História 50 Tons de Ovo - Preciooosooo

Faustão estava jogado no chão chorando em posição fetal.

    “Mestre está muito descontente! Você, Justinses, precisa cuidar de mestre!”, disse Gugu.

    “Isso não tá no meu contrato.”, ele respondeu.

    “Tá sim, olha aqui”. Gugu pegou o contrato e apontou a parte em questão.

    “Ih rapaz. Mas eu ganho por hora extra né?”

    “Sim.”

    “E insalubridade?”

    “Depende da porradaria.”

    “Ta ótimo.”

    Justin se abaixou, tomou o rosto de Faustão em suas mãos e lhe deu uma bituquinha nas bochechas.

    “Faustão, meu amor, nada está perdido. Podemos recuperar seu troféu ainda.”

    “Não! Acabou! Oloco bicho, meu troféu! Jamais serei o Mr. Bumbum novamente! Buá!”

    “Vamos meu amor, se não eu começo a cantar Baby com aquela minha voz de Alvin e os Esquilos”

    “Não! Tô tranquilo, tô legal; Vamo lá.”

    Eles se dirigiram à garagem de Faustão.

    “Ô Justin, eu tenho uma roupa de Robin aqui, você não quer us-”

    “NÃO.”

    “Nossa, calma, oloco bicho, afetada, só perguntei.”

    Lá tinham carros de todas as marcas e modelos, e isso sem contar no lendário avião do Faustão.

    “Meu deus, quanto carro.”

    “Oloco bicho, daora né?”

    “Eu tenho mais.”

    “Ninguém te perguntou. QUEM SABE FAZ AO VIVO, OLOCO MEU. Agora, o que devemos escolher em nossa missão?”

    “E eu sei lá? A garagem é sua.”

    “Foi uma pergunta retórica, mas eu acho que devemos escolher…”. Faustão surrou um botão vermelho na parede e um enorme portão se abriu. “Ele! O faustomóvel!”

    O faustomóvel, que surgia coberto de fumaça e com strippers em cima dele, era um caminhão monstro azul e dourado com a cara do Faustão pintada no capô e equipado com as mais novas tecnologias.

    “Olha essa beleza Justin. Aqui na frente ó - lança míssil. Aqui do lado tem lança-chamas, e desse outro ó: lança-pizza. E aqui dentro, vem ver vem ver meu, brincadeira bicho, olha isso aqui, assento extra largo pra eu caber direitinho, TV no painel tocando videocassetada 24 horas por dia, e o melhor tá lá atrás.”

    Faustão deu a volta e abriu o porta-malas.

    “Uma parte da minha coleção de relógios, oloco bicho! Tem 300 relógios aqui, então eu posso ficar fora de casa por dois dias sem me preocupar em repetir relógio. Esse é, de longe, o carro mais avançado no mundo.”

    “Faustão, se você me deixar dirigir esse negócio eu viro o passivo pra sempre.”

    “Uma ótima oferta bicho, mas esse carro é impagável. E aliás, você já é o passivo mesmo.”

    “SOU NÃ-”

    “Entra no carro vai bicho!”

    “Mestre!”, disse Gugu, “Posso entrar no carro também?”

    “Foi mal ae bicho, mas aqui só cabem dois! Oloco meu! Fica de boas aí que a gente volta daqui a alguns capítulos”

    O caminhão monstrou rugiu, cantou pneu, bateu no mesmo poste que o Evaristo bateu, engatou a quinta e sumiu no horizonte.

    Gugu, sozinho, agachou-se.

    “Mestre… me abandonou? Gugu perdeu… seu precioso? E agora? E agora Gugu? E a SBT não vai mais contratar Gugu… Hmmm… isso é ruim, muito ruim! Gugu perdeu seu preciosooo! E é tudo culpa daquele Justinses sujo, Justinses sujo! Roubou meu precioso!”

    Gugu gargalhou insanamente, se posou feito um sapo e começou a arrancar o próprio cabelo.

    “Justinses! Justinses sujo! Você roubou meu precioso!”

    Ele foi pulando até a rua, bateu no poste, desmaiou um pouco, acordou, voltou a andar e sumiu no horizonte.

    “Justinses, eu vou me vingar!”