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História 50 Shades Of Jungkook - Imagine - Dark Blue


Escrita por: _Unknown__

Capítulo 16 - Dark Blue


- dois segundos. - falei séria, colocando o conometro encima da mesa que separava eu e Jungkook - dois segundos e se você não me contar sobre aquela noite, eu desisto.


- ah - ele disse anasalado, e jogou a cabeça para trás, cansado - me sinto ameaçado. 


Respirei fundo, me aproximando. É só manter a calma, eu havia pedido para não ter guardas hoje. Mas Jungkook estava preso, nada de ruim pode acontecer...


- Jungkook. - ele me olhou - por favor.


- quer saber sobre aquela noite, doutora? - assenti - venha cá.


Me aproximei, e vi seu sorriso aumentando a cada passo. Ele se levantou, mas não se mexeu, aliás, nem conseguiria. Levantou uma sobrancelha, estendendo a mão, passando por meu rosto e me puxando para mais perto. Foi como se eu tivesse perdido meus movimentos, tudo congelou, e eu fosse apenas uma espectadora, assistindo.


- as vezes é melhor esquecer do que lembrar. - falou baixo, seu olhar em meus lábios. 


- você queria se esquecer de Kristal? - murmurei, e ele me olhou.


- é... claro... - respondeu em um fio de voz - vocês acham que tudo se trata apenas dela.


- tem mais alguém? 


- o que vai fazer se eu dizer?


- você sabe o que eu vou fazer, Jungkook. - quis me afastar, mas minhas pernas nem se moveram. Aliás, seu olhar sobre mim as deixava bambas.


Respirei fundo, tentando ignorar seu olhar frio sobre mim. Seu dedão traçou em caminho entre meu queixo e meus lábios. Meu coração ia explodir, e por mais que eu soubesse o fim disso, eu queria tanto quanto ele.

Por um minuto, eu apenas queria que fôssemos só nós dois, sem crimes, sem gravadores, sem trabalho...


Em um impulso inesperado, grudei nossos lábios. Uma onda de pânico me tomou. O que eu estava fazendo?! Ia foi tão ridículo, mas foi tão automático. Foi como se minha boca tivesse um imã com a dele, mas infelizmente não podiam ficar juntos.

Todo e qualquer pensamento me foi cortado quando senti seus lábios se mexendo, um beijo lento e profundo.

Isso com certeza é loucura.


Nos afastei, empurrando seu peito para trás. Suspirei pesado:


- não, Jungkook.


- não? - ele riu, voltando a se aproximar - você que me beijou. 


Obrigada por colaborar com minha auto-estima.

Me virei para sair, mas senti sua mão em meu pulso, me puxando.

O olhei, e ele sorria, um sorriso lindo, não louco.


- mas, só por que sei que você vai se culpar por isso depois, podemos passar parte da parcela de culpa para mim.


Nossos lábios estavam em sincronia, e ele sorriu entre o beijo. Uma de suas mãos estava em meu pescoço, e deixei uma de minhas mãos em seu ombro, a outra mexendo em seus cabelos.

Por que ele tinha que ser o psicopata e eu a psiquiatra?!


Nos afastei, e ele riu baixo. Eu preciso de ar. Preciso esquecer isso. Preciso ficar sozinha.

Peguei minhas coisas, as jogando sem jeito na bolsa, Jungkook apenas me observava, parado.

Dei as costas, sentindo meu corpo quente onde o moreno me havia tocado.


~ quebra de tempo ~


Joguei minha bolsa no sofá, me jogando nele. Meu corpo estava exausto! Abracei o travesseiro, o mordendo com força, tentando extravasar em silêncio tudo o que estava se acumulando em mim.

Eu beijei um assassino.

Eu beijei Jeon Jungkook.


Olhei o teto, sentindo uma lágrima cair. O que eu estava me metendo?

Ao meu lado, o telefone piscava uma luz verde, e apertei o botão para ouvir as mensagens de voz:


"Ola doutora, aqui é um detetive da polícia. Se lembra das anotações que nos passou hoje de manhã? Achamos algo. Ji-Hwan está preso, venha na delegacia o mais rápido possível"


Arregalei os olhos, e me sentei, dura. Ji-Hwan!? O que ele tinha feito?

Bati a mão na testa, arrependida. Hoje de manhã, eu havia entregado todas as minhas pesquisas e anotações à polícia.

Eu estava frustada e brava por não conseguir mais avançar o caso, mas agora, depois dessa consulta, desconfio que vá ser a última. 

Sinto medo...pelos dois.

O que eu estou pensando? Eles com certeza acharam algo! São detetives, e eu uma psiquiatra, obviamente viram algo que eu não vi. Eles são profissionais nisso!


Me levantei, colocando uma roupa qualquer, e logo eu estava na delegacia, meio ofegante.

A secretaria me reconheceu, e apontou para uma sala no final do corredor. Meus passos eram rápidos, e bati na porta antes de entrar.


Eu já havia visto o homem que estava ali, era um detetive. Ele havia desvendado milhares de crimes na cidade, e por um momento, me senti intimidada com o olhar que me mandou.


- que bom que veio - me cumprimentou com um aperto de mãos - meu nome é Joshua. como podemos te chamar?


Olhei em volta, vendo um policial e mais dois detetives. Os cumprimentei com um aceno de cabeça:


- me chamem de _____.


Ele assentiu, e me convidou à sentar na mesa, e assim o fiz.

Anotações, a mesa estava lotada delas. Franzi a testa, tentando sem sucesso ler a letra deles:


- como eu te disse - Joshua chamou minha atenção, e o olhei - Ji-Hwan estava envolvido.


- o que...? Onde? - minha voz saía baixa.


- em uma de suas anotações, você sitou um dia em que as paredes do quarto de Jeon estavam com tinta. Foi Ji-Hwan - franzi a testa - não vou te importunar com cada detalhe que descobrimos, mas sabemos que foi Ji-Hwan.


- por quê? - insisti.


- ele não queria que Jungkook saísse dali, e admitiu isso.


Um dos policiais colocou um tablet no meio da mesa, e Joshua deu play em um vídeo já preparado.

Reconheci Ji-Hwan, com algemas. Ele estava suado e com roupas sujas. 

Joshua apareceu no vídeo, se sentando em uma cadeira de frente para ele.


"Qual seu envolvimento com Jungkook?" Joshua parecia direto e sério. 

"Eu ... ele merece morrer ali" Ji-Hwan falava, sua respiração irregular. 

"Por quê?" O detetive reforçou.

Então, Ji-Hwan olhou diretamente para as câmeras:


- desligue as câmeras. 


Então o vídeo acabou, e eu ainda estava confusa. Olhei para o detetive, que me explicou:


- acho que está apar da existência de Kristal. Basicamente, Jungkook tem algo a ver com ela e sua morte, e Ji-Hwan quer fazer justiça com as próprias mãos. O fato de Jungkook nunca melhorar, é porque regularmente Ji-Hwan o visitava.


- como? 


- um dos policiais... era um aliado dele. Fazia com que tudo que Ji-Hwan fizesse ficasse escondido.


- quem é esse policial?


- ele já está morto. Quando Jungkook esteve liberto, aquela noite, ele e Ji-Hwan foram matar esse policial. Mesmo que os dois tivessem motivos diferentes. Jungkook, era porque o policial o maltratava, vimos nas câmeras. E Ji-Hwan, provavelmente para encobrir seus atos, e foi a ultima vez que os dois estiveram juntos. Você estava naquela noite - recebi um olhar frio - mas sua colaboração com o caso ajudou para limpar sua ficha. E também porque não havia digitais suas, eram de Ji-Hwan mas só reconhecemos agora - Joshua encerrou o assunto, direto - voltando ao Jeon. A seringa que você achou, é uma droga. Ji-Hwan admitiu que drogava Jungkook, isso o deixava louco. Hoje de manhã, revistaram a casa dele, e acharam um litro da droga. - arregalei os olhos - ele disse que quando viu que você estava curando Jungkook, precisou ser mais brusco. Por isso as pinturas. 


Só então percebi que segurava o ar, suspirei, meu olhar inquieto. Por mais confuso que tudo estivesse sendo, tinha lógica. 

Ji-Hwan estava se vingando. Tentou ser meu amigo, enquanto piorava Jungkook. 

Senti ódio, raiva, e não só de Ji-Hwan. Olhei para os detetives:


- como descobriram que era ele? Como ele admitiu?


- a Polícia, doutora - ele suspirou, me olhando - consegue fazer qualquer um dizer algo. Quando vimos suas anotações, ele foi nosso primeiro suspeito. E quando o deixamos sem cartas, ele admitiu. No fundo, ele não é louco.


Por quê Jungkook nunca me contou sobre ele? Eu sentia ódio, mais que ódio! O tempo todo eu fui uma peça no jogo dos dois, e quando eu deslizo, os dois viram aliados.

Aliados inimigos...


- bom, meus senhores - cruzei os braços, os olhando - e como vamos fazer Jeon Jungkook admitir o que fez?





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