar e dando um sorriso pequeno, meneei com a cabeça e me virei para ele.

— Hey, Jimin – ele chamou.

— Sim?

Yoongi me entregou uma caixa de ovos e sorriu ladino.

— Sabe que horas são? – colocou o capuz preto sobre os cabelos — Hora de tocar o terror.

Em poucos minutos a casa estava totalmente coberta por ovos e papel higiênico, que era um bônus. Talvez fosse uma atitude infantil da nossa parte, mas não podíamos deixar passar a oportunidade. Seokjin tinha uma caixa de ovos no porta-malas da sua minivan desde sua passada ao mercado e os pobrezinhos haviam ficado ali esquecidos por dois dias, por sorte achamos um bom destino para os mesmos: o telhado da casa dos Jeon. Sem Jungkook dentro, claro.

Ambos sabíamos que a mãe do garoto não tinha parte nas maldades que o pai fazia, e eu lamentava por ter que fazê-la ver sua casa coberta de ovo podre na manhã seguinte, mas pelo menos ele – que se importava tanto com a imagem de sua casa e família – merecia a humilhação.

Eu e os meninos íamos levar Jungkook de volta, já que ele era oficialmente um adulto e tinha todo o direito de sair daquele inferno que chamava de casa, e tentaríamos convencer a mãe do mesmo a depor contra o marido e suas agressões.

Enquanto eu e Yoongi fazíamos nossa arte e deixávamos ali nossa marca, ouvimos sirenes na outra rua e nos olhamos de imediato.

— Fodeu.

Taehyung abriu a porta de correr da minivan e nós dois praticamente nos arremessamos para dentro do carro, enquanto Seokjin cantava o pneu tentando sair dali o mais rápido possível. Meu coração parecia querer sair pela boca, mas a sensação de adrenalina era maravilhosa.

Olhei pelo vidro traseiro, vendo a cidade de Busan ficar para trás em poucos minutos, e sorri aliviado, pegando a mão do moreno ao meu lado.

Jungkook insistiu em dizer que eu não deveria ter me arriscado por sua causa, que era perigoso e eu poderia ter me metido em encrenca, mas eu apenas sorri, balancei a cabeça e me virei para ele antes de juntar nossos lábios.

— A vida só é boa quando você corre riscos, Kook.

Nós sete ficamos um tempo rindo e contando histórias, até que senti a cabeça do garoto em meu ombro e parei de dar atenção ao que Namjoon contava sobre sua vizinha e o caso dela com o carteiro. Deitei Jungkook com cuidado sobre meu colo e em seus cabelos enterrei meus dedos, brincando com os fios macios e escuros. 

O que me fascinava nele, era que apesar de sermos diferentes, ainda éramos iguais. 

Éramos apenas garotos perdidos em um mundo próprio, mas eu gostava disso, gostava de me perder com ele. Tudo tinha passado a importar menos desde que ele entrou na minha vida, porque querendo ou não, Jeon havia se tornado um enorme capítulo da minha história, e com certeza o mais importante.

Sem desmerecer meus amigos, claro, eles também eram capítulos importantes.

— Jimin! Você... – Taehyung ia virando quando eu lhe dei um cutucão, apontando para o garoto deitado em meu colo e fazendo sinal de silêncio. — Não sabia que ele tinha pegado no sono, desculpe. Ele parece cansado, suas olheiras são bem visíveis.

Suspirei.

— Deve ter sido difícil... Mas não quero falar sobre isso agora.

Ele sorriu.

— Eu sei. O Namjoon hyung decidiu que iremos dormir todos na sua casa hoje, tudo bem pra você?

Assenti.

E a viagem seguiu tranquilamente, eu dormi boa parte do tempo, e quando chegamos cutuquei o moreno deitado nas minhas pernas.

— Kook, chegamos.

Ele bocejou e se espreguiçou, fazendo um bico fofo.

— Eles vão ficar na nossa casa?

Sorri pelo fato dele ter dito "nossa casa" ao invés de "sua casa".

— Sim, vem – segurei sua mão e o guiei para dentro, seguindo os outros —, e se comporte.

Ele revirou os olhos e riu debochado.

— Esqueceu que sou maior de idade, Jiminie?

— Com certeza eu não esqueci disso – sussurrei.

— O que disse?

— Nada não.

Assim que Yeol nos viu, veio correndo em direção ao garoto ao meu lado. Com certeza o cachorro também sentia falta dele e se animou ao vê-lo novamente. Jeon o levantou com cuidado, percebendo como o animal havia crescido e estava pesado e grande.

Os meninos colocaram colchões na sala, de modo que todos pudessem dormir juntos no mesmo cômodo, para o clima ser mais agradável, e acabou sendo mesmo.

Hoseok contava piadas e nos fazia rir o tempo inteiro, assim como Yoongi, que apesar de ser meio áspero, sempre tinha uma situação engraçada para contar, mais conhecida como o famoso micão.

Seokjin veio da cozinha com algumas garrafas de vinho que eu nem sabia que tinham ali e deu copos descartáveis para cada um – com a desculpa de que não queria ter louça para lavar depois – enchendo os copos até a o topo.

Ele ergueu seu copo e sorriu.

— Um brinde ao nosso garoto adulto, Jeon Jungkook.

E brindamos. Ele riu e o mais alto bagunçou seus cabelos.

Jungkook parecia aflito e eu me segurava para não rir.

— Não é tão ruim quanto parece, só não beba tudo de uma vez e...

Antes que eu terminasse, o moreno já havia virado o copo na boca e engolido a bebida, ele fez uma careta.

— Ewww! Que negócio horrível.

— Você que não sabe beber direito, logo se acostuma – bebi o meu aos poucos e sorri para ele.

Ficamos bebendo e vendo animes até tarde da noite, e mesmo depois de todos adormecerem, eu e Jungkook ainda não conseguíamos pregar os olhos. Yeol também quis dormir com os garotos, e ficou deitado entre Taehyung e Hoseok, atrapalhando a "conchinha" dos dois. Por isso que eu amava aquele cachorro.

— Tive uma ideia, vamos sair – levantei rápido, ficando meio tonto.

— Sair? Mas são quase duas da manhã – ele rebateu e eu dei de ombros.

— A noite é uma criança. Vamos num Drive In, conheço um onde passa filmes bem legais.

— O que é Drive In? – Jeon perguntou e eu vesti o casaco.

— É tipo um cinema, só que ao ar livre. Você vai ver, vamos, e cuidado pra não pisar no Yoongi ou ele te arrebenta – apontei para o garoto deitado no colchão de forma desajeitada e ele riu.

Saímos de fininho pela porta da garagem e eu entrei na picape com Jungkook, ligando o carro e saindo devagar. O garoto ligou o rádio e colocou uma música calma, virando para mim com um sorriso bonito.

— O que foi? – sorri de volta e ele deu de ombros.

— Nada, é que você é muito bonito.

Corei e desviei o olhar para a rua, dirigindo em direção ao destino desejado, seguindo as indicações do GPS.

— Você também é muito bonito – comentei baixo e ele colocou a mão sobre meu joelho.

Ele subiu os dedos para a coxa e apertou de leve. Sua mão espalmada ali e seu polegar que rodeavam o lugar me faziam arrepiar. Era um carinho gostoso, um toque singelo. Independente do lugar onde ele acariciava, sempre era de forma inocente e pura. Jungkook não reparava o quão aquilo podia me deixar duro, e eu me sentia péssimo por pensar isso dele.

No Drive In estava passando O Mágico de Oz, a versão antiga, e não haviam muitos carros no estacionamento. Eram um ou outro, espalhados de forma aleatória. Decidi subir para a montanha, que não era muito alta e ainda assim dava para ver a tela, parando o carro e descemos. Jeon me acompanhou e nós dois subimos na traseira, sentando ali para ver o filme. Peguei um cobertor fino e coloquei sobre nossas pernas, para que ele não ficasse com frio.

— Obrigado por se preocupar comigo, hyung – sussurrou com a boca próxima ao meu ouvido.

— Não agradeça... assista.

Ele concordou e assistiu. Quando sua mão voltou a acariciar minha coxa coberta pela calça de moletom, eu já nem prestava mais atenção no filme. Ele não estava com a roupa tão diferente da minha, era confortável e leve, quase como um pijama. Sua mão ia subindo e descendo pela parte interna da minha coxa, e de repente tudo começara a ficar quente.

Já não fazia muito frio, então eu diria que o clima era ótimo. O filme estava quase acabando, já que chegamos lá pela metade, e quando Dorothy (que era interpretada por Judy Garland) disse sua famosa frase "não há lugar como o nosso lar", eu tive que concordar. Me perguntei se Jungkook pensava o mesmo, que não havia lugar como o nosso lar, que eu era o lar dele, e vice-versa.

Quando acabou, deitamo-nos ali e passamos a observar as estrelas, eu ainda sentia o gosto do vinho na boca apesar de não ter bebido tanto, e me peguei pensando nas galáxias de Jungkook de novo. 
Queria provar mais do seu beijo, já que não tivemos a oportunidade antes. 
Virei a cabeça para o lado e o peguei me encarando, ele corou e eu sorri, trazendo seu corpo para perto e juntando nossas bocas num beijo tão doce e lento como o nosso primeiro. Jeon levou suas mãos para os meus fios alaranjados e eu o trouxe para cima de mim, apertando sua bunda devagar. Ele riu baixo pela apertada repentina e eu o olhei.

— Gosta?

Um pouco envergonhado, ele assentiu e eu voltei a beijá-lo.

Sua língua dançava com a minha seguindo seu próprio ritmo, e era gostoso. Ele ainda estava com gosto de vinho também. Apertei os dedos em sua cintura e busquei explorar bem cada parte da sua boca, memorizando aquele sabor. Acariciei sua nuca e enrosquei os dedos nos fios de cabelo perto dali, sem interromper aquilo.

Por instinto, acabei trocando de posição e ficando por cima do corpo dele, aprofundando cada vez mais o ósculo, e buscando mais contato entre nossas línguas e corpos.

Estava impossível controlar a excitação que eu sentia, nada parecia errado naquele momento. Estávamos nos encaixando como duas peças de quebra-cabeça, estávamos pertencendo um ao outro.

Ele puxou-me mais para perto, acabando com todo o espaço entre nós e fazendo minha ereção chocar contra o meio das suas pernas. Arfei baixo, reparando que ele não estava muito diferente de mim. 
Em outras palavras, Jeon estava duro.

Sorri de canto e mordi seu lábio carinhosamente, encostando minha testa na sua e olhando diretamente em seus olhos.
— Você está excitado?

Extremamente vermelho, Jungkook respondeu com um aceno positivo, e eu desci a mão pelo seu peitoral. Deslizei a mão por dentro da sua camiseta e arranhei seu abdômen de leve, beijando seu maxilar e queixo, deixando um selinho em seus lábios rosados logo em seguida.

E o que veio daqui para a frente acabou sendo melhor do que apenas beijos.

— E-eu quero muito isso agora, hyung – pediu baixo e gaguejando, Jeon não conseguia olhar direito em meus olhos, mas eu sabia o que ele estava pedindo — Por favor.

E como eu poderia negar um pedido daqueles?

Eu não negaria nada que viesse dele, ainda mais quando seu pedido saía de forma tão pervertida, mas ainda com a inocência característica do moreno. 

Meus lábios tocaram de leve a pele alva do seu pescoço, dando beijos molhados em cada canto do lugar, sentindo-o se arrepiar pelos selares. Acariciei seu mamilo por debaixo da camiseta fina e ele se retraiu, mordendo o lábio forte. 
Era excitante ver Jungkook entregue à mim daquela forma, e melhor ainda era saber que eu estava sendo o primeiro a fazê-lo se sentir daquela maneira. Mordi o lóbulo da sua orelha com delicadeza, passando a ponta da língua por ali, enquanto ele segurava firme no meu moletom, buscando por mais atrito entre nossas partes íntimas. Eu arfava toda vez que sentia meu nossas ereções encostando uma na outra firmemente.

Minha boxer, minha calça, a calça dele, sua cueca. Quatro camadas entre nós, das quais eu faria questão de retirar dali.

Ele gemeu baixo quando desci minha mão para o meio das suas pernas e apertei ali, recebendo um olhar acanhado. Sorri e voltei a beijá-lo, dessa vez com mais vontade. Jeon soltou um grunhido quando apertei outra vez o volume em sua calça e eu senti meu próprio membro pulsar em resposta.
Afastei, ofegante, e segurei a barra da sua camiseta.

— Posso? — busquei seu olhar, a espera de uma confirmação.

— Por favor.

Tirei a peça e a joguei em um canto qualquer, observando seu abdômen marcado tanto pelos gominhos pouco visíveis, quanto pelos hematomas que pareciam ser recentes. Olhei para ele, que escondeu o rosto envergonhado com as mãos e sorri, puxando sua mão.

— Não tenha vergonha, Kook, tudo em você é lindo. – Sussurrei, beijando cada hematoma seu.

Um por um, eu beijava e prometia que iam sumir rapidamente.

Eu iria marcá-lo naquela noite, mas não seria com machucados. 

As únicas marcas que eu deixaria em Jeon seriam feitas pela minha boca.

Rodeei a língua em torno do seu mamilo rígido, passeando com os dedos pelo seu tronco e acariciando suas costas, tentando-o acalmar. Jungkook estava nervoso e eu conseguia entender porquê. Era sua primeira vez fazendo sexo, e eu estava um tanto receoso também, afinal era a minha primeira vez com um garoto.

O moreno me olhou manhoso e fez menção de tirar meu moletom, sorri e assenti, dando permissão para que ele prosseguisse. A peça foi deixada de lado, juntamente com a regata branca que eu usava, e ele sorriu tímido ao me ver sem aquilo.

— Lindo – o ouvi dizer baixo, e então juntei novamente nossas bocas, tirando sua calça com as mãos sem pressa alguma.

Aquela era nossa noite, a noite em que eu descobriria os segredos de seu universo, e remendaria cada insegurança sua. E assim como eu pretendia fazer consigo, Jungkook arrumaria a bagunça que eu era.

Tirei meu jeans com um pouco mais de pressa, sentindo meu membro pulsar de excitação quando Jeon colocou a mão por cima da boxer, apertando de leve o pênis marcado.

Eu conseguia imaginar facilmente o garoto lambendo e chupando meu falo com calma, se deliciando como se fosse um pirulito, e não ia mentir que aquilo era o que eu mais queria.

Céus, eu não vou aguentar...

— Está duro. Eu te deixo assim, hyung? – sua voz doce sussurrou em meu ouvido quando ele me trouxe de volta para perto, beijando minha orelha calmamente.

— Com certeza.

Ele sorriu.

— Lembra quando você disse que estava apaixonado por mim? – sussurrou com a voz rouca e carregada de sensualidade, coisa que eu não esperava notar em Jungkook, que havia se mostrado inocente por todo esse tempo — Eu me toquei por você.

Outra pulsação, meu pênis estava começando a clamar pela boca dele ali, para abriga-lo. Mordi o lábio, arfando ao sentir suas mãos apertarem minhas coxas.

Era extremamente prazeroso ouvi-lo dizer que havia se tocado por mim, e aquilo só me fazia querer mais ouvir seus gemidos.

Eu iria, com toda a certeza, leva-lo ao paraíso. Iria fazer Jeon Jungkook experimentar o prazer da melhor forma possível, e com certeza, fazê-lo tocar as estrelas.

Guiei sua esquerda novamente para o meu membro, e ele desceu a cueca. Um pouco menos envergonhado do que antes, o moreno agarrou meu pênis molhado pelo pré-gozo, me fazendo gemer próximo ao seu ouvido.

— Não tenha vergonha de mim, Kook. Faça o que sabe fazer, o resto é comigo.

Ele assentiu, começando a movimentar sua mão ali, e eu olhei em seus olhos, vendo-os carregados de desejo. Mordi o lábio forte, quase a ponto de machucar, aquilo era demasiadamente gostoso. 

Sentir seus dedos pressionando meu pênis a medida que ele o estimulava era delicioso, a sensação era de ter fogos de artifício explodindo dentro de mim, e eu sentia que ia ter um orgasmo a qualquer momento. O toque dele era quente, carinhoso, e eu queria mais o tempo inteiro. 

Jeon sorriu constrangido, aumentando o ritmo e logo me afastando um pouco para que pudesse se agachar e levar meu pênis até sua boca. Tremi, ansiando por aquilo e implorando para senti-lo me chupar em silêncio. 

O mais novo começou chupando devagar e eu joguei a cabeça para trás, revirando os olhos pelo tamanho prazer que sentia com seus lábios descendo pela minha glande. Aquele era um lugar sensível, e talvez Jungkook soubesse, já que lambia ali e dava total atenção ao lugar, chupando e pincelando a língua. Um espasmo percorreu meu corpo e eu empurrei sua cabeça devagar.

— M-mais.

Jeon obedeceu e tomou metade do membro com a sua boca, cobrindo a outra metade com a mão e movimentando, sem pressa. Os sons que ele fazia com a boca eram tão eróticos que eu sentia que poderia gozar só de ouvi-los. Mordi o lábio, arfando. A cena era prazerosa, também: Jungkook subia e descia a boca pelo meu membro rígido com destreza, quase como se já houvesse feito aquilo outras vezes, deixando rastros de saliva pelo lugar. Com a outra mão, o garoto passou a apertar a própria ereção e deslizou os dedos pelo tecido da sua boxer, sem parar o oral. 

Apertei seu cabelo e seus olhos ergueram para encontrar os meus, ele era lindo, e ficava mais ainda quando sua boca estava ocupada demais chupando meu pênis. 

O fiz parar de repente, recebendo um olhar curioso do garoto. O trouxe para cima e o beijei, sentindo meu próprio gosto em sua boca. 

— Não quero gozar agora. Vamos com calma. — O deitei novamente, apenas para me posicionar entre suas pernas, beijando a parte interna da coxa, perto da virilha.

Jungkook ficou arrepiado, e eu logo tratei de tirar o tecido que cobria seu membro duro.

— Agora é minha vez, Jeon.

O garoto olhou para mim com um pouco de vergonha e eu passei a língua por todo seu falo, esse que logo estaria melado pela cobertura transparente do pré-gozo que saía aos poucos.

O ouvi gemer.

— A-ah, hyung, mais... – implorou, movimentando o quadril para que tivesse mais contato e eu o estimulei com cuidado.

Movimentei devagar, queria aproveitar a chance de dar a ele todo o prazer que ele não havia tido, de dar carinho e o fazer só meu. 

Levei seu membro a boca, o abrigando quase que por inteiro, e erguendo os olhos apenas para vê-lo gemer e implorar por mais.

Continuei passando a língua por toda a extensão, sentindo-o tremer por debaixo de mim e chupando o falo com gosto. Àquela altura, o sabor salgado do garoto estava me fazendo delirar. 

Brinquei com seus testículos na palma da mão enquanto ele controlava seus gemidos e a minha boca  ia percorrendo seu membro de cima a baixo, lambendo e chupando o máximo que podia, dando-lhe o maior prazer que ele um dia sonhara em receber. 

Sua mão direita agarrou meus cabelos e eu logo aumentei a velocidade com a qual minha boca ia subindo e descendo pelo seu pênis, vez ou outra tirando da mesma para vê-lo se retrair em desejo, sorrindo divertido. 

— Não pare, Jimin. — Seu tom de voz saiu mais rouco que o comum, e eu senti o aperto em meus fios laranjas, incentivando-me a continuar chupando.

E foi o que eu fiz.

A medida que eu percorria a boca por si e sentia a saliva escorrer pelo canto dos lábios, Jungkook tinha espasmos, tamanho o prazer que estava sentindo, e eu estava orgulhoso. 
Sabendo que ele não estava longe do orgasmo, parei, recebendo um gemido de reprovação.

— Por que parou? — me encarou, quase que furioso — Eu estava quase, hyung...

Agarrei sua nuca e deixei um beijo em seu pescoço. 

— Quero que aproveite tudo com calma, não temos pressa. – Acariciei sua bochecha, mordendo de leve a pele dali e recebendo uma arfada em troca — Essa noite é nossa, Jungkook.

Só nossa.

Voltei a atenção aos seus mamilos, lambendo e chupando cada um, enquanto segurava firme sua cintura, roçando nossos membros e fazendo-o arfar. O atrito das nossas glandes era o suficiente para nos fazer gemer juntos, quase a ponto de gozar.

Segurei os dois membros juntos e movimentei o quadril, gemendo com a boca em seu botão rosado enquanto chupava ali e masturbava nós dois.

— I-isso é tão bom… Ah, Jimin hyung… — Jungkook mordeu o lábio e tirei a boca do seu mamilo, parando a masturbação. 

Inseri um dedo em sua boca, o observando chupar devagar. Levei o mesmo até a sua entrada. 

Jungkook encolheu-se um pouco e o acalmei, roçando a ponta dos nossos narizes.

— Se ficar muito nervoso irá doer, relaxe – beijei a cicatriz na maçã de seu rosto e um sorriso tímido cresceu em seus lábios.

De todas as cicatrizes, aquela havia permanecido, e toda as vezes que eu a olhava, sentia a obrigação de proteger o garoto.

— Eu confio em você.

Circulei a entrada do seu ânus com o dedo e penetrei devagar, Jeon apertou os olhos e eu o beijei, esperando que aquilo fizesse doer menos.

Com a atenção voltada ao beijo, senti suas paredes relaxarem ao penetrar o médio inteiro.  Jungkook movimentou seu quadril contra o mesmo e eu sorri, fiz movimentos de vai e vem com um dedo e umedeci o segundo, pronto para colocá-lo junto.

Já no segundo, Jungkook gemeu mais alto, e eu continuei com os movimentos até que ele se acostumasse, beijando-o com vontade e me concentrando em memorizar o gosto da sua boca. 

Voltei a roçar nossos membros duros um no outro. A cena a minha frente parecia a mais bela que eu havia visto em toda a vida: Jungkook com gemidos escapando de seus lábios entreabertos e os olhos fechados em prazer, com uma gota de suor escorrendo da testa. Estava ficando quente demais conforme nossas peles iam se chocando.

Retirei meus dedos e tirei do bolso da mochila um pacote de preservativo, rasgando-o com os dentes e envolvendo a camisinha em meu membro antes de posicioná-lo em sua entrada molhada.

Jungkook estava mais calmo, acariciei suas costas e rocei a glande.

Avisei que poderia doer um pouco.

— Eu não me importo, hyung – foi o que ele respondeu, sorrindo — É especial porque é com você.

Sorri de canto.

Coloquei a ponta do pênis e o vi gemer, beijei-o lentamente para que ele focasse no beijo novamente e esquecesse um pouco da dor, e então penetrei mais fundo.

Lambi seu lábio e apertei seu mamilo entre os dedos. Ambos suando bastante, queimando de prazer por dentro.

Comecei os movimentos por dentro de Jungkook, enquanto ele gemia meu nome e se segurava em meu ombro, vez ou outra dando arranhões nas minhas costas que só serviam como estímulo para terminar aquilo que havíamos começado. Era um momento único para ambos, onde conseguíamos tocar a galáxia um do outro na forma mais íntima possível.

Éramos um só. Sendo infinitos.

— J-Jimin-hyung... Ah... — Jeon gemeu, rebolando contra mim, nossas peles se chocavam a medida que eu estocava dentro de si e faziam um som que era delicioso de ouvir. 

Colando mais nossos corpos que suavam e tremiam na mesma intensidade, masturbei-o com calma, e logo tirei o pênis de dentro de si, recebendo outra reclamação manhosa.

Antes que ele pudesse protestar, o peguei pela cintura e o sentei, ficando entre suas pernas novamente.

A luz da lua iluminava seu rosto e as estrelas faziam o nosso cenário, e era o mais bonito que eu podia imaginar.

Sorri antes de penetrá-lo forte novamente, dessa vez arrancando-lhe um gemido alto ao alcançar sua próstata. Coloquei o rosto entre a curva do seu pescoço, colando nossos troncos nus e chupando sua pele branca com deleite, marcando-o com chupões e beijos molhados. Apertei sua bunda com uma mão e com a outra tratei de estimulá-lo cada vez mais rápido, Jungkook gemia alto e manhoso, mas eu não me importava nem um pouco de estar fazendo aquilo ao ar livre.

Continuei as estocadas e o garoto jogou a cabeça para trás, encostando-a no vidro traseiro da picape, e controlando sua respiração. Jeon tentou conter o gemido que vinha quando alcancei outra vez seu ponto doce, fazendo-o ejacular e molhar meu abdômen com o líquido branco.

Não parei de estocar, eu estava quase, e ele continuava a pedir pela sensação do meu líquido preenchendo seu interior, ainda que estivéssemos usando proteção. Apertei seu quadril e o fiz sentar em mim, sentindo seus braços envolverem meu ombro e nossas coxas baterem uma na outra. Nosso suor se misturava em nossas peles juntas e os gemidos faziam uma melodia gostosa. 

Quando finalmente veio, deixei meu corpo fraco cair sobre o seu, e o apertei em meus braços.

Ofeguei, segurando seu rosto com ambas as mãos e deixando um selinho demorado em seus lábios, que logo se transformou em um beijo lento e carinhoso. Jungkook sorriu.

— Eu te amo – sussurrou, como se contasse um segredo.

E de certa forma era nosso segredo, que não precisava mais ser tão secreto assim.

Meu coração palpitou rápido, e eu apenas sorri bobo.

— Eu te amo – repeti e acariciei seus cabelos.

Percebi que estava feliz de verdade quando voltamos a nos deitar, cobrindo as partes íntimas com o edredom que havia trazido. Jungkook deitou no meu peito e eu o abriguei em meus braços, não me importando com o calor que emanava dos nossos corpos e nos fazia suar ainda mais. Fechei os olhos e sorri como há tempos não sorria, feliz de verdade por estar ali, com o garoto que eu amava. 

Quando os abri novamente, vi-o me fitar, e beijei sua testa.

— Foi bom demais... – ele comentou — Obrigado por me proporcionar isso, hyung, eu estou feliz.

— Eu também estou. – Acariciei seu cabelo, afastando a franja para que pudesse ver seus olhos com clareza. — Seus gemidos são gostosos de ouvir.​

Ele corou e me deu um tapa leve, me fazendo rir. 

Eu olhei para o céu, vendo o brilho destacar a noite, e suspirei aliviado, sentindo meu peito finalmente ser preenchido por sensações boas, das quais eu não experimentava a um bom tempo.

Jeon seguiu meu olhar e eu apenas beijei sua testa outra vez, acariciando os ombros nus do mais novo.

— Olhe as estrelas, Jungkook, elas estão sorrindo para nós.

 

 


Notas Finais


Foi meu primeiro lemon da vida, não me culpem se tiver ficado ruim :p Mas, espero que tenham gostado, de qualquer forma. Me digam o que acharam.

Provavelmente só terá mais um capítulo e um epílogo para o fim da fic :( Vou deixar os agradecimentos, o textão e tudo mais pro fim definitivo. Até!

[Aproveitando o espaço pra fazer uma divulgaçãozinha, pra vocês que gostam de putaria e tudo mais: https://spiritfanfics.com/historia/insaciaveis--shots-contos-eroticos-5991790]

XOXO, Lolla.


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