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História 5 Garotos e Um Bolinho Obscuro - Bolinho com Recheio de Sangue


Escrita por: corebalier

Capítulo 1 - Bolinho com Recheio de Sangue


Acordo atrasado de novo, às 5 horas da manhã. Vou para o banheiro e tomo um banho rápido. Me arrumo, arrumo minha mochila, bebo um leite e escovo os dentes, preparado para ir. Ah, não ainda. Tem algo na minha barriga querendo sair. Volto ao banheiro, e saio de lá sabendo que já estou muito atrasado. Sem nem olhar para o relógio, saio rápido de casa. A rua está vazia e o céu já está um pouco claro. Está chuviscando um pouco, mas eu vou andando rápido em direção ao ponto de ônibus. Quando um carro aparece, me escondo nas sombras. Só não tenho mais pavor de ladrões do que de ratos.

Então chego ao meu destino, e é aí que começa minha viagem monótona para escola. Mas só importa quando chego ao ponto final e tenho que andar bem rápido para não chegar tão atrasado para escola. Claro que, ao chegar perto do colégio, eu ando lentamente, para parecer bad boy, sei lá se cola, mas é melhor que ser apenas preguiçoso e lento demais para se arrumar.

Entro na sala de fininho e me sento perto de 4 caras, que, sem novidade alguma, estão falando sobre um jogo chamado League of Legends. 30 minutos depois, me ligo que a aula tá um saco e que eu queria estar em casa, pelo menos vendo um daqueles gostosos desenhos animados do início da manhã, e, enquanto devaneio com episódios antigos de Bob Esponja, sou surpreendido por um cara na minha frente.

- A gente tem que terminar aquele trabalho de História! - diz um dos 4 caras com quem sentei junto.
- Ah, é, vamos fazer no recreio - respondo.
- Beleza então - ele responde.

Eu tinha esquecido totalmente daquele trabalho. Eu e estes 4 caras formamos um grupo e tínhamos que fazer eu-não-sei-o-quê, só sei que é pra hoje.

Vegeto até o fim da aula, quando a sineta toca e toda a turma (menos eu e esses 4 moleques) saem para tomar o lanche, dar uns beijinhos, conversar e fazer nada. Esses dois últimos todo mundo faz durante as aulas, e eu estava fazendo também, enquanto terminávamos o trabalho (na verdade a gente só tinha que terminar de copiar um texto, o que levou 10 minutos e só um aluno para concluir). De resto, foi só conversa jogada fora. Quando um dos caras sugere o resto de nós a irmos pegar o lanche, a sineta toca novamente, anunciando o final da aula. 

Alguns minutos depois, pessoas já estão entrando na sala. Eu ouço um deles comentar:
- Aquele bolinho tava com o maior gostão de merda!

Não consigo segurar a risada, e  estou com a cara enfiada nos braços quando escuto um dos alunos que entrou na sala dizendo:
- Professor faltou, gente.

Então os alunos que entraram, todos, desceram novamente pelas escadas, alguns glorificando a falta do professor, porque não tinham feito o trabalho, com o último a sair fechando a porta, sobrando, novamente, apenas nós 5.

Então a gente perde 1 hora lá, escutando rock genérico que alguém em algum momento botou para tocar, falando coisas inúteis e escrevendo no quadro negro com restos de giz de cera ofensas uns aos outros e imagens que deveriam ser pênis, quando alguém comenta que está com fome. Isso parece gerar uma reação em cadeia, porque, repentinamente, todos dizem sentir fome. Então a gente desce para comprar um lanche na cantina. 

Enquanto andamos, nos deparamos com uma coisa engraçada: o portão que dá para o resto da escola, escada abaixo, está fechado. A gente estranha, mas acha que provavelmente foi uma brincadeira de algum aluno. Uma chave está no chão, bem ao lado do portão. Eu tento abrir o portão com a chave e funciona, então descemos as escadas. A escola parece vazia demais, mesmo para horário de aula. Mas, ainda se ouvem alguns gritos ao longe, sinal de presença.

Chegamos à cantina, mas não tem ninguém lá. Esperamos alguém aparecer, e, decorridos 3 minutos, decidimos dar uma olhada por cima do balcão, sem compromisso algum. E lá está a moça da cantina. Ou o que já tinha sido ela, porque metade do rosto dela estava desfigurado.

Aí nós entramos em pânico. E, nesse momento, ouvimos um rosnar às nossas costas. Nos viramos. Uma garota com um olhar faminto encarava a gente. Seria até legal, se ela não estivesse com um intestino enorme bem seguro na boca, enquanto pingava sangue do seu cabelo.



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