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História 7 Kiss - Quarta feira, 10 de fevereiro


Escrita por: KenjiroAkio

Notas do Autor


Estou atrasada mais uma vez.
Enfim espero que gostem XD

Capítulo 5 - Quarta feira, 10 de fevereiro


Não completamente curado, mas melhor do que o dia anterior, e apenas um pouco indisposto Sebastian fazia seu percurso para a escola, o dia também não estava tão frio como nos outros e a neve estava pouca, porém ficando escorregadia e perigosa para pessoas desastradas e também para as mais cuidadosas.

— Sebastian! – o moreno olhou para trás e viu Ciel correr em sua direção.

— Hey toma cuidado! – gritou para o menor que não deu importância ao aviso. – Hey... – Ciel continuava correr e ao chegar perto acabou por tropeçar em seus próprios pés sendo segurado por Sebastian.

— Me desculpa! – Ciel corou. – Eu... Err... Quero te dar isso, minha mãe fez para você... Espero que melhore logo! – sorriu para o mais velho.

— Não está cedo para ir a escola? – Sebastian intencionalmente ignorou o que o menor havia acabado de falar.

— Não tem problema chegar cedo, vou aproveitar e passar o tempo estudando...

Sebastian começava a achar estranho e que algo não estava certo, enquanto caminhavam em direção à escola, olhava discretamente para Ciel na procura de algum vestígio que possa indicar mais uma de suas ideias. Não queria correr o risco de cair na mesma armadilha que ele tinha colocado, desta vez seria cuidadoso. Ainda que não pudesse explicar o motivo de ter mudado as suas atitudes o deixava mais desconfiado e claro que não queria deixar evidente, mas assim que possível iria questionar ao menor.

— Fique dentro da escola, o dia está frio para ficar andando por aí! – Sebastian abaixou o olhar para o menor que assentiu, automaticamente tirou o seu cachecol e enrolou no pescoço de Ciel. – Bom dia! – inclinou o corpo para ficar mais perto de Ciel, então próximo ao lábio Sebastian depositou um beijo.

— B-bom dia! – o menor corou.

As horas iam-se passando e Sebastian começava a ficar frustrado por estar sempre pensando no beijo em Ciel e como estava mudando a sua atitude para com ele. O que antes era uma obrigação por medo das fotos pararem nos celular de outras pessoas e de seus pais, agora estava saindo mais como um cotidiano e ele não queria antes isso, não queria se acostumar com a aproximação de Ciel, e não podia gostar de ficar perto dele.

— Argh... – resmungou irritado. – Só posso estar ficando louco! – levantou-se da sua cadeira e saiu da biblioteca.

Sebastian começava sentir a cabeça pesar com os pensamentos e o cansaço tomar conta "Preciso de café!", o moreno deixou Finny tomando conta da biblioteca enquanto saia, gostaria que a sua breve saída não resultasse em nenhum esforço extra dado por professores, como no outro dia. Passava pelas janelas do corredores, cujas árvores faziam ótimas sombras no verão  um terrível frio no inverno, com a intenção somente de ir até a cafeteria teve a seu caminho alterado por um miado baixo e fraco como de um gatinho de poucos meses, Sebastian olhava para fora da enorme janela procurando entre a paisagem branca algum vestígio do pequeno e indefeso animal. O moreno relutou em não abrir a janela, pois sabia que ali era um corredor de vento e na menor fresta aberta deixaria com frio, mesmo estando bem agasalhado, com um suspiro baixo desistiu de abrir a janela e deu a volta indo direto para a porta de entrada, ainda que estivesse com uma boa distância de onde estivera, podia ouvir o miado desesperado do pequeno animal, o vento soprava em sua direção fazendo-o tapar o rosto com seu braço, Sebastian olhou mais a frente e avistou algo se movendo entre um arbusto seco com um pequeno monte de neve preso entre os galhos.

Lentamente e cuidadosamente Sebastian foi se aproximando do pequeno para não assustá-lo, faltava pouco para ficar frente a frente com o animal e então tentar pegá-lo, deu mais alguns passos e alcançou-o. A princípio o pequeno gato tentava a todo custo se soltar de Sebastian, mas logo foi se acalmando e passou a ronronar ao receber carinhos do moreno. Com todo cuidado colocou o gato dentro de sua blusa e rumou para a biblioteca, ele sabia que não podia fazer isso, mas não tinha como ignorá-lo lá fora, naquele tempo frio.

— Ah Sebastian... – Finny chegou perto de Sebastian com seus braços carregados de livros. – Poderia... – o pequeno miado fez Finny parar de falar e olhar para o moreno.

— Subitamente me deu uma vontade de miar... Miau!

"Isso não é hora de miar gatinho! Por favor, fique quieto!".

— Está tudo bem Sebastian?

— Hm, é claro... Deixe esses livros e vá buscar um copo de leite quente, preciso me aquecer um pouco. – deu um sorriso forçado.

Sebastian esperou que Finny saísse para então soltar o gatinho, colocou no chão e ficou sentado ao seu lado, soltando um suspiro.

— Eu sabia que escondia algo! – Finny apareceu assustando a ambos, o pequeno animal saiu correndo e se escondeu, Sebastian lançou um olhar reprovativo. – Desculpa!

— Agora que você já sabe, vá logo buscar o leite que eu vou procurar o gato e torcer para que ninguém o encontre!

Quase dez minutos procurando pelos corredores e entre as mesas, finalmente Sebastian o encontrou, custou novamente fazer o pequeno confiar nele para então pegá-lo, o moreno levou até a sua mesa de trabalho e arrumou em seu colo, Finny também não demorou a voltar com um copo enorme de leite e um pequeno potinho de doce vazio e já limpo. Com a ajuda do loiro despejou uma boa quantidade de leite e deixou o animal se deliciar na bebida.

— Sebastian! – o moreno levantou-se do chão e avistou Ciel do outro lado do balcão.

— O que foi Ciel? Algum problema? – Sebastian olhava para o menor e em seguida para o gato ao seus pés.

— Nenhum! – o menor ficou na ponta dos pés e tentou ver o me que tanto o moreno olhava. – Pode me ajudar? Tenho que fazer uma interpretação de texto, mas para isso eu preciso escolher um poema, – remexeu em seu bolso e tirou um pedaço de papel. – Acho que vou escolher um de cada autor… – entregou  a Sebastian.

— Tudo bem, a maioria está na sessão 1-D e 6-C. – Sebastian voltou a entregar o papel para Ciel com os nomes decorados, deu a volta no balcão e foi procurar os tais livros.

— Hã... Sabe, eu estive pensando... – Ciel parou de andar e fitou o chão. – Eu realmente não posso te acompanhar ao aeroporto? Vai ser a nossa última vez se vendo...

— Eu já te disse sobre isso Ciel! – Sebastian virou-se para o menor e se aproximou dele. – A minha resposta continua sendo a mesma...

— Porque você não quer que eu vá? – retorquiu aborrecido. – Não quer que ninguém veja nós dois juntos? Ou que veja nós dois nos beijando?

— Não é nada disso! – Sebastian passou a mão sobre os cabelos. – Além do mais, não é como se nós estivéssemos juntos.

Sebastian voltou a andar deixando o menor para trás, ele não entendia o motivo da insistência para acompanhá-lo ao aeroporto, o que ele mais odiava era despedida e mesmo que não tenha nada, estava já se acostumando com a presença dele e isso afetaria em sua partida. Mais um passo e o moreno sentiu o baque em sua costa e os braços finos envolverem sua cintura.

— Mesmo que você diga o contrário eu vou continuar insistindo! – Ciel balbuciou. – Eu quero ficar com Sebastian o máximo que eu puder para poder me lembrar nos dias que não estiver comigo... – o moreno ouviu o soluço baixo do menor.

Sem pensar Sebastian empurrou Ciel para o lado fazendo com que a costa do menor batesse na parede da estante fazendo um baque surdo. — Não brinque comigo garoto! – Sebastian aproximou de Ciel prendendo-o com seus braços. – A última coisa que eu quero é uma criança agindo de forma desesperada por atenção.

— É a única coisa que eu posso fazer para ficar perto de quem eu amo! – Ciel tampou a boca ao perceber o que havia dito.

O moreno estava estático, não conseguia acreditar que ele tinha acabado de receber uma declaração de seu vizinho, mas isso não era grande coisa, o que mais lhe incomodava era pra fato de seu coração ter batido mais rápido. Sebastian estava tão tensão que poderia ouvir seu coração bater forte, respirou fundo e fitou Ciel que estava vermelho até as orelhas de vergonha, nem mesmo conseguia olhar para o outro. Sebastian venceu a negação que estava tendo no momento e aproximou-se ainda mais do menor selando os lábios.

— Seu quinto beijo! – sussurrou.

— Atchim! – Ciel fungou o nariz em seguida coçou. – Sebastian... – Ciel levou a mão ao peito do moreno onde olhava fixamente. – Eu sei que o que irei dizer é rude, mas pode se afastar de mim?

— Hã? – olhou sem entender.

— Você está com pelo de gato... Eu sou alérgico! – coçou novamente o nariz, já sentindo que em breve iria espirrar novamente.

— Não sabia disso, me desculpa! – Sebastian deu alguns passos para trás. – Vamos buscar seus livros!

Em silêncio Sebastian recolhia os livros e ia empilhando em seus braços, Ciel apenas ia seguindo-o também em silêncio, queria se aproximar do moreno, mas se fizesse sua alergia iria piorar.

— Sebastian... – o moreno olhou para trás e Ciel segurou na ponta dos dedos do outro, ficou na ponta dos pés e deu um selo rápido. – Obrigado!

— Se você quer tanto ir, não vou te impedir! – o menor sorriu.

— Obrigado! – Ciel ignorou o fato de Sebastian conter pelos de gatos e abraçou-o forte.

 



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