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História 7 Enigmas Para Jeon JungKook - Two Chapter; my baby back and my brother too.


Escrita por: Angelly_Chan

Notas do Autor


Ola, Anjinhos e Anjinhas <3
7 Enigmas... Sim, essa vai ser a 'sigla não sigla' da fanfic.
Esse capitulo focou um pouco na parceria dos irmãos Jeon, pra mostrar um pouco do JungHyun e deixar ele aproveitar um pouco desse sucesso focado nele rsrsr
Feliz dia dos pais adiantado! (provavelmente não vai ter pais lendo isso aqui, mas okay) Por favor, deem muito valor a eles!
E muito obrigada pelos 16 favs. só no primeiro capitulo, prometo não lhes decepcionar!
Boa Leitura!

Capítulo 2 - Two Chapter; my baby back and my brother too.


Fanfic / Fanfiction 7 Enigmas Para Jeon JungKook - Two Chapter; my baby back and my brother too.

 

[ #2 Chapter; my baby back and my brother too. ]

     Chorando sentado de pernas cruzadas no chão do quarto, sentindo-se culpado. Sentindo o peso de cem tetos desabarem em seus ombros; seus olhos juntamente desabavam em lágrimas.

— Eu disse pra você não se apegar a ele…

     JungKook olhou para trás desesperado, tentou se levantar, mas quase caiu nessa tentativa, então decidiu que seria melhor ficar apoiado na cama. Arfava.

— J-Jimin? — Olhou assustado para aquela imagem a sua frente. — Mas… Como?

— O bebê está chorando, com fome. — Puxou uma cadeira para frente da cama onde o outro estava, e se sentou nela. — Acorda, JungKook.

— Você não morreu? — O mais novo o olhou de cima a baixo.

— … — Suspirou - JungKook, acorda!

— O quê? — Ergueu uma sobrancelha.

— Acorda, JungKook, acorda! — Jimin colocou ambas as mãos encima dos ombros de JungKook e começou a sacudi-lo. — Acorda! Acorda! JungKook!

— Jimin… — Sentia seus olhos pesarem e os fechou.

— Acorda, JungKook. O bebê está chorando.

     Abriu os olhos, e ainda que com a visão turva, viu rapidamente Jimin acenar sorrindo para ele. Ouviu Chinnie chorando e apagou.

— Chinnie…

     Seus olhos lentamente se abriram e estava surpreso, estava em uma cama de solteiro, totalmente coberta de lençóis brancos, o quarto onde ele estava era branco com paredes acolchoadas, o local tinha um forte cheiro de harmonia, basicamente um cheiro agradável de álcool. E isso realmente soava de forma estranha…

     Ele estava sem camisa e havia algumas máquinas estranhas com muitos cabos ao seu lado, alguns cabos estavam conectados por seu peitoral e braços. Eles estavam também conectados a uma bolsa de soro. Dois homens com um sobretudo branco, uma calça e um sapato, de mesma cor, adentraram o local. O garoto os encarou durante poucos segundos.

— Isso é um hospício? — Olhou para os cabos em seu corpo.

     Um deles riu, e disse:

— Veja só! Ele esta delirando, doutor! — Um dos homens debochou. Ele tinha o corpo e o rosto magros, não aparentou ser um asiático, tinha o cabelo bem baixo da mesma cor do bigode que tinha as pontas levemente levantadas. Estiloso e assustador.

— Não fale isso, ele só esta assustado, Mendes. — O doutor lançou um olhar ameaçador para o seu ajudante e olhou calmamente para o paciente. — Você está no hospital, Jeon. Tentamos te acordar antes, mas você parecia estar meio conturbado e falava sozinho. Seus vizinhos que ligaram para nós; falavam que houve um grande barulho vindo da sua residência, um barulho de vidro quebrando. Basicamente você deve ter escorregado em algo e bateu a cabeça com tudo na janela, ela quebrou, e você teve um sangramento na cabeça. Por isso está enfaixada. — O garoto passou a mão pela cabeça e confirmou que ela estava enfaixada — Não é algo considerado como grave, mas você ainda precisa ficar um breve tempo aqui pra se recuperar.

— Então… Foi só um sonho?! — Repetiu para si mesmo.

— O que foi só um sonho, jovem? — O doutor perguntou confuso.

— N-nada. Deve ser coisa da minha cabeça. — Disfarçou.

— Encontramos também um bebê na sua casa; ele chorava muito. — O tal ‘Mendes’ continuou.

— E onde ele está? Eu quero ver ele. — Tentou se levantar daquela cama, mas sua cabeça começou a doer.

— Não faça esforços, eles não vão te fazer bem. Deixe que nós trazemos ele pra você. Aliás, ele é seu filho? — Perguntou Mendes.

– Digamos que sim… — Fechou os olhos, forçando as pálpebras por causa da dor.

    Os dois homens se retiraram e fecharam a porta, mas não a trancaram. JungKook ajeitou um pouco mais a sua cabeça no travesseiro e suspirou.

— Eu poderia jurar que vi Jimin, não poderia ser um sonho, poderia? Não, não. Eu devo estar delirando! — Balançou a cabeça negativamente para afastar aqueles pensamentos.

     Ficou um bom tempo olhando para os lados procurando por uma diversão, que certamente não veio. Estavam demorando muito e isso estava começando a preocupar o mesmo. Será que havia acontecido algo com ChinMae? De repente uma enfermeira entrou com o bebê no colo, ele estava com uma mamadeira de leite na boca. Isso deixou Jeon meio irritado e fez com que sua expressão facial mudasse.

— Ei, por que esta fazendo isso? — Cruzou os braços e em seus lábios um biquinho, particularmente fofo, se formou.

— Desculpe, mas não compreendi, sr. Jeon. — A enfermeira disse confusa enquanto se concentrava em segurar a mamadeira.

— Eu posso amamentar ele e, ainda por cima, sem mamadeira. — Falou convencido.

— Sério? Pois bem, faça isso que eu quero ver. — Disse sarcástica.

— Pegue as minhas compras, por favor. Vocês trouxeram elas pra cá, não foi?

— Sim, sim. — Buscou a sacola de compras e entregou para ele. — Tome.

     JungKook tirou de dentro da sacola a bomba extratora de leite e a posicionou perto de seu mamilo. Antes que pudesse fazer algo mais a enfermeira começou a rir brevemente e impediu.

— Isso não vai funcionar, senhor.

— E por que não? — Ele tentava usar o objeto.

— Porquê isso foi criado pra ser usado somente por mulheres. Homens não tem leite, senhor. - Tirou aquele objeto das mãos do garoto e guardou de volta no meio das compras, dentro da sacola. — O senhor deveria saber disso. — Colocou ChinMae nos braços de JungKook e lhe entregou a mamadeira.

— É… Agora eu sei. — Respondeu sem ânimo. — Ei, vocês trocaram a fralda dele?

— Sim, trocamos e passamos talco. —Tirou um sininho do bolso do casaco e entregou para o garoto. — Eu preciso ir, mas se precisar de alguma coisa é só tocar o sininho. Alguém vai vim ver o que você quer. — Afirmou e se retirou.

— Aish, eu não acredito que gastei dinheiro a toa com esse extrator de leite! — Resmungou. — Ei, bebê, o papai teve um ferimento na cabeça, mas isso não importa, não tenho nada grave. E você esta aqui comigo. — Acariciou o nariz do pequenino. — As vezes eu não sei se sou muito azarado por viúvo e órfão ou se sou muito sortudo por agora ter um filho. Você vai ser o meu filho, ah, e eu aposto que você vai amar o seu tio. Às vezes, ou talvez sempre, ele é meio brincalhão e dramático demais, mas ele é muito legal.

     Chinnie estava muito fofo; com o polegar na boca e aqueles olhos arregalados prestando total atenção no maior. JungKook sorriu mostrando seus dentinhos de coelho, jogou a cabeça pra trás encostando ela um pouco mais no travesseiro e fechando os olhos. Paz. Pena que não dura pra sempre. A enfermeira entrou anunciando a hora do lanche da tarde; dizem que comida de hospital é ruim. Será que é?

— Ah, pensei que não iria te ver de novo tão cedo. — Ele disse brincando.

— Então isso é realmente uma lástima. — debochou ela. — Vai me ver todo dia já que eu sou a enfermeira que foi escolhida pra cuidar de você. Aliás, me chamo Min Yerin.

— Sou Jeon JungKook. — Apertaram as mãos.

— Certamente eu sei disso. — Riu. — Agora come. Não tem veneno nem nada do tipo pra você demorar tanto.

— Que bom, seria estranho se tivesse. — Começou a ‘comer’. — Aliás, por que vocês chamam sopa de lanche da tarde?

— Você esta reclamando demais pra alguém que teve um ferimento na cabeça. Pare de perguntar tanto! — Saiu do quarto sem falar mais nada, parecia irritada.

     JungKook deu de ombros e continuou bebendo a sopa. Então arregalou os olhos e tocou rapidamente o sininho, enfermeiros vieram correndo pro quarto do Jeon pensando que ele havia se engasgado ou algo do tipo — quem céus se engasga com sopa?

— Aconteceu algo, sr. Jeon? — Um homem perguntou chegando perto dele e tocando sua testa. O outro somente negou com a cabeça.

— Só queria que vocês trouxessem um berço pra cá, quero ficar perto do meu bebê. — Disse calmo olhando para o pequeno ainda em seu colo.

— Ah, sim senhor. Se é o que deseja… — O homem colocou a mão no peito e disse aliviado.

— Sem sombra de dúvida; é o que desejo. — Afirmou.

     Depois de alguns minutos uma enfermeira e dois homens trouxeram o berço e colocaram ele ao lado da cama de JungKook, o mesmo colocou cuidadosamente o bebê dentro do berço e o ajeitou. Ficou o olhando por um tempo e voltou a se concentrar na sopa, mas percebeu que um homem ainda estava lá e estava olhando para ele. JungKook, ainda com as bochechas cheias de sopa o fazendo formar um pequeno bico em seus lábios, o olhou curioso e fez um gesto de interrogação com ambos os braços.

— Vim avisar que o seu banho já esta pronto, que tem roupas novas penduradas na parede do lado de fora do banheiro, e que você recebe alta pela próxima manhã.

— Obrigado por avisar. — Sorriu. O outro fez uma reverência e saiu.

     JungKook, depois de tomar a sopa, se levantou com dificuldade e caminhou até o banheiro; que era até confortável, fugindo de suas expectativas. Entrou no banheiro e ligou o chuveiro, e mesmo não estando debaixo dele, sentia os pingos de água atingirem levemente suas pernas e pés. Ele usava um jaleco azul meio arroxeado de paciente, este jaleco tinha somente uma cinta para prender atrás. Desamarrou aquela cinta e deixou que o jaleco deslizasse por seus ombros lentamente até chegar o chão. Colocou as mãos nas laterais da cueca branca estilo shortinho e puxou-a para baixo e chutou-a e o jaleco para um canto qualquer que estivesse seco daquele cômodo, colocou uma mão dentro da água para ver se já tinha chegado numa temperatura agradável para seu corpo; suspirou.

     Entrou debaixo do chuveiro e sentiu um leve impacto pela temperatura fria que seu corpo estava sentindo e a temperatura quente que a água tinha naquele momento. Passou a mão pelo cabelo recém molhado o colocando para trás e fechou os olhos. Pegou o sabonete e começou a ensaboar seu corpo, cada parte, lentamente. Seus ombros, seus braços, peitoral, quadril…

— Precisa de ajuda com isso, kookie? — Tomou o sabonete das mãos do mais novo e começou a ensaboar um pouco mais baixo.

— Jimin… — Arfou. Abriu um dos olhos e teve uma surpresa; aquela ‘ilusão’ estava somente com uma cueca branca transparente. Excitante.

— Sim, amor? — Ergueu sua cabeça para ver JungKook e fez uma expressão fofa.

— Eu te amo.

— Eu também e eu nunca duvidei disso. — Levantou-se e largou o sabonete em qualquer lugar. Aproximou seu rosto do de JungKook. — Me beija!

— Mas você está... — Foi interrompido pelo outro que agarrou os seus cabelos e o puxou para um beijo.

— O amor nunca morre. — Jimin lhe deu um selinho rápido e sorriu. Pegou a mão de JungKook e a deixou aberta para si, depois pegou o sabonete de volta e deixou na mão do mais novo. Enquanto se distanciava para onde quer que seja, sumiu da vista de JungKook.

O mais novo, por sua vez, ficou encarando o sabonete. “O que céus aconteceu aqui?” pensou. Tomou o seu banho normalmente — ou pelo menos tentou — e saiu do banheiro. Certificou-se de que a porta estava muito bem fechada e então se secou e vestiu uma bermuda e uma blusa branca de manga com estampa azul clara. Deitou novamente na cama, virou para o lado e acariciou ChinMae que estava dormindo como um verdadeiro anjinho.

— Você é o meu pequenininho e eu vou te proteger de todo o mal, porque eu te amo. — Sorriu calmo. — Eu acho que deveria parar de falar sozinho, vou acabar acordando ele… Eu acho que devo estar ficando louco... Tendo alucinações e tudo mais. — Riu sentindo vergonha de si mesmo.

     Passou o tempo jogando sozinho para se distrair; contava os próprios dedos, cantava baixinho para seu bebê também e fingia estar dormindo quando não tinha nada mais para fazer. Até que ele dormiu de verdade. Acordou já no dia seguinte, pelas onze e quinze da manhã, estava fazendo calor, então ele tirou a blusa comprida que usava e ficou com a de baixo; uma blusa branca de botões de manga pequena da cor azul. O motivo por ter acordado tão cedo — na sua opinião — foi somente pelo som de ChinMae chorando. O pegou no colo e balançou-o devagar fazendo com que o mesmo se acalmasse. Seis horas depois ele ganhou alta, e nessas horas ele só fez vários nadas, e imediatamente recebeu um telefonema de seu irmão. Com uma mão segurava ChinMae, com a outra segurava o celular e deixou a sacola de suas compras, que fez antes de ir para o hospital, encostada em um poste.

— Fala, JungHyun.

— Onde é que você esta? Eu to te esperando aqui na frente do casarão já há umas duas horas. Tava dormindo, é? — Disse irritado.

— Hyung, eu estava no hospital com meu bebê. — Falou sério.

— Ah, agora eu entendi. Você tava parindo! — Lançou em tom sarcástico.

— Me poupe das suas brincadeiras agora! Eu bati a cabeça na janela do meu quarto e tive um sangramento no local, trouxeram ele também pra não ficar sozinho. É sério!

— Agora entendi o porquê de ter vidro quebrado aqui no gramado… Quando você recebe alta? 

— Na verdade já recebi, já to chegando aí. Só espera um pouco!

— Pra quem já esperou duas horas e meia é bem fácil esperar mais um pouco! — Disse rindo.

— Hum. Annyeong!

— Annye... — JungKook desligou sem nem ouvir tudo.

     Apressou o passo e em alguns pequenos minutos chegou em seu lar, logo na frente do casarão, JungHyun já lhe esperava com algumas malas, os braços cruzados e uma cara de raiva que logo se transformou em preocupada e irônica. Abraçou calmamente o mais novo.

— Finalmente chegou! Estava muito preocupado com você, senhor rei dos chás de cadeira!

— Retire o que disse antes que eu diga algo nada fofo. — O Jeon ameaçou.

— Tudo bem, retiro. — Riu. Deu uns tapinhas na costa de JungKook e pôs o braço ao redor de seu pescoço; até que percebeu, finalmente, a presença do mais novo ‘membro da família Jeon’. — Oi, fofo! Que bebê mais cuti-cuti do titio! — Tirou Chinnie do colo do outro e pôs no seu enquanto acariciava seu nariz e bochecha.

— Ei, ele é meu! — Resmungou o mais novo.

— Mas isso não me impede de paparicar ele. — Fez um biquinho. Continuou brincando e fazendo palhaçadas feito um bobo.

— Agora, falando sério, eu acho que estou ficando louco, JungHyun! Estou tendo alucinações com o Jimin desde ontem, foi justamente por causa dessas alucinações que eu bati a cabeça na janela do 2° andar. Eu estou ficando louco? — Perguntou preocupado.

— Lamento dizer, mas você perguntou pra pessoa errada; sabe que não entendo nada dessas coisas, mas eu acho que isso é por causa que o Jimin te faz muita falta. Você o amava muito, não?

— Eu não o amava, hyung. — disse sarcástico.

— N-não? Mas… - Disse arregalando os olhos.

— Eu o amo; e sempre amarei. — Declarou.

     Sentaram no sofá e ligaram a televisão numa programação qualquer — da qual nem deram um terço de atenção. JungHyun, vez ou outra, tentava pegar o bebê, mas Jeon mais novo já se mostrava meio possessivo em relação ao pequeno. Não o largava por um momento sequer, mas quando ChinMae começou a chorar ele foi o primeiro que tampou os ouvidos e saiu dali, deixando seu irmão com o mesmo.

— Eu já volto, hyung! — Gritou quando já estava longe.

     O Jeon mais velho ficou apenas fazendo caretas por causa do barulho irritante de choro e acariciando, dificilmente, o cabelo do garotinho. “Graças a Deus que não tenho que aguentar choros como esse na minha casa!” disse baixinho para si. JungKook voltou com quatro pedaços pequenos de algodão e colocou dois em seus ouvidos, entregando os outros restantes para o mais velho e esse, por sua vez, os colocou em seus ouvidos também. Já não ouviam mais nada não ouviam o choro, não ouviam uns aos outros e já não conseguiam ouvir direito as próprias batidas do coração que ecoava por suas mentes. Já não ouviam um ao outro.

— Ei, eu já contei pra você que em breve vou me casar? — JungHyun comentou, mas o irmão disse que não estava conseguindo escutar por causa do algodão no ouvido.

     O mais velho também não escutou o que ele disse e fez uma cara confusa. Então JungKook fez gestos com as mãos e ficaram calados por um tempo. Quando eles percebem que o choro cessou, por um verdadeiro milagre, eles tiram o algodão de ambos os ouvidos.

— Eu estava falando que em breve me casarei.

— Por essa eu não esperava! — Arregalou os olhos. — Nem sabia que você tinha um namorado.

— E não tenho, é uma namorada! Diferente de você; eu gosto de garotas. — Corrigiu. -— Ela se chama Hwasa e é muito bonita, porém estou tranquilo; pelo menos com você não terei ciúmes dela.

— Engraçadinho! — JungKook fez uma careta. — Quando irão se casar? Você irá me apresentar, né? Posso ser seu padrinho?

— Nos casaremos no fim deste mês, sim eu ainda vou apresentar vocês dois e é óbvio que você vai ser meu padrinho, isso é, se você aceitar. É claro!

— E você ainda pergunta? — JungKook se alegrou e deu um abraço no maior. — Se eu não aceitasse eu estaria louco, na certa!

— Então, você não esta louco. Não da pra te entender; me faz uma pergunta e acaba você mesmo encontrando a resposta. Se for pra ser assim, pra que perguntar? — Resmungou brincalhão.

— E eu ia saber que sabia a resposta? — Embaralhou-se em suas próprias palavras. — Fique você sabendo que não me interesso nadinha por garotas, não se preocupe. Desde já, desejo uma boa lua de mel a vocês. — Deu um sorriso malicioso para o outro e subiu em cima do mais velho. — Se você quiser eu posso te fazer gosta de garotos em um outro sentido, Hyung. — Sussurrou provocativo. Se tem algo que JungKook sabe ser bom é em ser provocativo!

— Sai, JungKook! — Empurrou o mais novo que caiu no chão e ficou rindo.

— Eu só estava brincando, Hyung haha. Deus me livre gostar de você como algo mais que irmão! — JungKook disse rindo. 

— Pensando bem, acho que mudei de opinião. Você realmente esta louco! — JungHyun levantou do sofá e subiu com suas malas para o segundo andar, indo para o quarto de hóspedes.

— JungHyun! - Seu irmão o chamou, mas o outro nem ao menos voltou.

     JungHyun era o tipo de pessoa meia temperamental e meio bipolar; que se estressava facilmente, mas isso só depois de mostrar todo o seu lado brincalhão. Isso talvez fosse a unica coisa nele em que JungKook não gostava.

     O Jeon mais novo ficou na sala olhando pro nada com ChinMae em seus braços, em silêncio. Parou. Pensou um pouco na vida. Resolveu pegar o bebê no colo e leva-lo até seu irmão. Seu único irmão. Subiu as escadas e bateu na porta do quarto onde JungHyun estava. Respirou fundo e preparou-se pra imitar uma voz de garotinho.

— Titio, me deixa entrar! — Riu baixinho da própria imitação um tanto ruim. — Eu vou ser um bom menino, prometo! — Deu umas batidinhas na porta. Ouviu uns barulhos vindos da maçaneta; o Jeon mais velho estava abrindo a porta.

— Entra e nunca mais imite essa voz fininha de criança, você não é bom nisso. — Disse dando espaço para o outro entrar. — Agora passa o bebê pra cá, jovem! Passa, passa, passa! — Fez o sinal de arma com ambas as mãos, brincando.

 

— Oh! Por favor, não me mate! — Entregou ChinMae a ele. — Tome ele, mas não me mate!

— Perdeu! Perdeu! Já era! — Com uma das mãos segurava o bebê e com a outra restante fez de conta que atirou em JungKook, e esse por vez; pôs a mão no coração, fez uma expressão de dor e caiu em cima da cama.

     Começaram a rir e o mais velho resolveu se jogar naquela cama macia também, ficando abraçadinho ao pequeno em seus braços. Ficaram ali, ligados em um mundo deles próprio, em sua bolha que reluzia um mundo perfeito, só seu. Até que JungKook quebrou aquelas risadas gostosas num fim de tarde de uma quinta.

— Tive uma ideia, mas, primeiro, tenho que saber se você comprou o que eu pedi. Preciso daquela cadeirinha com rodas agora!

— Ah, comprei sim. Espera um pouco. — JungHyun levantou e buscou a cadeirinha com rodas que estava do outro lado do quarto. — Mas, me diz aí, pra que você quer ela?

— Aí, da-me paciência, senhor! Não quero imaginar como vai estar você quando tiver filhos! — Lamentou-se com uma das mãos em sua testa — Se eu te peço pra comprar uma cadeira com rodinhas para bebê é óbvio que vai ser pra um bebê, pabo!

— E você é o espertão pra poder me dar lição de moral assim, né? — Zombou.

— Talvez! — Colocou Chinnie na cadeirinha; o mesmo não parava de se remexer perdidamente.

— Ta bom, conta logo a sua brilhante ideia, espertão rei dos chás de cadeira! — Pediu.

— Vou ignorar essa ultima parte, mas então, topa jogar uns jogos? —Perguntou.

— Que tipos de jogos você esta falando, JungKook? — JungHyun perguntou meio assustado passando a língua levemente pelos lábios.

— Videogame, seu idiota! Que tipos de jogos estava pensando que iriamos jogar? — Corou enquanto batia levemente no ombro do mais velho, o repreendendo.

— N-nada, caramba. E pra sua informação: Hwasa é o amor da minha vida! — Afirmou com as bochechas levemente rubras. Viajou por entre todas as galaxias desse universo ao lembrar da amada. Seu irmão mais novo lhe jogou uma capa de um jogo qualquer de Videogame na sua cabeça. — Ai!

— Algum jogo que queira jogar, hyung? — Perguntou com um pé apoiado nas laterais amadeiradas da cama, uma mão na cintura e a outra girando um controle de Playstation, com um sorriso maroto estampando a sua face.

— Tem GTA V? — Perguntou.

– Há, aqui é Playstation 4. Tenho tudo que é jogo! — Riu.

— Percebi. — Respondeu olhando para as prateleiras enormes, cheias de jogos, que rodeavam o cômodo inteiro. — E o pior é que eu nem posso me surpreender com isso; nunca tivemos problemas com dinheiro.

— É, essa é a família Jeon. — Afirmou pegando o jogo escolhido e colocando no Playstation 4. — Pra ser sincero, isso era uma sala de jogos antes de virar um quarto de hóspedes.

— Difícil não perceber, JungKook. Tava na cara. — Disse convencido.

Três partidas e duas revanches de GTA V depois...

— Como eu pude perder pra você? Eu sou simplesmente o melhor jogador de Videogame da Coréia do Sul! — JungKook disse desacreditado. 

— E eu sou o melhor jogador de Videogame do Japão! — JungHyun disse mostrando seu belo sorriso que tem confiança em excesso.  Começou a rir. 

— Isso não se faz! Você só morou la, mas nasceu aqui. O que você disse não vale! — JungKook começou. — Além de que quando eramos pequenos, você não sabia jogar e eu sempre ganhava, aí você ficou com inveja e quis aprender. — Continuou. 

— Isso que você chama de ‘inveja’ eu chamo de ‘vontade própria’. Aprende e vê se cresce. — Se aproximou do mais novo. — Você, por acaso, não esta querendo uma briga, está?

— Obviamente que não, mas talvez nossos espíritos competitivos queiram. — Fez um biquinho enquanto parecia pensar em algo. — Ei, onde está o Chinnie?

— Esta aqui, ó. — O Jeon mais velho apontou para o lado dele. Onde o pequeno ChinMae se encontrava sentado na mesma cadeirinha com rodas de antes, só que agora, dormindo com o rosto apoiado naquela espécie de mesinha que a cadeira tinha. — Tão fofo desse jeitinho... Ele me lembra até você e reparando bem, ele lembra mesmo um coelho.

— Sério, Hyung? Eu? — Nem havia prestado atenção na ultima parte da fala do outro.

— Sim, você. Eu ainda lembro muito bem de quando você era apenas um bebezinho muito fofo, por sinal. Aqueles olhinhos puxadinhos, aquela expressão tímida, seu nariz levemente grande, sua boca, e quando seus dentes nasceram? Só nos dois primeiros eu já te apelidei de coelhinho. E quando você chorava a noite, as vezes, a mãe e o pai não gostavam de levantar da cama e ir até o seu quarto te acalmar, então eu mesmo fazia isso. — Colocou a mão de um jeito com que ela apoiasse sua cabeça. — Sorte que você é um ser que nasceu com a bunda virada pra lua, não literalmente, e isso fez com que até o seu choro se tornasse algo fofo aos meus olhos. — O outro riu com a tal expressão usada como causa da sua 'sorte'.

— Sinto saudades do pai e da mãe. — JungKook tirou Chinnie da cadeirinha e o pegou no colo, balançando-o. — Iriam adorar virarem ‘avô’ e ‘avó’. E eu acho que seria muito bom se eu tivesse um sobrinho pra brincar com o ChinMae. Não acha? — Perguntou.

— Acho que se dariam muito bem, mas e se fosse uma menina? Além disso, não tenho plano pra filhos ainda. — Comentou.

— Se for uma menina ou um menino; não vai fazer diferença. Vão se dar bem do mesmo jeito. Mas acho que você deveria aproveitar que gosta de meninas, e o fato delas podem engravidar, pra ter filhos. Jimin não era uma menina, não tinha útero, não tinha a minima possibilidade, nem sequer poderia ter o pensamento, de engravidar. Eu muito menos. — Disse olhando para o chão como se tentasse se conformar com algo.

— Sinto muito por você, mas vou pensar no seu caso. Mas por enquanto, o que eu quero mesmo, é aproveitar minha liberdade, sem crianças, só com a minha futura esposa. Passear pelas ruas de Paris, onde vamos passar a lua de mel, dançando na chuva com guarda-chuvas transparentes, sorrindo e rindo, comprando muitas lembranças pra guardar da capital e usando roupas iguais assim como os casais costumam fazer.

— Usarem roupas iguais assim como alguns casais fazem? Isso é coisa de casal ‘manteiga derretida’, já acabou essa moda. — O mais novo disse surpreso. 

— Coisa de casal ‘manteiga derretida’? Mas você e Jimin faziam isso! — Afirmou incrédulo. JungKook riu envergonhado.

— Mas fizemos isso quando ainda estava na moda, é diferente! — Ele ressaltou. — E além disso, nunca fizemos isso nas ruas de Paris, mas só porquê nunca fomos lá. Não tínhamos dinheiro o suficiente e Jimin me garantia que ele me faria passar vergonha por não saber falar francês. Mesmo eu falando que também não sabia, estava falando a verdade, ele era muito inseguro pra certas coisas. Coisas das quais, infelizmente, eu não consegui provar pra ele o contrário. — Disse triste.

— Você tentou e fez o que pôde. Não é sua culpa. Não precisa ter mágoa de si mesmo. — Tranquilizou. 

— Não tenho mágoa de mim e nem dele; tenho mágoa da vida. Pois já não vivo a minha vida com o amor da minha vida. Mas em compensação, por ter tirado a vida de meu amor, de meus pais e também não ter tido filhos com aquele que queria, ganhei um filho. Filho meu e da vida; da vida que uma vez foi tirada de meu amor.

— Desde quando virou filósofo?

— Desde quando percebi que precisava. — Respondeu sem ânimo algum.

     Tudo ficou em silêncio por alguns minutos, um silêncio intimidador. Sem ter qualquer outro assunto, JungKook arriscou:

— Acho que já esta na hora de darmos um banho nele.

— Não, ainda não. São só… — Tentou disfarçar — Nove e três agora. É! Então, você que vai dar banho nele! Você que é o pai dele agora!

— E você é o tio! — Respondeu. — Sendo assim só tem um jeito de resolver isso… 

— Uma maneira muito honrada e simples… — Ergueram cada um uma das mãos fechada no alto — … Pedra, papel, tesoura! — Disseram em uníssono.

     Pedra versus tesoura. JungKook ganhou de primeira.

— Uhuuu! Viu? No pedra, papel e tesoura eu ainda sou o melhor! — Comemorou convencido.

— Isso foi só porquê a minha sorte não parece ter gostado muito de ter andado ao meu lado ultimamente. — Disse levemente chateado.

— Também; quem é que te aguenta, né, JungHyun? — Perguntou brincalhão, mas foi prensado na parede pelo outro.

— O que esta querendo insinuar com isso, Jeon JungKook? — Cruzou os braços o encarando enquanto o via surpreso e constrangido com o aproximamento. Estava corado. De repente o mais velho começou a rir e bateu de leve no ombro do irmão. — Você deveria ver a sua cara! O que pensou que eu iria fazer?

— Idiota! — Cruzou os braços e sentou irritado na beirada da cama. JungHyun chegou por trás, o abraçou e depositou um beijo encima de sua cabeça enquanto ria divertido.

— Vá pro seu quarto e durma, irmãozinho. Você precisa descansar um pouco, essas alucinações e tudo mais estão te deixando irritado. — Disse tranquilo enquanto desfazia aquele abraço.

 

— Mas e o ChinMae? — Perguntou se levantando juntamente de seu irmão.

-Eu posso dar um banho nele, já que perdi, e coloca-lo no berço dele que eu já transferi pro seu quarto, se essa é a sua preocupação. Agora vá! — Sorriu.

     JungKook foi até a porta do quarto onde estava e passou por ela, ficando do lado de fora do quarto naquele momento, e antes de fechar a porta por completo sorriu para o outro — o vendo pegar o bebê no colo e leva-lo para o banheiro do quarto; disse baixinho:

— Obrigado, hyung. — Fechou a porta e se retirou daquele local, rumo a seu quarto.

     Passou por um corredor e subiu algumas escadas, até chegar em seu quarto e adentra-lo. Foi até o guarda-roupa e pegou seu pijama — que era basicamente uma camisa fina de cor branca com manga comprida que tinha como estampa listras verticais azuis e uma calça que fazia parte do conjunto — o deixando em cima da cama. Foi ao banheiro, escovou os dentes, voltou para o quarto e despiu-se ficando somente com uma cueca. Sentia a maciez das roupas que usava deslizarem lentamente por sua pele e, lentamente, a deixarem. Após vestir o pijama e deitar na cama, se cobrindo com o cobertor, ele pegou a caixinha de musica que ficava em cima de um dos criados-mudos e girou a chavezinha da mesma. Fazendo com que a bailarina girasse lentamente e um som harmônico ecoasse por todo o quarto. Havia um botão pra acender e desligar a luz do cômodo que ficava na parede bem do lado de sua cama, JungKook o apertou e então a luz desligou. JungKook fechou os olhos e sua voz ecoou por todo o quarto pela ultima vez naquela noite.

— Mamãe, Papai e Jiminnie-hyung, boa noite!


Notas Finais


Esse capitulo foi betado pela @baektopia ( perfil - https://spiritfanfics.com/perfil/triggeredtyler ) e eu realmente gostei bastante da betagem dela, inclusive eu super recomendo. Ela esta aceitando pedidos atualmente, então se vocês precisarem... Já tem uma ótima recomendação, viu? Alem disso, ela esta me ajudando muito mesmo, então, se você estiver lendo isso, Flo, muito obrigada mais uma vez! <3
Não esqueçam de comentar se gostaram, favoritar se quiserem acompanhar e linkar na sua lista de leitura se não quiserem perder de vista.
E o que vocês acham que vai acontecer no próximo capitulo?
Bye~


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