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História 7 Kiss - Terça feira, 09 de fevereiro


Escrita por: KenjiroAkio

Notas do Autor


Como prometido, aqui está.
Boa leitura XD

Capítulo 4 - Terça feira, 09 de fevereiro


O auge do inverno não estava tão perto de acabar e sendo assim, a probabilidade de Sebastian ter mais serviços como remover a quantidade significativa de neve da sua casa e da escola eram grandes, causando-lhe terríveis dores na costa e braços, além de um leve resfriado. Ainda era o início da semana e pouco mais de 4 dias estaria indo embora, já começava a sentir a ansiedade e uma pontada de nervosismo e mal conseguirá terminar de encaixotar suas coisas por conta dos sentimentos, deixando seu quarto uma verdadeira bagunça.

Naquela manhã fria, Sebastian se recusava a se levantar ainda podia sentir seu corpo doer a cada movimento, sua cabeça pesar e o sono aumentar, mas tudo por causa de uma pessoa que resolveu brincar com água em pleno inverno, quando a temperatura chegava a quase zero graus.

“Eu vou matar aquele garoto!” Sebastian rangeu os dentes.

— Sebastian! – a porta foi aberta bruscamente por seu irmão. – A mamãe fez essa sopa para você, então é bom que você coma rápido e leve para a cozinha depois, porque a mamãe vai sair... Não esqueça de lavar! – o mais novo deixou a pequena bandeja no criado mudo e saiu do quarto, não sem deixar de bater a porta, causando mais dor de cabeça em Sebastian.

“Eu vou te pegar moleque, deixa eu melhorar!” olhou friamente para onde seu irmão tinha acabado de sair.

Não tinha a menor vontade de comer e não tinha nem sequer forças para ficar sentado direito, como eles esperavam que fosse se alimentar? Sebastian respirou fundo e foi se apoiando em seus braços e com as pernas foi empurrando até que estivesse completamente sentado na cama, ainda que não quisesse comer nada lembrava-se de que não havia ingerido absolutamente nada desde que acordara, o que já fazia algumas horas. Com a cabeça tombada para trás e de olhos fechados permitiu-se cochilar por alguns minutos para tentar fazer o mal estar desaparecer. Bem distante pode ouviu a porta se abrir e fechar, então a sua cama mover e o peso ficar em suas pernas, lentamente abriu os olhos e viu Ciel com o rosto próximo ao seu.

— O q-que... – mordeu a língua e praguejou em silêncio. – O que faz aqui? Molhar-me já não foi o suficiente? – Sebastian segurou firme a cintura de Ciel para tirar de cima de suas pernas, mas a falta de força e energia o impediu.

— Desculpa por aquilo... – riu baixo. – Quando minha mãe me contou que você amanheceu ruim me senti culpado!

— Eu tenho toda a certeza de que você foi o culpado, agora saia de cima! – Sebastian apontou para o amontoado em cima do banco. – Sente-se ali.

— Mas ali não dá para sentar... – Ciel olhou para o lado e viu a bandeja com a sopa intacta. – Ainda não comeu... – com cuidado Ciel saiu de cima de Sebastian, pegou o prato fundo de sopa e voltou a ficar sobre o colo do moreno. – Abra a boca! – com a colher cheia e ainda fumegante Ciel foi aproximando da boca de Sebastian.

— Hey... – sem dar espaço e tempo para o outro foi logo colocando a colher na boca. – Ahh... – Sebastian assoprava constantemente, sentindo não só a língua, mas a boca toda arder. – Toma cuidado, isso tá quente! – com a mão na boca, começava a se arrepender de ter feito a neve cair em Ciel no dia anterior.

"Isso só pode ser uma maldição que ele jogou para cima de mim!".

Desta vez com cuidado Ciel assoprou a sopa e deu a Sebastian, tomando atenção para não deixar não muito frio e nem muito quente, apenas agradável a se tomar, repetindo o processo até esvaziar o prato. Sebastian não queria admitir, mas estava agradecido por ele ter alimentado-o, mas isso não queria dizer nada e que ainda estava com raiva por ter feito ficar doente. Ainda em cima de Sebastian Ciel olhava para ele com um sorriso e as mãos fechadas em cima das suas coxas.

— O que foi? – Sebastian encarou-o.

— É a primeira vez que te vejo ficar doente! – confessou. – E é a primeira vez que eu cuido de você.

Sebastian realmente não entendia aquele garoto. Como é que poderia ficar feliz com a desgraça dos outros? Ou mais, cuidar de um doente, que pessoa gostaria de fazer isso, se não por obrigação. "Será que minha mãe está pagando?" o moreno encarou com o cenho franzido. "Não, isso é impossível... Ele está fazendo por vontade própria mesmo?" Sebastian estava surpreso com a sua conclusão.

"Ele também não me pediu o beijo, isso é estranho!" Encarou o menor mais uma vez. "É melhor que eu faça antes que ele abra a boca!"

A intenção real mesmo era dar o beijo em Ciel, mas o mesmo não parava de olhar para Sebastian tirando toda a sua concentração, não estava nenhum pouco acostumado a beijar garotos do mesmo sexo que ele, mas faltava apenas três dias para estar livre de seu vizinho. Isso poderia facilmente alegrá-lo.

— Err... Eu tenho que ir agora... – Ciel olhou para o outro lado e coçou a nuca. – Você precisa descansar... Mas se eu puder fazer alguma coisa para você...

Sebastian sorriu de canto. – Já que você disse isso... – o moreno apontou para o amontoado em cima do banco. – Eu tinha que dobrar aquelas roupas ali, e guardar os livros dentro daquela caixa, mas também tinha que arrume as minhas malas... Eu até iria fazer, se não estivesse de cama. – Sebastian suspirou e fingiu estar triste por esse infortúnio.

— E-eu faço! Só precisa me dizer onde guardar... – Ciel dizia incerto, o que foi bem visível a Sebastian, que sorriu.

Minutos se transformaram em horas e Ciel finalmente tinha concluído o serviço, estava cansado e com suas costas doendo de tanto ficar curvado, e agacha e levanta, mas feliz ter deixado tudo organizado. O quarto já estava devidamente organizado e com uma aparência mais receptiva, o que surpreendeu o moreno.

— O almoço está pronto! – a mãe de Sebastian apareceu no quarto. – Oh Ciel você está aqui?! – a mulher sorriu. – Espero que ele não tenha dado trabalho! – o menor apenas negou. – Se eu soubesse teria caprichado na comida.

"Ele queima a minha boca e eu dou trabalho e ainda recebe mimos, sendo que eu estou doente...".

— Vou trazer seu almoço!

Ciel estava em pé ao lado de Sebastian na intenção de pegar a bandeja, mas antes que fizesse isso o moreno puxou sua mão com um pouco de força deixando-o desequilibrado, calmamente a outra mão pousou no rosto do menor indo direto para a nuca e puxou para mais perto de si selando os lábios, inicialmente era apenas um selo, mas deixando-se levar pelos lábios macios acabou por transformar aquele pequeno contato em algo a mais.

Sebastian terminou o beijo e encarou Ciel. — Não coloque muito! – murmurou.

Ele esperou para que estivesse sozinho em seu quarto para soltar um suspiro alto, sentia suas bochechas mais quentes e seu coração com leve alteração, não compreendia o que era isso, porque tinha feito aquilo, por que levar o beijo tão longe do que apenas um selo, era apenas essa a intenção não era? Não deveria sentir nada além de "obrigação" certo?

Ciel estava de volta ao quarto com o almoço em mãos, sentou-se ao lado de Sebastian com a bandeja em seu colo, havia claramente uma diferença entre as duas comidas uma delas era sopa de legumes sem graça e a outra cheia de cores e com cheiro muito agradável. Saber de quem era quem lhe tirava o apetite, não podia acreditar que sua mãe estava fazendo isso.

"Como vou melhorar se ela me da apenas sopa sem graça?"

Sebastian estava relutando em aceitar a comida e comer o do menor, mas acabou por ficar com o prato sem graça e nada agradável.

— Você não tinha aula hoje? – Sebastian se deu conta que o outro tinha vindo de manhã.

— Tinha, mas eu quis vir cuidar de você. – sorriu.

"Não é como se eu tivesse pedido para fazer isso!"

Com o prato deixado de lado, Ciel mexia a sopa para poder dar a Sebastian, vendo aquilo a dor em sua boca já começava a aparecer, até estava se preparando mentalmente para novas queimaduras, mas não foi bem assim, calmamente Ciel esfriou e deu a Sebastian, o que deixou aliviado.

O silêncio entre eles foi absoluto, Ciel não sabia o que dizer e Sebastian já começava a ficar sonolento após o seu almoço.

— Sebastian? – Ciel encarava as suas próprias mãos.

— Hmm?

— Posso ir no aeroporto com você? Para nos despedirmos?

— Nem pensar! – murmurou. – Estou com sono Ciel, se você ficar quietinho eu agradeço...

— Mas... – Sebastian puxou a cabeça de Ciel para deitar em seu peito em forma de fazê-lo ficar quieto.

Sem conseguir aquietar seu coração Ciel manteve seus olhos bem abertos, piscando lentamente, sentia suas bochechas esquentarem e seu interior ficar mais agitado ao ouvir o coração de Sebastian.

— Me deixe dormir, sim?

— Hmm... Tá! – nos poucos segundos que Ciel ficou em silêncio podia já ouvir a respiração calma de Sebastian, o ressonado o deixava vermelho e mais ainda por cima  deitado junto a ele.


Notas Finais


Então... O que acharam?


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