1. Spirit Fanfics >
  2. 7 Enigmas Para Jeon JungKook >
  3. Prologue; nightmares.

História 7 Enigmas Para Jeon JungKook - Prologue; nightmares.


Escrita por: Angelly_Chan

Notas do Autor


Ola, Anjinhos e Anjinhas.
Esse é o prologo acompanhado do primeiro capitulo :)
Bem, lembrando um pouco de palavras coreanas; Pabo/Babo é tonto(a)/idiota, e Aigo/Aigoo é Meu Deus!/Céus!
Apesar de eu ter desenvolvido o capitulo ele foi betado pela @baektopia (link do perfil dela nas NF), então, créditos a ela que ela merece >.< ❤
Ela foi bem atenciosa e paciente, alem de que, não demorou (na minha opinião) pra me entregar o capitulo betado, então, eu realmente recomendo! Muito obrigada pela betagem!
Boa Leitura!

Capítulo 1 - Prologue; nightmares.


Fanfic / Fanfiction 7 Enigmas Para Jeon JungKook - Prologue; nightmares.

 

     Em Busan, bem no centro da cidade, havia um casarão muito belo; com escadas por toda a parte, piso amadeirado, paredes brancas, sofás enormes e fofos. Em algumas partes do casarão eram marmoreadas. Em volta daquela residência havia um jardim com hortênsias, lírios e até alguns copos-de-leite. Mesmo com toda a bela riqueza e imensa extensão que o casarão tinha só uma pessoa desfrutava de tudo, o único morador dali, Jeon JungKook; único herdeiro de tudo que pertencia a família Jeon.

      Depois de seus pais terem falecido por causas naturais, se mudou para este casarão imenso em Busan com seu marido. Park Jeon Jimin, era seu nome de casado, costumava ser um garoto doce e tímido o bastante para ser considerado de uma hora para outra como fofo. O casal costumava se reunir pelas manhãs para darem apelidos um para o outro, como JungKook amava biscoitos acabou sendo apelidado como ‘Biscoito’. Por sua vez, Jimin, que amava cozinhar para seu marido, acabou por aceitar ser chamado de 'Mochi’, em outras palavras, bolinho de arroz.

      Tudo era perfeito, porém nos últimos dias, Jimin agia estranho. Parecia falar sozinho e pedia sucessivamente para ser mimado. Era incomum. Por ser o mais velho deveria ser um pouco mais maduro. O mais novo não via isso como um problema, achava adorável!

      Talvez fosse por esses pequenos detalhes presentes em Jimin, é que tudo parecia ser mil vezes pior que o inferno quando foi dado como morto. Tudo parecia — e ainda parece — frio e escuro demais para o garoto JungKook, e por isso não gostava de lembrar…

      Foi a quatro meses e meio, em uma tarde-quase-noite tempestuosa. Não, espere! Foi a seis meses e dezenove dias, porém lembra-se como se tivesse sido ontem. Jimin disse que queria ir à igreja, para orar e agradecer ao senhor por algo que lhe agradou e lhe deixou muito feliz. Todavia não disse qual era o motivo de toda a sua alegria. Disse também, que usaria o carro de Jeon; e que o mesmo deveria ficar em casa, pois a chuva em breve pioraria, e que não queria chegar em casa junto dele e perceber que algo não estava mais no lugar de antes, ou pior; sumido. 

     Saiu com destino à igreja e orou. Na volta, por causa da chuva que estava se acumulando nas ruas, pegou um atalho por uma ponte larga e altíssima, mas em certo ponto do trajeto, enquanto passava por ela, acabou por perder o controle do volante, caindo da ponte e indo em direção as correntezas, localizadas abaixo da mesma. 

      Não houve velório ou enterro, nem o cremaram, pois não encontraram seu corpo e, como não haviam muitas chances de alguém sobreviver naquela situação, foi dado como morto.

     Seu marido chorou muito quando recebeu a notícia, passou suas noites em claro — mais precisamente, à luz de velas. — abraçado a uma foto de Park. Oh céus! Quando veria um sorriso tão bonito quanto o seu novamente? Não conseguiu pregar os olhos por um só segundo.

     Desde então, pesadelos o atormentam. Jimin costumava dizer que JungKook era um anjo em sua vida, suas asas lhe levariam até onde ele quisesse ir, mesmo que fosse longe demais. Estes pesadelos… Ah sim, os pesadelos… Pareciam mais reais e suas asas não poderiam lhe levar até tamanha realidade, portanto as palavras de seu amado tornavam-se cada vez mais falsas ao seu ver. 

      Por isso, nenhuma riqueza pode substituir o amor; já diziam seus pais, porque esse não se compra. Seus pesadelos? Era só mais um enigma do qual não poderia desvendar.

[  #1 Prologue; nightmares. ]

      Após acordar de um pesadelo estranho, Jeon lavara o rosto e as mãos para uma deliciosa refeição matinal: Um copo de leite, cappuccino, suco de morango, pratos de biscoitos e croissants. Depois de ter secado ambas as partes, foi para a cozinha e sentou-se em uma das cinco cadeiras da mesa — isso lhe lembrava os almoços em família que participava, eram ele, seu marido, sua mãe, seu pai e seu irmão — em cima da mesa, em frente a cadeira do lado dele, havia um retrato de seu falecido marido, Jimin. Pegou o retrato e deu um beijo no mesmo; sorriu.

— Bom dia, Jimin-ssi. — Levou o cappuccino aos lábios para aquecê-los naquela manhã fria — Sabe, eu não tive uma noite muito boa, tive um sonho ruim, mas vou poupá-lo de ouvi-lo. Espero que os anjos aí estejam iluminando os seus sonhos. — Encarou sorrindo o retrato por alguns segundos e depois desmanchou o sorriso. Entristecendo-se. — Desculpa, mas falar com quadros é patético demais pra mim. Não é suficiente. Não mata minha saudade. — Ficou parado com a face neutra por um instante e mordeu um biscoito com gotas de chocolate; um cookie.

      Nesse instante o celular do garoto tocou uma melodia agradável, estavam lhe ligando. Era seu irmão mais velho que estava morando em Osaka, no Japão, desde quando alcançou a maioridade. E isso fazia muito tempo. Tirou o celular do bolso da bermuda preta e atendeu.

— Hyung? — Disse ainda com a voz sonolenta.

— Eu te acordei, mano? Posso ligar outra hora…

— Não! Que nada, JungHyun, pode falar. — Passou a mão pelos cabelos, os colocando para trás.

— Como você está, hein? Estive preocupado, na última vez em que te vi você estava muito abalado por ter ficado viúvo tão jovem. — O mais velho ouviu um chorinho baixinho do outro lado da linha.

— Aigo! Pabo! — Resmungou ainda chorando um pouco. — Eu até estava bem, isso é, até você tocar no assunto.

— Sorry bae! —  Falou sarcástico ou talvez só brincando. Fica no ar. — Na verdade o real motivo de eu ter te ligado, foi pra avisar que eu vou passar uns dias aí com você.

— Mas isso é ótimo! Eu estava mesmo me sentindo sozinho ultimamente. — Disse contente. 

— Combinado, chego aí em dois dias! — Respondeu. — Annyeong, mano!

— Annyeong, hyung! — Desligou o telefone.

      Ficou em silêncio e retirou os pratos, os copos e xícaras, e os colocou na pia. Pegou o retrato de Jimin e foi em direção ao seu quarto, antes de Jimin também, subiu as escadas de piso amadeirado — que particularmente JungKook não gostava muito — e adentrou o quarto. Seu quarto era enorme, assim como o resto do casarão; com paredes paralelas brancas e as outras duas restantes , também paralelas - de cor bege, ou café com leite para outros.Nas paredes brancas haviam estampas bonitas e próprias para decoração. Nas de cor bege, arranjos de rosas escarlates pendurados na parede. Eram bonitos, de certa forma. Em seu quarto havia também uma cama box de casal bem espaçosa, aconchegante e fofa, porém agora ela é bem assustadora aos olhos do garoto.
     Excessividade de espaço para uma só pessoa, mas não é como se ele tivesse coragem de jogar aquela cama fora e comprar uma de solteiro e por no lugar, ele e seu marido tiveram bons momentos naquelas cama; muitos bons momentos. A cama era de cor marrom escuro, com a cabeceira alta e toda fechada, sendo que no centro da cabeceira tinha um quadrado de cor preto fosco, esse quadrado ia até o final da parte de baixo. Algo simples e estiloso. O colchão era fofinho, mas não muito bambo. Além de que, por ser algo mais caro e luxuoso, ele também fazia massagem e relaxava os músculos, mas não era algo automático. Tinha um controle para ativar esse 'mecanismo’. O colchão era coberto com um pano confortável de cor branca, havia um edredom azul bebê 100% algodão puro, forrado sobre a cama e duas almofadas, uma azul bebê e a outra branca, sobre o colchão, encostadas na cabeceira.

      Em cada lado da cama ficava um criado-mudo com algumas coisas em cima: livros, uma caixinha de música que JungKook ganhou de seus pais em seu décimo primeiro aniversário, e também alguns anéis. Ao lado destes, o garoto colocou o retrato de Jimin e também sua aliança — não conseguiram achar a aliança de Jimin —, só a tirava para tomar banho ou quando fosse molhar as mãos. Em uma outra parede, uma das bejes, ficava uma cômoda de cor caramelo com quatro ou cinco gavetas com maçaneta de cor bronze enfeitada com contornos dourados. O piso era um amadeirado mais escuro do que os dos outros cômodos e tinha um leve cheiro de canela; agonizante.

      Ah, como pude me esquecer? JungKook tinha sua própria televisão que ficava bem em cima da cômoda de seu quarto, óbvio que tinha uma na sala, mas era uma precaução pra quando a preguiça batesse…

      Abriu o armário — enorme — e uma de suas gavetas retirando de lá um avental branco e o colocando. Saiu do quarto fechando a porta, que era branca e muito bem desenhada, e desceu as escadas, ah, malditas escadas! Por que tantos degraus?

      Passou pela sala e caminhou para a cozinha, ajeitou seu avental e apertou um pouco mais o nó. Começou então a lavar a louça e a cantarolar uma música. A mesma música que tocava na sua caixinha de música. A verdade é que ele não sabia o nome da canção, mas era agradável ouvi-la e observar a pequena miniatura de uma bailarina girar. Era gracioso, como costumava descrever.

      Jogado debruçado no sofá assistindo uma programação qualquer, na qual nem estava prestando atenção, JungKook queria que alguém batesse em sua porta nem que fosse para ficar apertando a campainha e sair correndo, pelo menos seria algo capaz de distrai-lo.

“Então, quais são as notícias de hoje, srta. Sang?”

“Que bom que perguntou, sr. JeoYaen, a previsão para esta tarde é de uma garoa bem fraca, por isso recomendamos a você, telespectador, que se for sair nesta tarde, é melhor levar um guarda-chuva ou não demorar muito para voltar para casa.”

“Sua casa é o melhor lugar para se estar em tardes como essa!”

      Ah, sim. Se ele tivesse ficado em casa naquele dia… Talvez estivéssemos nos divertindo bastante nesse momento… Com suas piadas e ideias malucas. Oh, sim, ele deveria ter ficado em casa. Neste momento pude ouvir o barulho de chuva fraca do lado de fora do casarão, mas não se importou. Afinal, por que ele se importaria?

— JeoYaen… Ha, que nome mais esquisito o desse homem! — Disse sem ânimo num tom debochado.

     De repente a campainha tocou e JungKook tomou um baita susto. 'Quem será?’ A campainha tocou mais uma vez.

— Eu já vou! — Gritou o garoto um pouco assustado, com aquela ação repentina e um tanto rara na sua vida contando de uns meses pra cá.

      Foi correndo até a cozinha e pegou uma frigideira, já que ele não tem armas e faca seria algo muito perigoso, uma frigideira poderia servir de algo — lembrou-se de uma vez ter assistido a bela princesa de longos fios loiros se proteger com uma frigideira e por mais patético que pareça, deu certo. — Bem, deu certo pra ela…

      Voltou para a sala de estar e foi até a porta, ficando em frente a ela, e segurou com bastante força a frigideira em suas mãos. Segurou na maçaneta da porta e girou-a lentamente para abrir com cuidado a porta. Saiu de trás da porta para espiar quem havia tocado a campainha e ao olhar para frente se viu surpreso. Não havia ninguém! Pensou ser uma pegadinha de crianças ou adolescentes irresponsáveis, sem ter o que fazer. É, quem mandou desejar ser alvo de pegadinha. Ficou meio irritado, não que se importasse em ser enganado e tudo mais, mas era meio estranho, sei lá, não era algo que soubesse descrever afinal. Na verdade, discretamente, ele se importava sim! Já estava pronto para entrar novamente em sua casa e fechar a porta, mas algo o impediu. Ouviu um chorinho. E este não pertencia a ele próprio. Fez uma cara confusa enquanto dizia um baixo “eh?” e reabria a quase fechada porta, desceu seu olhar e então se deparou com uma cesta feita de palha coberta com um pano, parecia ter um bom conteúdo; um conteúdo que chora.

      Abaixou-se para ter um acesso mais fácil, olhou aquela cesta e a pegou por uma alça em forma de arco, também feita de palha, que a mesma tinha. Na hora exata em que ergueu a cesta um papelzinho dobrado caiu da mesma, o surpreendendo. Jeon pegou o papel, deixou ele dobradinho do jeito que estava e o guardou em dos bolsos laterais da bermuda — o bolso contrario do que o que estava 'hospedando’ seu celular. — Sem tirar o pano que estava cobrindo a cesta ele entrou dentro de sua residência, deixou a cesta em cima da mesa da cozinha. Sua curiosidade estava o matando pra saber o que tinha dentro do objeto, mas na hora em que pegou na barra do pano para arranca-lo o seu celular tocou de novo. Chamada de número desconhecido.

— Número desconhecido, hum? — Repetiu para si mesmo com uma sobrancelha levantada. Atendeu. — Jeon JungKook falando, quem fala? — Foi logo ao ponto.

      Não queria demorar muito nesse telefonema por causa da curiosidade em relação a cesta, mas agora essa curiosidade se dividiu entre a cesta e o telefonema, e isso estava tomando conta de si, fazendo o mesmo ficar ansioso. Esperava para que o indivíduo ao outro lado da linha respondesse, mas isso não aconteceu. Ele podia ouvir a respiração dessa tal pessoa, ou até de um animal se duvidar, presente no outro lado da linha, uma respiração descompassada.

     “Uou, sera que isso é uma pegadinha?” Jeon ficaria mais um tempo esperando por resposta, mas o conteúdo misterioso da cesta começou a chorar.

— Eu ainda não sei o que é você, mas pare de chorar, por favor! — Pediu baixinho esperando que o choro parasse.

— O nome do bebê é ChinMae. — Uma voz finalmente respondeu. Uma voz masculina, doce, baixa e pronunciada num tom receoso. Estava com medo? Preocupado em falar com o outro?

— Bebê? — JungKook perguntou de imediato, um tanto surpreso por aquela voz harmoniosa, esperando ouvi-la novamente, ela parecia bem familiar…

     Infelizmente para Jeon a ligação foi finalizada, o outro havia desligado bem na sua cara. JungKook tentou retornar a ligação, mas por ser um número desconhecido ele não conseguiu. Olhou para a cesta e finalmente, retirou o pano que a cobria. Não haviam mentido para ele. Era realmente um bebê, de verdade! Ao ver que o bebê continuava chorando ele o pegou no colo de um jeito bem desajeitado, mas cuidadoso. Pegar um ser como aquele no colo era algo totalmente novo para o Jeon.

— Shh… Eh, então seu nome é ChinMae? — Acariciou a cabecinha do bebê e sorriu bobo. — Sabe, você é tão fofo. Como alguém teria a coragem de te abandonar? Acho que vou te chamar de Chinnie. Posso? — O pequeno arregalou os olhinhos e sorriu com a boca aberta. — Tão fofo!

      Pegou o pano, que na verdade era uma cobertinha, e enrolou em volta do pequeno Chinnie. Começou a balança-lo levemente para deixa-lo confortável no calor de seus braços, mas não deixou de estar confuso. Como céus aquilo foi parar em sua porta?

      Agora só tinha que agradecer a Deus por o mesmo ter lhe enviado uma criança para cuidar, agora não estaria mais tão solitário como antes. Quer dizer, como explicaria isso para seu irmão? Não dava pra chegar nele e dizer: “Ei, JungHyun, deixaram um bebê na minha porta e eu vou cuidar dele. Espero que não se importe!”. Na verdade dava, mas a verdade é que o Jeon mais novo nunca gostou de ser tão natural assim. Sua forma natural de agir as vezes era caótica. Isso era preocupante!

      JungKook subiu as escadas para ir ao seu quarto novamente, ainda com Chinnie em seu colo o encarando, o deixou encima de sua cama, e sentou na beira da mesma. Começou a entrar em desespero e colocou as duas mãos em cada lado da cabeça.

— Mamadeira, fraldas, berço… Ahh, eu não tenho nada disso! — Fez um biquinho, que por sinal, o deixa muito fofo. — Já sei! O bilhete!

      Colocou a mão dentro de um dos bolsos da calça e arregalou os olhos, colocou a mão dentro do outro bolso e suspirou aliviado.

— “Deve estar se perguntando sobre várias coisas agora e eu poderia muito bem te responder, mas prefiro que você tente adivinhar. Adivinhar os enigmas da vida. Felizmente você não tem tantos assim pra desvendar, somente sete. Me desculpe mesmo, biscoito. Eu não estou abandonando meu bebê ou coisa do tipo, pelo contrário, estou somente deixando que uma pessoa muito especial para mim (e para ele) tenha a chance de conhecê-lo. Sei muito bem que se você soubesse de sua existência antes já teria vindo visita-lo… Eu sinto tanto a sua falta, não sei por mais quanto tempo vou viver assim. Diga-me, ChinMae esta sentindo falta de mim também? Acho que ele pode carregar o seu sobrenome, já que você vai se apegar a ele e chama-lo de seu, mas não quero que se apegue muito a ele! A vida nos da muitas coisas somente para tira-las depois, eu sei que ela já lhe tirou algo muito precioso…” Chega! Não quero ler mais! — Amassou a carta e arremessou-a pela janela. — Quem será que me mandou isso?

      Pegou seu celular e discou receoso o primeiro número de celular que veio em sua mente, bagunçou um pouco os cabelos e coçou a nuca. Chamou três vezes e finalmente seu irmão atendeu.

— Ei, Hyung, preciso que me faça um favor. — Fez sua melhor voz para dar a impressão de que seu emocional estava melhor. 

— Que tipo de favor, maninho? — 'Modo desconfiado on.’

— Ah, um bem simples. É moleza!

— Então por que você quer que eu faça?

— Por favor, JungHyun! — Implorou. — Eu só preciso que, antes de sair de Osaka, você compre algumas coisas pra mim.

— Especifique, JungKook! O que quer dizer com 'coisas’? Oh! Você não esta se drogando. Está? — Ai, ai, esse cara… Sempre brincalhão!

— Obviamente que não! — O mais novo disse espantado com essa possibilidade. — Preciso de coisas simples como: chupeta, mamadeira, carrinho de bebê, berço, enxovais…

— Opa, espera ai! Você está gravido? — JungHyun gritou assustado.

— Aigoo, pare de gritar! Só compre essas coisas para mim e assim ficarei agradecido eternamente! — Terminou a frase com um belo sarcasmo.

      Desligou o telefone e suspirou pesadamente, estava frustado. Olhou para Chinnie e o mesmo olhava para cima, curioso. Aproximou-se um pouco mais do pequeno, mas logo recuou fazendo uma careta.

— Não, tudo menos isso. — Riu nasalado pensando ser uma brincadeirinha de mau gosto, mas ao fazer isso inalou um pouco mais daquele mais cheiro. — Ah, não tem como eu aguentar isso até o Hyung chegar. Vou ter que sair mesmo daqui pra comprar fraldas pra você, Chinnie? — Resmungou baixinho.

      Se tinha algo que o Jeon odiava era sair do casarão, já que por ter ficado muito tempo trancado no mesmo a sua aparência não era uma das melhores. Pálido e com olheiras escuras e marcadas, mas agora que tinha um bebê para cuidar teria que cuidar mais de si também. Há tempos que não ia a um médico, já não sabia como estava sua saúde, mesmo que vendo de longe; aparentava estar tudo bem com ele, e que o motivo de sua má aparência era somente uma insônia. Do bebê só se escutou um breve e gostoso chorinho. Adorável!

— Tudo bem, o que eu não faço por uma fofura como você?

      Levantou e foi até seu guarda-roupa para pegar alguma roupa confortável, 'não brega’ para 'ir as compras’. Acabou por optar em usar uma blusa branca longa e lisa, uma calça que era só uns 5cm depois do joelho (ele usava essa parte restante bem dobradinha em cima de seu joelho), uma touca preta, uma mascara cirúrgica preta e um tênis cor de caramelo. Olhou-se no espelho enquanto dava uma voltinha analisando-se. Suspirou.

— Eu já volto, continue aí quando eu voltar e por favor… Não quero voltar aqui e ver que o meu quarto esta fedendo a bicho morto! — Riu brevemente.

      Desceu aquelas malditas escadas e saiu do casarão. Por onde passava chamava a atenção por ter uma aparência nada normal, até que passou por uma mulher e um garotinho que estava de mãos dadas com ela, o garotinho olhou assustado para JungKook, mas logo apontou para ele e zombou.

— Olha, mãe, aquele cara parece um vampiro com aquelas olheiras e a pele tão branca… Será que atras daquela máscara tem presas enormes?

— Pare com isso, Kwon! — A mãe o repreendeu. — Agora venha, o 'vampiro’ é realmente assustador! — Puxou o filho para mais perto dela e saiu rapidamente dali com ele.

      O Jeon passou a mão pelo próprio rosto com um semblante preocupado. 'Estou tão mal assim?’ pensou. Continuou andando até chegar a farmácia para comprar algumas fraldas. Entrou no local e logo uma atendente qualquer veio lhe atender.

— Boa tarde, senhor. O que des- Oh! — Espantou-se.

— Isso… — Apontou para o próprio rosto — É só resultado de uma noite mau dormida. — Mentiu.

— Chama-se insônia, senhor, mas… O que deseja?

— Que você pare de me chamar de 'senhor’, isso seria bom. Mas na verdade eu vim aqui pra comprar pacotes de fralda.

— Pacotes de quatro ou de oito?

— Oito. Dois pacotes de oito unidades e um pacote de quatro.

— Certo, vou buscar. — A atendente já ia buscar os pacotes.

— Ah, e, já que estou aqui, traga-me uma mamadeira e também… — Aproximou-se da moça e disse em seu ouvido, um tanto envergonhado — Uma bomba extratora de leite. 

— Uma bomba extratora de leite? — Segurou o riso.

— Sim, sim. — Corou. — É para minha esposa, sabe, o leite dela… Err, só me traga.

      A moça buscou as fraldas, a mamadeira e, bem, o 'troço’ de extrair leite. Jeon pagou e saiu o mais rápido possível dali. Estava um tanto ansioso para ver 'seu’ bebê novamente. “Jeon ChinMae… Não me cai nada mau.”

     Poderia ser coisa de sua cabeça, mas se sentia um pouco mais leve por ter saído um pouco. As coisas mudaram bastante por aquele local. As casas carregavam um aspecto mais velho, já não havia alguns bares que estava acostumado a ver quando passava por aquelas bandas… É, tudo estava completamente mudado. Se não continuasse conhecendo aquele local como a palma de sua mão, poderia jurar que teria se perdido. Chegou em frente ao casarão e destrancou a porta, adentrou o local e trancou a porta novamente. Segurança em primeiro lugar!

      Deixou as compras em cima da mesa da cozinha e subiu ansiosamente as escadas e chegou em frente a porta de seu quarto. Respirou fundo, fechou os olhos e sorriu, abriu os olhos e também lentamente a porta, na expectativa de ver Chinnie ainda enrolado no paninho, da cesta em que estava anteriormente, deitado em sua cama. Bem, na expectativa. Arregalou os olhos, e se possível, ficou um pouco mais pálido.

— Não, não é possível! — Afirmou assustado.

      Seus olhos e pés percorreram o quarto inteiro: o banheiro do quarto, o guarda-roupa, em cima da cama e embaixo dela, até olhou através da janela, mas nada. Revirou cada coisa que estava no criado-mudo e também na cômoda. No final daquela busca em seu quarto a cama estava bagunçada, os lençóis jogados de qualquer jeito no chão, as almofadas amassadas, o criado-mudo levemente torto e parte das gavetas da cômoda se encontravam abertas. O guarda-roupa estava com uma porta aberta e a outra fechada, os cabides de roupas pendurados dentro daquele móvel estavam caídos no meio de pilhas de roupas que se encontravam abaixo dos cabides que ainda estavam no lugar.

     O desespero tomou conta de seu corpo por completo e então caiu de joelhos no chão e ajeitou-se, acabando por ficar sentado. Não acreditava que aquilo realmente estava acontecendo, e ainda por cima, com ele.

— Mas ele estava aqui quando eu saí…


Notas Finais


Vamos fazer um combinado, sim? Para que os capítulos não fiquem muito curtos nem muito longos eles vão ter 2.000 palavras no minimo e 5.500 no máximo. De acordo? De acordo.
Copo de leite*: É um tipo de planta.
ChinMae: Nome masculino de origem coreana que significa 'verdade'.

Perfil da @baektopia >> https://spiritfanfics.com/perfil/triggeredtyler

Bye~


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...