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História 5 Dias de Sonhos - Sonhos são Reais


Escrita por: TrooperAT

Notas do Autor


Estou um pouco inspirado esses dias e por incrível que pareça estou melhor da cabeça então...
Aqui está o capitulo 15 e eu estou realmente acreditando que vou terminar ainda esse mês do jeito que está indo.

Capítulo 15 - Sonhos são Reais


Dia 4 - pt 15


Eu não sei quanto tempo eu fiquei ali de joelhos olhando a aliança de Susan.
Mas eu havia entendido tudo que ela tinha feito.
Por isso mesmo eu não podia partir, agora mesmo é que eu não podia partir.
Sebastian, e os outros haviam me deixado só no meu quarto e provavelmente estavam na sala conversando.
Eu finalmente me levantei e peguei o anel que Susan havia deixado e fui andando até as escadas.
Ao chegar nas escadas eu percebi que fui ficando tonto e minha vista foi escurecendo.
Não dei muita atenção e continuei meu trajeto.
Desci rapidamente as escadas e fui até o elevador cambaleando e me segurando nos móveis enquanto minha vista voltava ao normal.
"Senhor! Onde o Senhor vai?!" - Falou Sebastian preocupado da cozinha.
"Gabriel, onde você está indo?!" - Ellen também perguntou.
Rodolph estranhamente não havia dito nada.
Eu impedi Sebastian e Ellen de entrarem no elevador comigo colocando minha mão pra frente para que eles pararem.
"Mas..." - Falou Sebastian.
Porém Rodolph chegou atrás deles, olhou nos meus olhos e ficou na frente do elevador impedindo-os.
"Rodolph! Saia da frente, ele não pode sair assim!" - Falou Ellen.
Foi a última coisa que ouvi, pois o elevador havia fechado e eu já estava descendo.
Ao chegar na garagem, eu lembrei que não sabia dirigir e que no meu estado era melhor nem tentar aprender.
Ao chegar do lado de fora eu também percebi que não sei aonde Susan mora, então apenas sai andando pela cidade de calça de moletom e descalço que era a roupa que eu passei o dia todo e que costumo ficar na madrugada pra me sentir confortável enquanto assisto tv.
Eu não sabia por onde ir ou para onde ir, eu estava tonto e cambaleando para todos os lados.
Resolvi ir para uma das lojas de roupa da Susan, afinal eu poderia acabar fazendo ela ir pra lá de algum modo.
Ao menos era o que imaginava.
Caminhei por mais de 10 minutos e encontrei a loja onde eu recebi a minha aliança. Aquela mesma que estava no meu pescoço naquele momento.
Entrei e me virei para a atendente.
"Essa é uma das filiais da Susan?" - Perguntei.
"Senhor Gabriel?" - A atendente perguntou.
Ela me reconheceu, ainda bem. Poupava trabalho.
"Eu perguntei se essa é uma das lojas da Susan." - Falei grosseiramente.
Não estava ali para perder tempo, precisava encontrar ela.
"N-Não, ela vem aqui com certa frequência mas somente com o senhor." - A atendente respondeu.
"Onde posso encontrar ela?" - Perguntei.
"Posso ligar para ela e pedir para ela vir aqui, se o Senhor quiser." - A Atendente falou.
"Faça, e diga que vou esperar ela até ela chegar." - Respondi enquanto me encostava e sentava no chão do fundo da loja.
Ela foi rápida, ligou para Susan mas eu podia imaginar ela dizendo que não iria fazer isso e que era pra me fazer ir pra casa ou algo do tipo.
E foi basicamente o que aconteceu, a atendente me disse que Susan não queria mais me ver e que era para eu ir embora logo.
"Diga a ela que eu não vou sair daqui até ela chegar." - Disse para a atendente.
Na verdade eu disse isso umas 5 vezes no total pois a atendente ligou várias vezes, e conhecendo Susan eu sabia que ela não iria vir tão facilmente.
Passou um tempo e as pessoas que entravam e as que já estavam, e até as que saiam da loja me olhavam estranho.
Eu notava mas não estava nem ai, quem liga se eu estou com olheiras enormes ou se estou pálido. Ou se mal estou enxergando.
Eu quero Susan, e não sairei daquele mundo até falar com ela.
Depois de mais um tempo a atendente começou a se preocupar e perguntou se eu queria beber algo.
"Traga um energético." - Falei friamente enquanto ainda olhava para a aliança da Susan nas minhas mãos.
Era difícil me manter acordado e consciente, eu muitas vezes não conseguia compreender o que as pessoas na loja falavam pra mim ou de mim.
Ela me trouxe uma garrafa de energético, que teria que me manter acordado por mais um tempo.
Eu estava falando pouco naquele dia, estava tentando guardar o pouco de energia que me restava.
Passou mais um tempo e o Rodolph chegou na loja com o Sebastian e a Ellen.
Ele pediu para que eles ficassem do lado de fora e ele entrou e sentou do meu lado.
Ele não falou nada, ele parecia entender o que estava se passando.
Era estranho. Provavelmente por ele ser a representação de um irmão que eu sempre quis ter na minha cabeça.
Ou por ele ser bem parecido comigo.
Me peguei pensando enquanto olhava para a aliança de Susan. Existem cerca de 7 pessoas no mundo que são aparentemente idênticas a você.
Isso é incrível, quem sabe quando eu chegar em casa procuro uma delas e conheço um Rodolph.
Ellen e Sebastian entraram na loja varias vezes, preocupados claro. Mas sempre que entravam Rodolph fazia um gesto com a mão e eles saiam.
Ellen estava com um vestido rosa com um cinto dourado na sua cintura, Sebastian com sua roupa de sempre. Será que ele tem vários desses no guarda-roupa?
E Rodolph estava com um sobretudo castanho e com uma roupa que parecia ser de um investigador meio acinzentada por baixo dele.
Eu imaginei se ele era um investigador, ou era só estilo mesmo.
Não tenho a menor ideia do que Ellen e Rodolph trabalham, era estranho mas nunca perguntei então não tinha como saber.
Susan cadê você. - Pensei.
Já era de noite, o Sol já havia se posto e a loja deveria, eu imaginava, ter fechado mas... não agora.
Aparentemente as pessoas ali me respeitavam muito.
Do lado de fora se juntaram jornalistas, fotógrafos e um monte de gente que julguei serem só pessoas fofoqueiras e curiosas me olhando da vitrine como se eu fosse apenas um manequim a venda.
Um bem estranho, sentado, seminu, com frio e olheiras.
Sebastian e Ellen os continham impedindo de atravessar, segurando a porta.
As coitadas que trabalhavam naquele lugar estavam ali o dia inteiro e eu não iria deixar elas voltarem para casa até ter Susan ali comigo.
Passou-se mais uma hora, ao menos eu julgava ser uma hora. A Euforia dos jornalistas havia diminuído e eles já estavam começando a conversar entre si do lado de fora mais calmos.
Sobre mim eu imaginava.
Mas ainda tinha algumas pessoas que tiravam fotos minhas do lado de fora através das portas de vidro.
Eu estava surpreso com Rodolph, ele ainda estava ali sentado do meu lado sem fazer nada.
Eu continuava olhando para a aliança de Susan.
"Quer que eu leia?" - Perguntou Rodolph percebendo o que eu estava tentando fazer.
Eu realmente não conseguia ler o que estava escrito, minha vista estava completamente embaçada e escurecendo. As letras nem conseguiam formar uma palavra na minha cabeça. Letras eu disse? Eu nem conseguia dizer se eram letras aquela altura.
Eu entreguei para ele e ele a pegou e colocou perto do seu rosto.
"Sonhos são reais." - Disse Rodolph.
Sem perceber descia uma lágrima do meu rosto. Aquela frase era diferente da minha aliança.
Não sei se era por provavelmente algum erro por aquela não ser a primeira aliança ou algo do tipo.
Mas aquela frase era perfeita.
Ele me devolveu a aliança e ficamos mais um tempo sentados até que Susan chegou.
Eu a vi do lado de fora tentando passar pelos jornalistas que faziam perguntas que eu sequer conseguia entender, imagino que nem ela.
"Susan." - Eu disse baixinho.
Não intencionalmente, minha voz estava falhando tanto quanto todos os meus outros sentidos.
Ela com a ajuda do Sebastian e da Ellen conseguiu entrar na loja e já estava chorando e irritada naquele vestido negro que ela vestia.
Ela está linda. - Pensei.
Ela parou e entregou sua bolsa para uma das atendentes que provavelmente perguntou se ela estava bem.
Não consegui entender, estava bem longe ainda.
Ela veio andando para perto de mim e respirou fundo.
Queria que cada passo daqueles fosse eterno.
Eu só pensava nela. E ali estava ela, a mulher dos meus sonhos.
Literalmente. - Pensei rindo comigo mesmo.
Eu me levantei bruscamente quando ela foi chegando perto e com a aliança dela em mãos eu cai.
Não conseguia dizer nada, ainda via algumas coisas mas não era tudo.
A aliança havia soltado da minha mão e saiu rolando pelo chão da loja.
Eu não conseguia alcançar, estava muito fraco e cansado.
Não posso sair sem falar para ela, não posso dormir sem falar para ela.
Susan veio correndo em minha direção e se ajoelhou do meu lado, Rodolph se levantou e se ajoelhou perto de mim.
Acho que eles perguntavam se eu estava bem, e gritaram por um médico ou algo do tipo.
Eu só olhava para Susan, seus olhos azuis e suas lágrimas que desciam pelo seu rosto.
Seu cabelo vermelho e curto. Acho que nunca cheguei a comentar como eu amo cabelos curtos.
E o dela era incrível, ia até o ombro. Era lindo assim como ela por completo.
Sebastian e Ellen apavorados tentavam conter todos aqueles jornalistas eufóricos parecendo urubus em cima da carne.
Mas eu apesar de ter percebido isso só tinha olhos pra uma pessoa.
"Su... san..." - Falei.


Notas Finais


Nem eu acredito que já estou perto do final.
Depois de tanto enrolar, aqui vamos nós.
Já estou com o próximo projeto em andamento e fiz até um capitulo, mas só vou postar quando terminar esse.
Espero que tenham gostado e até o próximo.


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