1. Spirit Fanfics >
  2. 7 Dias com a Rapper >
  3. Ai meu Deus, eu acho que matei alguém.

História 7 Dias com a Rapper - Ai meu Deus, eu acho que matei alguém.


Escrita por: kae6rina

Capítulo 1 - Ai meu Deus, eu acho que matei alguém.


Não havia mais ninguém naquele prédio que tirasse toda a sanidade mental de Myoui Mina além de Son Chaeyoung. A rapper do JYP mais prepotente, ignorante, irônica, egocêntrica e irritantemente linda de todos os setores.

 

Ser uma idol reconhecida por seu talento era um dos maiores sonhos da garota de cabelos ruivos, porém Son Chaeyoung era o motivo ao qual ao passar pelas portas do prédio a fazia querer sair correndo dali.

 

A garota simplesmente acabava com o dia da Myoui com apenas um simples comentário, era enlouquecer.

Suspirou mais uma vez antes de terminar de arrumar suas coisas dentro da mochila no vestuário, aquela garotinha maníaca de comentários irônicos já haviam cotado toda sua paciência.

 

— Que foi Mina? A baby está te dando dor de cabeça? — Riu a amiga, também japonesa, de cabelos loiros.

 

— Ha ha, Momo, que engraçado — Riu em escárnio do comentário estúpido da japonesa comilona.

 

Estava cansada já de ouvir os comentários como esses de suas amigas, que todo esse ódio era amor encubado. Era ridículo.

 

— Deixa ela Momo, um dia ela aceita — Zombou a segunda das japonesas esta de cabelos castanhos.

 

— Por Deus, você também Sana? Qual é, sou eu a amigas de vocês! Não aquela pirralha prepotente dona do próprio mundo — Ralhou Mina estressada.

 

— Viu Tzuyu-ah, é disso que eu estava falando, ser importante na vida dos outros, mesmo que seja para falar mal pela costas, não é Myoui? — Riu a menor das meninas, sendo seguida por sua fiel seguidora Zhou Tzuyu.

 

Novamente Mina se viu contando até dez enquanto trincava os dentes, aquela garota não sabia a o ódio que sentia.

 

Pegou sua mochila e jogou-a nas costas com revolta enquanto virava-se para sair do vestuário e seguir para casa.

 

— Tome cuidado Mina... Unnie — Zombou Chaeyoung arrancando risadas até mesmo das japonesas que observavam tudo entre risinhos.

 

Mina, que novamente trincava os dentes, sorriu em desprezo para menor e saiu do vestuário, atravessando as salas de práticas, a salas dos monitores e professores para então passar pela recepção do prédio e seguir para o estacionamento.

 

 Atravessando-o pisando duro por todo o percurso.

 

— "Tome cuidado Mina unnie" — Murmurou numa tentativa ridícula de imitar a voz grave da menor — Unnie... Aish! — Reclamou socando a bolsa no banco do passageiro ligando o carro.

 

Estava tão nervosa que ao menos prestara a atenção quando o celular despencou do estofado ao chão e que para pega-lo acabou por deixar o veículo desengatado e em movimento.

 

— Maldito celular...

 

— AH! — Ouviu um grito estridente.

 

Com os olhos arregalados a Myoui engatou o carro e segurou firme o volante.

 

— Ai meu Deus, eu matei alguém — Disse para si mesma de forma desesperada saindo do carro — Que esteja viva, que esteja viva, que esteja... — Implorou baixo, tudo o que menos queria era ser acusada de homicídio e estragar toda a sua vida pelos próximos sabe-se lá quantos anos.

 

Correu para dar a volta no carro, se deparando com a menina baixinha com os cabelos curtos tapando o rosto e a perna ferida sangrando.

 

Observou bem a figura e suspirou em ódio por saber de quem se tratava. Porém mesmo assim prosseguiu seu caminho até a mais nova.

 

— Você não está nada bem — Murmurou se abaixando ao lado da menina.

 

— Não me diga, sua sonsa... — Respondeu com a voz fanha fazendo a Myoui suspirar chamando a atenção da outra para si — ... Você!? — Disse de forma incrédula, limpando as lágrimas do choro silencioso, e a olhando com desgosto.

 

— Não precisa esconder o choro ou se fazer de forte eu sei que está doento — Murmurou a Myoui tentando manter a calma.

 

— Se está doendo ou não, não é da sua conta! — Ralhou a menor se esforçando para levantar dando para ver para destroço que fora feito em sua perna.

 

— O que está fazendo? — Desesperou-se.

 

— Indo para o hospital — Disse como se fosse óbvio.

 

Era incrível a teimosia e orgulho daquela garota baixinha. Queria ir ao hospital com a perna toda rasgada ou até mesmo quebrada, a pé ou de ônibus como era o seu costume de transporte? Há! Era ridículo.

 

A ruiva riu desacreditada em que via.

 

A menina menor levantou-se, nem ao menos dera dois passos antes de cair no chão com os olhos cheios de lágrimas.

 

— Anda me deixe te ajudar — Aproximou-se.

 

— Encosta em mim! — Rosnou a menor.

 

— Você não pode sair assim!

 

— Eu chamo a ambulância — Disse novamente em ironia sacando o celular e discando o número pouco conhecido.

 

— E vai o que? Ficar ai morrendo de dor até a ambulância chegar? Por favor, né! — Ralhou a Myoui tomando o celular da menina e desligando a chamada.

 

— Me devolva o celular! — Reclamou esforçando-se de novo, logo soltando gemidos de dor e algumas lágrimas sorrateiras.

 

— Viu? Nem ao menos consegue mexer-se direito! E ainda quer esperar uma ambulância — Repreendeu a Myoui guardando o celular da menina no bolso da camisa xadrez que usava. — Vem. — Chamou-a, indicando com a mão para apoiar-se.

 

— O que você tá fazendo?

 

— Te ajudando, não é óbvio?

 

— Eu não pedi a sua ajuda — Reclamou a baixinha relutando contra os braços da Myoui.

 

— E eu também não perguntei — Respondeu sem paciência enquanto agarrava a cintura da mais nova.

 

— Ya! Me solte! — A menina se debatia ao mesmo tempo que gemia de dor.

 

— Son Chaeyoung, você vai entrar nesse carro ou eu não me chamo Myoui Mina! — Mina ditou já sem paciência, tornando-se cada vez mais difícil de se segurar a menina.

 

— Então encontre outro nome! — Revidou enquanto debatia-se ainda mais.

 

— Chaga! Chaeyoung, eu vou não falar mais nenhuma vez com você, ou você vai por bem ou você vai por mal! — Brigou Mina com a voz autoritária.

 

Agredecendo pela menina sossegar e deixar coloca-la no carro. Suspirou assim que se sentou à frente do volante, olhando de canto a menina com a cara emburrada, mais ainda sim expressando dor.

 

Jogou a bolsa da menor junto da sua no banco de trás, e arrancou com cuidado temendo atropelar mais alguém nesse dia.

 

— Chaeyoung... Me desculpa, eu não queria ter lhe causado isso — Resolveu iniciar o pedido de desculpas para a menor já não aguentava mais o peso em sua consciência a alertando o quanto estava sendo irresponsável.

 

— Me atropelou, agora está me sequestrando, o que mais você quer fazer? — Resmungou em ironia.

 

— Se você considera te levar para um hospital um sequestro, tudo bem. E eu já pedi desculpas, ok? Eu não queria te atropelar — Reclamou.

 

— Você podia ter me matado!

 

— Talvez eu devesse ter feito isso mesmo! — Rosnou a Myoui calando a mais nova que a olhava espantada e indignada.

 

Mina se culpou mais uma vez por ter dito algo tão insensível para a garota ferida. Maldita seja sua consciência.

 

— Desculpa. — Sussurrou de modo soprado alto o suficiente para a menina ouvir.

 

— Tanto faz... — Fora a única resposta que ganhara da menor que agora estava com a cabeça encostada no vidro do carro com os olhos fechados.

 

Mina estacionou o carro em frente a porta do hospital, após alguns minutos na estrada, e saiu apressada dando a volta no carro para poder pegar a menina menor no colo.

 

— Quem vê acha que eu me importo. — Murmurou para si mesmo, pegando a menina no colo, com um pouco de esforço, de olhos fechados — Chaeyoung? Chaeyoung? — Chamou a menina de maneira assustada.

 

Novamente se viu desesperada quando a menina não a respondeu, nem com uma reclamação ou provocação. Trancou desajeitadamente o carro e correu para dentro do hospital.

 

— Pois não? — Perguntou a mulher da recepção.

 

— Eu acho que ela morreu! — Exclamou apavorada com a ideia — Eu acho que matei a Chaeyoung! — Exclamou desesperada enquanto a mulher mandava alguns médicos levarem a menina em estado de emergência sem saber ao certo o que ocorria.

 

— Calma senhorita! - Pediu a mulher vendo o desespero da garota — Por favor, sente-se, respire ok?

 

Mina não se aguentava de ansiedade, seus pés batiam de forma desritmada ora de forma rápida ora de forma lenta.

 

— Céus... Está demorando de mais. — Reclamou para si mesma, desconsiderando os olhares estranhos que recebia dos pacientes em espera ou dos acompanhantes que ali também esperavam.

 

— Senhorita Myoui? — Ouviu o médico que havia levado a mais nova a chamar, e de forma rápida o seguira para a sala do mesmo.

 

— E então doutor? Eu matei Chaeyoung? — Perguntou em um tom desesperado tirando risadas do doutor e uma rouca que soava tão familiar.

 

Olhou pela sala até encontrar Chaeyoung a olhando com um sorriso divertido. Suspirou soltando "Que alívio".

 

— Calma senhorita Myoui, a senhorita Son está bem só teve um desmaio pela excesso de sangue liberado. — Sorriu o homem olhando a ficha da mais nova, logo tornando a ficar sério — Por sorte, fora só um corte de extremidade à extremidade, e tivemos apenas que dar pontos - Disse o doutor, arrancando um grande suspiro aliviado da ruiva — Porém como a senhorita... Son? -  Relembrou-se recebendo um aceno da menina — Como a senhorita Son, não está sobre nenhuma tutela, terei de deixa-la aos seus cuidados — Disse o doutor ajeitando alguns papéis.

 

— O que?

 

— Você vai ter que cuidar de mim, Mina. — Sorriu Chaeyoung de forma inocente cativando o médico a sorrir da cena, que para Mina não era nada inocente.

 

— Aqui estão todos os procedimentos, receitas para remédios, há xaropes, analgésicos em comprimidos, todos eles devem ser tomados regulamente com um cinco minutos de intervalo entre cada um deles — O médico a entupia de explicação de como, e o que não, fazer enquanto ainda tentava entender o que acontecia.

 

— Isso quantos dias doutor?

 

— Sete dias para a melhora, para que tiremos os pontos caso não haja complicações. — Sorriu — Boa sorte! — Despediu-se das meninas, logo chamando o próximo paciente.

 

Mina que ajudou Chaeyoung inocentemente a ajeitar-se na cadeira de rodas, em meio as reclamações da mais nova de como era desconfortável, ainda tentava raciocinar o que ocorreu.

 

— Eu vou acabar com a sua vida Myoui — Murmurou Chaeyoung para que Mina escutasse e engolisse a seco o riso da menina mais nova.

 

Totalmente inocente e perverso.

 

Eram sete dias com a praga de sua vida, Mina não podia querer outra coisa a não ser morrer.

 


Notas Finais


Postagem: 18.11.2016
Atualização: 30.11.2021


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...