"Essa não é uma história sobre o amor"
Trabalhar em uma empresa que fabrica cartões não estava nos sonhos de Park Jimin. Quando o mesmo era pequeno, sonhava em construir diversos prédios maiores que si. Já com suas mãozinhas gordinhas pensava em como poderia fazer algumas linhas, na folha em branco, e leva-las até o céu azul; tirando-a do papel para construir algo cheio de tijolos, janelas de vidros fumê e aço. O que o mais encantava era como algo tão grande poderia começar do zero - no chão - e tornar-se grandioso, como os arranha céus.
Formado em engenharia, aos 25 anos, Jimin trabalha na empresa que fabrica cartões de todos os tipos. Sendo que no começo apenas desejava um emprego para manter-se na cidade grande, suprir suas necessidades em seu antigo apartamento de quatro cômodos e poder sair aos finais de semana com os colegas da universidade.
A empresa de cartões foi o seu primeiro emprego e jurou sair até o momento que faria o que tão sonhava: a engenharia. Porém, depois de se formar, as coisas não saíram como queria. Seus dias começaram a passar tão rápido, o costume daquela vida pacata, sem agitação ou qualquer outro tipo de problema que o impedisse de deixa-lo. Nada abalava suas expectativas, aliás, nem tinha. Sua zona de conforto estava intacta há alguns anos trabalhando naquele grande prédio e mantinha-se bem estruturalmente. Ou como sua mãe dizia, Jimin simplesmente foi empurrando com a barriga aquele momento de sua vida. O mesmo não via necessidade de mudanças, e ali fazia o que gostava também, como escrever frases com rimas curtas, dando as pessoas cartões para presentear outras pessoas, e seus desenhos indo para outros admirarem. Afinal, o trabalho era bom, mas não perfeito - sabia.
Dia 01
Foi em um dia pacto e sem graça - sentado em sua mesa, que mais parecia um cubículo -, que Jimin o viu pela primeira vez. Aquele corpo alto e esguio, trajando roupas em tons quentes, passou pelas portas de metal foscas do elevador. E, porra, o rabisco que fazia em seu papel foi para os ares. As ideias simplesmente desapareceram e pela primeira vez o mesmo não soube o que fazer para o novo cartão. O garoto tinha uma beleza extremamente chamativa, seus cabelos em um castanho bonito e bem claro, quase um loiro escuro, e o mesmo usava um choker preta enlaçada ao pescoço branco.
Jimin não é o tipo de pessoa que se encanta apenas pela beleza de alguém, mas aquele tinha ganhado sua atenção. Porém, logo voltou tentar se recompor. Ele era bonito, mas não ficaria babando como se o mesmo fosse uma obra prima no qual deveria ser admirada com devoção. Pena que seu amigo, Taehyung, não pensava o mesmo. Pois logo olhou para si com aqueles olhos puxadinhos e apontou para o tal parado na porta do elevador.
Quando o garoto passou pelo corredor estreito, que, aliás, ficava ao lado de sua mesa, Taehyung logo se abanou e segredou bem baixinho o quão quente àquele era. No entanto, Jimin balançou a cabeça em negação. Naquele momento não falaria que o calor e áurea do outro era extremamente diferente e devassa. . Era quente, e as sensações que sentiu em si era como diversas constelações explodindo em seu peito.
Jimin sabia, lá no fundo, que Jeon era o verão e ele apenas o inverno.
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