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História 4.a.m: blue skintone - Samuel Seo


Escrita por: pyotectionsquad

Notas do Autor


oioi gente, tudo bem? espero que sim. então, essa é a minha primeira fanfic (tirando os imagines de one direction e algumas fics que eu nem sequer cheguei a terminar) e eu tô um pouco nervosa sobre ela, mas espero que vocês gostem tanto quanto eu. aproveitem, boa leitura!

Capítulo 1 - Samuel Seo


Samuel nasceu no fim de mês. A Lua alinhada no céu se juntou apressada com os planetas e cochichavam sobre quem seria o próximo libriano de Setembro. Lá no alto, eles lhe observavam atentos.
A pele morena e os olhos puxados pertenciam a Samuel Seo.

A mãe de Samuel falava pra todo mundo que aproximava o ouvido de que o filho dela, era o menino mais bonito de todos. Era completamente diferente dela: a mãe de Samuel tinha uma lábia impecável, conseguia convencer qualquer um do que queria, com paciência e argumentos. Samuel tinha os dedos apurados, queria explicar tudo de uma vez. Se estrepou de ansiedade desde que nasceu e, bem, quem vai culpar ele? Até seus três anos de idade, ninguém sabia que ele era incapaz de falar. Seu pai achava que era língua preguiçosa, talvez ele ouvisse, mas não quisesse responder e, meu Deus, como o pai de Samuel estava errado!
Havia muita coisa que ele queria explicar, queria pedir e se ele pudesse, gritaria alto porque a sua ansiedade o sufocava, porque ele podia sentir os dedos da pressa apertando sua garganta.

Mas, os ditados não mentem e a gente só consegue aprender com as experiências. A mãe de Samuel faleceu em uma tarde de Terça-feira, enquanto ele fazia sua aula de Libras. Seus olhos extrapolaram e a sua ansiedade deu um berro dentro do próprio peito, que tomava conta própria e propriamente dizendo, chorava por tudo ao seu redor parecer. Tão. Devagar.

‘’Preciso.  Sair. Agora. Por favor?’’ – perguntava com sinais apressados ao professor.
Se bem, que o pedido virou aviso, antes mesmo de receber uma resposta, ele já estava com a apostila em baixo do braço e os pés acelerando. O carro do pai em frente à escola, ele entrou pulando no banco traseiro e o carro parecia um foguete. É ruim dizer isso ao ar livre, mas como narrador, preciso que fique dito: há apenas três coisas que não voltam. Isto é uma flecha disparada, as palavras e gente que já partiu. E a pressa foi só para aliviar o coração da ansiedade e trazer mais pra perto o momento que Samuel queria que fosse incerto.
A máquina de oxigênio, uma maca e a máquina de batimento cardíaco disparando um horrível ‘’piiiiiii....’’ para dentro de Samuel como um soco no estomago.

- Foi realmente repentino. Não sabemos dizer ao certo qual foi a causa. – o médico explicava com olhos focados no pequeno Samuel – Ela foi assaltada e pelo que foi testemunhado, ela reagiu, mas não morreu por causa do tiro. Pode ter sido também por conta da exaustão ou remédios. Ela já estava debilitada quando reagiu ao assalto.

Samuel tinha nove anos quando viu a mãe ser levada do hospital para o legista, do legista para o cemitério, do cemitério pro caixão. O dia do enterro foi o dia em que ele viu a ansiedade como uma sombra que antes, sentava nos ombros de Samuel como uma velha amiga, ir embora levando consigo uma lição: a pressa não afasta a dor, só faz com que ela chegue mais rápido.

E foi assim que Samuel viu a sua infância pegar seu urso de pelúcia e dar um breve ‘’tchau, Samuel...’’ sem a intenção de voltar para brincar com ele de novo.


Notas Finais


ficou curtinho, mas é pra vocês não se cansarem rápido hahaha, o que acharam? <3


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