História 4 tiros. - O reencontro .

De repente as luzes se apagam, deve ter sido apenas uma falha na energia. Olhamos pela janela as outras casas também estavam ao escuro.

-Acho melhor eu ir embora, amanha continuamos.

-Vai passar a noite aonde?

-Rebeca me ofereceu a casa dela, para passar uns dias.

-Acho perigoso sair agora, no escuro, se quiser pode ficar, suas roupas ainda estão ai, vai ter que tomar um banho frio.

-Não vou te incomodar?

- apenas por uma noite acho que não.

Segui para o banheiro daquela casa que um dia foi minha, peguei toalha no armário, e minhas roupas ainda estavam lá do jeito que eu havia deixado como se estivessem esperando que um dia eu voltasse. Um banho frio e lembranças quentes. Como sentia falta daquele homem.

Coloquei minha roupa e desci para sala deitei no sofá, ele subiu sem dizer nada, eu escutava o barulho do chuveiro, eu não conseguia mais entender o que se passava na cabeça dele. Fui para o nosso quarto, deitei na nossa cama e fechei meus olhos, em seguida ele entrou não sei se percebeu que eu estava lá. Deitou ao meu lado.

- Eu senti sua falta minha Helena.

- Eu não sei. Você me evita, me beija depois age como se não tivesse acontecido, você me olha, com raiva.

-Raiva de mim,depois de tudo que descobri,tenho raiva de mim por ainda te amar e te querer tanto.

Ele não precisou dizer mais nada, me entreguei,foi nosso reencontro, ele me queria e isso já era o suficiente, não pensava no que ia acontecer no dia seguinte só vivia aquele momento nos braços dele, no corpo dele, queria que aquele momento não acabasse nunca.Os mesmos beijos quentes as mãos firmes tocando cada parte do meu corpo,respiração ofegante o desejo tomando conta de nos dois,a boca dele deslizando sobre meu colo eu queria,eu precisava mais uma vez ter ele por completo.Asluzes se ascenderam e nos continuamos ali.

Quando acordei na manhã seguinte ele já não estava mais lá, me enrolei no lençol, andei pela casa a sua procura. Mas ele já havia saído, sem ao menos dizer um bom dia. Vesti minha roupa e fui pra delegacia. Rebeca me questionou perguntando onde passei a noite, mas ela já sabia a resposta.

Logo o vi ao lado de Lisa ele não conseguia me olhar nos olhos, eu sabia que isso podia acontecer mais valeu a pena, não tínhamos tido uma despedida talvez aquela noite fosse só isso.

-J á conseguiram alguma coisa com as imagens?

-Estamos tentando fazer a identificação, mas fica difícil sem saber nomes.

-Rebeca seria possível extrair digitais de uma cortina, mesmo que tenha se passado dias?

-Acho que posso conseguir, por quê?

-Vejam nas imagens que um deles se distraiu e tocou na cortina, manda uma equipe de legistas pra lá. Eu vou voltar na empresa.

-Já vou pegar o carro. (disse a insuportável da lisa)

- Não preciso, eu vou sozinha.

Chegando a empresa fui até a sala de Henry, sentei na cadeira que um dia vi meu pai sentado, seu retrato na mesa ao lado, eu tirei a vida de todos aqueles que tiraram ele de mim. Tudo isso era uma estupidez eu não deixaria outra pessoa morrer por causa dessa formula outra vida inocente, Henry estava ali prestes a fazer o mesmo que meu pai o pior era não poder fazer nada não saber aonde ele esta. Ele deixou aquele bilhete confiando que eu o encontraria que não o abandonaria e era isso que eu iria fazer.

Eu precisava pensar, eu precisava fazer alguma coisa. Meu celular tocou era um numero desconhecido.

-Alo.

-Helena! Helena! Sou eu a esposa de Henry.

A voz dela era tremula, parecia estar com o coração disparado o pior veio em minha mente.

-Hoje fui buscar meu filho na escola Adrian.

A voz dela sumia.

-Tente se acalmar e continue, por favor.

-Entregaram um bilhete

-Continue

-Por favor, venha ate aqui.

-ok.

Cheguei a casa dele, me deparei com ela aos prantos.

-Por favor, se acalme e me explique o que aconteceu. Me de o bilhete.

Ela me entregou um pedaço de papel amassado.

Diga a Helena que queremos o restante da formula,ela vai receber instruções para nos encontrar,vai ligar pra esse número,96632-2447788 tem 24 horas pra nos entregar a formula ou voltaremos na escola e levaremos teu filho e o pai dele para um encontro com a morte.Não envolva a policia.apenas a investigadora Heloisa.

-Por favor, de a eles a formula não posso perder meu filho.

-Eu não á tenho, Henry deve ter dito isso a eles para ganhar mais tempo até que eu chegue a ele.

-Vai chamar outros policiais então?

-Não, seria arriscar demais. Vou trazer seu marido para casa.

Ainda chorando ela me disse:

-Confio em você.