Não havia nada. Nada que a fizesse pensar que o mundo era um lugar bom. O celular vibrava insistentemente no banco do passageiro ao seu lado, lugar onde aquela pessoa estivera tantas outras vezes, sorrindo ao horizonte, bebendo e rindo como se a estrada fosse sua e de mais ninguém. Tais imagens queimavam na memória de Irene e as lágrimas traziam a mesma sensação.
Debruçada sob o volante sentiu uma luz calorosa atravessar o vidro até seu rosto. Seu choro havia secado e o céu antes nublado fora substituído por nuvens suaves encobertas pelos mesmos raios confortáveis que agora diziam a Irene para manter a esperança em dias melhores.
Ela se manteve hipnotizada até sentir os braços daquela pessoa envolverem-na fazendo-a se sentir pequena.
Sentir o coração da pessoa que ela mais amava bater em seu ouvido fez com que ela chorasse um pouco mais. Sem saber exatamente qual dos dois era mais confortável — a luz do sol ou aquele abraço — Irene permitiu seu coração ser consolado.
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