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História 5 Colours in Her Hair - Vai Perceber que na Verdade


Escrita por: MarinaLupin

Notas do Autor


Olá, meus gostosos. Eu estou completamente apaixonada por esse cap, vão dar uma olhada, vão!

Capítulo 9 - Vai Perceber que na Verdade


James passou a mão pelos cabelos e suspirou mais uma vez, entediado. Esses encontros estavam começando a se tornar cansativos. Checou algumas das mensagens no celular. Haviam umas vinte mensagens de Marlene, que James estava categoricamente ignorando. Algumas mensagens aleatórias. Algumas bem interessantes. E uma de Lily, essa foi a única que ele visualizou.

O que está fazendo? Estou sentindo sua falta, preferia estar com você.

James sorriu, sabendo que a menina estava em um encontro com Sirius. Às vezes ele sentia-se inseguro quanto a isso. Em alguns momentos o relacionamento falso parecia ir assombrosamente bem, em outros despencar. O garoto não entendia exatamente o que estava acontecendo. Parecia bem improvável que Sirius estivesse apaixonado por Lily, mas parecia gostar do namoro, por outro lado. Ele torcia para essa última hipótese ser verdadeira, não teria graça nenhuma esfregar na cara do Black que estava saindo com a namorada dele, caso o garoto não gostasse realmente dela. E mesmo que o Black não estivesse apaixonado por Lily, devia estar no mínimo encantado, afinal a Evans era encantadora. James sorriu com o pensamento de mais tarde vê-la e roubar-lhe um beijo e outro, e outro...

— Sinto muito pelo atraso — disse uma garota arrastando uma cadeira em frente a James. O garoto ergueu o olhar do celular e se viu encarando Dorcas Meadowes.

— Atrasos esses que estão cada vez mais frequentes — resmungou James, guardando o celular.

— Eu tive um problema antes de sair de casa — explicou ela, colocando a bolsa em cima da mesa. — Já pediu?

— Sim, você vai querer alguma coisa? Você parece meio desnutrida — ofereceu James, meio sarcástico.

— Não, não estou com fome.

Lily tinha contado a James e Marlene sobre a doença de Dorcas, e parecia bem irônico que Marlene tivesse resolvido não fazer nada sobre o assunto, e James pudesse usar isso tão bem com sua nova aliada.

— Trouxe o que pediu — disse James, estendendo uma pasta para a loira. — Marlene é bem organizada, aí estão todas as lojas e os preparativos para a confecção do tal vestido de baile.

— Excelente — os olhos da menina brilhavam em expectativa.

Dorcas Meadowes fazia parte das coisas inesperadas que vinham acontecendo a James nos últimos meses. Ele se lembrava da festa de Halloween, quando pegara Dorcas escondendo uma varinha de condão queimada.

— Você não vai contar isso para ninguém, Potter! — gritara a menina na parte de trás da escola. — Não é da sua conta!

— Na verdade, minha querida, é mais da minha conta do que você pode imaginar — respondeu o garoto, decidindo se entregava a menina à escola, e fazia Marlene explodir em felicidade, ou se aproveitava a oportunidade para dar prosseguimento aos seus próprios planos... — Talvez nós possamos nos ajudar, Meadowes, você vai ver que eu tenho coisas muito interessantes a oferecer.

— E você? — quis saber James, saboreando seu prato recém chegado, enquanto a menina folheava as anotações que James tirou foto e imprimiu. — Conseguiu os endereços?

— Sim — respondeu a menina, tirando uma folha da bolsa. — Eu tenho bastante contatos. Ainda precisa da ajuda de Emmeline Vance? Aliás, pretende me contar o que está tramando?

— Não, acho que não pretendo — sorriu James, guardando os endereços. — E sim, preciso. Eu dou o que a Vance quiser, mas preciso de algumas informações. Descubra como conseguir isso, o que oferecer.

— Não vai ser difícil — Dorcas sorriu arrogantemente. — Eu já consegui cativar a amiga de Emmeline, Samantha, ela acha que eu sou a melhor pessoa da face da terra — Dorcas riu abertamente.

— Todo mundo acha — concordou James, com um meio sorriso.

— Sim, não é difícil convencer as pessoas que você é boa. Sua Lily já caiu completamente nessa, outro dia escutei alguns gritos dela e de Marlene no banheiro.

James sabia que Dorcas estava manipulando Lily, a menina do cabelo colorido desconfiava de Marlene e vinha reclamando para James sobre a morena o tempo todo. Dorcas a tinha feito acreditar que Marlene estava com inveja de Lily e sabotando sua campanha.

Uma parte dele, a parte que não resistia a Lily, sentia-se um pouco mal com isso. Sentia-se mal em colaborar com o sofrimento da garota. Não ligava a mínima para Marlene, não devia nada a ela, provavelmente estava fazendo até um bem em lhe afastar dessa obsessão.

— Você devia pegar leve com a Evans, ela chorou horas depois da sabotagem no workshop — Dorcas tinha conseguido humilhar Lily no evento, embora Marlene tenha conseguido se safar. E ironicamente, James não podia fazer nada. Foi Sirius quem foi ao auxílio da menina, mostrando o bom namorado que era.

— Não sei se você sabe, mas Lily Evans ultrapassou Mary MacDonnald nas pesquisas, depois que Sirius se juntou a campanha dela — resmungou Dorcas —, não posso, nem vou, pegar leve com ela. Se estivesse realmente preocupado, não estava aqui.

— Tem razão.

James concordou porquê de fato ela tinha razão. Estava sendo um idiota com Lily, porém nunca tinha oferecido nada diferente. Estar com a garota era uma coisa totalmente inesperada, mesmo que James se sentisse atraído por ela desde aquela bendita quinta-feira, onde ela riu dele e mexeu naquele piercing demoníaco com a língua.

Lily não usava mais o piercing havia umas três semanas, James tinha reparado, quando ele perguntou o porquê, ela disse que Sirius não gostava, nem Marlene.

Ele adorava o senso de humor dela, e seu sarcasmo, os gostos para livros e músicas, e a forma como ela conseguia compreender as teorias mais mirabolantes de James e sacar as referências do nerd que tinha dentro dele. Passaria o resto de sua vida beijando Lily, se possível, e era viciado pela maciez da pele dela, a textura e cor dos seus cabelos, a cor dos seus olhos, a forma como Lily sorria e mesmo quando fechava os olhos e se perdia em pensamentos. Entretanto, nada disso era o suficiente. E ultimamente, ele não estava mais reconhecendo a mesma Lily na qual ele tinha beijado com uma intenção e perdido o rumo.

— Você era vermelho e gostava de mim porque eu era azul — repetiu ela junto com a cantora, enquanto ouviam rádio no carro, um nos braços do outro. — Você me tocou e de repente eu era um céu lilás, então você decidiu que roxo apenas não era para você.

James olhou pela janela e perguntou-se se Lily Evans conseguia mesmo ler seus pensamentos.

James balançou a cabeça e tentou afastar Lily de seus pensamentos por alguns instantes. Tinha negócios a tratar.

Dorcas e ele discutiram planos, até os dois estarem satisfeitos e com seus objetivos assegurados. Ela era uma boa aliada para James, muito mais sofisticada, individualista e cruel em seus próprios planos. Capaz de fabricar toda uma personalidade e sabotar diversas vezes o adversário. Seus planos eram bem mais eficazes, talvez porque ela não tivesse um ódio propriamente dito como Marlene e James, só tinha um objetivo especifico, terminar o ensino médio no topo, nem que pra isso tivesse que sacrificar amizades, gostos e a própria saúde. James sabia que os pais a incentivavam a ser a melhor, sempre a melhor, ela era uma princesa, e não poderia falhar. James pensava que a vida dela devia ser bem miserável.

Quando James nasceu, os pais o consideraram um milagre. O casal já tinha idade, e praticamente todos os médicos haviam diagnosticado a infertilidade do casal, até que James foi concebido. Foi uma gestação difícil, e as chances do aborto eram grandes, mas contra todas as indicações, James Potter nasceu forte e saudável, com uma curiosidade e perspicácia sem igual.

Um bebê lindo, uma criança esperta, um garoto sem igual, idolatrado pelos pais e com um carisma único, ninguém poderia dizer que James Potter não teria um futuro brilhante.

— Por isso o preconceito contra todos é indesculpável! — dizia a professora do jardim de infância.

— E quem seria tão mau em fazer isso com alguém só por causa da cor dela e de quem ela gosta? — perguntou James, que naquela tenra idade quase não conhecia nada além do seu mundo completamente amado e perfeito.

— Um homem deu um soco no papai uma vez — contou um garoto, com o cabelo preto e olhos cinza, que James tinha brincado o dia todo. — Porque papai disse que ele era um lixo, porque ele estava com um outro homem. Isso é preconceito, não é? — perguntou ele para James, que arregalou os olhos.

— Puxa, cara, e eu que achei que você fosse legal! — exclamou o Potter.

— Não quero ser como o papai — disse o menino. James acreditou nisso por muito tempo.

Sirius e ele foram amigos do jardim de infância até o começo do ensino médio. Descobriram as brincadeiras juntos, e os esportes. Sabiam sem pestanejar os gostos um do outro, e seus medos. E se por um lado, os pais de Sirius odiavam a amizade, por outro, os pais de James faziam questão.

— Eu não aguento mais! — gritou Sirius, chutando uma das cadeiras do quarto de James. — Não consigo ficar mais nenhum minuto naquela casa, eles são completamente abomináveis, James, eu sinto nojo deles, nojo! Não sei nem se posso chamá-los de pais! Eu não aguento mais ficar naquela casa.

— Então vem para cá — ofereceu James, de coração aberto.

De fato, meses depois Sirius fugiu de casa e foi bater na porta dos Potter, que o acolheram de braços abertos. Aquela foi, provavelmente, uma das épocas mais felizes da vida dos dois. Porém, alguns meses depois, os Black entraram com um processo contra os Potter, e Sirius resolveu voltar para casa. Nada havia mudado, os pais ainda tentavam moldar fortemente o garoto. Não havia respeito, apenas agressões verbais e humilhação.

A situação ameaçava estourar a qualquer momento, mas enquanto isso, eles iam levando. James e Sirius eram os melhores em tudo o que faziam, embora James fosse mais atraído ao sucesso, uma vez que não carregava um sobrenome amargo.

Os dois conheceram o prazer das festas, bebidas e garotas, e começaram a vislumbrar um futuro brilhante para ambos. Eles eram como irmãos, não há nada que um não faria pelo outro.

Em uma dessas festas, ambos beberam tudo que podiam. James havia perdido a conta de quantas bocas havia beijado, e Sirius se alternava entre beijar Marlene McKinnon — a garota de minissaia e botas, com tranças no cabelo e acne — e sumir.

— Eu estou tão bêbado, quero ir para casa — James gritou quando encontrou Sirius, que estava se agarrando com uma menina que não era Marlene. Sirius concordou e nesse momento a morena apareceu e começou a gritar com eles, sobre Sirius “usá-la e depois jogar fora”. James ia saindo da festa, e não deixava de escutar os gritos de Marlene.

Mais tarde, ele ouviu outra espécie de grito quando o carro atingiu Remus Lupin.

Se James fosse definir um ponto de sua vida, onde as coisas começaram a dar errado, o ponto foi esse. Enquanto esperava ambulância, naquela chuva, ele não esperava nada do que vinha pela frente.

Os pais de James eram influentes, como o garoto prestou socorro, cooperou, e Remus não se feriu gravemente, ele não chegou a ser detido. Mas foram oito meses de serviço comunitário, foi retirado o direito a uma carteira de habilitação provisória, por alguns anos e os pais arcaram com multas e indenizações.

A senhora Black, amável como sempre, entregou à escola um abaixo assinado para que James fosse expulso, alegando que o garoto era má influência para os outros jovens. Ele não foi, mas havia sido suspenso por algumas semanas, e durante um tempo, não viu mais Sirius Black.

Todo dia ele ligava, mas não podia sair de casa, e Sirius não aparecia. Quando voltou a escola, procurou o amigo, que lhe disse que a mãe estava pegando no pé dele. Mas que ia ficar tudo bem.

Nunca ficou.

Sirius obviamente evitava a companhia de James, e estava cada dia mais distante. James, de melhor aluno, passou para o último lugar, por ter perdido tanta coisa. Fora expulso do time da escola, e do grupo de debate, as outras crianças evitavam estar onde ele estava, James era um marginal.

— Eu preciso falar com você — disse James, encurralando Sirius, que saía do treino. Havia sido eleito capitão, pelo que James soube.

— Ah! Oi, James — sorriu Sirius, meio sem jeito. — Agora eu não posso, tenho que ir, sabe? — e com isso, deu as costas e saiu.

— OLHA PARA MIM, SEU FILHO DA PUTA! — gritou James, partindo para cima de Sirius.

— Qual o seu problema? — gritou Sirius, se afastando do Potter.

— Qual o meu problema?! Depois de tudo o que eu fiz para você, seu desgraçado?!

Foi James quem deu o primeiro soco, e o próximo, e o que veio depois. Sirius pouco revidou, tentou se defender até que o resto do time apareceu e tirou James de cima dele. O Potter foi suspenso por mais três semanas, mas dessa vez foi diferente. James não ligava mais.

Ele assumiu a pose de badboy da escola, e mudou seu status de perdedor, para garoto legal. Não se importou mais em conseguiu recuperar notas, nem que ninguém de fato gostasse dele. Todo o amor que tinha por Sirius havia se transformado em ódio, que ele distribuía por onde quer que fosse. No começo, Sirius ignorava e o deixava falando sozinho nos corredores. O Black estava em ascensão, o garoto mais popular do colégio, o primeiro em tudo, sem mais concorrentes. Porém com o tempo, Sirius entrou no jogo, e os dois declararam guerra um ao outro. Era o fim de uma amizade.

— Vamos começar a empacotar? — perguntou a mãe de James quando ele chegou em casa.

— Falta muito tempo, mãe — desconversou ele, indo para a cozinha.

— Meses, James — respondeu ela, seguindo-o. — Querido, precisamos encarar esse fato logo. Dentro de alguns meses você está embarcando para os Estados Unidos. Você não pode adiar isso.

— Não estou adiando nada — respondeu ele na defensiva.

— Não, é? A garota que você está saindo, por exemplo, ela já sabe disso? — questionou a mãe dele, cruzando os braços.

— Qual é, mãe? Já disse que não estou saindo com ninguém — resmungou ele.

Não havia contado para Lily, nem para ninguém. Não foi aceito em nenhuma faculdade, por causa do currículo manchado, nem ia ser. Havia, entretanto, uma boa nos Estados Unidos que aceitou sua inscrição. Anos e anos de sonhos dos pais, que ele ia cursar a mesma faculdade deles, e James tinha que ir para outro continente, por causa de uma estupidez.

Foi para seu quarto pegou uns livros que estava usando para ajudar Lily. A menina estava progredindo rapidamente.

— Mãe? — chamou ele, descendo as escadas. — Papai ainda contribui para aquele fundo de auxílio em bolsas de estudo?

Ele era um idiota com Lily, mas pelo menos uma coisa boa faria por ela.

***

— Claro que não vou expor a Dorcas! Nunca faria algo assim com ela!

A frase não deixava a mente de Dorcas. Marlene havia gritado isso com Lily, e ela ouviu.

Nunca faria nada assim? Não parecia a mesma Marlene.

Abriu no computador uma foto antiga, Marlene e ela de saias brancas e raquetes de tênis. Amigas inseparáveis, competidoras acirradas, embora na maior parte das vezes, Marlene levasse a melhor. A morena era mais obstinada e competitiva, enquanto Dorcas gostava de natureza, artes, sentimentos. Bom, aquela Dorcas gostava. Essa Dorcas gostava de ser a melhor.

— Essa menina é uma má influência — dizia a mãe. — Afaste-se dela, Doe. Ela só quer te pôr para baixo.

Marlene dizia coisa ruins sobre a mãe de Dorcas, e ultimamente ia a festas e estava sempre atrás de garotos.

— Mais uma nota baixa, Dorcas? — gritou a mãe.

— Não foi baixa!

— Foi a melhor? — questionou a mulher.

— Não... — anuiu a menina, de cabeça baixa. — A melhor foi a de Marlene.

— Então não serve. Ruim. Você é um desgosto para mim. Gorda e burra.

Após ouvir aquilo todo dia, toda hora, Dorcas começou a acreditar. Ela era um desgosto, nunca ia atingir objetivos concretos daquela forma. E a culpada era Marlene.

— Dorcas, o que você está fazendo? — gritou a morena, quando pegou ela ajoelhada em frente ao vaso, vomitando o jantar.

— Não é da sua conta! — gritou a loira, se afastando.

— Claro que é! É a sua saúde! Para com isso, você não vê que já está magra? — argumentou Lene, com lágrimas nos olhos.

— Vai cuidar da sua vida, Lene! Não preciso de você, você só quer me ver para baixo, pior do que você!

— O quê? — exclamou a morena, lágrimas rolando.

— Você é uma vadia, e é isso que quer que eu seja, tão perdida quanto você — Dorcas destilou seu veneno. — Quem está mal, sempre quer ver o outro pior. Você é uma puta invejosa, Marlene McKinnon!

Ela chegou a se arrepender do que disse, mas Marlene já tinha ido. A mãe disse que estava certa, e finalmente tinha feito uma escolha certa na vida. Marlene parecia ter escancarado sua vida sexual e se autodeclarado uma vadia, como se para provar alguma coisa para Dorcas, quem sabe. Dorcas tinha pena dela, Marlene era fraca, ia perder a coroa e o que mais quisesse tirar de Dorcas.

— Eu me sinto diferente com você — disse Dorcas, apoiada no peito de um garoto, sentada em um parque.

— Você pode sempre ser honesta comigo, Dorcas — disse Remus, apertando-a em seus braços. — Não há nada em você que seja tão feio quanto o que há dentro de mim.

— Você me vê — concordou ela. — E mesmo assim não foge.

Dorcas revirou a memória, e perguntou-se se era justo fugir dele agora. Mas ela confiava nos pais. Tinha que confiar.

***

Lily inventou uma desculpa e saiu da casa dele. Sirius tinha brincado com ela hoje, fazendo-a pensar que tinha furado um compromisso com ele. O Black adorava brincar assim com ela, era sua vingança. Ver Lily se descabelar para manter viva aquela relação. Uma relação que Sirius sabia muito bem que era falsa.

Foi tão por acaso, Sirius estava passando em uma rua qualquer, quando viu James, Marlene e Lily. Não foi difícil deduzir o resto. Continuou com a farsa, para ver o que James queria com ele dessa vez, e a McKinnon também.

Até agora não tinha deduzido muita coisa. Mas James e a McKinnon nem sabiam que na verdade o estavam ajudando. Os pais do garoto haviam começado a pegar muito no pé dele por não ter uma namorada. Lily servia bem no papel. Os pais não gostavam muito, mas ela se mantinha dócil. Os cabelos coloridos eram um toque perfeito de rebeldia.

Não que Sirius fosse rebelde. Havia entendido que precisava dos pais, e que eles, apesar de todos os defeitos, sempre estariam ali por ele. Tinha se iludido, achando que poderia fabricar uma família, que o apoiaria sempre, mas no final, eram os Black que sempre estavam ali por ele. Tratava de ser o melhor filho que podia, e era bom ser reconhecido. Descobriu também que tinha um irmão que precisava dele, não abandonaria Regulus nunca mais.

Sorriu para os contatos em seu celular e perguntou-se o que sua “namorada” estaria fazendo agora.  Não tinha ressentimentos por Lily, ela era doce e interessante,

— Vocês tentaram? — perguntou ela uma vez. — Você e James tentaram se entender?

— Não — admitiu ele.

— Vocês deviam — disse ela. O garoto se perguntou se era essa a intenção de James, se reaproximar de Sirius. Mas não fazia muito sentido... O garoto o odiava, nunca fizera esforço para entende-lo.

— Ele nunca daria o braço a torcer.

— Você deveria começar então. Quem sabe...

Não conseguia esquecer aquilo. Seria possível? James e ele se entenderem? Sirius tinha dúvidas se compensava realmente.

Abriu a gaveta e tirou uma foto desgastada, de dois garotos risonhos.

— Eu tenho tanta coisa para dizer para você — sussurrou ele para a foto. — Anos de coisas acumuladas. Sinto sua falta, mano...

Guardou a foto na gaveta e decidiu fazer algo mais interessante, era hora de trair sua namoradinha.



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