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História 5 Orgasms - Quinto- O último


Escrita por: Learos

Notas do Autor


E está completa, espero que gostem. <3

Obs: Queria pedir para que, caso você encontre um erro de digitação, então por favor me dê um toque. Esse capítulo é muito grande e esse tipo de erro acaba facilmente passando por minha inspeção de qualidade. Muito obrigada e três beijo na bunda. <3

Capítulo 5 - Quinto- O último


Era uma tarde tranquila e aparentemente normal, mas graças a uma ligação de seu ex-colega de banda tudo virou de cabeça para baixo. Paul por pouco não caiu da cadeira quando pelo telefone escutou John convida-lo para fazer uma visita em Nova Iorque. Uma visita particular segundo o próprio Lennon, sem Linda, sem Yoko, sem crianças, apenas os dois, um pouco de álcool e muita conversa. Paul nunca esteve tão ansioso para um dia chegar como o dia combinado.

Fazia um bom tempo que os dois músicos haviam voltado a conversar, primeiro por telefone, conversas curtas no começo, mas que depois da quinta ligação passavam a durar por mais de meia hora. Então começaram as visitas, foi um verdadeiro choque para Paul se encontrar pessoalmente com John pela primeira vez depois de anos. Lennon estava diferente, magro, sério e com um olhar que não lhe pertencia. Ainda assim, Paul nunca havia ficado tão inquieto, suas mãos suavam a todo momento e era apenas John lançar-lhe um olhar para que suas bochechas corassem e Paul acabasse esquecendo o raciocínio. Por sorte não foi percebido por ninguém, com exceção de Linda, que a cada minuto perguntava preocupada se Paul se sentia bem ou se estava febril.

As reações de seu corpo na presença de John eram um completo mistério para ele. John sempre foi seu melhor amigo, por um tempo amante as escondidas, o conhecia de todas as maneiras e ângulos. Tinha a total noção de que, mesmo que esses tempos tenham acabado e sua relação com Lennon já não seja mais a mesma, John continuava sendo o mesmo John. Então por que essa timidez exagerada o invadia em todos os encontros anteriores? Por que diabos todos os sentimentos que Paul lutou e sofreu por um bom tempo para enterrar estavam voltando mais fortes do que nunca? John parecia o perseguir em todos os momentos, para o resto de sua vida, e isso poderia muito bem assombrar Paul se este não estivesse tão feliz em ter John novamente fazendo parte de seus planos.

Apesar disso, se parassem para analisar bem, a culpa de todo esse resgate a algo que já deveria estar esquecido não partia apenas de um lado, Paul tinha em sua consciência que cada música que fez, seja com intuito de provocar e humilhar John, ou simplesmente implorar para que o mais velho o fizesse uma ligação, iria fortalecer aquela bomba de sentimentos que ambos negavam diante das câmeras fielmente ainda existir. Piorava quando Paul era correspondido com canções do mesmo naipe, John até mesmo ia mais longe, ousando dizer em meio a letra de cada uma delas o quanto ainda sentia falta de um certo alguém, como se sentia culpado pelas coisas que aconteceram e sua enorme vontade de ter novamente essa pessoa ao seu lado.

Todos os sinais estavam ali, tanto para Paul quanto para John, sinais explícitos de que ainda precisavam um do outro. Não somente em questões musicais, a famosa rivalidade e parceria Lennon/McCartney, como também em questões sentimentais, ouvir a voz do outro com frequência, ouvir a risada, sentir a presença. E mesmo que negassem, mesmo que fizessem de tudo para prejudicar ou magoar um ao outro com aquele falso ódio, os dois sabiam que nada havia mudado e que dariam de tudo para voltar a Liverpool dos anos 50, exatamente no dia que se conheceram, e começar tudo de novo em busca de um futuro diferente.

Entretanto, Assim como encontrar as respostas para tudo aquilo era fácil, não podia se dizer o mesmo de aceitar, afinal, era só refletir muito sobre isso que Paul logo obrigava aqueles pensamentos a deixarem sua cabeça assim que começavam a fazer sentido.

Então, nos dias que restaram entre o convite e o encontro, Paul repetiu mentalmente, fosse deitado em sua cama e olhando para o teto, encarando as costas de Linda conforme a mulher dormia pacificamente, ou simplesmente se encarando diante do espelho de seu banheiro, que não importa o que acontecesse naquela visita, não importa o que John quisesse fazer, ele não tomaria qualquer atitude que não quisesse tomar. Entretanto, em todas essas reflexões Paul chegava ao mesmo e terrível dilema... O que ele realmente queria afinal?

Queria a amizade de John novamente? Por deus, isso seria maravilhoso, era o que Paul mais desejava, ser mais uma vez alguém extremamente relevante na vida de Lennon, quem sabe voltar a ser seu melhor amigo. Queria voltar a compor com John? Talvez, mesmo que isso provavelmente trouxesse memórias doloridas daquilo que tanto Paul quanto John um dia julgavam ser perfeito. Queria beijar Lennon? Dormir com ele? Dar outra chance para o estranho relacionamento que tinham e arriscar mais uma vez sua própria felicidade para as enormes chances de sair muito machucado daquilo? Arriscar seu feliz e estável casamento com Linda por alguém que simplesmente o abandonou em um dos momentos que mais precisava? Era exatamente nessa pergunta que Paul cessava.

Não, ele não poderia fazer aquilo, não poderia fazer aquilo com Linda, com seus filhos, seu casamento... Não poderia fazer aquilo consigo mesmo.

Assim ficou o pensamento de Paul durante aqueles dias. Negando que aqueles sentimentos ainda existissem, negando que ainda sentia qualquer vontade por Lennon, mesmo que o simples devaneio com o encontro que estava por vir já fosse o suficiente para Paul sentir seu corpo esquentar e o sangue descer excitadamente para sua virilha.

E quando finalmente o dia em questão chegou, Paul já estava, quinze minutos adiantado, aguardando na frente da porta do apartamento de John.

No exato momento em que os ponteiros do relógio alcançaram em ponto o horário combinado, seu punho encontrou a madeira da porta com três batidas firmes.

O coração de Paul palpitou excitadamente quando John abriu a porta e quase pulou de sua boca quando percebeu o quão arrumado John estava. O mais velho vestia uma calça social e uma blusa branca, seu cabelo estava ajeitado para trás e alguns fios de sua franja descansavam sobre a testa, a falta de pelos em seu rosto entregava que havia acabado de se barbear, tinha um sorriso jovial nos lábios finos e lançava para Paul um olhar contente e vivo, muito diferente do Lennon magro com o qual se deparou em sua primeira visita após a reconciliação. Se não fossem por leves marcas de expressão, o cabelo suavemente grisalho e seus óculos de aro redondo que ainda marcavam presença em seu nariz aquilino, Paul poderia dizer que estava cara a cara com o jovem Johnny teddy boy.

Foi nesse momento que Paul esqueceu todas as promessas e reflexões diante do espelho. Amizade? Quem Paul estava tentando enganar? John estava lindo e Paul não conseguia pensar em nada além da enorme vontade que ainda sentia pelo homem a sua frente.

Seria abusar da “amizade” agarrar o rosto de Lennon e dar-lhe um lento e profundo beijo de saudades? Se pudesse ler os pensamentos de John e confirmar que aquele sentimento era recíproco, Paul já o teria agarrado sem pensar duas vezes.

No entanto, a teoria sempre foi mais fácil do que a prática e, ao contrário do que Paul queria tanto fazer naquele momento, ele acabou simplesmente erguendo a mão para cumprimentar John de forma educada. Após analisar Paul dos pés a cabeça, Lennon o imitou, porém, quando sua mão entrou em contato com a de Paul, ele surpreendeu o mais novo o puxando para o próprio corpo e o envolvendo com um forte abraço. Paul sentiu suas bochechas esquentarem quando John enterrou o rosto em seu pescoço e murmurou “Parece que algumas coisas não mudam, hein? As mesmas calças apertadas, Macca.”, sentiu arrepios viajarem por seu corpo com aquele contato nostálgico e seus lábios ergueram automaticamente para um sorriso tolo.

Os dois foram para a sala do apartamento de John, onde conversaram por horas, o tempo passava despercebido enquanto os dois músicos trocavam ideias e acontecimentos. John enchia o copo de Paul de vinho sempre que o encontrava vazio, e não era diferente quanto ao próprio copo. Logo, o álcool tomou parte da mente dos dois, fazendo-os rir de qualquer coisa e contar sem qualquer vergonha ou medo dos segredos mais profundos que guardavam.

Tão entretido por John, Paul nem sequer se deu conta do momento em que levantou da poltrona que estava e sentou ao lado de John, no mesmo sofá, uma mão apoiava seu rosto enquanto escutava atentamente uma história aleatória que o outro contava. Foi então que John parou de falar e sorriu para o outro, o olhou de cima para baixo pela quinta vez somente naquela tarde e começou um assunto totalmente inesperado.

—Sabe o que me fez sentir muita vontade de te convidar para passar essa tarde comigo, Macca? — Sua voz já estava um pouco grogue. Paul ergueu as sobrancelhas, questionando-o. —Um sonho. Eu tive um sonho com você. — Paul ruborizou e Lennon, percebendo tal vermelhidão, sorriu para o mais novo.

Algo tocou o joelho de Paul. A mão de Lennon descansava na área, Paul conseguia senti-la queimar sua pele e enviar arrepios por todo seu corpo. Seus olhos retornaram para John e, alheio de seus próprios atos, Paul começou a imita-lo. Quando a língua de John traçou os lábios finos, Paul fez o mesmo com os próprios. Quando John ergueu levemente o tronco do sofá, Paul o imitou. Quando John inclinou para frente, aproximando-se perigosamente de seu rosto, Paul não perdeu tempo para imitar aqueles passos até que estivessem com as testas encostando.

—Esse sonho me fez perceber uma coisa. — John sussurrou cada palavra contra os lábios entreabertos do outro.

Paul sabia que aquele papo de sonho era conversa fiada, mas estava adorando o caminho que a conversa tomava.

—É? — Paul murmurou no mesmo tom sensual. —E o que foi?

A mão que descansava em seu joelho se moveu, viajando até a cintura, o mais velho apertou levemente a área e a acariciou por cima da camisa, a outra foi para a nuca, onde John enrolou os fios escuros entre os dedos. Lennon sorriu, seus olhos assistiam atentamente a cada movimento dos lábios de seu amigo.

—Eu percebi que ainda sinto sua falta.

Paul sentiu seu coração esquentar. Um sorriso cresceu em seus lábios e ele finalmente decidiu o que queria. Paul queria John mais do que nunca e aquela era uma oportunidade perfeita.

—Hm... Eu estou aqui agora...

—Faz tanto tempo.

—Muito tempo. — Paul concordou contra a testa de John. —Muito... Muito. Muito tempo, Johnny.

A mão de Paul subiu pela camisa do amigo e ele começou a brincar com os botões do tecido, soltando-os lentamente, um por um.

—Deus— John soltou um pequeno gemido. Inclinou um pouco o rosto e plantou um breve selinho na boca de Paul. —Eu estou com tanta vontade de te beijar. — Sussurrou. Seus lábios traçaram a bochecha e aos poucos se aproximavam do pescoço, imediatamente Paul ergueu a cabeça para sentir a boca quente de Lennon em sua pele. —Estou com tanta vontade de te marcar só para quando você voltar para os braços da Linda ela ficar o resto da vida te enchendo o saco sobre os vários chupões que encontrou em seu corpo.

Paul soltou uma risada rouca para aquilo. Seus dedos deixaram de trabalhar nos botões da camisa de Lennon para descerem para frente da calça. Sua palma envolveu o volume que lá encontrou e ele acariciou a área.

—Ora essa, parece que temos alguém com segundas intenções por aqui. — John brincou.

—Não foi pra isso que você me chamou?

John estava pronto para responder, mas seus lábios imediatamente fecharam quando a mão de Paul tocou novamente seu peito, desta vez para afasta-lo até que suas costas encontrassem o encosto confortável do sofá. Em um rápido movimento, Paul subiu em seu colo. O rapaz de cabelos escuros tinha seu rosto entre as mãos, permaneciam com as testas encostadas. As mãos de Lennon se dirigiram sem qualquer pudor para as coxas ao redor de seu corpo, deslizando entre elas e as nádegas.

—Macca—

Qualquer palavra foi absorvida, os lábios de Paul grudados nos de Lennon com um beijo faminto fez o trabalho. Era incrível e atordoante o sentimento de nostalgia que os invadiu no mais simples encostar de lábios. Sentir novamente o gosto de John depois de tantos anos, acariciar sua língua com a própria, ter suas salivas misturadas molhando ambos os lábios, a respiração pesada de John contra sua bochecha, tudo parecia parte de um maravilhoso sonho de tão inacreditável que era.

Paul rebolou lentamente sobre John, suas calças ficavam cada vez mais apertadas conforme se roçava contra o abdômen do mais velho. Sentia o volume por baixo de sua bunda latejar e John gemia contra sua boca com cada movimento.

Um desejo repentino despertou na mente de Paul. Ele quebrou o beijo e, capturando rapidamente os lábios de John para um último selinho, se afastou do mais velho e moveu para ajoelhar no chão. Ali, entre as pernas de Lennon, as mãos viajando das coxas do mais velho até o zíper de sua calça, Paul lançou para John um olhar através dos cílios fartos. Ofereceu um sorriso travesso e como resposta sentiu a mão de John acariciar seu cabelo.

Encarou a frente da calça de seu amigo, os olhos atentos analisaram a protuberância que o aguardava. Sentia sua boca encher de água, Paul lambia os lábios distraído.

—Eu já sei o que quero fazer. — Paul disse, mais para si mesmo do que para Lennon.

—É mesmo? E o que seria?

Paul fechou os olhos e trouxe o rosto para perto do tecido esticado a sua frente. Arrastou o nariz na área, depois os lábios, dando um leve selinho no membro coberto pela calça.

—Eu quero te chupar. — Confessou com um baixo gemido. —Posso?

Escutou John soltar uma curta risada. A mão em seu cabelo o segurava firmemente no lugar para encoraja-lo.

—E você ainda pergunta?

Paul levou os dedos ao zíper da calça e o puxou vagarosamente, expondo a cueca de Lennon. Ele segurou no cós daquela última peça que o atrapalhava e a puxou para liberar o membro, que orgulhosamente duro surgiu diante de seu rosto e tão perto de sua boca.

Sem rodeios, Paul apenas lambeu os lábios antes de envolvê-lo com a boca, prendendo a carne pulsante entre seus lábios. Os dedos de John passearam por seu couro cabeludo e ele soltou um suspiro de aprovação.

Fechou os olhos e deleitou-se das várias recordações. Sua língua acariciava tudo quanto é pedaço de pele que conseguia alcançar, traçava veias pulsantes incansavelmente a fim de redecora-las e, sempre que retornava ao tentador topo, parte que Paul mais adorava, Paul circulava e encharcava a glande. Aquele peso novamente contra sua boca, o gosto tão familiar e as reações de Lennon, os gemidos que aos poucos o mais velho começava a liberar, tudo quanto é detalhe excitava Paul de uma maneira que o assustava. Mas foi quando sentiu o pré-gozo tocar sua língua e invadir seu paladar com um gosto tão peculiarmente Lennon que Paul não aguentou e sua mão esquerda começou a descer por seu corpo até que tocasse a própria ereção ainda presa pela calça, acariciando-a e recebendo descargas prazerosas.

—Oh Macca... — John tornou audível o quanto estava se deleitando com aquilo. —Tão bom. Você continua tão bom nisso.

Encorajado e com o ego inflado por tal elogio vindo de Lennon, Paul o retirou de sua boca somente para deslizar os lábios por toda a extensão, lambendo-a e sugando levemente, distribuía beijos por onde seus lábios tocavam. Quando John soltou uma baixa risada nasalada, Paul abriu os olhos e o encarou, oferecendo a John um dos olhares mais safados que já conseguiu fazer.

—Eu já devo ter falado isso para você incontáveis vezes, mas— John engasgou no meio de sua frase quando Paul novamente o abocanhou para traze-lo tão fundo quanto sua garganta aguentava. —Puta merda! — Lennon jogou a cabeça para trás e ofegou para o ar. Sua mão agora segurava firmemente nas mechas escuras do cabelo de Paul. —Você é profissional pra caralho nisso.

Paul soltou uma curta risada ao redor do pênis de John. Sua boca subiu e desceu mais três vezes e, lentamente, seus lábios abandonaram aquele membro teso, Paul assistiu orgulhoso a fina e frágil trilha de saliva que ligava seu lábio inferior à glande se romper, deixando ali, diante de seus olhos, John deliciosamente duro e ofegante.

Tão ligeiro quanto da maneira que se ajoelhou e ofereceu de bom grado para John um maravilhoso trabalho com sua boca, Paul se ergueu e mais uma vez depositou seu peso sobre o colo do amigo. As mãos seguravam o rosto de John firmemente no lugar, com os polegares Paul acariciava a pele de sua bochecha. Paul fechou os olhos e ofereceu uma lambida convidativa aos lábios entreabertos de John antes de ofegar:

—Seu quarto... Eu quero conhecer o seu quarto. Me mostra o seu quarto, Johnny.

—Só se você também quiser conhecer a cama. — John brincou.

 —Se ela for quentinha, os lençóis limpinhos e eu for ganhar uma foda deliciosa nela, então trato feito.

Os dois trocaram algumas risadas. John então levantou e trouxe Paul consigo. Chegou perto do ouvido do mais novo e murmurou sensualmente:

—Vem comigo.

Andaram desajeitados pelo apartamento de John. O mais velho segurava no braço de Paul enquanto o guiava pelo lugar, por vezes o puxava para si a fim de roubar alguns beijos atrapalhados. Quando chegaram ao corredor que daria acesso ao tão necessitado quarto, John colocou Paul contra a parede, esfregando-se desesperadamente contra o corpo do outro, que arqueava por onde John o tocava. Seus lábios finos atacaram o pescoço de Paul e lá deixaram uma orgulhosa marca vermelha.

—Acho que não vou conseguir chegar até o quarto. — John murmurou contra a pele de Paul, sua língua traçou o lóbulo do outro. Sentiu Paul estremecer com o toque. —Te quero agora.

—Johnny... Falta pouco. — Paul ofegou.

—Agora! — John insistiu. Suas mãos seguravam firmemente as coxas de Paul, separando-as para que prensassem suas ereções.

—Hmm... — Mordeu firmemente o lábio inferior, precisava resistir àquela maravilhosa fricção. —Eu não quero fazer isso contra a parede...

Paul conseguiu se livrar do tentador aperto dos braços de John e, com um sorriso triunfante, saiu correndo pelo longo corredor.

—Eu vou encontrar o seu quarto!

—Ah vai? — John disse, seguindo o mais novo. Desafiava Paul com um sorriso. —Você nem sabe onde fica.

Paul continuou a analisar o corredor e, quando se deparou com uma porta dupla branca, Paul já tinha uma aposta. Olhou para Lennon e orgulhoso brincou:

—E agora, o que temos atrás da porta número dois?

Ele a abriu, adentrando o grande quarto. Seus olhos percorriam por todo o canto, examinando e estudando cada detalhe do lugar. Uma cama de casal o agraciou, havia alguns móveis e, assim como o restante do apartamento, tudo era claro, o sol fraco do fim da tarde invadia o quarto e automaticamente a mão de Paul percorreu a parede até achar o interruptor e liga-lo. Foi então que escutou a porta atrás de si bater e duas mãos fortes seguraram em sua cintura. Paul foi virado e quando viu estava jogado contra a grande cama, John já sobre seu corpo, o apertando firmemente contra o colchão macio.

Lennon enviou um sorriso pervertido, levou seus dedos aos óculos, os retirando de seu rosto e tacando no colchão. Voltou sua atenção a Paul e o agraciou com mais um beijo.

Suas mãos então começaram uma intensa e curta jornada para retirarem cada peça de roupa dos dois homens. Botões por pouco não foram arrancados de suas respectivas camisas diante a tanto fervor. Sem sequer se separar dos lábios de John, Paul deslizou pela segunda vez o zíper da calça de Lennon, soltando-a do corpo do mais velho e a empurrando até que descansasse nas coxas, a cueca facilmente foi junto. John então se ergueu, chutou a peça tão inconveniente para enfim voltar a beijar Paul. Fez o mesmo com as calças apertadas do mais novo e, em instantes, estavam ambos completamente nus. Em uma posição tão nostálgica, John movia os quadris para esfregar seu membro contra o de Paul.

Era tudo tão familiar que, caso fechassem os olhos, se veriam novamente cercados das paredes sujas do Bambi Kino e respirando o ar frio de Hamburgo.

—Eu sabia, Johnny — Paul gemeu contra a curva do pescoço. —Sabia desde o exato momento que você me fez aquele convite de que era assim que a gente acabaria. — Sua mão esquerda tocou o pênis do mais velho e ele dedilhou o membro calmamente. —É sempre assim.

Foi então que algo acendeu na mente de John e começou a perturba-lo. Cessou os movimentos de imediato e ergueu o rosto para olhar para seu antigo amigo. Paul lançou-lhe um olhar confuso.

—O que foi?

—Você sabe que... Que eu não te chamei aqui só por causa disso, não é?

Paul ergueu uma sobrancelha e, depois de segundos tentando compreender o que John havia dito com aquilo, ele ousou murmurar:

—Não estou entendendo.

—Digo, eu estou adorando tudo isso, Macca, mas minha intenção te fazendo esse convite nunca foi simplesmente a de fazer sexo. — Lennon começou. —Eu... E-eu queria te ver. — Paul observou com encantamento como John se tornava mais tímido a cada frase. —Eu queria te ver sozinho, só nós dois, porque eu sabia que só assim nós poderíamos fazer as coisas que realmente queríamos fazer. — John confessou, sua mão subiu pelo rosto de Paul e ele acariciou a bochecha farta. —Eu já sentia isso há muito tempo e esse sonho... Ele me fez perceber mais do que nunca que eu sinto falta destes momentos a sós com você e que... Bem... — Quando John finalmente percebeu a expressão curiosa de Paul diante de seu monólogo atrapalhado, seu rosto imediatamente ruborizou e ele desviou o olhar, amaldiçoando a si mesmo por ter começado aquele assunto. —Esquece, é ridículo mesmo.

—Não, Johnny, continue, eu estou ouvindo. — Paul disse. Tocou o rosto de John com as duas mãos e o trouxe para encarar o seu. —Já parou para pensar que talvez trepar seja uma das coisas que a gente mais queira fazer?

—Trepar? — John deixou escapar uma risada rouca. —O que aconteceu com o romântico Macca?

Paul apenas revirou os olhos antes de responder.

—Eu estou falando sério. — Sua mão esquerda percorreu o peito de John e ele desenhou círculos invisíveis sobre a pele. —Eu tive incontáveis devaneios com essa visita desde que você fez aquele convite e, bem, na maioria deles a gente acabava na cama.

—Exatamente deste jeito?

Paul o encarou, mordeu o lábio inferior e concordou com a cabeça.

—Mas... E quanto a tudo o que passou? Digo, não somos mais adolescentes. Eu achei que você poderia ficar com um pé atrás pela Linda, por todos que você tem em sua vida agora, e ainda mais por— John mordeu a própria língua para se calar, estava meio embriagado e as palavras saíam sem que pensasse direito, mas reconhecer sua parte na culpa pelo infortuno fim do relacionamento entre os dois iria precisar de mais do que o álcool falando mais alto. E Paul havia percebido isso, mas fingiu não escutar a última parte exatamente para não entrar no delicado assunto naquele momento.

—Eu nunca deixei de ficar com um pé atrás, em momento algum, eu só — Paul fez uma breve pausa para soltar um suspiro. —Eu só estou tentando não pensar muito nisso... — O mais novo então envolveu o pescoço de John, o puxando para que encostassem os lábios. —Só não me deixa pensar nisso, não me deixa pensar no que a gente tá fazendo, não agora — Murmurou, seu tom era de súplica acima de tudo. —Por favor.

—Tá bom. — John respondeu, sugando o lábio inferior de Paul. —Eu também não quero pensar nisso.

Paul envolveu a cintura de John com as pernas, segurando-o firmemente no lugar.

—Só nós dois e mais ninguém.

—Só nós dois. — Lennon concordou.

—John— Paul pediu em um sussurro. —Me conta sobre o seu sonho.

—Parando para pensar... é meio bobo.— Descia beijos curtos pelo ombro do mais novo. —Você realmente quer ouvir?

—Mais do que nunca.

Lennon riu. Suspirou fundo e, conforme organizava a partes importantes e os poucos detalhes que lembrava, começou a contar com calma sobre o sonho que teve algumas semanas antes de tal encontro:

—Estávamos voltando de um show, um daqueles malditos shows que drenavam todas as nossas forças, em uma van, todos nós.

—Todos nós? — Paul o questionou, suas mãos deixaram de massagear as costas de John para contornar o corpo do mais velho. Elas delicadamente o empurravam mais para trás, pedindo em silêncio para que John se ajeitasse de maneira que facilitasse o aproveito de Paul. Lennon entendeu de imediato e fez algo melhor do que apenas erguer o tronco, ele rapidamente levantou e se pôs sentado no colo do mais novo. Paul envolveu a cintura de John com os braços.

—Sim, todos nós, eu, você, Ringo, George, Brian, Mal, Neil, todos, e, para falar bem a verdade, eu só lembro da presença deles porque está meio difícil esquecer a cara de bunda de todo mundo.

Paul soltou uma risada rápida contra a pele de John para a última parte. Em sua mente memórias das expressões esgotadas de seus amigos invadiam. Na época era um pesadelo, mas atualmente tudo o que Paul conseguia achar disso era graça.

—Certo, certo, continue.

—Estávamos exaustos e eu me corroía com aquele maldito sentimento de sufoco, a única coisa que eu queria era sair correndo para qualquer porra de lugar e deixar aquela merda para trás. — John suspirou, lembrando da época em que as turnês o desgastavam tanto a ponto de deprimi-lo, quando sua vida parecia ter perdido o sentido. Sua mão subiu para as mechas escuras de Paul conforme este arrastava os lábios por seu pescoço, sugando levemente a área. Com os olhos fechados, Paul se deleitava do cheiro do perfume de John. —Então, chegamos ao hotel, minha vontade era única, me jogar na cama, permanecer sozinho e me afogar naquela melancolia terrível que nem eu entendia, mas— Parou para rir. —Você não me deixou fazer isso, assim como todas as vezes, você fez de tudo para me tirar daquela crise, ou ao menos tentar estar comigo.

—Eu sei, John. — Os beijos começaram a descer até que Paul parou em um dos mamilos. —Não suportava te ver daquela maneira. — Ele circulou a pele rosada com a língua e ergueu o olhar para John. —Tem certeza que isso foi um sonho e não uma lembrança? — Seus lábios fecharam ao redor do mamilo já encharcado e ele deu uma leve sugada para provocar.

—Eu adoro quando você fica desse jeito. — John confessou, um sorriso satisfeito enfeitava seus lábios conforme encarava o mais novo.

—Que jeito?

—Assim, tomando atitudes enquanto eu só as recebo. Me beijando e passando a mão em mim. Dominar não é muito a sua cara, mas acho excitante quando você tenta.

Paul soltou uma risada, balançou a cabeça negativamente e voltou a beijar o peito do outro.

—Continua contando senão eu juro que paro.

—Certo. — O sorriso de John aumentou. —Assim que entramos no nosso quarto, você segurou em minha mão e me levou para o banheiro. Depois disso só lembro de estar na banheira, cercado por água quente e com você agarrado ao meu corpo... Agora tudo está muito confuso em minha memória, mas no sonho era tão real, eu conseguia sentir perfeitamente sua pele contra a minha, ouvir com clareza seus gemidos abafados no meu pescoço, seus dedos agarrando minhas costas, nossos corpos se movimentando naquela maravilhosa banheira. Eu sinceramente não sabia quem estava fodendo quem, mas eu acho que... Eu acho que isso não importava. Tudo o que de fato tinha importância era o que aquilo significava e as palavras que murmurava em meu ouvido.

—E o que eu dizia?

—Me dizia o quão bonito eu estava, o quão importante eu era pra você, dizia que as coisas iriam melhorar, essas coisas bobas e românticas que você adora falar. — John brincou.

Paul ergueu o rosto para aproxima-lo e encostou a testa contra a do mais velho. Fitando-o no fundo dos olhos, Paul ofereceu um belo e inocente sorriso.

—E você gosta disso, não?

Rapidamente, John envolveu a nuca de Paul com a mão direita e o puxou para invadir sua boca com um beijo profundo.

—Eu amo— Respondeu em meio ao beijo. —Cada frase, cada palavra. Eu me sentia tão contente e aliviado naquele sonho. Quando acordei, estava duro feito pedra e me esfregando contra o colchão, suando como se tivesse corrido uma maratona.

—E o que você fez quanto a isso?

—Aproveitei que Yoko não estava e bati uma das melhores punhetas da minha vida. — Os dois começaram a rir. —Mas depois... Bem — O tom brincalhão lentamente desaparecia da voz de John, um desânimo repentino o consumia. —Depois veio a angustia... Eu percebi que foi tudo um sonho e que não tinha você do meu lado para fazer aquela tristeza desaparecer. Percebi que estava sozinho, e não era pela a ausência da Yoko, muito longe disso, era porque eu precisava de você e só de você. — A cada frase John se tornava mais apreensivo, encontrando sua própria agonia em simplesmente entrar no assunto. —Esse sonho foi o ponto final para o conflito que eu estava tendo há meses, se eu iria ou não correr atrás de você, se eu ainda necessitava disso, se eu ainda— Paul sabia onde aquilo poderia levar caso John continuasse remoendo e ele decidiu dar um basta naquela conversa, sua mão esquerda pressionou os lábios de John, Paul o calou com um sussurro.

—Johnny... Chega. — Levou as mãos até as costas de John e o puxou consigo para que deitassem. —Chega de conversa, só... Só vamos aproveitar, ok? Eu to aqui agora e, olha pra mim, duro feito pedra. — John lançou um olhar para baixo, fitando a ereção do amigo. —Nós não precisamos pensar no passado nesse momento, não? Tudo o que a gente precisa está aqui e agora.

Lennon concordou com a cabeça. Inclinou e enterrou o rosto no pescoço do rapaz por baixo de seu corpo, seus lábios sugavam a pele. Paul abriu um sorriso satisfeito.

—Tudo bem. — Arrastou os lábios até que alcançasse o lóbulo da orelha de Paul, fez questão de coloca-lo entre os dentes e mordiscar. —Mas eu acho que acabamos de encontrar outro conflito.

John se ergueu, apoiando seu corpo com os dois cotovelos, para assistir com encantamento como a confusão tomava conta das feições do outro.

—Qual?

—Bom, a gente ainda não decidiu como isso vai acontecer... Digo, eu praticamente estou aceitando qualquer coisa que parta de você, contanto que tenha algo para lubrificar e você vá com calma porque faz um puta tempo que eu não levo nada na bunda. — John ergueu suas sobrancelhas de maneira cômica.

A expressão confusa ainda fazia parte do rosto de Paul, mas não demorou mais do que um segundo para o mais novo entender e cair na risada.

—E eu que tenho de decidir isso?

—Exatamente.

McCartney fingiu pensar por alguns instantes.

—Você sabe o que eu quero.

—Na verdade não, o que quer? — John perguntou com um sorriso orgulhoso.

Paul mordeu o lábio inferior e lentamente levou a mão esquerda ao membro do outro, acariciando-o de cima para baixo.

—Eu quero isso. — Murmurou. —Eu quero isso dentro de mim... — Fez uma breve pausa, respirou fundo e continuou, desta vez começando a soar quase desesperado. —Me fode. Eu preciso disso, Johnny, faz tanto tempo.

O mais velho soltou uma risada rouca.

—Melhor ainda. — Ajeitou-se na cama, deixando de sentar no colo de Paul para se acomodar entre suas pernas. —Acha que ainda está acostumado?

McCartney ponderou sobre a pergunta. Lembrava-se exatamente de como era a sensação, portanto, não haveria muito mistério no que estavam prestes a fazer. Após um suspiro ele respondeu:

—Eu acho que sim, só vou precisar da preparação.

—Tem certeza? Você mesmo disse que já faz tempo.

—E realmente faz tempo, você mais do que ninguém sabe muito bem disso. É só que... B-bem, eu só— Paul nunca foi uma pessoa tímida, principalmente com John quando se tratava de sexo, entretanto, suas bochechas adquiriram um tom avermelhado e ele teve a decência de se envergonhar ao tocar no assunto. Paul colocou a culpa de sua estranha reação na idade e no período que ficou longe de Lennon.

—Você só? —John o observava com olhos emanando curiosidade.

—Eu tinha devaneios com você e, obviamente, me aproveitava disso para acabar me masturbando. Só que as vezes esses devaneios ficavam intensos e eu... Eu meio que-Bem, eu meio que me deixava levar pelas lembranças de você me fodendo e usava meus dedos para simular isso.

Os olhos de John arregalaram para a confissão.

—Jura? — Perguntou atônito e Paul balançou a cabeça positivamente.

—Só tente me entender, Johnny, eu não tinha mais ninguém para fazer isso comigo. Eu não iria sair por aí procurando por algum estranho ou pedir algo desse tipo para Linda, estava completamente fora de questão, ela iria achar que eu sou o cara mais estranho do mundo e-

—Shh, calma, Paul. — John o interrompeu. Diante de todo o alvoroço, Paul não havia percebido até então o enorme sorriso que cresceu nos lábios de John. —Eu tenho uma ideia. Quero que faça uma coisa.

—O quê?

Lennon nada respondeu. Ele segurou a mão esquerda de Paul e a trouxe para os próprios lábios. Colocou dois dedos em sua boca e os sugou. Seus olhos fitavam os de Paul o tempo todo enquanto a língua brincava e encharcava os dígitos.

Retirou os dedos já cheios de saliva e guiou a mão de Paul para baixo, pressionando-a contra a bunda do mais novo.

—Dois dedos serão o suficiente. — Aproximou o rosto e sussurrou contra a concha do ouvido do outro. —Eu quero que você se prepare para mim. Quero te assistir usando seus dedinhos para se foder enquanto pensa no quão gostoso é sentir meu pau saindo e entrando de você, exatamente como fez quando se masturbava.

Paul tremia de antecipação. A vergonha era gigantesca, seu rosto todo fervia, mas o interesse pela ideia repentina de Lennon foi inevitável. Ele fechou os olhos e respirou fundo, sua cabeça balançou para cima e para baixo, concordando. Os lábios de John ergueram contra sua pele para um sorriso.

Separou um pouco mais as pernas, ocupando melhor o corpo de John entre elas e conseguindo deslizar sua mão entre as próprias nádegas. Os dígitos molhados logo tocaram a pele sensível de sua entrada e ele deu um leve pulo para a sensação.

—Eu quero que você imagine que sou eu, Macca, duro e todo lubrificado, pronto para entrar em você.

—Hmmmm...— O gemido escapou dos lábios fechados de Paul quando começou a forçar.

O dedo indicador aos poucos adentrava o próprio corpo. Saliva não era o suficiente para que escorregasse com facilidade, mas lentamente Paul conseguiu introduzi-lo até que metade já estivesse dentro.

—Você está indo bem, Macca. Apenas se lembre de todas as vezes que eu fiz a mesma coisa com você. Eu sei o quão apertado você é e, acredite. — John lambeu o lóbulo de sua orelha para provocar, a mão direita acariciava sua coxa e o encorajava. —Essa sempre foi a melhor parte.

Paul retirou o dedo indicador somente para introduzir o segundo. Dois dedos logo abriam passagem. Tentava imagina o pênis do amigo no lugar deles, sentindo-o pulsar contra as paredes de seu interior, aproximar-se cada vez mais de seu ponto de prazer.

—John! — Gemeu quando os dois dedos estavam completamente dentro, acompanhados de uma dor satisfatória.

Lennon se afastou. Contemplava a imagem de Paul com olhos famintos. Diante dele o mais novo mantinha as pálpebras fechadas, o lábio inferior estava preso entre os dentes, ele o mordia com firmeza, as sobrancelhas estavam franzidas e a vermelhidão que já havia se espalhado pelas bochechas e pescoço desvendavam o motivo para que Paul estivesse tão quente contra sua pele. Aproveitou-se daquilo para estudar o mais novo, era inegável que a idade estava o alcançando, marcas de expressão espalhadas por seu rosto, principalmente nos cantos de seus olhos, deixavam isso mais do que explicito. Paul estava envelhecendo, assim como si próprio. Uma constatação o estapeou em cheio, John percebeu o verdadeiro significado de “faz muito tempo”. Muito tempo desperdiçado, muito tempo perdido, muito tempo acreditando que se odiavam, e com isso, muita coisa foi levada. Ao menos ainda podiam ter aquele momento para consola-los.

Ele balançou sua cabeça. Tentava expulsar aquela reflexão antes que se sentisse muito triste para continuar com o momento luxurioso.

Seu olhar desceu pelo corpo de Paul e parou nos dedos do amigo, os assistiu saírem por completo e voltarem para a fenda aquecida segundos depois, repetia o ato em um ritmo considerável, brilhavam com a saliva. Aquilo era tudo o que John precisava assistir para retirar de vez aquele peso de seus ombros.

—John...— Paul ganhou a atenção dos olhos curiosos de Lennon. —Eu acho melhor a gente fazer isso logo.

—Por que? Está ruim?

—Não— Fez uma breve pausa para engolir saliva. Sua respiração estava escassa e as pontas de seus dedos pressionavam a própria próstata, dificultando-o em conseguir formar a mais simples frase. —Não mesmo... É só que eu não quero gozar agora. Não sei se vou conseguir segurar por muito tempo.

Paul movimentou um pouco mais os dedos, acariciando o ponto. Afundou a cabeça no travesseiro e soltou um pequeno gemido para a descarga de prazer que o atingiu.

—Certo.

John segurou no pulso de Paul, o puxando para que os dedos do mais novo saíssem de seu corpo. Ele a colocou sobre o peito arfante de McCartney. Após isso se inclinou e deu um beijo rápido nos lábios entreabertos. John então levantou sem cerimônias e completamente nu caminhou pelo quarto em direção ao guarda roupa.

—Aonde vai? — Paul perguntou, erguendo-se no colchão com ajuda dos cotovelos.

—Eu só vou pegar uma coisa. — John abriu o guarda roupa e retirou de lá uma caixa que descansava em uma das prateleiras. Abriu a caixa e a revirou, encontrando o que queria, um pacote de preservativo.

Paul soltou uma rápida risada ao ver a embalagem.

—Tá com medo de me engravidar, John?

John balançou a cabeça negativamente, aproximou-se da cama e pulou sobre Paul com um sorrisinho no rosto.

—É a única coisa decentemente lubrificada que eu tenho a oferecer.

A risada dissipou no ar quando Lennon se inclinou para beija-lo. Tão lento e calmo que tinha tudo para durar por maravilhosos minutos, porém, paciência naquele momento seria algo impossível, seus corpos já manifestavam uma imensa pressa, mãos bobas perambulavam por tudo quanto é canto, logo quadris insistiam em chocar, esfregavam-se um contra o outro com fervor. Quando todas as preliminares já eram muito para os dois, John não demorou para colocar o preservativo e posicionar-se entre as pernas de McCartney que o encarava com um olhar ansioso.

—Preparado? — Paul balançou a cabeça, concordando. Como se existisse uma maneira do musicista responder o contrário.

John tocou a entrada com o topo de seu pênis e começou a forçar. Assistia atentamente a maneira como afundava no corpo do amigo, zeloso a qualquer reação que partisse do outro. Paul apertava o braço de John com firmeza, o ajudava a saber exatamente como estava se sentindo.

A dor tão conhecida o invadia conforme aquele membro o esticava, mas Paul estava contente, satisfeito sem sequer ter chego ao orgasmo ainda. Ele mordeu o lábio inferior para não gemer, temendo que John parasse o que estava fazendo para perguntar como estava se sentindo, Paul não teria uma resposta para essa pergunta de qualquer maneira. Seu olhar subiu para o rosto de John. A fim de se distrair, ele assistia atentamente todos os movimentos e expressões de Lennon. Os lábios finos estavam levemente entreabertos e as sobrancelhas franzidas, parecendo concentrado.

Quando cada centímetro já estava dentro e as coxas de Paul haviam encontrado as de Lennon, Paul suspirou fundo. John, quebrando aquele semblante tão atento, olhou para ele no mesmo instante e sorriu.

—Posso?

—Deve. — Paul respondeu.

E John começou a se mover. Para frente e para trás, lento e delicado. John manteve o ritmo, apenas sentindo-se deixar o corpo quente do outro para voltar segundos depois.

O ritmo sutil permitia que Paul absorvesse todas as várias sensações confusas. Tomado por lembranças, Paul não conseguiu deixar de sorrir conforme assistia os quadris de John chocarem contra suas nádegas. Aquela atividade ainda era tão boa, Paul tinha de reconhecer, sentia como se John pudesse toca-lo em cada parte de seu corpo, tudo ao mesmo tempo. Em sua mente surgia uma enorme necessidade de se manter dessa maneira, na mesma velocidade que provavelmente não o traria para o orgasmo tão rápido, entretanto, essa não era nem de longe a vontade de seu corpo. Logo se deu conta de que aquilo não seria suficiente, sua pele arrepiava cada vez mais e mais, o movimento estava bem mais facilitado na décima estocada lenta e seu corpo já respondia de maneira necessitada aquele vai-e-vem.

—John... — Manhoso, o nome do mais velho escorregou por seus lábios. —Mais forte.

—Hmm, espera um pouco. — Paul conseguia perceber o tom zombeteiro em sua voz. Lennon estava o provocando. —Você precisa se acostumar, Macca.

Paul soltou um grunhido em protesto e interrompeu John colocando a mão em seu peito.

—Porra, John, você não vai me quebrar ao meio se meter mais forte. Posso não ter mais vinte e tantos anos, mas não estou tão velho assim.

Os cantos dos lábios de John se ergueram para um sorriso travesso.

—Mandão como sempre. — Aproximou-se de Paul, pairando a centímetros de seu rosto. —Eu sei que está louco para que eu te foda até esquecer o próprio nome, mas se não percebeu você meio que tá estragando o clima.

—E você tá quase me fazendo dormir nesse ritmo. — Paul brincou.

Lennon ofegou uma risada rápida.

—Se é o que a princesa deseja.

Saiu quase por inteiro e o estocou fortemente. Repetindo aquele movimento até que Paul fechasse os olhos e alguns pequenos gemidos abandonassem sua boca delicada.

—É disso que estou falando. — Paul murmurou. Suas pernas apertaram a cintura de Lennon. As mãos arrastaram pelo lençol branco e ele o agarrou com força.

Os quadris de John ganharam uma velocidade estável. Com as mãos enterradas na superfície do colchão ao redor de Paul, John pairava sobre ele conforme ofegava contra o ar com cada movimento.

O coração de Paul batia acelerado em sua caixa torácica. Ele fechou os olhos e respirou fundo, lutava contra a vontade de se tocar. O pênis de John agora roçava contra sua próstata, arrepios viajavam por seu corpo. Quando John aumentou o ritmo, Paul não pôde impedir suas costas de arquearem. Rebolava contra o colo do outro, o querendo impossivelmente mais fundo. Algumas gotas de suor formavam em sua testa, suas coxas tremiam ao redor da cintura que apertava firmemente. Paul se deleitava daquelas sensações, enquanto lembranças flutuavam diante de suas pálpebras fechadas, lembranças que eram um estímulo para seu corpo já totalmente excitado.

Ele enxergava John em Liverpool, John em Hamburgo, John em Paris, John em quartos de hotéis, em banheiros, John acordando ao seu lado e sorrindo um maravilhoso bom dia, John dizendo que estava apaixonado. Se havia ao menos um pouco de receio em Paul, essa mínima quantidade foi drenada naquele momento. Aquilo não era apenas uma “recaída”, não estava simplesmente com saudades de ser fodido ou alguma merda do tipo, não, aquilo era amor. Paul ainda o amava, ou melhor dizendo, Paul nunca deixou de ama-lo, era só pensar nas incontáveis vezes em que John tomou seus pensamentos, mesmo quando não trocavam uma palavra um com o outro. Aquele encontro, a conversa, os beijos, toques, a transa, era tudo inevitável e, mesmo que no dia seguinte Paul voltasse para casa e John voltasse para Yoko, ele acreditava que muitas outras oportunidades como aquela surgiriam assim que necessitassem um do outro.

Ele amava John.

Abriu as pálpebras e seu olhar cansado se prendeu ao de John. Os dedos trêmulos encontraram o rosto do outro e seus dígitos traçaram a linha da mandíbula, calmamente acariciando a bochecha. John inclinou seu rosto para o toque como um gato sedento por carinho e Paul sorriu para a adorável cena.

Queria dizer tanta coisa para John, mas seus lábios se moveram apenas para que uma simples frase completamente inaudível os deixasse, uma, duas, três palavras curtas, um “eu te amo” abandonou a boca afeminada e pairou no ar diante de seu rosto. A respiração do mais velho pesou com aquilo, a frase que tecnicamente não existia o acertou em cheio. Um sorriso bobo cresceu nos lábios finos, ele respondeu "eu sei", tão inaudível quanto a frase de Paul, e terminou com o espaço entre seus rostos com um beijo profundo.

Braços agarraram no pescoço de John e Paul o abraçou com força. Os dois se moviam com a mais pura sincronia na cama que rangia com cada movimento. John o estocava rapidamente, som de pele quente batendo em pele quente tomava o quarto, junto dos gemidos abafados pelos beijos. O membro de Paul pulsava quase insuportavelmente entre seus corpos e, antes que ele mesmo pudesse alcança-lo para se masturbar, John tomou as vezes e sua mão segurou a extensão latejante, ele começou a acaricia-lo no mesmo ritmo das investidas.

Aquele movimento era muito para que Paul continuasse aguentando, ele quebrou o beijo e jogou a cabeça para trás, ofegando com gemidos finos frases desconexas.

—Jesus! — Paul choramingou. —Assim! Oh John, assim mesmo... Desse jeito, Johnny.

Os lábios de John distribuíram beijos molhados pelo queixo, trilhavam até chegar ao pescoço, ele envolveu a pele do lugar e a sugou, deixando ali uma marca orgulhosa. Sua mão desocupada afagava as mechas, enquanto a outra provocava o pênis do mais novo, fazendo Paul morder o lábio inferior com firmeza sempre que o polegar desenhava círculos invisíveis pela glande.

—Tão bom. — Lennon ronronou contra o pescoço suado. —Macca, você continua tão gostoso e deliciosamente apertado. É a pessoa mais apertada que já conheci.

—Sou, é? — Sussurrou uma provocação.

—Com certeza. — Tomou o lóbulo da orelha de Paul entre os dentes, mordiscando a pele. Paul chiou levemente para a sensação. —Tão apertado que eu estou quase gozando.

Paul soltou uma risada dificultada.

—Oh sim, Johnny boy. — Suas mãos viajaram pelas costas do homem sobre ele, deslizou por cada costela em direção ao sul. Paul as descansou nas nádegas e apertou a área, acompanhavam o movimento dos quadris. —Eu também estou quase lá. Por favor, — Começou a implorar, novamente seus sentidos eram embaçados por frases cortadas e aleatórias. —me faz gozar. P-por favor, John! Hmm... Eu quero tanto que você me faça gozar-

Ele engasgou com o próprio gemido. Seus músculos já sofriam deliciosos espasmos, o corpo estremecia com cada movimento e conseguia sentir o corpo de John reagindo da mesma maneira. O orgasmo se aproximava e Paul tinha a sensação de que viria a qualquer momento.

Conforme aquele fervor crescia e crescia com rapidez, transformando-os em dois homens desesperadamente tentando alcançar o tão merecido orgasmo, eles seguravam um ao outro como se suas vidas dependessem daquilo. Paul sentia John em todos os sentidos e John o sentia igualmente. Escutavam seus corações batendo depressa, sentiam suas respirações dificultadas, dividiam a temperatura fervente de seus corpos e, mesmo que não conscientes de tal fato, compartilhavam também a aconchegante realização de que, ainda que pensassem tanto no tempo que perderam e apesar de seu enorme peso, no final este mesmo tempo acabou ajudando a curar as mágoas, principalmente quando ele se tornava quase irrelevante enquanto os dois aproveitavam aquele maravilhoso momento.

A mão de McCartney por fim descansou na nuca de John e ele agarrou firme algumas mechas, entrelaçando-as nos dedos. Sua mente apagou por alguns instantes, o nome de Lennon deixou sua boca com um gemido alto e quando Paul percebeu já estava jorrando entre seus corpos, líquido quente escorria nos dedos de John e os sujava. Os olhos rolaram e ele foi obrigado a fecha-los, seu sangue quente corria por suas veias e o som alto de batimentos cardíacos bloquearam sua audição, ele estava dopado pelo orgasmo.

Quando lentamente Paul se recobrou de seu êxtase, os sons externos retornaram a consciência, Paul notou que John arquejava na pele de seu pescoço. Os quadris do mais velho ainda se moviam, investindo em seu corpo exausto com vigor.

—John — Paul engoliu a saliva, sua voz estava levemente rouca e gasta. —Isso, John, eu sei que está perto. — Ele o encorajava com sussurros. —Vamos, goze. — Seus quadris movimentavam junto de John, utilizava do restante de suas forças para ajuda-lo a chegar ao ápice. —Eu quero você aqui comigo, Johnny boy...

Somente mais algumas fortes estocadas e John estava fazendo o que lhe foi implorado. Chegou ao próprio limite com um gemido que foi abafado pelo pescoço já vermelho do outro. Paul conseguia senti-lo esvaziar contra o material do preservativo, levemente incomodado com o fato de que daquela vez não poderia ter o líquido aquecido dentro dele.

Logo, os corpos de ambos estavam completamente esgotados e eles não moveram um músculo por alguns minutos. John havia escorregado para fora do corpo do amigo e usava seu ombro de travesseiro, respirando pesadamente na área, já Paul lhe fazia carícias nos cabelos, os dedos deslizavam pelo couro cabeludo sem pressa. Paul poderia ficar daquele jeito para sempre.

O sorriso fraco que enfeitava seus lábios delicados só desapareceu quando escutou John soluçar baixinho. Ele franziu as sobrancelhas em confusão.

—John? — Assim que sua voz saiu, Lennon deixou escapar outro soluço.

Foi quando sentiu algo molhado tocar a pele de seu pescoço que Paul finalmente percebeu o que estava acontecendo. Surpresa tomou conta do mais novo, ele só havia visto John chorar duas vezes em toda a vida, uma foi a trágica morte de sua mãe, Paul se sentia mal somente de lembrar da expressão amargurada de John naquela época, e a outra foi quando os dois caíram no choro por motivos de muito álcool correndo por suas veias e por coisas que nenhum dos dois conseguiam ao menos entender.

—Me desculpa. — Lennon choramingou. —Me desculpa, Paul. Por favor.

—Johnny, você está chorando? — Por mais alarmado que estivesse, Paul tentou manter a calma. —O que foi, John?

—Macca, acontece que— John disse, sua voz estava pastosa e ele tentava engolir o choro. —acontece que eu acho que ainda gosto de você... Acho que ainda gosto muito de você e eu— Por mais que tentasse segurar, lágrimas novas continuavam escorrendo por seu rosto. —E-eu estou me sentindo um verdadeiro merda agora.

—Você está arrependido? — A pergunta escapou.

—Estou, mas não é disso. Eu não me arrependo por hoje, nem pelo dia que te conheci, não, Paulie, eu não estou arrependido de nada do que passei com você, é só que— Lennon tentou vigorosamente pensar em palavras para descrever a confusão em sua mente, mas não haveria como explicar algo que o próprio John já tentou tantas vezes compreender e falhou. —Merda, eu só queria que não fosse tarde demais.

—Eu sei. — Paul respondeu. Ele suspirou, ainda assim ele tinha a perfeita noção do que John estava tentando dizer. —Eu sei disso, John... Mas veja bem, não é tarde demais, estamos aqui, juntos, isso deve significar algo, não? Fora que tarde demais, só a morte. — Paul brincou.

John retirou o rosto do pescoço quente e se ergueu sobre seus cotovelos para encarar Paul. Revelou o rosto molhado e os olhos avermelhados, o coração de Paul quebrou ao ver aquilo. Automaticamente, o mais novo levou as mãos ao rosto triste a sua frente, limpando algumas lágrimas.

—Paulie, e-eu reconheço que fiz muita besteira, mas acredite, eu sempre achei que fosse a melhor coisa a se fazer. — John aos poucos foi liberando tudo o que estava preso em sua garganta. —O que eu estou querendo dizer é que, mesmo que tenha dado tanta merda, eu acho que posso consertar. Acho que podemos consertar.

—John—

—Não, Macca, me escuta. — Lennon o interrompeu. —Eu sei que é impossível voltar atrás e eu juro que já pensei nisso muitas vezes, mas eu sei que dá para arrumar as coisas.

—John, eu tenho família... Nós temos família agora.

—Eu sempre tive uma família, Paul! — O tom choroso retornava a voz exaltada de John. —E isso nunca nos impediu de nada! Eu sei que isso vai soar muito egoísta de minha parte, mas eu estou pronto pra largar tudo isso por você.

Paul abriu a boca para responder, mas logo desistiu. Ele virou o rosto, desviando o olhar pensativo para um canto aleatório do quarto. Paul estava disposto desde o momento em que pisou no apartamento a voltar a fazer parte da vida de John, até mesmo tornar-se novamente seu amante as escondidas, mas abandonar tudo, deixar para trás a família que tanto amava era o cúmulo do absurdo, ainda assim, Paul ponderava sobre a proposta e se odiava por isso.

Então, as mãos de John tocaram seu rosto, trazendo-o para fita-lo mais uma vez.

—Eu só não quero mais ficar longe de você. Estou procurando uma imensidade de soluções e eu me disponho a aceitar qualquer uma delas se isso significar que a gente vai ficar junto... Eu não estou dizendo que devemos nos afastar de tudo e de todos, mas agora é a nossa chance! Não estamos mais nos anos 60, Paul, as pessoas não ligam mais para o que eu faço ou deixo de fazer, a gente pode fazer isso em paz.

—E o meu casamento, John?

—Eu sei, mas-

—E o SEU casamento?

—Merda, Paul, não é possível que você ainda não tenha percebido, mas eu to pouco me fodendo pra isso! Faz dias que eu não vejo a sombra da Yoko e o pior é que eu nem sequer sinto mais a falta dela. Você não entende? É tudo somente sobre nós dois, só nós dois! Macca, eu não quero perder mais tempo, o que passou foi o suficiente e já está me levando a loucura.

Quando John parou de falar para esperar ansioso por uma resposta, Paul encheu seus pulmões de ar e soltou um longo suspiro. Enxergava sinceridade no olhar de John, uma sinceridade que não via há tempos, mas no fundo ainda existia a parcela que acreditava que John logo mudaria de ideia e a mesma velha história de repetiria, seus sentimentos novamente seriam feitos em pedacinhos, mesmo que fosse uma parcela tão pequena.

—Você sente o mesmo, não sente? Você sabe, quanto a mim...— John perguntou. —Eu sei que sente, posso te ler como um livro aberto.

E ele de fato conseguia, as vezes Paul se sentia exposto com a maneira como John parecia ler seus pensamentos simplesmente olhando-o nos olhos.

—Eu só preciso pensar. — Paul não acreditava no que estava dizendo. Seu coração acabou falando mais alto do que o receio e a culpa. —Me dá um tempo para pensar sobre isso, Johnny.

Observou como o semblante de John se acalmou. O mais velho soltou um suspiro e se inclinou para que seu rosto pairasse a centímetros do de Paul, seus narizes por pouco não tocavam.

—Só diz que confia em mim. — John sussurrou. —Confia em mim, Macca. Confia que eu vou arrumar isso, eu posso consertar isso.

—Eu confio. — A resposta de Paul foi imediata, ele nem sequer titubeou. Como se houvesse alguma maneira de Paul dizer algo que fosse o contrário com os olhos míopes de John o fitando tão apaixonado. —Por deus, John, é claro que eu confio em você.

Paul foi recompensado com um doce sorriso. John lambeu os lábios e acabou com o mínimo espaço entre os dois com um beijo calmo.

—Macca, — John sussurrou. Sua mão desceu para o peito de Paul e descansou sobre o local, sentindo o coração palpitar. —Eu te amo.

Com os olhos fechados, Paul respondeu com um sorriso.

—Eu sei.

Naquele dia ele dormiu tranquilo nos braços de Lennon, em uma enorme cama confortável, sentindo seus corpos colados e uma felicidade que era muito maior do que o peso de sua incerteza. Sonhou com o que John havia dito, um dos incontáveis e futuros sonhos, sonhou com aquele relacionamento finalmente consertado. Assim, contente e sentindo-se de novo como um adolescente apaixonado, Paul aproveitou um maravilhoso e tão nostálgico orgasmo junto de John Lennon, completamente alheio de que infelizmente aquele seria o último.


Notas Finais


Eita nóis, hein, povo. Mais uma fic terminada para eu, como sempre, me sentir vazia por não ter mais o que escrever nela, mas a gente supera. :v

Muito obrigada por tudo e eu aguardo vocês em Proporção Áurea. :3

Gente linda do meu kokoro, eu tenho uma página de desenhos, sim! UMA PÁGINA DE DESENHOS! O nome dela é "Gato de sobrancelhas" e adivinha só! Tem gato! Também tem sobrancelhas! GATOS QUE POSSUEM SOBRANCELHAS E SOBRANCELHAS QUE POSSUEM GATOS! Tem outras coisa também, muita coisa! Tem McLennon... Futuramente vai ter mais McLennon ainda. Eu peço para que vocês acessem e deixem sua curtida para ajudar a página cheirosa a crescer e fazer uma LeWalrus feliz. Muito obrigada. <3
Link da página cheirosa para você acessar pelo amor de Jesuissa: https://www.facebook.com/fabulosasobrancelhadegato


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