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História 4 Estações - Os Espinhos da Primavera parte 2


Escrita por: GrangerHastings

Notas do Autor


Último post do ano!
Quero, de coração, agradecer aos vinte e cinco comentários e quatorze favoritos. Obrigada a cada um que gasta um pouquinho do seu tempo pra fazer comentários maravilhosos e obrigada também aos leitores fantasmas (mas eu queria muito q vcs aparecessem pq eu morro de medo de fantasmas)
Desejo que 2017 seja um divisor de águas na vida de vcs, repleto de coisas boas.

LEIAM AS NOTAS FINAIS.

Capítulo 7 - Os Espinhos da Primavera parte 2


Você chorou, eu morri. Deveria ter ficado calado. As coisas deram errado. Conforme as palavras saíam da minha boca, soavam estúpidas. - Misunderstood, Bon Jovi.

Enquanto se arrumava para a ronda da noite, Scorpius não conseguia esquecer o olhar que Lily e Alvo lançaram a ele antes de saírem ao encalço de Rose. Seu coração pesava com a culpa das palavras ditas sem pensar. Porém, era mais ou menos isso que ele queria ter dito. Só que em uma outra ordem e talvez em um outro contexto.

Derick não podia gostar de Rose.

Era sim, impossível, mas impossível Derick gostar de Rose.

Scorpius torcia para que ele não gostasse e para que fosse impossível porque ele não queria Rose perto dele. Em sua cabeça fazia mais sentido do que verbalmente.

Mas ele sabia que era totalmente possível alguém gostar de Rose. O que era impossível, era conviver com ela todos os dias e não gostar. Era quase uma consequência estar perto dela e gostar de tudo nela. 

Ele próprio gostava...

Como amigo, ele repetia para si mesmo, mas gostava.

Mas ele queria tirar o direito de todos os outros gostarem dela. Sim, ele sabia que era egoísta, sua consciência se encarregava de avisá-lo sobre isso. Mas seus pensamentos egoístas apenas davam de ombros - ele sempre fora egoísta mesmo. Afinal, ele havia conhecido Rose primeiro. Ele tinha o direito de querê-la apenas para ele, não?

Egoísta.

Sussurrou sua consciência. 

Só de pensar em Derick tocando nela, uma vontade incontrolável de colocar fogo em alguma coisa aflorava em Scorpius. Tentou amenizar seus pensamentos sombrios enquanto saia das masmorras em direção ao corredor do segundo andar, onde encontraria Rose para a ronda e queria muito pedir perdão. 

Quando fez a curva no dito corredor, avistou um armário de vassouras aberto e uniformes em movimento lá dentro. Suspirou, entediado. Sábado a noite, podiam ter feito isso o dia inteiro, mas resolveram fazer isso logo após o toque de recolher? Revirou os olhos enquanto se aproximava. Certamente algum terceiranista afobado ou um quartanista com os hormônios a flor da pele. Contudo, quando a poucos metros da porta, pôde ter a visão clara das costas de um garoto praticamente da mesma altura que ele, que parecia prender a garota na parede contra sua vontade, correu, com o sangue fervendo e tirou o aluno de cima dela. 

Com um nojo dobrado, percebendo que o infeliz era ninguém mais, ninguém menos que Alexander Fields. Jogou-o no chão com violência, não querendo manter as mãos no uniforme de alguém tão imundo. Scorpius virou-se rapidamente para ajudar a garota e paralizou ao se deparar com uma trança ruiva totalmente desfeita.

- Rosie! - Scorpius se aproximou dela, que respirava com dificuldade, lágrimas nos olhos já inchados. Ele sentiu um aperto no peito ao pensar que talvez ela chorara antes por causa das palavras dele. - Você está bem? 

Ela tentava inutilmente desamassar o uniforme.

- A ruivinha está ótima, Malfoy. - Alexander já havia se levantado e sorria, as mãos no bolso. - Apesar de se mostrar arredia, tenho certeza que gostou tanto quanto gostou de Derick pondo as mãos nela!

- SCORPIUS! - O loiro ouviu a voz rouca de Rose e só então percebeu o que havia feito. Alexander estava a metros de distância dos dois e sangrava. 

Muito.

A mão que Scorpius segurava a varinha em riste, tremia. Rose se aproximou dele, abaixando seu braço e guardando a varinha dele consigo.

- Onde aprendeu esse feitiço?! - Ela sussurrava, os olhos arregalados. Por extinto, o loiro tocou a ponta de sua trança desfeita e ela recuou rapidamente. - Pensei que havia sido escondido quando meu tio deu um sumiço no livro de Severus Snape!

- Esquece que sou um Malfoy. - Scorpius respondeu simplesmente, ainda em choque por usar algo tão drástico.

Rose correu em direção a Alexander, não sem antes lançar um olhar frio para Scorpius. O loiro se encaminhou até eles, observando Rose ajoelhada ao lado dele, a varinha apontada para seu abdome e ela não precisava dizer nada. Era muito boa em feitiços mudos. Em poucos segundos, o sangue havia sido absorvido e o chão ao redor dele limpo. 

- Fiz ele não se lembrar de nada. - Rose fungou, passando as mãos no rosto. - Temos que ir a Minerva para contar o que ele fez. Agora, dê um soco nele.

Scorpius olhou espantado para Rose. Ela revirou os olhos, impaciente.

- Ele tem que ter a marca de um soco, assim, dizemos a ela que ele desmaiou com a intensidade.

A ruiva não precisou pedir duas vezes e Scorpius acabou se empolgando ao dar dois fortes socos no grifano. Um no nariz e outro no olho e só parou porque Rose segurou seu pulso.

- Vamos. - E Scorpius mais uma vez se surpreendeu com Rose Weasley. 

Em como ela conseguia controlar toda a situação, mesmo depois da situação horrorosa que enfrentou a minutos atrás e ainda conseguir pensar em encobri-lo mesmo estando brigados. 

Era a primeira briga séria dos dois.

E ela sempre parecia saber o que fazer.

~*~

- Pelo menos nos livramos da presença dele de uma vez por todas. - A voz de Megan revelava uma ira sem tamanho.

Rose estava enrolada em um lençol, deitada no colo da amiga que acariciava seus cabelos, enquanto Jamie, apesar de odiar quebrar as regras, havia conseguido entrar escondida no dormitório da Sonserina e dividia o lençol com a ruiva, só que sentada. Elas acabaram de sair da última aula do dia.

Cinco dias haviam se passado e as meninas podiam respirar aliviada com a notícia da expulsão de Alexander. Nunca mais colocaria os pés em Hogwarts novamente. 

- É verdade, todo mal tem seu lado bom. - Jamie tentou sorrir, mas ainda estava muito abalada. 

- Sem mencionar, que ele quase não saiu daqui inteiro. - O veneno parecia escorregar da boca de Megan. - Hugo, Alvo, James, Fred e eu só não terminamos de acabar com a raça dele, porque Filch e aquela gata eterna dele chegou. 

- Merlin! - Rose se pronunciou, encarando a amiga. - O que fizeram?

- Enquanto Alvo e Hugo seguravam ele, Fred enfiou vomitilhas dentro daquela boca imunda. - Megan riu com a lembrança. - Cada um teve a oportunidade de socá-lo em qualquer lugar do corpo. Adivinha onde eu chutei? - Jamie ofegou, os olhos tão esbugalhados quanto os de Rose. E Megan encarou-as divertida. - Ahaaaam. - Assentiu. - A única coisa ruim, foi quando não conseguimos controlar Hugo e James. Nesse momento, agradeço pelo Filch ter chegado. Era sangue por todo lado, sabem? 

- Não acredito! - Rose sentou-se. - Hugo e James poderiam ter se metido em problemas! Poderiam até...até...ter matado Alexander! Por que permitiram isso?!

- Calma, Rosie, Fred e Alvo conseguiriam...eventualmente...controlá-los, mas o velho chegou, então...

- Não quero mais ouvir nada. - Rose voltou a se deitar, dessa vez, no travesseiro. A palavra sangue a fez lembrar do sectumsempra que Scorpius usara e consequentemente a lembrou do loiro. - Quero dormir um pouco.

- Podemos te chamar na hora do jantar? - Perguntou Jamie.

- Claro. - Rose sorriu para elas, mas seu sorriso não chegava aos olhos.

- Fique bem. - Jamie beijou sua testa e Megan acariciou seu cabelo, sorrindo.

Assim que a porta do dormitório se fechou, Rose mergulhou em lágrimas novamente. E não pelo acontecimento. Não, por esse, já havia chorado tudo que tinha que chorar na mesma noite. E sim, porque as palavras de Scorpius na Torre de Astronomia ainda a atormentavam todas as noites. 

Com um nó enorme na garganta, ainda se lembrava que enquanto corria escada a baixo da Torre de Astronomia, as lágrimas inundavam seu rosto e quando mergulhou embaixo das cobertas de sua cama, notou que nunca havia chorado daquela forma.

Como Scorpius pôde pensar tamanha atrocidade dela e logo após afirmar que era impossível alguém sentir algo por ela?

Nunca havia notado o quanto ele era insensível.

E também nunca havia percebido o quanto a opinião dele importava. Importava bem mais que as outras. E com uma repentina onda de culpa, percebeu também que cada vez que o pensamento de Scorpius beijando Barbara ou qualquer outra menina de Hogwarts invadia sua mente, ela chorava ainda mais.

Por que as palavras dele doíam tanto nela?

Por que a opinião dele importava tanto?

E por que ele beijar outras garotas a torturava dessa maneira?

Chorou até dormir.

~*~

- Eu só queria entender, compreender, ou qualquer outro sinônimo que esta merda tenha! 

- Alvo, se continuar gritando dessa maneira vai acordar Hogwarts inteira. - Scorpius revirou os olhos, colocando uma almofada em cima do rosto. Só havia ele e o amigo na sala comunal.

- Eu odeio quando vocês brigam! - Alvo prosseguiu, bufando. - Você fica mais calado do que o normal e com um sono fora do comum. Rose, por sua vez, fica mais mal humorada ainda, come mais que o normal e se enfia ainda mais nos livros. E quem é o mediador que se ferra no final?! - Perguntou, retoricamente. - Isso mesmo! O Potter aqui! - Quando Scorpius não mexeu um músculo sequer, Alvo retirou a almofada da cara do amigo, com raiva. 

- Já acabou o desfecho dramático!? - Scorpius se sentou, de cara fechada.

- Olha aqui, Malfoy, não me teste...

- Alvo, não precisa dizer tudo que eu já sei. - Scorpius passou as mãos pelo cabelo. - Eu preciso pedir desculpa para a Rose. Só que estamos perto dos N.O.M.s e eu odiaria representar qualquer distração pra ela...ou para mim mesmo. Assim que entrarmos de férias...eu vou falar com ela. 

- Como se as coisas com Rosie fossem tão fáceis assim...- Alvo suspirou, parecendo adivinhar o longo caminho que teriam pela frente.


Notas Finais


Alexander é ou não é um filho da Umbridge?
Scorpius está perdoado por vcs?
E Rose, como deve agir?

Vamos conversar!

Até ano q vem <3


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