Acordei com o barulho das cortinas do quarto se abrindo, me mexi um pouco na cama, deitando de bruços e escondendo meu rosto no travesseiro. A claridade fez meus olhos arderem um pouco, nem sabia que horas eram, mas imaginava que tarde, já que Ino era do tipo preguiçosa. Ouvi o barulho de seus passos vindo em minha direção e suspirei fundo, pois queria ficar um pouco mais na cama.
— Acorda, princesinha, seu celular já tocou umas dez vezes!
— Você... — Pigarreei um pouco, limpando minha garganta ao perceber que minha voz saiu um pouco rouca. — Você viu quem era?
— Não, né! Mas você deveria olhar, pode ser algum cliente!
Um choque de realidade me abateu, hoje eu devia me encontrar com Orochimaru e ele gostava de atenção exclusiva. Me levantei rapidamente e fui até a cômoda, onde havia deixado meu celular. Peguei o aparelho e vi que já tinham três mensagens nele.
A primeira que abri era de Kakashi, perguntando se eu estava bem e como havia sido a viagem. Respondi, ainda me sentindo um pouco sonolenta, mas tentando parecer o mais doce possível, já que ele foi maravilhoso comigo em todo momento em que estivemos juntos. Após terminar de enviar respirei fundo, abrindo o segundo texto, que era de Orochimaru.
Estou ansioso para te ver hoje.
Antes de responder resolvi abrir a terceira mensagem, que era dele também. Mas antes que eu pudesse lê-la, meu celular descarregou, me levantei novamente da cama, indo em direção à minha mala, que ainda não havia sido desfeita. Comecei a procurar meu carregador e quando o encontrei conectei ele na tomada e no celular, preocupada, logo o liguei de novo, a fim de ver a outra mensagem.
Sakura, vamos nos encontrar hoje, certo?
Fiquei um pouco temerosa ao ler essa mensagem, ele havia enviado ela há mais de uma hora e não escreveu mais nada. Apesar de Orochimaru sempre agir como um cavalheiro, era notável em seu comportamento e maneira de falar o quão intolerante ele era. Diante dessa circunstância, sabia que precisava tomar cuidado com as palavras que usaria para respondê-lo.
Iremos nos ver, com toda certeza, estou morrendo de saudades.
Bufei ao terminar de enviar a mensagem para ele, analisando novamente o que escrevi. Só esperava que isso fosse o suficiente para que ele compreendesse que nem sempre estava à disposição para respondê-lo na hora que ele quisesse. Ino saiu de dentro do banheiro enrolada na toalha, me passou um olhar preocupada ao me ver, refletindo, mas fingi não ver e fui tomar um banho.
A parte mais complicada desse trabalho era você saber que tinha sempre de agradar, mas ser nenhum era capaz de deixar todos à sua volta contentes. Ainda eram nove e meia da manhã e acreditava que ele pudesse compreender o porquê de eu não ter respondido se fosse paciente o bastante para considerar que eu estava dormindo... o problema era que sabia que ele não era.
Apesar da preocupação, tinha outras prioridades ao longo do dia, se ficasse pensando sobre esse assunto ia acabar maluca. Peguei a toalha para me enxugar enquanto montava em minha mente um cronograma para facilitar minhas tarefas.
Vesti meu roupão e fui direto para a cozinha, estava louca para experimentar o café da minha cafeteira nova. Por sorte não precisaria fazer isso sozinha, já que tinha ao menos minha amiga para me fazer companhia... O que me intrigava era o fato de ela ter dormido no meu AP, já que sabia que sempre falava com seu cliente pelo Skype quando ele não podia ir na casa vê-la pessoalmente.
Liguei a máquina de café e coloquei os biscoitos e manteiga em cima da mesa, ao ir pegar as xícaras Ino entrou na cozinha com o celular na mão. Comecei a pensar em uma maneira de perguntar se estava tudo bem, sem fazer com que ela se sentisse ofendida. Apesar de sermos amigas de longa data às vezes sentia que ela não contava sobre tudo para mim, mas até compreendia, já que só falava para ela o necessário também.
— Ino, obrigada por ter arrumado as coisas para mim! — falei, dando um sorriso, me sentando ao lado dela na mesa.
— Sem problemas! — ela respondeu calmamente, ainda olhando para o celular.
— Aconteceu alguma coisa?
— Nós brigamos, Sakura.
Olhei séria para ela, pensando no dia em que a repreendi, dizendo que achava errado ela ir morar na casa de um cliente. Mesmo que ele não vivesse lá, isso era quase que entrar em um relacionamento.
— Ele me ligou ontem à noite e ficou chateado por eu não estar na casa, acredita? — ela disse, pegando a xícara de café.
— Mas eu te avisei que não era uma boa ir morar na casa dele. De certa forma, você está presa a ele agora.
— Eu sei, mas ele sempre foi tão legal comigo...
— Ino, eu só não quero que você fique se arrastando atrás desse cara. — Ela me olhou, e eu segurei uma das mãos dela, tudo o que eu podia fazer era apoiá-la agora. — Você é linda e não precisa dele para sobreviver, você tem outros clientes.
Ela acenou positivamente para mim e começou a beber seu café com leite em seguida. Fiquei esperando que ela continuasse a conversa, mas acredito que tenha guardado tudo para si... e achei melhor não tocar na ferida.
— Humm... — ela começou, tirando a xícara de sua boca, chamando minha atenção. — Me fala como ele é? — Sua voz mudou drasticamente, e um enorme sorriso tomava conta de seus lábios. Sua maneira de ser, volátil, era agradável às vezes, mas também me deixava preocupada, já que assim ficava difícil ajudá-la.
— Ele é perfeito! — Tentei acompanhar o entusiasmo dela, virando meu corpo na cadeira para a sua direção. — Você não tem ideia de como foi bom ficar com ele, além de atencioso é um deus na cama!
— Não acredito! Agora me senti um lixo por não ter dado atenção para ele! — Dei um tapinha em seu braço, mostrando a língua para ela em seguida.
Continuamos nossa conversa e fui contando a ela quase todos os detalhes de meu encontro. Ela se surpreendeu com a maneira que ele me tratou, e todas as vezes que eu dizia ser mimada de alguma maneira por meus clientes ela ficava desconfortável. Às vezes tinha medo de descobrir que ela estava sendo ou já foi maltratada por alguém.
Sabia da existência de muitas mulheres, homossexuais e homens também, que são rechaçados por conta da nossa profissão. Às vezes achava que todos se esquecem que apesar de trabalharmos em um ramo diferente, ainda assim continuamos a sermos seres humanos e merecemos respeito. Quando alguém se diz ser acompanhante, todos já arregalam os olhos, com cara de nojo.
Esse tipo de preconceito não deveria existir neste século, mas as pessoas se recusam a entender que noventa e cinco por cento de nós não entramos nessa vida por achar que vamos ser felizes ou ganhar rios de dinheiro, trabalhamos com isso porque precisamos de uma fonte de renda certa. Mas é dessa maneira que o mundo gira, e se quisermos viver nele temos de nos adaptar.
Era por conta desse e outros motivos que queria que minha profissão continuasse escondida, meus pais são tradicionais, minha vida sempre foi tradicional, e algo assim seria como uma bomba nuclear sobre os meus conhecidos. Também precisava ser honesta comigo mesma e dizer que sentia vergonha de ser vista com um homem por alguém que me conheça. Quero dizer... com um homem, tudo bem, com vários, que é o caso, a coisa é diferente!
Mesmo com apenas um, seria complicado para mim encontrar uma desculpa por ter de ignorar alguém, ou até mesmo suportar os olhares estranhos por eu estar saindo com alguém visivelmente rico e mais velho do que eu. Uma pessoa ignorante nem sempre é uma pessoa burra e juntar dois mais dois é muito fácil. A situação só piorava quando me lembrava que Hinata estava vindo para cá, e ainda não sabia como ia fazer para convencê-la de que estava tudo bem.
Bufei após entrar novamente dentro de casa, depois de ter ido levar Ino até a portaria do edifício. Ainda teria que explicar para Hinata como eu consegui comprar esse apartamento, e sabia que minha desculpa teria que ser convincente. Peguei meu celular, mas não havia mensagem alguma.
Orochimaru sempre foi incrível comigo, mas já conhecia ele o suficiente para saber que estava chateado. Era difícil até para a ciência compreender a mente humana, não sabia porque ainda me esforçava! Ele era o único cliente que nunca me mandava mensagens, a não ser no dia em que íamos nos ver, e quando demorava só um pouco para responder ele já ficava nervoso.
Queria que ele fosse mais aberto comigo, talvez dessa forma poderia compreender ele melhor. Até hoje não sabia nada quanto a família dele ou coisas concretas sobre seu trabalho. Normalmente os clientes gostavam de falar sobre suas frustrações ou alegrias, mas ele só me contava o necessário. Procurava pensar que ele era assim por ser um homem mais reservado, mas às vezes via uma estranha malícia em seus olhos.
Dei uma ajeitada nas minhas coisas e depois liguei para minha cabeleireira e marquei um horário. O que me fez lembrar que já usei o cabelo curto durante um tempo graças a uma garota da escola no ensino médio que vivia implicando comigo. Ela puxava meu cabelo todas as vezes que me via, mas eu nunca tive coragem de revidar.
Cansada de seus insultos, acabei cortando meu cabelo, findando assim suas investidas. Confesso que foi doloroso fazer isso na época, mas se fosse hoje talvez as coisas teriam sido diferentes. Depois que decidi trabalhar como acompanhante, comecei a ter mais atitude, pois o medo de ser considerada fraca para o trabalho me impulsionou a isso.
Além da enorme confiança que estava adquirido cada dia mais, também estava aprendendo a não deixar ninguém me pisar. Era estranho para mim agir dessa forma ainda. Fui até a cozinha e respirei pesadamente, por mais que estivesse com vontade de estrear meu fogão, não tinha ânimo algum para cozinhar. Resolvi pedir um lanche.
Fui até o vão entre a cozinha e a copa, onde eu coloquei uma enorme prateleira para usar como uma pequena biblioteca particular. Peguei um livro e me deitei no sofá para ler um pouco enquanto a comida não chega. Estava um pouco preocupada, pois apesar de saber que as visitas aos hospitais que Tsunade organizou não valiam pontos, ainda assim poderia ter aprendido algo com elas.
A teoria para mim era algo fácil de aprender, tinha receio de que quando chegasse o momento da prática eu me desse mal. Só que tinha força de vontade e quando pensava em meu futuro, vestida de branco, cuidando de pessoas necessitadas, já me sentia feliz. A verdade era que nunca havia pensado em fazer faculdade, até antes do ensino médio.
Meu pai ficou muito doente quando eu tinha quatorze anos, teve câncer de pele. Por sorte descobriu logo no início, tirou o pequeno caroço que nasceu em seu braço, levou dois pequenos pontos e estava bem. Mas mesmo tendo sido algo paliativo, nós acabamos por sofrer muito. Para ter certeza de que o câncer havia sido erradicado, o médico pediu que ele fizesse algumas seções de quimioterapia, enquanto os resultados de seus exames não ficassem prontos.
O líquido pingava com dificuldade, de tão grosso que era. Era esbranquiçado como leite, e ele quase não conseguia fazer uma sessão inteira, já que as vezes desmaiava. Minha mãe quase entrou em depressão e acabou ficando hipocondríaca por conta do que passamos. Tive de segurar a onda; estudava, fazia comida, limpava a casa e ainda tentava administrar tudo, pois nem mesmo ânimo para pagar as contas minha mãe tinha.
Foi uma das piores fazes da minha vida, Ino havia acabado de se mudar para São Paulo e Hinata estava ocupada demais, tentando convencer Naruto a se casar com ela. Acabei me sentindo sozinha diante disso tudo e me fechando para meus amigos e familiares. Minhas notas começaram a cair e precisei estudar durante a madrugada, quietinha, para não acordar meu pai doente e minha mãe preocupada.
Quando o médico deu a notícia de que ele estava bem e de que a raiz do câncer fora erradicada no mesmo dia da biopsia, ficaram todos aliviados, porém eu fiquei extremamente frustrada. Sabia que se ele tivesse pedido um diagnóstico com urgência e feito exames mais precisos, meu pai não teria precisado fazer quimioterapia e minha mãe não teria ficado tão mal.
Resolvi naquele dia que me formaria em medicina e que procuraria me esforçar ao máximo para poder ajudar as pessoas da maneira mais correta possível, minimizando assim a dor de muitos e contribuindo para a sociedade de uma forma construtiva. Mas é difícil fazer as coisas quando não se tem condições, me empenhei e estudei muito para conseguir passar na faculdade, mas quando percebi que além de ter que passar, também precisava de dinheiro para arcar com as demais contas que uma escola desse porte necessitava, fiquei perdida. Meus pais têm uma vida tranquila, mas não tão boa para que pudessem me ajudar. Minha mãe até pensou em começar a trabalhar para mandar dinheiro para mim, porém recusei, já estava adulta e eles me sustentaram durante um ano inteiro só para que eu estudasse para passar na prova seletiva, não queria mais do que isso deles.
Me levantei do sofá ao ouvir o interfone tocar, o porteiro estava confirmando a chegada do entregador de pizza. O recebi, paguei e comi apressadamente, pensando que errei ao ter marcado minha cabeleireira para tão cedo. Me arrumei e fui direto para o salão, que para minha sorte ficava bem perto do prédio que eu morava, aproveitei também para levar o creme que havia comprado há dois dias atrás para fazer uma hidratação no cabelo.
O salão estava cheio de gente e todos elogiaram a cor do meu cabelo, dizendo combinar perfeitamente com minha feição. Não sabia muito bem o que isso significava, mas acabei por sorrir, acreditando ser um elogio. Enquanto ela mexia em meu cabelo eu ficava olhando o celular toda hora, esperando que Orochimaru enviasse alguma mensagem, mas nada chegou.
Até passou pela minha cabeça tentar falar com ele, mas tinha medo de atrapalhar. Provavelmente quando desse umas sete horas da noite ele ia me ligar ou mandar mensagem avisando o local e hora que deveríamos nos encontrar. Fiquei imaginando o que ele faria comigo dessa vez, já que em todas as vezes que ficávamos ele me surpreendia com algo novo.
Me levantei da cadeira e fui direto para casa separar a roupa que usaria à noite, já contando com várias hipóteses. Resolvi usar uma lingerie bem provocante para ver se ele parava de manha e aceitava o fato de que eu estava dormindo quando ele me mandou mensagem. Ele era criança demais para um adulto às vezes.
Assim como previsto, ele me enviou uma mensagem com o horário e local, para minha surpresa o endereço era de um motel. Nunca havíamos ido em um, já que ele sempre gostava de ficar em hotéis de luxo. Tomei um banho, coloquei um vestido preto tubinho, até que bastante comportado. Fiz uma maquiagem mais dramática e coloquei um salto alto fino. Liguei para o táxi e fiquei esperando... esperando!
Depois de alguns demorados minutos o táxi chegou, entrei nele já desligando meu celular. Não gostava de deixar meu telefone em casa, pois sabia que se surgisse uma emergência poderia contar com ele. Mas não gostava de deixá-lo ligado, pois não queria que isso fosse um inconveniente para mim e meus clientes.
O taxista já era ciente do meu trabalho e nunca demonstrou nenhum tipo de preconceito quanto a isso. Conversamos bastante durante o caminho, e acabei por descobrir que ele havia acabado de comprar a empresa de táxi para qual trabalhava. Ele aparentava ser novo demais para ser chefe de alguém, mas não me atrevi a perguntar sua idade.
Sempre que ele me buscava em minha casa nós conversávamos bastante, e ele ficou muito empolgado quando soube que eu tinha comprado um apartamento. Por incrível que parecesse sentia sinceridade em seu jeito de ser, apesar de que ele era mais reservado e só agora estava começando a falar de si mesmo para mim.
Quando já estávamos chegando próximo ao motel, ele me assegurou que apesar de ter que ficar no escritório agora, ia continuar a fazer minhas viagens. Agradeci muito, me recordando que nunca havia visto ele sorrir. Não sabia se pelo fato de eu sempre me sentar no banco de trás, ou por ele não gostar de mostrar os dentes!
O táxi entrou dentro da garagem do quarto de motel, e Orochimaru estava encostado na parede, me esperando. Ele abriu a porta do carro, sem olhar para mim, o fechando depois. Ignorei ele e sua cara emburrada e fui já para dentro do quarto enquanto ele pagava o taxista. Só esperava que ele não desistisse de mim por conta de uma coisa tão pequena, está certo que já demorei para respondê-lo antes, mas não era para tanto.
Ele entrou no quarto e começou a caminhar devagar em minha direção, eu estava encostada na parede que dava acesso ao frigobar e me senti um pouco estranha ao vê-lo ainda mais sério do que o normal. Senti meu corpo tremer com o toque de sua mão em minha face, e antes mesmo de conseguir pensar em algo para falar, ele me beijou.
Sua língua se encontrou com urgência na minha, fazendo arrepios percorrem minhas costas. Ele parecia sedento de prazer, como se estivéssemos afastados muito mais tempo do que na realidade. Ele findou o beijo, arrastando sua boca em meu rosto, até chegar no meu ouvido.
— Que saudades do seu cheiro! — Abri um sorriso, enquanto mordia meu lábio inferior. Senti falta da voz rouca e sedutora dele.
— E eu estava com saudades de você! — Dei um selinho na boca dele, brincando com a situação. — E de tudo em você! — Ele abriu um sorriso de lado, com minha última frase. Sabia que ele gostava de se sentir adorado, mas ultimamente isso estava aumentado significativamente, e sempre tinha que procurar maneiras mais íntimas de fazê-lo se sentir querido.
— Vamos beber alguma coisa?
— Vamos!
Ele pegou duas cervejas, e fiquei um pouco desconcertada, já que dificilmente ele não tomava bebidas quentes. Peguei a garrafa long neck de sua mão e fomos em direção ao lado externo da suíte, onde ficava a piscina. Ainda há algum tempo atrás me sentia deslumbrada com a beleza dos quartos, mas agora tudo parecia ser muito natural para mim. Ele se deitou na cadeira de praia e meu puxou para seu colo, fiquei deitada em cima de seu tórax, sentindo seu peito subir e abaixar enquanto ficamos em silêncio por um tempo, tomando nossa cerveja.
— Por que demorou para me responder?
Revirei os olhos: tinha me esquecido disso!
— Eu me mudei, acabei dormindo até tarde, cansada por ter arrumado as coisas.
— Por que não me pediu para contratar alguém para fazer isso por você?
Me surpreendi com sua pergunta, até pelo motivo de ele não costumar ser tão atencioso assim. Virei minha cabeça para o lado, a erguendo um pouco para olhá-lo, mas sua face estava séria.
— Não precisava, queria fazer tudo do meu jeito. — Dei um sorriso amarelo ao terminar de falar, e ele beijou minha testa. Voltei a olhar para frente, achando aquilo tudo muito esquisito, tinha medo de que algo de ruim viesse depois de tantas coisas boas me acontecendo. Ele soltou um longo suspiro, parecendo desapontado, e eu beberiquei minha cerveja, tentado não o irritar.
— Você está tão cheirosa hoje!
Arqueei um pouco meu corpo ao sentir ele esticando a mão esquerda para tocar em minhas pernas, enquanto beijava meu pescoço. Ele se encurvou, me levando um pouco para frente e tocando meu joelho. Começou a subir a mão lentamente, apertando minha pele com força. Coloquei minha garrafa no chão, ao lado da dele, para ficar mais à vontade.
A liga da minha meia começou a aparecer enquanto meu vestido era puxado para cima com o movimento da mão dele. Ele parou ao chegar em minha virilha, e sentia meu corpo esquentando por conta de sua carícia. Virei meu rosto para ele, com os olhos fechados, e ele me beijou. Seus lábios se movimentavam lentamente com os meus, e gemi entre o beijo ao sentir ele apertando minha boceta com força.
— Quero você só para mim.
— Eu sou só sua — menti, sabendo que era exatamente isso que ele queria ouvir. Ele soltou suas mãos de meu corpo, pegando novamente em meu quadril com uma mão, enquanto a outra empurrava um pouco minhas costas para que eu mudasse de posição.
Me mexi lentamente e com cuidado para não o machucar, enquanto me virava de frente, para ele. Abri minha perna direita, deixando as dele entre as minhas, e me sentei em seu colo, abraçando seu pescoço e ficando cara a cara com ele. Ele me olhava intensamente e suas mãos pousaram em minha bunda, fazendo uma leve pressão para baixo, colando ainda mais nossos corpos.
— Que bom estar aqui com você — falei em seu ouvido, fechando meus olhos e mordendo o lóbulo de sua orelha em seguida. Ele gemeu baixo, depositando um beijo em meu ombro. Apertou minha bunda, e senti o tecido de meu vestido quase estourar em meu corpo. Ele tinha um jeito safado que me fazia ficar toda mole com pequenos gestos.
— Fala isso de novo — ele disse com sua voz rouca, que tanto adorava ouvir durante o sexo. Afastamos nossos rostos e passei a mão em seus cabelos macios, que sempre usava solto.
— Eu adoro ficar com você.
Orochimaru entreabriu a boca, soltando um suspiro de desejo, e aproveitando o momento mordi seu lábio inferior. Ele se levantou rapidamente da cadeira, me carregando em seu colo, e até me assustei um pouco com seu movimento abrupto.
Abri os olhos, tentando entender o que estava acontecendo, mas a única coisa que via era um homem enlouquecido de tesão. Ele me encostou na parede, apertando seu corpo contra mim. Minha perna, enlaçada em sua cintura, o apertava também, e já podia sentir seu pau duro roçando em mim, mesmo ainda estando de roupa.
Era impressionante o quão quente ele era, me deixando molhadinha com algo tão pequeno. Sua mão direita adentrou meu vestido, tocando a pele de minha bunda, a acariciando, para cima e para baixo. Numa dessas investidas, gemi alto ao sentir seu dedo adentrando minha calcinha. Se fosse por mim, já arrancava a roupa dele e me entregava logo, mas ele gostava de brincar antes, e eu sabia disso.
— Que delicia de boceta — ele falou em meu ouvido, começando a morder meu pescoço em seguida. Seu dedo médio, rodeando a entrada da minha vagina era uma tortura, e eu adorava aquilo. — Tira a roupa para mim — ele falou, tirando rapidamente a mão de dentro da minha peça intima e me colocando no chão. Abri um sorriso ao vê-lo segurando o pau por cima da calça, enquanto esperava eu começar a me despir.
Virei de costas para que ele abrisse o zíper do vestido, e ele espalmou a mão esquerda abaixo da minha nuca. Coloquei as duas mãos na parede, a fim de conter o impacto de sua maneira brusca, e olhei para trás, tirando meu cabelo das costas para que ele abrisse minha roupa. Ele desceu o zíper devagar, mas sem tocar muito em mim, porém estava louca para sentir suas carícias.
Ele terminou, e eu comecei a descer as alças do vestido, olhando para trás, ainda observando-o. Ele voltou a ficar compenetrado, massageando seu membro por cima de sua calça social, olhando para minhas curvas de maneira desejosa. Adorava quando tinha a atenção dele por inteiro, já que normalmente ele não ligava em me ver tirando a roupa.
Era gostoso demais ver a respiração dele se acelerando enquanto eu ia descendo o tecido devagar de meu corpo. Quando meu espartilho preto começou a aparecer, ele soltou um gemido alto, arqueando a cabeça momentaneamente. Quando o vestido chegou em minha cintura, ficou preso em meu quadril, e comecei a empurrá-lo para baixo com as mãos, dando umas reboladinhas para ele.
— Caralho — ele disse, ao ver meu vestido no chão e minha roupa íntima provocante. Quase caí ao ser puxada para ele com força. Queria ouvir de sua boca o que ele tinha achado de minha lingerie, mas achei que isso não era necessário, já que ele ficou olhando meu corpo colado no dele por alguns instantes.
Ele voltou a me beijar, dando pequenos passos para trás. Suas mãos me seguravam com força e eu estava enlouquecendo com seu jeito tarado. A verdade era que podia ficar com inúmeros homens, ser mimada e adora de várias formas, mas era com ele que eu gostava de ficar. Sempre dando um jeito de me surpreender, sempre me ensinado coisas novas e sempre me levando ao ápice do prazer.
Arranhei suas costas, gemendo com dificuldade por conta do beijo que dávamos. Ele me soltou, e balancei um pouco com sua atitude. Olhei para ele, vendo-o com um sorriso enorme no rosto, passando a língua de um lado para o outro em sua boca. Fiquei ainda mais entusiasmada com isso e coloquei minha mão por cima da minha calcinha, começando a me masturbar.
— Que safada! — ele falou, parando um pouco de andar e olhando para o que estava fazendo.
— Você não gosta?
— Sabe que adoro.
Ele se virou de costas para mim para pegar sua maleta. Era incrível como as coisas tinham mudado, pois agora meu coração batia acelerado, louca para receber ao menos um tapa dele.
Ele voltou a vir em minha direção com uma venda e uma corda na mão, porém estranhei o fato de não ver nenhum chicote consigo. Ele segurou meu braço, me guiando até o meio do quarto, onde havia um ressalto. Subimos ali, e fiquei observando ele jogar a corda para cima, prendendo-a em uma pequena barra de ferro transversal que havia no teto.
Estendi meus braços para ele, um pouco confusa ainda, sem saber em que posição ele queria que eu ficasse, mas ele apenas levantou meus braços, passando a corda por entre meus pulsos. E enquanto ele fazia isso, já havia começado a gemer sem nem mesmo perceber. Ele estava na minha frente, a menos de um passo de mim, olhou para minha face e começou a descer suas mãos pelos meus braços.
Ele ia deslizando seus dedos devagar, quase encostando sua boca na minha. Ergui um pouco a cabeça, louca para receber mais um de seus beijos quentes, mas ele se afastou, continuando a descer suas mãos pelo meu corpo. Ao chegar em meu quadril ele me abraçou, apertando seu corpo contra o meu, mordendo e lambendo meu pescoço até chegar em minha orelha.
— Quero usar o cinto em você hoje.
Excitada, soltei uma lufada de ar pela boca, mas estava um pouco preocupada, pensando que isso ia doer demais. Ele me olhou, segurando meu queixo para encará-lo, seu rosto parecia diferente de todas as vezes que havíamos ficado juntos, ele parecia querer entrar dentro de minha mente.
— Vai doer mui...
— Eu te prometo que não bato com muita força — ele falou, me interrompendo. — A não ser que você peça!
Ele soltou um meio sorriso, selando nossos lábios demoradamente. Permaneci olhando para ele, mas Orochimaru estava com os olhos fechados, se envolvendo cada vez mais naquele momento. Ele findou o beijo e começou a rodear meu corpo, indo para trás de mim, passando sua mão em minha cintura.
— Ah... — Gemi, ao sentir um forte tapa em minha bunda. Ele deixou sua mão ali e começou a massagear minha carne, enquanto eu ia sentindo meu gozo escorrendo de minha boceta. Ele ficou um tempo sem me tocar, e logo depois jogou sua blusa e a venda em direção à cama, mas elas caíram no chão.
— Quero que você veja tudo hoje.
Ele apertou meus seios por cima do espartilho, encostando seu corpo no meu e se mexendo sutilmente, de um lado para o outro. Sentir seu pênis duro roçando em mim era extremamente prazeroso, e ele sabia que eu gostava daquilo.
— Vou adorar.
Ele se afastou de mim, e ouvi o abrir do feixe de seu cinto. Respirei fundo, já me preparando para o impacto. Arqueei minhas costas, gemendo intensamente com sua primeira investida. Segurei com força na corda, me preparando para sentir ele me batendo novamente. Mas a única coisa que senti foi seus dedos, percorrendo minhas costas.
— Ai! — gritei, ao sentir novamente ele me batendo, agora em minha bunda. Me contorci toda, sentindo o couro ardendo a minha pele. Já havíamos feito muitas coisas, e ele já tinha me batido de várias formas, mas isso já estava começando a passar dos limites que eu aguentava. — Está doendo demais — falei, me sentindo decepcionada comigo mesma por não ter conseguido aguentar mais.
Orochimaru deixou o cinto cair no chão, me abraçando por trás. Sem falar nenhuma palavra ele puxou meu rosto, beijando minha boca. Olhei para ele, procurando por algum sinal de decepção, mas não encontrei nada. Acabei cedendo e me entregando àquele beijo, que estava sendo algo emotivo de minha parte, quase que como um consolo pelas cintadas que levei.
Ele me soltou, e quase briguei com ele por isso. Sua mania de me largar bruscamente e sem nenhum aviso só me deixava ainda mais louca para senti-lo. Ele ficou na minha frente outra vez, mas agora estava começando a se ajoelhar. Seus olhos não saíam dos meus e só de imaginar o que ele faria, fez com que minha respiração perdesse o compasso.
Orochimaru tocou meu calcanhar direito com as pontas dos dedos, começou a subir sua mão lentamente. Uma fraqueza estava tomando meu corpo. Queria fechar meus olhos e relaxar ainda mais, porém poder ver tudo o que ele fazia era quase que um privilégio, já que ele nunca permitia isso.
Ao chegar em minha coxa, ele começou a levantar minha perna, e soltei um gemido trêmulo ao pousar minha coxa em seu ombro. Mesmo ainda estando de calcinha conseguia sentir sua respiração quente em minha boceta, causando arrepios gostosos em mim. Ele pegou minha outra perna, e soltei um gritinho quando ele a ergueu, com medo de cair.
Fiquei suspensa em seus ombros e a única coisa que me impedia de cair eram as cordas que amarravam meus pulsos. Era mais do que claro para mim o quanto ele gostava de coisas inusitadas, e surpreendente o quanto eu estava adorando também. Ele segurou minhas costas com uma das mãos, enquanto a outra começou a colocar minha calcinha de lado, estava louca por aquilo.
— Orochimaru — sussurrei em meio a um gemido, sentindo a língua dele me extasiando. Ele fazia uma leve pressão em meu clitóris, levando-o para um lado e para o outro com a ponta de sua língua. Suas mãos agora apertavam minha bunda, fazendo seu rosto ficar ainda mais afundado em minha virilha. Por vezes, ele me olhava como se quisesse ter certeza de que eu estava gostando.
Sua safadeza estava tomando conta de mim por inteiro, e estava louca para que ele me chupasse mais rápido. Porém resolvi não pedir, já que ele nunca fazia o que eu queria mesmo. Suas atitudes altruístas me faziam delirar de prazer, às vezes era como se ele conhecesse meu corpo melhor do que eu mesma.
Depois de algum tempo me torturando, ele começou a movimentar sua língua ainda mais rápido, agora a passando de cima para baixo. Já estávamos há bastante tempo curtindo aquilo, e a vontade de gozar me veio acompanhada de uma tremedeira inesperada. Uma pressão se formou em meu baixo ventre, como uma leve, porém gostosa gastura, e minha boceta deu uma pequena latejada, anunciando o meu gozo.
Ele parou de me chupar naquele exato momento, e olhei espantada para ele. Orochimaru estava com um enorme sorriso no rosto, e quando dei por mim, já tirava minhas pernas de seus ombros. Não entendi o que aconteceu e pensar que ele havia achado que já tinha gozado era algo errôneo a se fazer, já que além de experiente, ele já demonstrara várias vezes que sabia quando eu gozava.
Queria reclamar, mas continuei calada, ainda sentindo uma vontade imensa de gozar. Ele ficou de pé e começou a tirar sua calça, ofegando de prazer. Passei a língua em meus lábios, vendo o meu liquido lubrificante espalhado pelos cantos da boca dele. Queria ter sentido ele chupando todo meu gozo, agora contido, mas pelo jeito não ia poder ter isso dele hoje.
Encolhi os dedos de meus pés, os arrastando pelo chão enquanto olhava para as coxas torneadas que dele. Ainda de cueca, ele começou a caminhar para trás de mim, e eu já não estava mais aguentando de ansiedade para senti-lo. Gemi alto ao sentir ele colocando meus cabelos para frente, sua língua passou em minha nuca em seguida, me causando ainda mais arrepios.
— Me come. — Minha voz saiu fraca, e ele apertou meu corpo contra o dele com força. Sabia que ele gostava de ouvir essas coisas. E eu precisava gozar urgentemente.
— Sem camisinha — ele sussurrou em meu ouvido, e arregalei os olhos com o susto de ouvir aquilo. Ele mesmo sempre disse que nunca tinha transado com nenhuma acompanhante sem proteção. Meus pensamentos acabaram sendo desviados por seu puxão, e seus lábios nos meus em seguida.
— N-não — falei em meio a um gemido, sentindo sua mão acariciando minha boceta levemente.
— Por favor. — Sua voz rouca em meu ouvido estava começando a me deixar desvairada, mas não podia ceder por impulso.
— Não.
— Que pena — ele falou, me soltando de vez.
Um frio tomou meu corpo naquele momento, fiquei sem saber o que fazer, ou dizer. Era como se não conseguisse ouvir nada ao meu redor. Não queria que ele ficasse chateado por causa disso, por mais isso, mas era complicado para mim me arriscar dessa forma.
Soltei um alto gemido ao sentir suas mãos apertando meus quadris novamente. Olhei para trás, vendo ele depositando pequenos beijos em meu ombro. Ele afastou uma de minhas pernas com seu pé, e eu já sabia o que ele ia fazer. Direcionei meus olhos para baixo, vendo que ele havia colocado a camisinha.
Ele afastou minha calcinha novamente, começando a me penetrar devagar. Seu pau foi deslizando para dentro de mim, fazendo com que eu me contorcesse de prazer. Ele segurou minha barriga, apertando nossos corpos, indo até o fundo. Nossos gemidos escaparam em conjunto, causando um som gostoso de se ouvir.
Ele começou a tirar o pênis de dentro de mim lentamente, e depois o colocava-o até o fundo novamente. Aquilo estava delicioso, meu coração parecia que saltaria do meu peito a qualquer instante. Ele repetiu seu ato, ainda devagar, e minha respiração já estava dificultosa. Sua mão direita subiu até meu seio, abaixando um pouco o espartilho e tirando meu peito direito de dentro dele.
Ele beijou meu pescoço, começando agora a intensificar suas investidas, enquanto sua mão acariciava meu seio com força, porém sem me machucar. Era como se ele soubesse a medida perfeita para tudo. Os nossos cabelos já estavam colando em meu corpo por conta da minha transpiração. Estava quente e extremamente excitada.
Seu pau entrando e saindo cada vez mais rápido de dentro de mim, já começava a me levar a loucura, e, embebida naquele prazer, comecei a sentir vontade de gozar novamente. O sexo com ele sempre era delicioso, mas hoje ele parecia estar fazendo de tudo para me deixar maluca de tesão. Agarrei nas cordas com força, sentindo a minha primeira contração...
...mas o que senti foi um grande choque quando ele se retirou rapidamente de dentro de mim, me soltando em seguida. Não estava acreditando que ele estava fazendo aquilo comigo e o pior era não saber o porquê de tanta tortura. Fiquei ofegante, sentindo meu liquido melar minha coxa, e ele veio para minha frente.
Orochimaru tirou a camisinha e começou a se masturbar olhando para mim, era como se estivesse zombando por poder gozar e eu não. Não estava conseguindo compreender onde ele estava querendo chegar com aquilo. Fiquei boquiaberta ao ver ele gozando no chão, com seus olhos fechados. Ao terminar ele veio em minha direção, com a face séria. Queria perguntar o que estava acontecendo, porém minha frustração não permitiu isso.
Ele desamarrou a corda de meu pulso, e eu fiquei olhando ele indo em direção ao banheiro. Não sabia o que fazer naquele momento, não tinha ideia do que havia deixado ele tão chateado. Pelo menos não acreditava que a falta de uma mensagem ou ter recusado fazer sexo sem camisinha fossem o problema. Fiquei olhando para o lado de fora do quarto, perdida em meus pensamentos, me culpando pelo que ocorreu. Pensava que ele talvez tenha feito isso por eu não ter aguentado seu cinto, mas isso não parecia fazer muito sentido também.
Acordei de meus pensamentos ao vê-lo saindo de dentro do banheiro enxugando seus cabelos. Ele não parecia estar ligando para mim, menos ainda para o que eu estava pensando. Chateada, fui tomar meu banho, me recordando que essa era uma das pouquíssimas vezes que ficamos juntos e tomamos banho separados um do outro.
Vesti minha camisola e me deitei ao lado dele, porém ele parecia não querer muita conversa. Ficamos ambos de barriga para cima, com a luz do abajur ligada. Olhei para ele, vendo uma grande insatisfação em seu rosto. Já não estava mais aguentando aquele silencio constrangedor e resolvi questionar ele o porquê daquilo tudo.
— Aconteceu alguma coisa?
— Acho que você não dá tanto valor para mim quanto para os seus outros clientes.
— Do que você está falando? — questionei, me virando para o lado para encará-lo. Orochimaru balançou a cabeça negativamente com um sorriso irônico no rosto.
— Você demorou muito para me responder hoje e quando chegou estava parecendo indiferente.
— Eu não estava indiferente. E já te disse o porquê de ter demorado a te responder.
— Então, por que recusou transar sem camisinha comigo?
Olhei para ele de novo sentindo muita raiva, mas acabei por suavizar minha feição ao ver que ele parecia triste.
— Eu já disse que não faço sexo sem camisinha.
Ele olhou para o teto como se não estivesse acreditado no que eu havia dito. Ainda nervosa, me virei para o lado oposto do dele e ficamos assim por alguns minutos até que ele apagasse a luz e se virasse em minha direção, me abraçando. Me senti um pouco mais tranquila com seu toque e acabei por abri um pequeno sorriso ao perceber que ele deveria estar carente de atenção.
Me virei para ele, abraçando seu corpo com força e começando a dar um pequeno carinho em seus cabelos. Eu sabia bem como era se sentir sozinha, perdida e mal-amada. Por esse motivo, fiquei me sentindo péssima por ele ter pensado que eu estava sendo indiferente com ele. Comecei a dar pequenos beijinhos em seu rosto, até perceber sua respiração ficar mais branda. Me aconcheguei em seus braços e me entreguei ao sono, preocupada com o que tinha acabado de acontecer.
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