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História 57 - 2


Escrita por: cerlunas

Notas do Autor


Hey <3
Olha, atualizei em menos de um mês, nem demorei tanto. askdasdajajdj
Tava lendo Planet Hulk e toda aquela hq me fez sofrer por Stucky, então tô postando esse cap me afogando nas minhas lágrimas.
Boa leitura. <3

Capítulo 2 - 2


 

Dois dias se passaram desde o bilhete que Steve deixou no armário de Peggy, mas diferente do que pensava, nada mudou.

Não sabia o que estava esperando, mas achou que ficaria nervoso. Achou que sentiria qualquer coisa.

Aquilo deveria dizer algo, pois o que escreveu ultrapassava o ridículo. Só de se lembrar Steve sentia a ponta das suas orelhas começar a arder.

De qualquer forma, queria saber o que Peggy tinha achado. Mas ao perguntar para Sam a reação dela, recebeu apenas uma resposta um tanto frustrante:

"Não sei, cara. Acho que não vi quando ela leu."

Steve ficou um pouco decepcionado. Mas agora que tinha começado, continuaria.

Nos últimos períodos, teve prova de matemática. Não era uma das matérias que mais gostava, mas esperava tirar um C pelo menos.

Quando terminou a prova, a professora relutantemente deixou-o sair. Jogou sua mochila nos ombros e deu um sorrisinho para ela, que retribuiu sem ligar realmente.

Ao andar pelos corredores, notou o quão vazio eles estavam. Mesmo assim, algumas pessoas já começavam a sair de suas salas. Tinha que se apressar.

Steve tentou ser discreto ao colocar o papel no armário, mas não sabia se tinha dado muito certo. Normalmente ele passava despercebido, então achava que estava tudo bem.

Entretanto, quando estava se afastando, Angie lançou-o um sorriso cúmplice de onde estava sentada nas escadas. Como se soubesse de algo.

Steve apenas a encarou, começando a suar frio. Ela tinha visto. Por Deus, ela tinha visto.

O momento em que os dois se encaravam passou rápido. Logo Angie voltou a prestar atenção no seu celular e Steve passou calmamente por ela.

Angie, Steve achava, gostava de Peggy. Não era algo muito surpreendente, pois Peggy era envolvente assim.

Será que a garota ficaria brava por conta dos bilhetes? Ou melhor, com ciúmes?

Quando olhou por cima dos ombros e achou que não. Angie continuava na mesma posição, distraída. Ninguém poderia competir com ela e ela sabia.

***

Bucky saiu do período de francês conversando com Nat e Clint. O loiro reclamava do trabalho, que na opinião de Bucky, nem foi tão difícil.

"Você só fala isso porque tem facilidade. Sem falar que vocês dois falam russo, pelo amor de Deus, o que é francês comparado a isso?"

Ele reclamou mais um pouco, deixando claro que se aquilo fosse arco-e-flecha, daria uma surra nos dois.

No final, Bucky tinha uma teoria que seu amigo reclamava pelo simples prazer de reclamar.

Só Nat conseguia lidar com aquilo. Bastava um olhar que ele se calava.

Cada um foi para o seu armário. Naquele dia, Bucky achou um papel branco dobrado.

Seu coração vacilou.

Olhou por cima dos ombros, checando que seus amigos não estavam por perto. Desdobrou rapidamente o papel.

"Você deveria falar mais na aula. É muito inteligente."

Franziu o cenho. Não gostava de falar na aula. Só falava quando o professor perguntava diretamente ou nas aulas de literatura, pois seus colegas não sabiam interpretar os livros e personagens de uma forma mais profunda. As coisas nem sempre eram tão óbvias como pareciam.

Fora isso, só conversava com Clint ou Nat por bilhetes. Isso não deveria contar.

E mesmo assim, não pode deixar de sorrir. Era bom saber que alguém prestava atenção no que dizia, por mais raro que fosse.

Mas seu sorriso logo se desfez. Tinha que ser alguém da sua aula de literatura, certo? Mas quem?

Lembrou-se dos seus colegas e nenhum deles parecia ser o tipo que mandava bilhetes.

Isso, claro, se não for engano.

Ou uma pegadinha.

O que era provável que fosse.

O papel foi puxado de sua mão.

"Ei!" Exclamou, enquanto Clint se afastava rindo. Nat se aproximou e os dois leram rapidamente o que estava escrito.

Bucky andou até eles e puxou o papel de suas mãos, enfiando-o no bolso.

"Então é isso, né?" Clint sorriu sacana. "Alguém está flertando com você como se fosse os anos 90 e Facebook não existisse."

Ele ignorou e voltou andar. Nat apressou o passo e colocou-se do seu lado.

"James, você..."

"Eu sei." Interrompeu.

"Eu só..."

"Nat, eu sei." Cortou-a irritado. Porque ele sabia mesmo o que ela diria. Era a mesma coisa que pensou quando recebeu pela primeira vez. Era a mesma coisa que continuava pensando.

Ela ia retrucar, mas Clint os alcançou e entrelaçou seus dedos nos de Nat.

"Até pediria desculpas, mas não me arrependo realmente." Constatou.

Bucky encarou-o.

"Às vezes tenho medo de ficar perto de você e pegar essa doença que você tem."

Clint franziu os olhos, pronto para insultá-lo, mas Nat interrompeu:

"Vocês dois são idiotas e eu não sou professora de jardim para aturar suas brigas estúpidas."

Clint sorriu, e Bucky agradeceu por terem mudado de assunto.

Mas, sabia que naquela noite não dormiria. Aquela questão de "admirador secreto" ficaria presa na sua cabeça.

***

Algo estava errado.

Steve sabia disso, porque fazia um mês que enviava seus bilhetes idiotas para Peggy e Sam dizia que ela parecia normal. Não curiosa, não irritada, não sorrindo. Normal.

Toda vez que Sam contava como Peggy guardava seus papéis no meio dos livros e provavelmente lia os bilhetes de Steve em casa, o loiro sentia uma pontada de decepção. Sabia que não deveria, mas era difícil pensar no que escrever e ter coragem de mandar e droga, seus retalhos de papéis já estavam acabando.

O intervalo estava no final e Steve andava pelos corredores. Sam estava falando com Bruce sobre o projeto de ciências deles — pela primeira vez Bruce não faria com Tony porque eles tinham brigado de novo — e Steve não estava muito interessado em ouvi-los. Preferiu esperar o amigo no seu armário para depois irem à aula de geográfica.

Mas foi só quando se escorou no armário que Steve notou algo errado: no 57, onde deveria estar Peggy, se encontrava um garoto mexendo nos livros. Ele estava acompanhado por uma menina ruiva — que reconhecia como Natasha — e Clint, o cara do arco-e-flecha que usava aparelho auditivo também.

Steve gelou. E gelou ainda mais quando viu o garoto enfiar no bolso um papel rosa.

O papel que ele tinha usado hoje.

Juntou a mochila que colocou no chão e foi procurar Sam, nervoso.

O que ele tinha feito?

Por sorte não teve que ir até o refeitório novamente. Sam e ele se bateram quando Steve virou o corredor.

"Hey, Steve, achei que... Ow." Sam reclamou quando o garoto segurou seu braço e o arrastou para um canto.

"Qual o número do armário de Peggy?" Questionou urgente.

Sam franziu o cenho.

"Por quê? Achei que você soubesse," sorriu sacana.

Isso não ajudava Steve em nada, que já sentia suas bochechas avermelharem.

Ao ver o estado do amigo, Sam franziu o cenho. Preocupado, respondeu:

"64. Por quê?"

Ah, por Deus.

"E de quem é o 57?

"Bucky. Temos aula de literatura com ele. É bacana, mas não fala muit..."

"Sam, eu acho que fiz merda."

Sam se calou.

Não era como se estivesse surpreso.


Notas Finais


Acho que o título do capítulo deveria ser "onde Steve aprende a checar suas informações antes de ter péssimas ideias" q


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