1. Spirit Fanfics >
  2. A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) >
  3. Conectada

História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Conectada


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???


Espero que estejam preparados para uma pequena mudança na vida da nossa querida Sakura. A partir desse momento em diante, ela começará a ter experiências ainda mais diferentes em sua vida, tanto ruins quanto boas. E isso tudo poderá decidir o que acontecerá em seu futuro. Fiquem ligados, que cada frase conta!


Quero aproveitar, como sempre, para agradecer cada pessoa que favoritou e comentou a história. ocês me dão uma força imença, para poder continuar. Muito obrigada por tudo!

Espero que gostem!
Bjs!

Capítulo 13 - Conectada


Ele arregalou os olhos, como se não esperasse aquela atitude vinda de mim. Endureci minha face para que ele entendesse que eu estava realmente falando sério. Ele soltou um suspiro pesado, enquanto ia largava meu braço de vagar. Minhas mãos tremiam por conta do nervosismo e milhões de coisas se passavam em minha cabeça, mas nenhuma delas fazia sentido.

 

— Eu fui um idiota em pensar que você fosse diferente. — Ele soltou um sorrisinho irônico, e engoli em seco por não ter o que falar. Olhei para o lado, e Ino parecia preparada para o que desse e viesse, enquanto Hinata permanecia estática.

 

— É melhor você ir — falei por fim, acabando com o silêncio que havia se instaurado. Minha voz acabou por sair baixa e macia, pois de certa forma era doloroso ver os olhos de Orochimaru tão depressivos.

 

— Eu quero que você fique comigo. — Ele me olhou profundamente, fazendo com que eu sentisse correntes elétricas passando pelo meu corpo, por que ele causava essas coisas em mim? Mas eu não poderia ceder, não depois dessa cena. Já conhecia bem o tipo de homem que ele era para poder afirmar com certeza que ele não conseguiria me fazer feliz.

 

— Eu sinto muit...

 

 — Sakura — ele falou alto novamente, mas fez uma pequena pausa, esfregando uma mão na outra, interrompendo minha fala. — Eu cometi um erro, só isso. Não vai acontecer de novo! — As meninas me olhavam como se implorassem para que eu o mandasse ir embora de uma só vez. Meu coração estava partido, pois ele sempre foi compreensivo comigo. Meu primeiro cliente estava perdido em insanidade, e eu me sentia culpada por isso.

 

— Não é de hoje que você tem sido ignorante comigo, Orochimaru. De um tempo para cá, você sempre arranja uma maneira de me magoar, ou de dizer... de dizer que devo tratar melhor meus outros clientes do que a você. — Olhei para Hinata, que deixou seu semblante cair em tristeza ao me ouvir concluir minhas palavras, porém ignorei e continuei a falar: — Eu sempre tive você como o meu melhor e sempre tentei fazer o meu melhor, só que você nunca pareceu se importar. — Ele permaneceu a me olhar com o rosto carregado de rancor, e meu coração estava apertado e preocupado por conta dele, e de Hinata. Ficamos todos em silêncio, e permaneci de cabeça baixa, até sentir o toque de Ino em meu braço.

 

— Vai ficar tudo bem! — Ela sorriu para mim, e eu tentei parecer receptiva a isso, mas estava me sentindo um lixo.

 

— Não me procure mais — repeti em um sussurro para ele. E sem falar mais nada, Orochimaru virou as costas para mim, abrindo a porta e saindo pela mesma, tão rápido quanto entrou, deixando um caos em minha mente.

 

Soltei uma lufada de ar pela minha boca, aliviada por ele não estar mais dentro de meu apartamento, que sempre tive o máximo de cuidado possível para que cliente algum soubesse onde ficava, mas meus esforços não deram muito certo. Olhei para o lado e fechei meus olhos em seguida, sentindo pontadas em meu peito. Hinata foi em direção ao quarto, me deixando sozinha com Ino na sala.

 

Olhei para os olhos azuis de minha amiga, que parecia entender com exatidão o que eu estava passando. Ela se colocou à minha frente, e a abracei, deixando uma lágrima escapar de meus olhos tristonhos. Ele se apaixonou por mim, e eu permiti que isso fosse longe demais, pensando ser algo normal a se fazer, mas eu estava errada.

 

O meu dever era deixar claro para ele que nossa relação era apenas profissional, mas isso era mais complicado do que se pudesse imaginar. Fazer sexo por dinheiro envolve, de toda e qualquer forma, o lado emocional da pessoa. Se alguém te procura para transar, é por que se sente sozinho, solitário, claro que alguns é só por desejo, curiosidade, mas quando se faz isso com a mesma pessoa por muito tempo, se apaixonar caba sendo quase que inevitável. É aí onde o perigo mora.

 

Me soltei assustada dos braços de Ino ao ouvir a porta do quarto batendo com força. Fui em direção ao corredor, para ir até o cômodo, mas parei no momento em que vi Hinata arrastando sua mala com pressa pelo chão. Ela ignorou meu olhar, se abaixando para enfiar dentro da bolsa uma peça de roupa que estava saindo para o lado de fora, e mais lágrimas começaram a rolar de meus olhos nesse instante.

 

— O que está fazendo? — questionei agitada, enquanto ela ia passando por mim.

 

 — Acho melhor eu ir ficar em outro lugar, Sakura. — Sua voz, apesar de mansa, estava trêmula, e sabia que era por que ela estava chateada comigo.

 

— Por favor, Hinata, deixa eu te explicar?

 

Comecei a segui-la pela casa, até o momento em que ela parou na frente da porta e me olhou: — Você mentiu para mim. Que amiga é você? — Ela olhou para Ino, e senti meu sangue gelar com suas duras palavras. Hinata abriu a porta, saindo por ela, assim como Orochimaru havia feito instantes atrás, e eu estava me sentindo desesperada por conta disso tudo.

 

 — Sakura, não fica assim. Deixa ela esfriar a cabeça um pouco. — Olhei para Ino, pensando que os papéis das minhas melhores amigas pareciam estar invertidos, já que Hinata sempre foi calma e sensata, enquanto Ino sempre foi mais difícil.

 

— Ino, eu não sei o que fazer agora. — Andei rapidamente em direção ao sofá, deixando meu corpo cair sobre o mesmo. Apoiei meus cotovelos em meus joelhos, deitando minha cabeça sobre minhas mãos. As lágrimas continuavam a rolar por meus olhos e tudo em minha vida não parecia mais fazer sentido. Estava segurando as pontas no meu trabalho, tentando manter tudo estável, mas agora tudo parecia estar desmoronando.

 

— Fica tranquila, já disse que vai dar tudo certo. — Olhei para ela com dificuldade, pois meu choro estava inebriando minha visão. — Vai deitar um pouco, Sakura, eu vou lá fora ver o que aconteceu. Porque alguém deve ter deixado ele entrar, pois permissão sua eu sei que ele não tinha. — Acenei positivamente para ela, pensando em como poderia descansar no estado em que estava. Mas Ino pegou em meu braço, começando a tentar me levantar, e achei melhor fazer o que ela havia dito, antes que perdesse todas as minhas forças.

 

Comecei a caminhar em direção ao meu quarto, Ino ia segurando meu braço e apoiando minhas costas com a mão que estava livre, enquanto eu ia sentindo cada músculo de meu corpo tremular. Ela acendeu a luz e foi me guiando até a cama, eu me deitei toda encolhida, e ela foi até o guarda-roupas, pegou uma coberta e me cobriu, já que estava fazendo frio.

 

— Não vou demorar — ela falou.

 

Ao ouvir o fechar da porta, logo após o apagar da luz, meu choro se intensificou. Nós brotavam em minha garganta, explodindo em soluços dolorosos. A cena de Orochimaru falando todas aquelas coisas não saía de minha mente, era como se estivesse revendo um filme de terror. E o pior era me sentir a causadora do problema, já que quando percebi que ele estava se apaixonando, não fiz nada para impedir seus sentimentos de avançarem.

 

Quando ele saiu pela porta sem dizer nenhuma palavra, senti vontade de ir atrás dele e me desculpar. Mas se fizesse isso estaria me submetendo aos seus caprichos e devaneios. Ele, como um homem experiente, deveria estar ciente de que não éramos nada além de cliente/acompanhante. E como se toda confusão causada por ele não bastasse, ainda tinha a Hinata.

 

 Jamais imaginaria que ela agiria daquela forma ao descobrir sobre o que estava fazendo para sobreviver, imaginava algo ruim, sim, mas não assim. Devia concordar com sua atitude, pois nesses últimos meses estava saído com vários homens por dinheiro e sempre me neguei a dizer a verdade sobre isso a uma de minhas melhores amigas. Amiga essa que nunca mentiu ou escondeu nada de mim.

 

Tudo o que ela fazia ou deixava de fazer, me contava. Quando descobriu estar apaixonada, ela me disse, assim como com tantos outros segredos seus, que acabaram se tornando nossos. Sequer podia imaginar como ela devia estar chateada e, talvez, a forma como tenha me tratado não fosse sequer o mínimo merecido por mim.

 

Limpei meu roso, tentando conter as lágrimas que pareciam não ter mais fim. Fiquei quietinha, repassando tudo o que havia acontecido novamente em minha mente. Por mais que meu maior desejo fosse esquecer o que houve, sabia que isso jamais aconteceria, e que esse fato ficaria marcado para sempre em minha vida, como uma tatuagem.

 

Me ajeitei em meu travesseiro, respirando fundo, porém com um pouco de dificuldade. Muitas coisas estavam acontecendo em minha vida e todas elas estavam me abalado de maneira terrível. Agora precisava ser ainda mais forte do que estava tentando, para assim poder superar toda essa confusão e ter a amizade de minha amiga de volta.

 

A porta do meu quarto se abriu por alguns segundos, e já com pensamentos ruins rondando minha mente, meu coração acabou por disparar. No fim das contas, era apenas Ino, que se deitou ao meu lado, abraçando minha cintura. Me virei para ela, deitando minha cabeça entre seus seios, graças a Ino não estava sozinha em um momento tão ruim como esse.

 

 — Temos passado por maus bocados, hein! — ela sussurrou, dando um beijo no alto de minha testa, enquanto afagava meus cabelos. Olhei para ela, esperando alguns segundos, até que meus olhos se acostumassem com a escuridão, já que as janelas estavam fechadas.

 

 — Ino, como você aguenta? — Ela segurou meu rosto com carinho, e nossas respirações se misturavam por conta de nossa proximidade.

 

— Eu precisava desse emprego, Sakura, a minha vida aqui estava sendo horrível. É um emprego complicado, tem seu lado bom, mas inúmeros ruins. Mas o lado negativo nunca importa realmente quando se precisa.

 

 — Você nunca me contou muito sobre isso.

 

— Eu sei. — Ela fez uma pequena pausa, como se estivesse puxando de sua cabeça as memórias de sua vida. — Minhas ex-patroas tinham ciúmes de mim e por causa disso me tratavam muito mal. As coisas foram piorando cada vez mais, e eu não queria te falar nada para não te deixar preocupada.

 

— Impossível — sussurrei, e ela balançou a cabeça em sinal de entendimento.

 

— Quando fui dispensada do meu último trabalho, também por ciúmes bobos, tentei a todo custo encontrar um outro emprego, mas nada estava dando certo. Depois disso, resolvi que entraria nessa vida... Eu conheci a Mei, e ela tem me ajudado desde então. — Ficamos mais uma vez em silêncio, enquanto eu me lembrava que também estava passando por uma situação financeira difícil quando resolvi me tornar uma acompanhante. — Sakura... — Sua voz tremulou, e senti uma dor em meu peito, pois sabia que ela estava triste também. — Eu sofri muito, e ainda tenho sofrido, mas eu preciso desse emprego, pelo menos até eu conseguir me reerguer. E apesar de tudo, sei que nós duas ficaremos bem.

 

 O pesar de suas palavras me abateu ainda mais, e tomada por um impulso que sequer conhecia existir dentro de mim, a beijei na boca. Nossos lábios ficaram selados um no outro por um período que pareceu eterno, e ela continuou a acarinhar meus cabelos enquanto isso. Ouvi um pequeno estalar quando ela entreabriu a boca, aprofundando aquele beijo em algo, até então, inexplorado por mim.

 

Ao nos separarmos, voltei a deitar minha cabeça em seus seios, fechando meus olhos enquanto ela começava a correr sua mão em minhas costas. Estávamos carentes, tristes e desesperadas por algo além, algo que ainda não conhecíamos, o amor...? Depositei um beijo em seu peito, e ela soltou um baixo gemido, embebida naquela sensação, comecei a passar a língua pelo local.

 

Nós sempre nos amamos, sempre nos compreendemos, sempre nos respeitamos, e apesar de esse ser um ato diferente, não ia recuar. Precisávamos daquilo, eu precisava estar com alguém que queria mais do que prazer, e sabia que ela se sentia da mesma maneira. Comecei a subir minha boca em direção à dela, me agarrando em sua blusa com força.

 

Enquanto nossas línguas se enlaçavam, Ino começou a descer meu short com um pouco de dificuldade. E assim como estava fazendo comigo, comecei a fazer com sua blusa, a puxando para cima. Ela separou nossas bocas, ficando imóvel por alguns segundos, até soltar o meu corpo e retirar sua regata por completo, e eu fiz o mesmo que ela, ficando só de calcinha.

 

Ino deitou seu corpo sobre o meu, com seus seios agora descobertos, roçando nos meus. Ele pegou minha mão, a levando de encontro ao seu peito, e quando toquei sua pele senti um arrepio em minha espinha. Tentava controlar meus movimentos para não a machucar enquanto ela me beijava outra vez.

 

Nossos corpos estavam quentes em contraste com o início da tarde fria que fazia fora do quarto onde estávamos. Ela passou a mão em minha barriga, e minha boceta se contraiu em desejo. Sua mão foi subindo até alcançar meu seio, e sua boca, como que num ato conjunto, fez o mesmo. Sua língua contornou o bico do meu peito, enquanto eu ainda acariciava os dela com ambas as mãos agora. Porém ela interrompeu meu ato, afastando meu braço para começar a descer sua mão até a o cós de minha calcinha. Ela mordeu meu lábio inferior, e ficamos nos olhando, enquanto ela parecia esperar uma confirmação minha para aquilo, mas não fiz nada, fiquei apenas esperando. Fechei os olhos ao sentir sua mão deslizando para dentro de minha calcinha, eu já estava toda molhada e sentir o toque suave de seu dedo em meu clitóris foi extasiante.

 

Ino voltou a me beijar, e no meio daquilo íamos ofegando prazerosamente. Não havia enganação, fingimento ou nada parecido entre nós, era apenas um carinho genuíno. Gemíamos quando realmente queríamos, era insano, pervertido, caloroso e sincero o que estávamos fazendo ali. Comecei a movimentar minhas pernas para tirar o cobertor que havia se embolado nelas. Aproveitando isso, segurei no braço dela, retirando sua mão de minha intimidade, e comecei a tirar minha calcinha. Sem esperar nenhuma outra atitude minha, Ino retornou à sua posição, tomando meus lábios com o seus novamente. Ela voltou a acarinhar meu clitóris, passando seu dedo médio por ele em um vai e vem perfeito.

 

Não tinha pressa em seus movimentos, e isso estava me relaxando cada vez mais.  Voltei a tocar seus seios, enquanto ia sentindo minha boceta molhando o dedo dela. Eu estava gozando. Soltei um gemido entre nossos beijos ardentes, e Ino colocou o dedo dentro de mim, arqueei meu corpo, me contorcendo de prazer.

 

 Ela começou a mexer seu dedo dentro de minha intimidade, de maneira circular. Sem perceber, findamos os beijos, aproveitando apenas o desejo que estava ardendo entre nós. Seus seios macios fizeram minha boca salivar, e abaixei minha cabeça até alcançar o esquerdo com a boca. Seus movimentos, combinados com os meus, faziam seu peito apertar meu rosto, e eu estava me deliciando com aquilo.

 

Ela tirou seu dedo de dentro de mim, e em forma de protesto, parei de chupá-la. Soltei um gemido entre os dentes, quando ela voltou a me estocar, usando dois de seus dedos agora. Fiquei parada, com a boca aberta, sentindo mais uma vez a vontade de gozar me inundar, e percebendo isso Ino intensificou suas investidas, fazendo com que me derramasse novamente.

 

Subi minhas mãos em direção aos cabelos dela, soltando eles de sua amarra. Enfiei meus dedos por entre eles, chegando meu corpo um pouco para a direita, e colocando todo meu peso para o lado esquerdo em seguida. Dessa forma, em segundos, eu estava em cima dela. Passei a língua por seu pescoço, percorrendo toda a extensão de seu corpo. Parei por um instante em sua barriguinha, mordiscando-a enquanto minhas mãos abusavam seus seios mais uma vez. Eram grandes e macios. Ela esfregou sua boceta em mim, e sabia que ela também estava louca para ser estimulada. Desci minhas mãos lentamente por suas curvas, enquanto olhava em seus olhos, e comecei a tirar sua bermuda jeans em seguida.

 

Com pressa, ela acabou me ajudando a retirar o tecido, e logo me coloquei a beijar a parte interna de suas coxas, subindo de vagar, até estar com a boca de frente para a intimidade dela. Nunca havia feito aquilo, mas nem precisava para saber exatamente do que ela ia gostar. Enrijeci minha língua, e encostei ela na boceta de Ino, sentindo o molhado dela em minha boca. Comecei a subir lentamente, sem desfazer o contato, até chegar em seu clitóris.

 

Ela estava segurando os lençóis, como se já não se aguentasse mais de prazer. Comecei a fazer movimentos de vai e vem com minha língua, pressionando seu ponto de prazer nem muito forte, nem fraco demais. Me deitei na cama para ficar mais confortável e continuei o que estava fazendo. Depois de algum tempo, ela já rebolava em minha boca, como se pedisse por mais, e não havíamos falado nada até agora, não era preciso.

 

 Passei minha mão em sua coxa, abrindo espaço para que eu pudesse tocar a boceta dela com os dedos também, e ainda a chupando penetrei-a um dedo. Ela se contorceu um pouco, gemendo ainda mais alto, e tive que forçar sua cintura para baixo com minha mão que estava livre para que ela permanecesse parada. Queria que ela pudesse ter o máximo de prazer possível.

 

Segundos depois, estocando e chupando ela sem parar, comecei a sentir contrações, prendendo meu dedo dentro dela. Ela estava cada vez mais molhada, jorrando seu liquido em mim. E ainda não satisfeita, retirei meu dedo de dentro dela, sugando todo seu gozo. Cansada, deitei meu corpo ao seu lado, respirando sofregamente, mas ela não parecia concordar em pararmos por ali.

 

Quando percebi já estava sendo chupada por seus lábios, assim como havia acabado de fazer com ela. Meu corpo estava mole de tesão, e ao notar que estava prestes a gozar, Ino colocou seu dedo dentro de mim novamente, me forçando a gemer ainda mais alto enquanto sentia o vai e vem de seus movimentos. E ao gozar, era como se estivesse extraindo de dentro de mim todas as preocupações, problemas e medos.

 

Ela se deitou ao meu lado, e mesmo sem termos dito palavra alguma sobre o que tínhamos acabado de fazer, sabia que ela estava tão satisfeita quanto eu. Olhei para seu rosto vermelho de cansaço, e me virei para o lado oposto ao dela, puxando o cobertor para cobrir nossos corpos nus. Ino se virou para o meu lado, me abraçando e beijando meu ombro.

 

 Pela quantidade de tempo que a conhecia, e a mim mesma, sabia que nossa transa seria um assunto intocado por um longo tempo, ou todo o tempo, talvez. Estávamos carentes, nos sentindo deslocadas nesse mundo, e essa pequena atitude nossa foi capaz de me dar forças para querer continuar, pois sabia que tinha alguém que sempre esteve, e estaria ao meu lado.

 

Dormimos por um longo período de tempo e quando acordamos fomos comer algo, assistimos televisão e depois de um banho fomos para a cama, juntas, sem palavras, só juntas e nuas, nuas o tempo inteiro, por dentro e por fora, não por que iriamos fazer algo, mas por simplesmente estarmos confortáveis uma com a outra

 

Ainda estava bem cedo quanto acordei, o dia sequer havia clareado ainda. Isso porque quando fomos dormir não eram sequer oito horas da noite, mas em compensação, meu corpo estava leve, e sentia poder pensar nas coisas com mais clareza agora. Me levantei lentamente para não acordar Ino, que ainda dormia um sono pesado ao meu lado.

 

Fui até o banheiro, já entrando no box e colocando o chuveiro no quente. Enquanto a chuva caía do lado de fora do prédio, eu ia me esfregando, como se assim fosse capaz de arrancar todas as coisas ruins que estavam me acontecendo ultimamente. Lavei meu cabelo, que estava oleoso por causa da quantidade que suei ontem, e ao chegar no quarto, Ino já estava de pé.

 

— Bom dia. — Sua voz estava rouca, e seu rosto meio amassado, parecendo ainda estar com sono.

 

  — Bom dia! — respondi, vendo seu corpo nu, com curvas naturais e deslumbrantes passando por mim para ir ao banheiro. Abri um meio sorriso, olhando para a cama bagunçada, de fato, devo admitir que estava me sentindo uma pervertida, mas não havia culpa em mim. Apenas o desejo de que esse dia desse certo.

 

Me arrumei, coloquei uma calça jeans, uma jaqueta preta, por cima de uma blusa branca com um desenho de um óculos na frente, calcei uma bota cano curto preta e comecei a me maquiar. Ino saiu do banheiro ainda se enxugando, deixando pingar várias gotas de água pelo caminho, mas não me importei, tinham coisas mais preocupantes em minha mente.

 

Ela começou a se arrumar, mas não antes de olhar como eu estava vestida. E enquanto eu passava uma sombra marrom em meu côncavo, ela calçava suas botas, também marrons, de cano alto. Ela estava disposta a me ajudar em tudo, mesmo sem saber o que eu realmente ia fazer. Guardei minhas coisas, pensando em esperar por ela para ir até a cozinha, mas ela também resolveu se maquiar, então deixei-a ali.

 

Peguei meu celular, que estava em cima do sofá, fui até o contato de Hinata, pensando no que falaria, e então enviei uma mensagem para ela.

 

Onde você está? Precisamos conversar.
 

Segui meu rumo até a cozinha, colocando pó de café e leite em minha cafeteira. Ino chegou enquanto eu passava manteiga nos pães e começamos a desfrutar do nosso cappuccino num silêncio amigável. Comecei a balançar meus pés, ansiosa por não ter recebido resposta de Hinata ainda, pois sabia que ela acordava bem cedo. Mas antes que eu pudesse reclamar, ela me mandou uma mensagem com sua localização. Ela estava um pouco longe de onde eu morava, no hotel em que tinha marcado para ficar, dizendo não querer me incomodar dormindo na minha casa. Levantei apressadamente, deixando ainda metade do meu pão em cima da mesa e fui direto para o quarto.

 

— O que foi? — Ino questionou, indo atrás de mim.

 

 — Hinata me respondeu, estou indo lá falar com ela — disse enquanto colocava pasta de dente em minha escova. Ela ficou me olhando através do espelho do banheiro, mas logo se pôs a fazer sua higiene bucal ao meu lado.

 

Ao terminar, Ino pegou sua bolsa e ficou me esperando na porta do quarto. Ainda não havia penteado os meus cabelos e não poderia sair assim. Mandei uma mensagem para Gaara, esperando que ele não demorasse a chegar, já que ele morava no mesmo bairro que eu. Enquanto fomos até o elevador, uma questão veio à tona em minha mente e fiquei um pouco preocupada.

 

 — Ino, o que aconteceu ontem, na portaria?

 

— Ninguém sabia de nada. Tinham várias desculpas, explicando que era impossível de alguém entrar no prédio sem ser notado. — Ela ficou olhando para a porta do elevador enquanto falava, e sabia que estava tão indignada quanto eu por conta do ocorrido. Não esperava muito na verdade, quando uma pessoa tem dinheiro o suficiente, ela consegue comprar muitas coisas, inclusive pessoas. Não duvidava nada que Orochimaru tivesse feito justo isso.

 

Após esperarmos alguns minutos sentadas no banco da área de lazer do prédio, Gaara me enviou uma mensagem dizendo já ter chegado. Fomos até o seu carro e me sentei ao lado dele, dando um beijo em seus lábios antes de colocar o cinto de segurança. Ele deu bom dia para Ino, me olhando com um pouco de preocupação.

 

— Está tudo bem?

 

— Sim! — menti, soltando um sorriso falso em seguida. 

 

Enquanto ele começava a seguir com o carro, disse a ele o nosso destino. Eu estava me sentindo tão angustiada, que parecíamos estar demorando mais do que o normal, porém era apenas impressão minha, já que sequer havia trânsito. Ao chegarmos no hotel, Ino saiu do carro, e ele segurou minha mão e olhou em meus olhos.

 

 — Quando vamos sair? — Sua voz mansa e seu jeito de olhar para meus lábios fez com que eu me sentisse bem. Ele era esperto o suficiente para saber que não estava indo encontrar nenhum cliente, já que o prédio em que paramos não era de luxo.

 

 — Pode ser neste sábado? — Cheguei meu corpo mais para perto do dele, deitando minha cabeça sobre seu ombro.

 

— É claro. — Ele deu um beijo em minha testa, e retribui, selando meus lábios nos dele, que como sempre, estava macio ao toque.

 

— Tenho que ir, depois a gente se fala.

 

 — Não precisa — ele disse ao me ver colocando a mão dentro de minha bolsa para pagá-lo.

 

  — Tem certeza?

 

 — Sim! — Abri um pequeno sorriso sem graça, e me coloquei para fora do veículo, indo para a calçada que Ino me esperava.

 

Sabia que se estivesse a trabalho, Gaara teria aceitado o pagamento, mas ao ver que não era isso, ele simplesmente recusou o meu dinheiro. Ino cruzou os braços enquanto íamos até o refeitório do hotel e mesmo de longe pudemos avistar os cabelos azulados de Hinata, que parecia um pouco nervosa.

 

— Ei! — falei ao parar de frente a ela.

 

 — Ei!

 

 — A gente pode se sentar? — Ela balançou a cabeça positivamente, olhando para Ino em seguida.

 

— Hinata... — Comecei, de cabeça baixa, sem saber o que dizer exatamente.

 

— Por que vocês fazem isso? — Olhamos para ela, e uma lágrima caiu de seus olhos, fazendo meu coração se apertar. Ino abaixou a cabeça em seguida, parecendo se sentir tão mal quanto eu ao ouvir aquilo. — Duas mulheres lindas, inteligentes, que têm tudo para se dar bem na vida...

 

— Está enganada, Hinata. — Ino enfim se manifestou, falando pela primeira vez em anos com Hinata. — Nós não tínhamos dinheiro e sem isso não passaríamos de duas pobres coitadas, vivendo dentro desse Estado enorme.

 

— Isso não justifica. — Hinata começou, mas senti que precisava ser sincera com ela de uma vez por todas.

 

— Hina, eu não estava conseguindo emprego e jamais desistiria da minha faculdade por causa disso. E a Ino... — Olhei para minha amiga, que gesticulou graciosamente o pescoço, indicando que eu poderia continuar. — Se Ino não tivesse aceitado esse emprego, talvez estivesse passando fome hoje. — Ela nos olhou por um instante, parecendo confusa.

 

— Por que não pediu ajuda para os pais de vocês? — Me irritei um pouco ao ouvir isso, Hinata conhecia nossos pais desde quando éramos crianças, usando fraldas descartáveis.

 

 — Ah, por favor, Hinata! — disse em um tom irônico, revirando meus olhos. — Você sabe muito bem que eles não têm condições nenhuma. — Ela abaixou a cabeça, e suspirei fundo, tentando aliviar minha voz do peso sarcástico que havia acabado de usar. — Escuta, eu sinto muito por não ter te contado a verdade. Mas você criticava Ino tanto, que acabei ficando com medo de te falar tudo. — Coloquei minha mão em cima da dela, que estava repousada na mesa. — Hinata, nós amamos você, por favor, entenda. — Ela começou a derramar lágrimas, e ficamos em silêncio por alguns instantes, até que ela nos olhasse novamente.

 

— Eu... eu sinto muito, meninas! — Rapidamente me levantei da cadeira em que estava sentada, abraçando minha amiga fortemente. Olhei para Ino, que pareceu confusa por alguns instantes.

 

— Tá bom! — ela disse em um tom brincalhão, também se pondo a abraçar Hinata em seguida.

 

Não poderia estar mais feliz do que nesse momento, sabendo que não só eu, como Ino, havíamos feito as pazes com Hina também. É interessante o quanto a vida é complicada. Foi preciso um problema para que essas duas se unissem, e que eu percebesse que elas eram realmente tudo o que eu tinha.

 

Os dias passaram bem rápidos, e a casa estava parecendo vazia sem Hinata conosco. Com sua ajuda, através de mensagens, fui até a 25 de março comprar equipamentos de som e iluminação. Agora que não tinha mais Orochimaru em minha vida, precisava me virar como podia. Ino me ajudou a montar tudo em meu quarto e demoramos bastante, mesmo lendo o manual. Enquanto fazíamos isso, Ino recebeu uma mensagem de Mei, e eu outra, quase que instantaneamente. Em ambas, estavam escritas as mesmas palavras:  Estamos com um pequeno problema. Karin teve que se ausentar por motivos pessoais do serviço de acompanhante, e receio que o seu trabalho poderá aumentar por conta disso. Ela tinha muitos clientes bons, espero que você não me decepcione como ela fez.

 

 Li a mensagem em voz alta, confirmando que era a mesma que Ino havia recebido e acabamos por ficar sem entender nada.

 

Queríamos questionar Mei sobre que tinha acontecido, mas achamos melhor deixar para lá, uma hora iríamos acabar descobrindo.

 

 — Nada fica encoberto nesse trabalho — Ino falou, e acenei que sim com a cabeça para ela, pensando que ela não poderia ter dito palavras mais verdadeiras, me recordando de como Hinata ficou sabendo sobre meu trabalho.

 

Por fim, acabamos por brindar com vinho tinto a ausência de Karin. Me encontrei poucas vezes com a garota, mas isso foi o suficiente para tomar nojo dela. E agora tinha que estar pronta para meu novo tipo de encontro! Tinha certeza de que de agora em diante mais nada poderia me abalar, pois tinha quem me desse forças para continuar de pé; minhas amigas.

 

Vesti uma camisola bem sexy, coloquei algumas próteses e brinquedinhos eróticos que Ino comprou para mim em um sexy shopping, ao meu lado, na cama. Liguei o computador, ajeitando o pequeno microfone em meu ouvido e entrei no site de acompanhantes. Esperava que essa experiência valesse a pena e trouxesse o retorno financeiro esperado.

 

Apesar de eles pagarem só quinhentos reais por sexo na internet, sabia que existia a possibilidade de quererem me ver pessoalmente depois disso. Abri um sorrisinho de canto ao ver que meu primeiro cliente online tinha a data de nascimento compatível com a senha do cartão que Itachi tinha me dado: vinte e três, zero sete.

 

— Só pode ser coincidência — pensei alto, ligando a chamada de vídeo.


Notas Finais


É isso aí gente!!!

Quero aproveitar para convidar vocês a lerem minhas outras histórias, tem muita coisa boa, e tenho certeza de que possam gostar. Mil beijos!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...