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História Casada com o inimigo - My boss of boss of boss


Escrita por: Cobrelia

Notas do Autor


Capítulo revisado√
Boa leitura♡
Beijos na bundaa

Capítulo 12 - My boss of boss of boss


Dirijo devagar até o Escala, aproveitando o tempo para pensar na discussão que terei com cinquenta. Também aproveito para pensar em voltar ao trabalho, eu não posso viver como Christian quer...sendo apenas uma boneca. Amanhã mesmo eu vou voltar a SIP, não importa o que Christian pense ou diga, ele não tem o direito de me privar do trabalho.

É a minha vida!
Estaciono o R8 na garagem. Tomo uma respiração profunda e caminho em direção ao elevador, antes das portas se fecharem, um homem entra. Ele é alto, quase tão alto quanto Christian, tem cabelo loiro e olhos azuis, eu acho, não pude ver direito.
-"Olá, eu sou John. Você deve ser Anastasia Grey" murmura o homem, se virando para me encarar.
-"Olá, John. Sim, sou eu" digo. Não me surpreende que ele saiba o meu nome, tampouco quem eu seja.
-"é um prazer, Sra. Grey. Qual é o número do seu apartamento?" Pergunta.

Ele tem olhos profundos, são belos olhos, e meio desconfortáveis. Me sinto corando.
-"cobertura" minha voz sai como um sussurro. Morar em uma cobertura é tão esbanjador, quase como dizer aos quatro ventos que tenho dinheiro.
Me movo para digitar o código e o elevador se move. O clima é pesado, desconfortante. John não para de olhar para mim, e eu quero muito que ele pare com esta merda.
-"essas chaves são de um R8?" Questiona com tremenda curiosidade. Eu quero lhe dar uma resposta brusca, pois isso não é da sua maldita conta! Mas a educação fala mais alto
-"sim" digo e me sinto tímida. Por que ele me intimida? Talvez seja a sua persuasão.
-"é um belo carro" diz em apreciação.

O elevador para, e as portas se abrem. Um alívio me percorre, este pareceu o momento mais longo em um elevador.
-"eu acho que vamos nos ver outras vezes" fala e eu sorrio cordial. As portas se fecham de novo, abrindo apenas na cobertura.
Eu entro pela sala, notando que tudo está quieto.  Talvez Christian não tenha feito nenhum movimento para me encontrar, isso seria um péssimo sinal.
Caminho até a cozinha, onde Gail está colocando louças na máquina.
-"oi" sussurro. Imediatamente ela se vira e corre para me abraçar. Se a casa estar silenciosa era um mal sinal, este é ainda pior! Por que diabos ela está me abraçando? O que pensam que aconteceu?

Um minuto depois ela me larga e balança a cabeça.
-"Ana, o sr. Grey fez todos ficarem loucos atrás de você" diz me olhando como se não me visse à anos.
-"onde está Luke?" Pergunto. Bem, eu lhe devo um pedido de desculpas.
-"Luke?" Ela questiona surpresa. Seria preferível que eu procurasse pelo meu marido primeiro, mas eu ainda não estou pronta para este encontro.
-"sim"
-"ele está no escritório de Taylor" responde. Gail jamais seria evasiva, e eu lhe adimiro por isso.
-"obrigada" agradeço.
Passo pela sala em direção ao escritório de Taylor. Há um copo de Whisky sobre o piano, que, obviamente, foi usado pelo Christian. A porta do escritório está fechada, eu bato duas vezes na mesma, e abro.

Sawyer ergue os olhos com expectativa. Eu penso que ele esperava pelo Christian. Luke engole seco ao me ver. Adentro três passos sorrateiros no local.
-"Sra. Grey" fala surpreso, assim como Gail
-"eu pensei que devia desculpas por dizer coisas desagradáveis à você" murmuro sem preâmbulos, minha voz quase inaudível. É sempre melhor ser direta com os funcionários, para não provocar ciúmes possessivo no meu marido.
-"não me deve desculpas, sra. Grey" murmura.
-"tudo bem" digo. Sendo assim, eu não tenho mais motivos para estar aqui.

-”Luke Sawyer” uma voz mais do que familiar chama. Christian está na porta, encostado no batente, observando a nossa conversa.

Isso arrepia até o inferno da minha alma!
-"você está demitido, arrume suas coisas e venha até o meu escritório para acertar detalhes" Christian diz simples.

O que? Mas que porra é essa?

Não escondo o meu olhar de indignação para ele. A última coisa que ele pode fazer é culpar o homem por uma falha minha. E, porra, não foi uma falha! Isto é porque ele está com raiva de mim?

-”senhor” Luke murmura em concordância.

Suponho que nenhuma fala minha, ou de Luke, irá mudar esta decisão. Saio do escritório, passando por Christian silenciosamente.

Tudo que ele está fazendo é para provar que o controle é seu, e que eu me responsabilizo negativamente por tentar o desobedecer.

Eu quero que se foda! Christian que mantenha o seu controle longe do que me envolve, porque está me sufocando.
Entro no nosso quarto e fecho a porta, mas, não a tranco. Talvez o cinquenta queira jogar seu sermão em mim agora, e eu estarei pronta para o ouvir. Deito-me no seu lado da cama. Estamos ambos fodendo de ódio, mas, de alguma forma, eu o quero perto.

Arranho o travesseiro em baixo da minha cabeça, com as unhas. Fecho os olhos por um instante, e penso estar derivando em um merecido sono. O dia não foi fácil, e eu gostaria de um descanso.

Cautelosamente, Christian abre a porta. Eu sei que é ele, pois não poderia ser outra pessoa. Ele a fecha após entrar. Continuo imóvel, com os olhos fechados. Ele adentra em nosso quarto, com passos medidos e lentos.

Christian senta-se ao meu lado na cama, afundando minimamente o colchão. Ele toca o meu cabelo...acariciando. Abro os olhos, mas não o encaro, apenas pisco sutilmente enquanto me toca.

-”eu morreria se algo tivesse te acontecido” diz em tom baixo, que eu só pude ouvir por estar ao seu lado. Isto soa como uma confissão, e, eu confesso, está longe do que eu esperava.

-”eu não iria me perdoar” completa.

Viro o meu corpo para o encarar. Por que ele está fazendo isso? É como se estivesse confessando seus medos mais profundos.
Nos encaramos por algum tempo, ele não vai ceder, então eu acabo com o silêncio que se instalou entre nós.
-"você....hum...Você" murmuro, falando palavras sem nexo.
-"você poderia ter se matado" ele fala acusatório. Eu sei que isso dói nele, sua voz insinua.
-”está tudo bem” afirmo. Baby, nada iria acontecer comigo.

Agora está tudo realmente bem. Nem mesmo a Charlotte ter estado aqui é um problema. Estou disposta a me livrar deste ódio, se ele fizer o mesmo. Ele continua passando os dedos entre os fios do meu cabelo, para me tranquilizar.
-"você vai embora?" Pergunta Christian. O medo é palpável em sua voz. Eu quase posso ver as palavras trêmulas em seus lábios.

Certo...eu preciso ser sincera.
-"eu estou cansada de você me dizer palavras bonitas e eu te perdoar. E isso virou um círculo vicioso, onde apenas eu sou queimada, e me afundo nos seus erros cada vez mais.” pronuncio enquanto gesticulo com as mãos, procurando forças para dizer tudo o que preciso.

Seja forte...meu subconsciente diz.

-”Eu sei que vai chegar um momento em que eu não vou mais aguentar nadar contra a correntesa, e....eu vou....afundar" completo.

Christian tem os olhos tristes sobre mim, como se eu estivesse lhe dando a pior notícia de todas. Mas eu sei que ele compreende o que quero dizer, por mais que seja confuso.
-"estou tentando melhorar, e a cada dia eu me culpo de não ser merecedor do seu amor, me culpo por ser tão fodido” Ele diz, e então toma uma profunda respiração. Christian passa as mãos pelo cabelo em exasperação.

Por que ele pensa que isto é sobre ele? Não é! É sobre eu não aguentar o que preciso. Seus cinquenta tons fodidos não me impedem de o amar.

-”Você tem razão, no final disso tudo, apenas você vai se prejudicar, e eu vou continuar 50 tons pior do que sou. Eu não posso continuar lhe sujando com meus erros, porque eu não vou suportar ver a minha Ana afundar" Christian deixa de acariciar o meu cabelo, e começa a passar as costas dos dedos pelo meu rosto.

Ele enxuga uma lágrima que se forma no canto do meu olho. Christian sorri, porém, seu sorriso não alcança os olhos. Eu não deveria ter dito coisas tão duras para ele, pois agora me sinto culpada por tê-lo triste.

-”você pode descansar agora” murmura. Christian levanta-se da cama, e ruma para fora do quarto.

O que ele está fazendo? E por que eu me sinto mais infeliz em ter tido uma conversa, do que uma discussão?

Droga!

Parece uma despedida cinematográfica.
Estou inconsciente de tudo o que acontece no mundo, apenas penso em cada palavra dita por ele. O que irá acontecer agora? Me agarro ao seu travesseiro como se fosse o próprio Christian, o seu cheiro…

●●●

Pouco tempo após ele sair do quarto, ouço o som do piano sendo tocado. A melodia, Sinatra, me traz lembranças de quando eu morava com Kate, e o maior dos meus problemas era a conta da faculdade. Mas, por outro lado, eu não tinha vida além do trabalho e estudos. Pude viver a felicidade em plenitude ao lado de Christian, mesmo com dificuldades, afinal, é um casamento.

Não faz nem um ano que nos conhecemos e me parece que foi uma vida.

Levanto-me quando o relógio indica seis da manhã. Preciso levantar agora, caso queira trabalhar. Eu e o cinquenta não estamos bem, então, é melhor que eu vá para a SIP. Ainda tenho dias de trabalho para repor.
Ando meio cambaleando até o banheiro, eu estou com muito sono, pois não dormi bem. Tomo um banho rápido, apenas para elevar o meu espírito derrotado. Visto uma saia grafite, que alcança o joelho, com abertura na perna direita. Procuro por uma camisa de seda preta, com mangas, e Louboutins da mesma cor.
Encaro a mulher no espelho. Eu pareço um fantasma, tão pálida e com enormes olheiras. Um pouco de gloss e óculos escuros devem ajudar.

Prendo meu cabelo em um coque alto, e coloco meus óculos escuros no rosto. Aplico algum gloss rosado nos lábios, e me auto declaro pronta para o trabalho.

Saio do quarto em direção a cozinha. Passando pela sala, noto que Christian não está mais no piano, que tem a tampa fechada.

Na cozinha, Sra. Jones faz panquecas para o café da manhã. O cheiro é realmente tentador, apesar de que meu apetite se foi pela madrugada.
-"Olá, Gail” saúdo. Ela sorri, enquanto coloca uma bandeja com panquecas e suco de laranja para mim. Eu retiro meus óculos do rosto, e os prendo no “V” da minha camisa.

-”Ana” Gail cumprimenta.

-”onde está o Alff?" pergunto.
-"Lough o levou para passear" Murmura Gail. Este parece um trabalho para mim, que sou dona dele. Mas, de qualquer forma, eu não teria tempo.
Ela me encara por algum tempo, como se algo não estivesse bem. O olhar dela me deixa desconfortável, porém, eu disfarço levando um gole de suco aos lábios.
-"está tudo bem?" Sussurra. Eu suponho que minha aparência diga o contrário, e ela percebe isto.
-"sim" eu tento fazer minha voz convincente, mas, falho miseravelmente. Sorrio para reforçar meu argumento, não quero parecer triste e devastada.

Assim que eu termino minha última panqueca, Christian aparece de seu escritório.

Puta merda!

Ele está lindo em um terno preto, camisa branca, e gravata cinza. Por sinal, a minha gravata favorita.
-"oi" ele diz primeiro.
-"oi" murmuro. Por que este diálogo parece ser mais entre dois desconhecidos do que um casal?
Ele caminha até mim e sou pega de surpresa por um abraço, passando seus braços em volta dos meus ombros, segurando minha cabeça em seu peito. Posso sentir sua respiração calma e controlada.
Ficamos assim por um bom tempo. Ele me prendendo a si, e eu desfrutando do aroma celeste do seu perfume. Levanto a cabeça e acaricio seus lábios com os meus. Passo as mãos pelo seu cabelo, e o puxo para um beijo saudoso.

Christian solta um gemido gutural do fundo da garganta. Ele emoldura o meu rosto com as mãos, prolongado nosso beijo. Nossas línguas se encontram fazendo uma dança sensual.

Somos quase um só.

Este beijo indica o quanto queremos ficar juntos, e, especialmente, ficar bem.

Nos separamos de um beijo lento e apaixonado. Coloco ambas as mãos em seu peito, e o encaro por alguns segundos.
-"Ana" sussurra. Christian mantém seu olhar cinza cauteloso...me analisando.
-"eu tenho que pensar em tudo" digo em tom firme. A convivência com ele me fez confiante em mim mesma. Esta é uma resposta superficial, mas, responde a maioria das dúvidas que temos.
-"eu peço que você tenha esperança em mim” pede.

Por que caralhos ele não percebe que eu o amo, e que tenho esperança em nós? Eu ainda estou aqui, com, e para ele. Não quero ir embora, quero ficar e resolver nossas diferenças!
-"Nós temos que conversar, podemos fazer isso quando eu voltar do trabalho" digo. Realmente seria bom conversar depois, porque agora eu não quero enfrentar uma discussão antes do expediente.

Lhe dou um beijo casto nos lábios, mas ele não faz nenhum movimento para retribuir. Ele deve estar pensando sobre eu ir trabalhar.
-"Vamos, então" murmura. Me surpreende que ele não tente me convencer de ficar em casa. Bem, eu não irei questionar.
●●●
Entramos no elevador, eu sempre caio em tentação quando estou só com Christian em um elevador, e, hoje, isso me preocupa.

Christian pega minha mão e passa o polegar pelos meus dedos, essa ação tem um efeito direto na minha virilha. Eu movo os quadris e aperto minhas coxas uma na outra. Ele percebe meu desconforto, e abafa um sorriso.

-”você não comeu hoje?” questiono para me distrair do teu toque. Eu não o vi tomar seu café da manhã, mas, ele pode ter feito isso antes de mim.

-”não o que eu queria” diz indiferente. Olho de relance para ele, que tem um sorriso lascivo nos lábios.

Bastardo!

Continuamos o caminho em silêncio. Ele não me toca, além dos dedos. Estou prestes a saltar sobre ele e me aliviar aqui mesmo neste elevador.

O percurso, tanto para o carro, quanto para a SIP, é desconfortante. Algumas frases avulsas, e comentários triviais. Christian não deixou a minha mão em nenhum instante, eu acho que ele queria se manter conectado comigo. Ambos estávamos distraídos em nossas próprias áureas, buscando algo do lado de fora da janela para preencher o campo de visão.
Chego na SIP por volta de oito horas, o que não é tarde. Beijo rapidamente a boca bem esculpida que meu marido tem, e saio do carro, seguida por Lough.

Passo pela recepção e todos me olham com apreensão, surpresos pela minha repentina volta ao trabalho. É constrangedor!

Parece que eu deixei o meu trabalho subitamente, e, por um simples capricho, decidi ficar em casa. Espero que meus colegas de trabalho não pensem assim, pois seria deprimente.
-"Oi, Hanna" Digo calorosamente quando avisto ela, em pé, ao lado de sua mesa. Hanna me abraça com fervor e me dá um beijo na bochecha. Seus olhos chegam a brilhar quando ela me alcança.
-"Ana” saúda surpresa. Ela segura os meus ombros, e analisa todo o meu corpo.
-"você está linda" murmura.
-"obrigada” agradeço formalmente. Eu devo estar linda, tirando o fato de que não dormi, e tenho olheiras.

-”vamos correr atrás do prejuízo" peço. Hanna concorda, então entramos na minha sala, que está exatamente como deixei.

Ando até a minha mesa, que está repleta de papéis pardos, e coloco a bolsa sobre a mesma. Sento-me na poltrona, e Hanna toma seu lugar à minha frente.

Está aberta a temporada de trabalho ininterrupto!
-"me diga, Ana, por que parou de trabalhar?" Ela pergunta.
-"Eu tive sérios problemas pessoais. Bem, o erro foi meu por não comunicar, mas eu pretendia voltar logo" digo. Este é máximo de explicação que eu posso lhe dar, já que os meus problemas envolvem bem mais do que pessoalidade.
-"entendo” ela franze a testa ao dizer. Eu sei que a minha desculpa não satisfaz nem a mim mesma, contudo, por hora, está bem.

-”Eu vou passar a sua agenda" ela conclui.

-”por favor” digo.

O restante da manhã envolve muita dedicação, e pouco descanso. Após ler a minha agenda com Hanna, sobre as minhas reuniões perdidas, pedi que ela marcasse para a tarde de hoje. Li três manuscritos, sobre uma biografia do autor mais antigo da empresa. Também, antes do almoço, coloquei em ordem minha agenda.

Verifico meus e-mails antes de pedir para Hanna ir buscar o meu almoço. Respondo as mensagens mais importantes, e descarto as que podem esperar para depois.

Meu blackberry vibra com uma mensagem, enquanto eu leio um e-mail de Roach, sobre sua viagem para Nova Iorque.
"NÃO ESQUEÇA DE ALMOÇAR, POR FAVOR. SEU MARIDO X"

Eu não estaria tendo um dia comum se esse controlador não me desse ordens. Ponho as mãos no meu rosto, tentando pensar na discussão que vamos ter hoje, e nas consequências.

Alguém bate na porta, e eu imediatamente me endireito na cadeira. Irei pensar sobre o Christian em outro momento, e focar apenas no trabalho.
-"entre" digo tomando uma respiração forte.

Roach abre a porta, e coloca metade do corpo para dentro da sala.
-"Ana, tem um minuto?" Pergunta.
-"claro” assinto.
-"eu vim falar sobre suas faltas no trabalho" ele é direto e franco ao dizer. Tudo bem com esta conversa, pois eu sei que mereço uma repreensão.
-"oh, sim. Sente-se, por favor" peço, e aponto com a mão para a cadeira. Ele toma seu lugar e olha para mim, esperando eu me explicar.
-"eu tive sérios problemas pessoais. Perdão por não ter ligado, mas eu já estou colocando tudo em ordem" digo em um só fôlego. Esta não é uma desculpa aceitável para um chefe, mas faço a tentativa.
-"Ana, se trata de falta de compromisso e responsabilidade. Eu não quero que pense que eu sou insensível, mas, se fosse outra pessoa, eu teria demitido. Mas como você é...você!” Roach ergue as duas mãos para mim.

Eu sendo eu, a mulher do meu chefe, não posso receber a referente consequência? Que diabos? Christian não tem parte no meu trabalho!
Eu permaneço calada. Ele iria me demitir, só não o fará pela porra da intromissão do Christian. O que ele pensa? Que irá perder o seu emprego por me demitir?

Respira fundo, Anastasia!
-"perdão, Sr. Roach, mas, o meu casamento não interfere na minha vida profissional. Eu sei que fui irresponsável, e estou disposta a sofrer as consequências" digo.

Eu quero carregar o peso da minha irresponsabilidade. Meu profissionalismo não tem validade se for coberto pela proteção do meu marido!
-"Ana, eu sei como você é extremamente competente, e não vou achar alguém como você. Então, vamos esquecer este erro" Roach deixa um olhar paternal cair sobre mim. Para além de irresponsável, ele me tem como competente.
-"eu prometo ser mais responsável" garanto.

Estou feliz por ainda ter um emprego, contudo, eu teria um emprego em qualquer lugar, afinal o meu sobrenome diz que eu sou mulher de um importante homem comercial.
-"tudo bem" murmura.

●●●

A visita de Roach continua me incomodando pelo resto do dia. Faço todo trabalho que posso, mas não deixo de pensar que estaria demitida agora, caso Christian não fosse meu marido. É como se eu dependesse dele para trabalhar.

Termino de fazer os relatórios das reuniões que participei hoje, todas proveitosas. Graças aos céus Hanna conseguiu remarcar três para o mesmo dia.

Verifico o meu computador e blackberry, não há nada de Christian, isso me deixou decepcionada, mas, é melhor que não tenhamos comunicação até ele vir me buscar.

Coloco os relatórios dentro da gaveta da mesa. A reunião sobre a criação do site online abriu ótimas idéias, e eu preciso pensar e escrever sobre. Farei isto em casa. Arrumo minhas coisas na bolsa e pego duas pastas com papéis que irei ler e relatar em e-mails.

Hanna me entregou a folha com as respectivas reuniões e encontros amanhã. Um deles será na Grey House.

Puta merda!

Eu suspeito que o Christian marcou essa reunião para amanhã porque quer ter-me perto. Ele quer poder me proteger, e sabe que não estarei casa para que ele o faça.

Me lanço sobre a poltrona. Estou cansada de escrever relatórios, ler manuscritos, e responder toneladas de emails. Não tive um momento para respirar pacientemente hoje.

Meu BlackBerry vibra com outra mensagem. O identificador indica que é o meu marido.
"ESTOU TE ESPERANDO AQUI EM BAIXO"
"EU ESTOU DESCENDO"
Coloco meu blackberry na bolsa após responder e pego as pasta. Saio da minha sala, e, do lado de fora, não encontro ninguém. Todos foram dispensados. Entrar no personagem “esposa troféu” irá me custar algumas horas de trabalho extra.

Desço pelo elevador para o andar de baixo, onde Lough e Martty estão esperando por mim. Martty deve ter vindo depois, pois ele não veio conosco.

-”Lough, Martty” cumprimento. Ambos me saúdam com um aceno de cabeça.

Caminhamos até o Audi SUV, e Martty abre a porta traseira para mim, onde eu entro.

A primeira visão que eu tenho é do meu deus grego. Ele está vestido em seu terno, sem gravata,  com os dois primeiros botões da camisa abertos. Ele parece divino, eu olho para seus olhos cinza, que estão mais profundos do que o habitual.
-"oi" Christian diz apenas em um sussurro.
-"oi" murmuro no mesmo tom
-"como foi seu dia?" Pergunta ele, para me manter em seu assunto. Afivelo o cinto, prendendo o corpo ao banco, antes de responder.
-"eu quase fui demitida, mas isso não aconteceu porque eu sou casada com o chefe do chefe do meu chefe" digo em desaprovação. Sorrio fraco, para descontrair.
-"sorte a dele" Christian fala. Seus olhos continuam presos aos meus, procurando algum sentimento apresentável. Ele está me avaliando.

-”talvez” dou de ombros.

Retiro o cinto que acabei de afivelar, e me aproximo do meu cinquenta. Subo em seu colo, rastejando sobre ele. Christian permanece em silêncio, ele apenas me abraça quando estou enrolada em seu corpo.

Encosto a cabeça em seu peito, onde posso sentir o coração pulsando forte. Ele beija o meu cabelo, mostrando afetividade.

Este não é o momento de falar, mas, de sentir. Adormeço em seus braços, enquanto Christian me segura como a jóia mais preciosa de sua vida.
●●●

Quando abro os olhos, percebo que não estou mais no colo do Christian, e sim na nossa cama. Pisco algumas vezes para despertar. Viro-me para o encontrar do seu lado, mas eu realmente estou sozinha. Ele trocou a minha roupa por uma de suas t-shirts branca apenas. Estou nua por baixo da camiseta.
Me levanto com dificuldade, parece que minhas pernas estão pesadas. Vou até o banheiro e lavo meu rosto na pia. O meu reflexo no espelho mostra que ainda estou pálida, pareço doente.

Seco o rosto e saio do banheiro. No quarto, Christian está retirando sua roupa para tomar banho. Ele desabotoa a calça, a última peça que veste, e deixa a mesma cair sobre seus pés, ficando apenas de cueca boxer. Apesar de já ter o visto assim várias vezes, eu ainda me surpreendo.
-"Ana" murmura ao me ver estática na porta do banheiro, observando atentamente os seus movimentos.
-"hum" respondo. Eu ainda tenho que trabalhar naqueles papéis que eu trouxe. Ficar babando no ‘senhor sexy como o inferno’ não me ajuda.
-"você disse de manhã que queria conversar" Christian me surpreende ao dizer. É típico que ele fuja de conversas, e preencha as lacunas com sexo, amor e foda.
-"por que você não está fugindo do assunto?" Indago.
-"porque eu quero resolver meus problemas com você. Odeio quando nós brigamos" suas palavras inspiram sinceridade. Eu quero o mesmo, e estou feliz que ele esteja aberto para a conversa. É assim que que precisamos resolver os nossos impasses como casal.

-”certo” concordo.

Caminho até a cama, e sento-me na borda. Enquanto isso, Christian prende uma toalha em sua cintura, para cobrir a nudez.
-"Eu quero que você me diga exatamente o que você sente, com relação à tudo" Pede.
-"com relação aos meus sentimentos…” começo. Eu não pensei sobre meus sentimentos em profundidade. Não sei o que dizer para que ele entenda a bagunça dentro de mim.

-”eu estou confusa, não sei se estou brava ou magoada” digo. Brava e magoada estão me definindo de igual forma, e a sucessão de acontecimentos tem confundido isto.

-”Tenta se colocar no meu lugar, e se fosse eu quem tivesse fodido com alguém, e aceitasse ele transitando pela nossa casa? Você iria aceitar ele no mesmo ambiente que eu, do qual eu tenho memórias?" Pergunto.

A lembrança me machucou muito, porém, colocar em palavras faz doer um pouco mais. Não pareceu tão cortante antes.
-"não, Ana, eu não suportaria essa situação” Christian é sensato ao responder.
-"eu sei que a culpa foi minha. Eu já cortei qualquer laço que nós poderíamos ter com a Charlotte. Mas não posso mudar nada no meu passado, tudo o que aconteceu, já foi e é irremediável" ele murmura enquanto passa a mão pelo cabelo, buscando inspiração divina para continuar.
-"eu sei Christian, eu não te culpo pelo seu passado” digo imediatamente. Eu não o culpo, desde que isto não nos atrapalhe. É o nosso futuro, porra! Eu quero poder viver sem temer os problemas que ele teve no passado.

-”ou pelas suas submissas…” sussurro. Não poderia lhe culpar por suas submissas, pois elas são mulheres lindas, e estão longe de ser um erro. Digo para que ele ouça, mas isso é como se fosse dito à mim, somente.
-"então, o seu problema é ciúmes" conclui. Eu estaria bem se meu problema se resumisse à ciúmes.
-"também" afirmo.
-"Ana, eu amo você, não tenho qualquer interesse em outra mulher" Christian caminha com passos firmes até mim.
-"eu sei, mas eu não posso te dar o que um dia elas puderam" murmuro. Droga, isso não era para ser sobre mim!
-"você me dá o que nenhuma delas nunca deu” ele segura meu rosto gentilmente entre as mãos.

-”você me dá e me faz sentir amor. Este é um sentimento exclusivo seu" seu tom é baixo, como se estivesse explicando algo para uma criança pela milésima vez.

Christian se ajoelha aos meus pés, olhando fixamente nos meu olhos. De cinza possessivo para o azul envergonhado.
-"por que você trouxe ela aqui?" Pergunto entristecida. Algumas lágrimas tentam escapar dos meus olhos, mas eu prendo uma respiração pesada para não chorar.

-"eu não trouxe, ela veio a pedido do marido” responde imediatamente. Eu permaneço calada, olho para os seus olhos expectantes.

-”eu acredito em você” digo sem voz, apenas gesticulando com os lábios

-”baby…” Christian sussurra antes de puxar meu rosto para o seu, descendo os lábios para me beijar gentilmente.

Inclino a cabeça para receber sua carícia. Agarro seus braços enquanto ele deita o meu corpo na cama, ficando por cima de mim.

Nossas línguas se encontram em movimentos lentos, apreciando o sabor que cada um proporciona. Arranho sua pele, deixando minha marca em seu corpo.

-”Ana” ele diz, repreendendo ao mesmo tempo que apreciando.

Seus lábios descem até minha garganta, onde ele deixa um forte chupāo, que fará uma marca depois.

Uma de suas mãos percorrem o caminho entre minhas pernas. Christian ergue a barra da t-shirt, e desliza um dedo em meu sexo, circulando minha intimidade, sem penetrar. Gemo seu nome ao prender sua pele no cativeiro das minhas unhas.

Ele coloca seu dedo em mim, rapidamente. Eu não tenho tempo de pensar ou agir, apenas gemer.

Christian leva uma mão ao meu cabelo, que agora está solto, e puxa sutilmente, com força suficiente apenas para fazer minha cabeça inclinar para trás. Ele beija a minha garganta, do lado oposto ao que deixou sua marca.

-”eu vou marcar você...toda vez que me marcar” avisa. Christian mordisca a pele sensível, e, logo em seguida, chupa o local, como faria em meus lábios. Um delicioso arrepio percorreu minha espinha, desde a nuca.

Seu dedo continua me torturando...entrando e saindo do meu sexo. Inclino a pélvis para o seu toque.

-”levante os braços” Ele ordena. Seu hálito quente contra meu pescoço faz meu sexo contrair ao redor do seu dedo. Sinto que ele poderia me fazer gozar apenas falando.

Assim como dito, eu levanto os braços. Christian retira o dedo do meu sexo, e, com ambas as mãos, ele me deixa nua. Em um movimento rápido, ele joga sua t-shirt no chão do quarto, e puxa minha coxa direita para si.

-”o que você quer?” pergunta. Nesta posição, eu posso querer muitas coisas.

-”você” respondo. Eu vou me desmanchar em um orgasmo, faça ele o que fizer.

-”onde?” Christian retira a toalha presa a sua cintura, jogando o tecido perto da camiseta.

-”dentro de mim...rápido” digo, fazendo um sorriso malicioso cruzar seu rosto.

Ele deita sobre mim lentamente, beijando todo o caminho até minha boca. Arqueio as costas, empurrando o corpo em seus lábios. Christian mordisca meu mamilo, chupando em seguida.

-”Christian” gemo. Ele se encaixa entre minhas pernas, roçando seu membro ereto contra meu sexo.

Sua boca me dá prazer, enquanto uma de suas mãos está no seio oposto, com toques macios...apertando. Christian sobe até meus lábios, e me beija castamente.

Alcanço sua peça íntima, e coloco minha mão dentro do tecido. Retiro seu membro latejante para fora da cueca, quase implorando para estar dentro de mim.

-”oh merda” Christian diz seu epitáfio com os dentes cerrados. Ele coloca sua mão sobre a minha, e começa a se masturbar usando minha mão. Aperto os dedos ao seu redor, descendo e subindo sequencialmente.

Christian aproxima seu pau da minha entrada, e então eu retiro a mão dele. Ele me penetra, colocando cada centímetro com paciência e leveza.

Em sua primeira estocada, eu deslizo pelo lençol vermelho de seda. Christian agarra minha perna, apertando os dedos na minha coxa, para tomar impulso.
Eu estava com saudade da nossa bolha privada, onde só tem espaço para nós.
Nossas bocas se encontram, minha língua clamando pela sua, nossos lábios enrolando. É bom sentir o sabor da boca dele, tem o hálito de vinho.

Meu corpo é arrastado pelo lençol, enquanto Christian me penetra. A cada movimento ele aperta mais a minha coxa, puxando para si.

-”você é minha!” ele murmura. Sim, de corpo e alma, eu sou dele!
-"por favor, Christian, por favor" imploro para que seja mais rápido.
-"o que você quer?" Questiona.
-”mais rápido...mais fundo” respondo entre gemidos.
Vejo um enorme sorriso de satisfação dele, que começa a me penetrar mais rápido...mais forte. Ele me leva ao céu cada vez que se afunda dentro do meu corpo. Sua reação é a mesma que a minha, ele fecha os olhos, desfrutando de cada momento que o seu membro se enterra em meu sexo.

Ele está em pé aos pés da cama, inclinando, me fodendo deitada sobre a mesma. Eu abraço seu torso com as pernas, apoiando os calcanhares em seu traseiro.

Christian retira suas mãos de mim, e coloca sobre a cama, uma de cada lado da minha cabeça, para apoiar o seu peso.. Eu aperto as coxas em seu quadril. Quero sentir cada célula do seu corpo...perto de mim.

-”Ana” Christian geme. Nós deslizamos juntos pela seda, indo e vindo com a agilidade de um sabonete molhado.

Com mais algumas penetrações, sinto meus músculos internos se apertarem. Jogo a cabeça para trás, arrastando o cabelo pelo lençol, enquanto gozo clamando pelo meu marido. Me perco na sensação de liberdade.

Logo após eu, Christian se derrama dentro de mim. E goza gloriosamente.

-”eu te amo” murmura no ápice de sua paixão.


Notas Finais


Espero que estejam gostando.
Capítulo revisado√
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