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História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Os primeiros meses


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???

Espero que gostem do primeiro capítulo da história!
E quero aproveitar para dizer "muito obrigada", a todas as pessoas que estão confiando nessa história, e que apenas em ter lido o pequeno prólogo que fiz, resolveram apostar na fanfic e colocá-la como favorita.
Podem ter certeza que vocês terão retorno com o que fizeram, darei o meu melhor.

Bjs!

Capítulo 2 - Os primeiros meses


Andar de avião era algo novo, só de vê-lo de longe senti minhas entranhas retorcerem. Tentava a todo custo não fazer cara de boba para não pagar mico na frente das pessoas. O fato de eu ser do interior não era motivo para que também fosse caipira. Tive um pouco de dificuldade na hora de encontrar meu assento e, depois que o achei, fiquei entre um senhor gordo e uma mulher com um nenê no colo.

 

A velocidade atingida por aquele aglomerado de fuselagem para alçar voo era incrivelmente assustadora. Sentia um friozinho na barriga e uma vontade imensa vontade de rir. Por quê? Eu não sei! Fui atingida, em seguida, por uma pressão no ouvido e ficava abrindo a boca, quase que deslocando meu maxilar, para tentar aliviar aquilo.

 

Em geral, correu tudo bem, o medo que senti foi apenas durante o pouso. O aeroporto de Congonhas tinha uma pista muito curta e por conta disso foi possível sentir, com certa intensidade, os freios do avião agindo. Segurei em minha poltrona, olhando para o senhor que havia dormido a viajem inteira e depois para a mulher, que ficou quase imóvel, e quando o bebê ameaçou chorar, enfiou uma mamadeira na boca dele. Eles pareciam tranquilos, então, tentei relaxar também.

 

 Ino foi me buscar, o que foi um alívio, mas quase me perdi naquele aeroporto enorme, e ela me disse que o de Guarulhos era ainda maior. O movimento de carros era intenso e exaustivo, só de pensar que ainda teria de chegar na pequena casa de dois minúsculos cômodos que aluguei pela internet e arrumar minhas coisas, já ficava chateada.

 

Por mais que tivéssemos muito para conversar, ficamos praticamente o tempo todo caladas, sentadas no banco de trás de um táxi branco, muito bonito. Antes que eu a avistasse, fiquei assustada com os taxistas que gritavam, chamando os passageiros. Sabia que poderia ser um vigarista qualquer, então fiquei em um canto, próximo à uma das portas de vidro.

 

Durante o caminho, ela apontou pela janela mostrando o bairro que morava. Disse que eu poderia ficar com ela sem problema nenhum, mas não podia aceitar. Meu orgulho era grande demais e também não queria causar incômodo. Ela morava em Moema, próximo ao parque Ibirapuera, um dos lugares mais valorizados da capital.

 

 Ficava o tempo inteiro no celular, disse que estava marcando encontro com alguns clientes, na maior naturalidade do mundo. E eu apenas assenti, tentando ignorar o fato de saber que minha amiga era uma garota de programa, ou acompanhante de luxo, como ela gostava de falar. Reparei em seguida o quanto ela havia mudado. Seu jeito de se vestir estava sofisticado e sua maquiagem muito bem-feita e sem excessos. Suas unhas, que antes eram roídas, agora estavam grandes e pintadas com esmero.

 

Ela fez uma cara feia quando entramos na minha casa. Peguei a chave na vizinha, como combinado. Eu não achei tão ruim assim, estava bom para um começo, a minha maior preocupação agora seria conseguir um emprego, porque as economias que tinha trazido comigo não durariam mais do que um mês, contando que em São Paulo o custo de vida é mais alto.

 

Depois de quase três semanas deixando currículos em todos os lugares que via, consegui um emprego. Ino me ajudou muito, fazendo um rascunho com os números dos ônibus que eu devia pegar para chegar até a lapa, a 25 de março, paulista e outros lugares. E foi assim que me orientei neste lugar enorme.

 

O barulho nas ruas era intenso, vários motoristas buzinando constantemente, motoqueiros que me assustavam com suas manobras perigosas, sirenes para todos os lados e alguns carros de som. Mas o pior era ter que sair de casa mesmo; quando se vai para algum lugar tem que estar preparada, pois tudo é longe. Ficava, às vezes, mais de uma hora em um ônibus para depois ter de pegar outro. Isso quando não havia trânsito.

 

 Quando ia procurar emprego, a primeira coisa que faziam era olhar para meus cabelos rosas, mas eu jamais me desfaria do meu estilo. E também demorei tempo demais para conseguir chegar no tom que eu queria, agora não ia mudar mesmo. O que mais se via pelas ruas eram japoneses, chegava a ser engraçado, pois acabava me sentindo em outro país.

 

Algumas pessoas andavam muito bem-arrumadas, enquanto outras pareciam ter saído de casa do jeito que estavam. Sem contar o cheiro horrível que tinham, algumas vezes o ônibus ficava insuportável, e como se não bastasse ainda entravam alguns homens impregnados de cachaça. Uma vez um cara sem noção roçou numa senhora, e o ônibus inteiro foi parar na delegacia, algo que aprendi logo ser bem comum nesse lugar.

 

Fiquei muito brava nesse dia, perdi um tempão com isso, enquanto poderia estar deixando currículos por aí. O metrô em horário de pico era enlouquecedor. A primeira vez que entrei em um quase não consegui aproveitar nada, pois dei o azar de chegar na plataforma no horário de almoço, e depois o percurso acabou perdendo a graça, já que tinha que passar por ali para ir para a faculdade. Era sempre lotado e lembrava até uma daquelas fotos que vemos nos livros de história: um campo de concentração cheio de pessoas famintas e desordenadas.

 

 O lugar onde eu estudava era enorme e, para minha felicidade, tinha uma professora incrível. Ela era extremamente inteligente, mas muito exigente também. Seu nome é Tsunade e, além de Ino, era a única pessoa que podia contar para alguma coisa neste lugar enorme. Não conversava com ninguém que estudava comigo, precisava me focar o máximo possível para valer a pena tudo o que estava fazendo.

 

Os dias eram cansativos e longos, a lanchonete onde eu trabalhava pelas manhãs não tinha assinado minha carteira, mas eu não pude escolher muito já que não possuía experiência alguma. Saía de lá correndo, comia bem rápido e ia para a faculdade, fedendo a pastel frito. Sabia que não acharia o emprego dos sonhos, mas também não imaginava que o que conseguiria seria tão cansativo.

 

Ficava em pé a manhã inteira e meus pés doíam bastante, andava o tempo todo, tinha serviço desde o momento que eu chegava até a hora de ir embora. E o pior é que tive que me virar sozinha para aprender fazer tudo; ninguém ajuda ninguém em uma cidade grande. Chegava em casa e ainda ia fazer comida, limpar as coisas e estudar. Resumindo: dormia tarde e acordava cedo.

 

 Falava com meus pais por mensagens de texto e vídeo, mas com o tempo nem isso estava fazendo direito. O cansaço era tanto que não queria papo com ninguém. Quase toda sexta feira ia encontrar com Ino em um barzinho badalado, como dizia ela. Para minha sorte, ela que sempre pagava a conta, pois eu não tinha condição. Ficava muito sem graça com isso, mas não podia recusar.

 

Os meses se arrastaram, e eu nem acreditava que já estava em São Paulo há mais de cinco meses. Para meu total desespero, fui mandada embora há quase um mês, não conseguia emprego em lugar nenhum, todos diziam estar fazendo cortes por conta da crise. A grana estava curta, e além de aluguel, tinha água, luz e todas as outras coisas pequenas, mas que juntas ficavam enormes.

 

Eu já não sabia o que fazer, mas tentava me manter o mais calma possível, pensando que tudo ficaria bem e uma hora as coisas se acertariam. Todo sacrifício que eu fizesse me seria muito bem-recompensado quando eu terminasse minha faculdade de medicina e começasse a fazer o que amo, e sempre sonhei. Porém isso ainda estava longe, e precisava me esforçar ainda mais para conseguir seguir em frente.

 

Domingo pela manhã fui com Ino até uma casa imensa que um cliente dela a disponibilizou para que pudessem se encontrar sem incômodos nem preocupações, já que o homem era casado. O lugar possuía o jardim mais lindo que já havia visto na minha vida. Tudo era perfeito e extremamente luxuoso, na geladeira havia de tudo e mais um pouco. Me senti uma formiga na casa de um gigante.

 

— Ele é bem tranquilo — ela falou, colocando uma uva graciosamente na boca.

 

 — Mas você não acha estranho saber que a qualquer momento ele pode simplesmente parar de ficar com você? — perguntei, me sentando ao seu lado, no lindo sofá de couro branco que dava para a piscina.

 

 — Se ele me dispensar, não tem problema. Ele não é o único cliente que eu tenho. — Seu sorriso parecia realmente verdadeiro. Em todos os momentos que estive com ela, sempre a achei muito feliz.

 

 — Quantos anos ele tem?

 

 — Sessenta e oito.

 

Não me aguentei, comecei a rir.

 

 — Não pode ser! — exclamei, gargalhando, enquanto ela quase engasgava com minha estranheza.

 

— É sério! — ela falou, me dando um tapinha na perna.

 

— Mas ele... ele ainda consegue?

 

 — Claro que sim, né, sua tonta! — ela disse rindo. — Nesse trabalho nem sempre a gente consegue ter sorte de pegar uns caras bonitos e novos. Mas eu não me importo, porque os mais velhos são os que mais gastam com a gente — ela falou, esticando seu braço e me mostrando o anel lindo que estava usando.

 

 — Foi ele que te deu? — Passei meu dedo por cima do anel, que possuía uma pedra enorme em cima. Não conhecia joias, mas tinha quase certeza de que era um rubi.

 

— Sim! E olha que ficamos juntos apenas duas vezes. — Ela arqueou uma das sobrancelhas, convencida.

 

 — Nem dá para acreditar, Ino — sussurrei, achando isso impressionante.

 

— Esses caras normalmente são muito carentes, e os que não são, costumam fazer o tipo safado. Então a gente ouve de tudo. Eles não são nenhum pouco convenientes.

 

 — Imagino — falei, molhando minha uva no chocolate e levando até a boca com cuidado, com medo de sujar o sofá.

 

— Humm... — ela começou, engolindo sua fruta, e abanando a mão freneticamente. — Tem uns que são muito tímidos e ficam esperando que façamos tudo. — Ela achou muita graça para algo pequeno demais, e eu ri falsamente. Talvez só não entendesse o que ela queria dizer por nunca ter saído com ninguém até hoje.

 

 — Mas me tira uma dúvida... quando você fica com eles, usa camisinha, né? — Ao sentir a seriedade em minha voz, ela se ajeitou no sofá, me olhando em seguida.

 

— Bom, as vezes eles pedem para transar sem camisinha. Mas quando é assim o correto é pedir um exame. Aí eles pagam o nosso exame e o deles, e se estiver tudo certo e os dois concordarem, fechamos o negócio, porém o preço do programa supervaloriza. Mas se a mulher recusar eles compreendem e mesmo que fiquem frustrados acabam deixando para lá. Porém é claro que tem gente que transa com qualquer um sem proteção e sem exigir os exames.

 

— Entendi! — disse, um pouco sem graça.

 

Mechemos em tudo o que tinha na casa, esvaziamos gavetas, olhamos dentro dos armários e até experimentamos umas roupas que estavam dentro de uma caixa. Ela disse que eram da filha dele, que havia pedido para doar, e que eu poderia ficar com as que eu gostasse. Meus olhos brilhavam com cada peça de roupas de marca que caía bem em meu corpo. Estavam como novas, tinha um vestido que ainda estava na etiqueta, e eu sequer podia imaginar de que tecido ele era feito.

 

 Fiquei pensando como a mulher desse cara se sentiria se descobrisse que ele a traía, mas acho que não deveria nem ligar. O importante mesmo devia ser a vida boa que ele a dava em troca de sua liberdade. Isso se ela não tivesse nenhum amante também, já que Ino me contou que o homem desconfiava que a mulher dele tinha outro.

 

Ela me falou que eles confidenciam tudo a ela, e que as vezes se sentia como uma psicóloga, porém com um salário muito melhor. Ela recebia cerca de mil e quinhentos reais por encontro e se não se sentisse à vontade com o homem, poderia recusar a se deitar com ele. É claro que nessas situações poderia acontecer algum tipo de desentendimento, mas o site em que ela anunciava seu perfil explicava todo o processo detalhadamente, então ela estava assegurada, de certa forma.

 

Quando saía tinha sempre que estar bem arrumada e não podia parecer muito vulgar, a não ser se o cliente pedisse. Ela nunca precisava pagar nada, nem mesmo o táxi que a levava ou trazia dos lugares. Eles bancavam jantares caríssimos e hotéis de luxo, isso quando não faziam como o velho pervertido; dando a chave de uma casa para que os encontros ficassem mais fáceis.

 

Mei Terumi era a promotora dela, e todo o trabalho que Ino fazia tinha de dar 25% do que recebia a mulher. A Mei assegurava o pagamento e a resolução de qualquer transtorno com algum cliente que minha amiga pudesse ter. Ela me disse que essa mulher era muito gente boa e que se em algum momento não quisesse mais a ajuda dela poderia dispensá-la de seu serviço, mas não faria isso já que sabia que essa tal de Mei conhecia muitos clientes da alta sociedade.

 

A minha vida seria muito mais fácil se eu tivesse uma condição financeira melhor. Lembrar da casa em que estive no domingo me fazia ficar inebriada. Todo aquele espaço, todos aqueles móveis planejados e a vizinhança silenciosa eram de dar inveja a qualquer um. A própria fachada da casa gritava riqueza.

 

Mas enquanto uns estavam com a vida ganha, eu andava pelas ruas de São Paulo procurando emprego para pagar minhas contas, que venceriam na semana que viria. Já era sexta, então sabia que ficaria tudo atrasado e não fazia ideia de como pagaria meu aluguel, muito menos comprar algo para comer.

 

 E apesar de abominar pedir as coisas para os outros, não via outra opção a não ser dizer para minha amiga que estava precisando de ajuda. Pelo menos até poder conseguir um emprego. Mas aí o desespero ficava ainda maior, porque um salário mínimo não dava para nada, muito menos para juntar dinheiro e pagá-la depois. Meus pais não tinham a menor condição de me ajudar, vim para São Paulo dar minha cara a tapa, buscando meu sonho. Eu realmente estava ficando perdida, mas precisava pensar em alguma coisa.

 

Cheguei em casa cansada, mas fui tomar um banho e me arrumar para ver Ino, no mesmo barzinho de sempre. Coloquei uma roupinha melhor, combinando uma blusa branca de babados que peguei da caixa na casa do ricaço, com um jeans velho que tinha. Dizem que uma roupa de grife com outra mais ralé pode dar um bom contraste. Esperava que sim, pois era assim que iria! Calcei uma sapatilha, passei maquiagem, para não me sentir inferior à minha amiga que sempre andava bem arrumada, e corri para o ponto de ônibus a fim de não me atrasar.

 

O motorista, ignorante, quase me matou quando saiu do ponto com a porta do veículo aberta. E eu mal tinha acabado de subir, a minha sorte foi uma senhora que segurou pelo meu braço. Todo mundo começou a xingar o motorista e aquilo virou uma baixaria. Eu me fingi de boba para evitar mais confusão ainda e passei para trás, ficando de pé, segurando em uma cadeira, porque não tinha lugar para sentar.

 

 A lotação estava ficando cada vez mais... lotada! E lá dentro já começava a fazer calor, e a ventilação interna do veículo era tão pouca que chegava a ser algo desumano. Minha maquiagem estava derretendo em meu rosto, mas tentei não pensar muito nisso. A verdade é que minha vida estava um inferno e eu ficava jogando tudo para debaixo do tapete, tentando não enlouquecer com minha situação.

 

Quando estava procurando emprego mais cedo, um cara lindo, daqueles que nunca me daria bola, ficou me cantando. Eu fechei a cara imediatamente para ele, não se podia confiar em ninguém por aqui. E ele também só ia perder tempo comigo, ouvindo minhas lamurias sobre falta de dinheiro... e encontrar tempo para ele na minha vida também seria difícil, já que quando chegava em casa, à noite, só queria dormir.

 

Dei sinal, quase perdendo minha parada por ficar pensando besteiras. O motorista parou, mas demorou quase um século para abrir a porta.

 

 Pronto! Depois de quase uma hora, cabelos bagunçados, roupa amarrotada, por causa do povo que ficou me empurrando no ônibus, e maquiagem derretida, estava em frente à casa noturna.

 

O lugar estava agitado, havia garçons com aventais pretos na cintura andando para todos os lados. Fiquei na ponta dos pés, procurando um lugar para me sentar. Avistei o gatinho de cabelos pretos, um que sempre estava ali quando eu vinha. Provavelmente um cliente assíduo do lugar.

 

Fui até um canto, onde tinha uma das únicas mesas vazias, e me sentei, quase me arrependendo depois por perceber que o som era bem mais alto ali. Estava preocupada demais, pensativa demais. Minha mente calculava várias possibilidades que poderia seguir para resolver meu problema financeiro. Porém nenhum plano que eu formulava tinha reais de chances de dar certo.

 

Uma hora já havia se passado, e Ino ainda não tinha chegado. Mandei várias mensagens para ela, mas não tive resposta nenhuma. Estava com fome e com sede, mas abri minha pequena bolsa com alça de lado, contando o dinheiro que tinha... Se eu gastasse um real sequer, não teria como comprar carne para a semana.

 

Apoiei meus cotovelos na mesa e descansei meu rosto sobre minhas mãos, balançava minhas pernas freneticamente, me sentindo uma derrotada por estar passando por uma situação tão humilhante. Meus olhos se encheram de lágrimas enquanto eu refazia os cálculos mentalmente. Eu tinha apenas cinquenta reais; precisava pagar passagem para procurar emprego e comprar pelo menos um quilo de carne e arroz. Mas só com um pacote de cinco quilos de arroz eu já gastaria 12 reais.

 

Me levantei da mesa abruptamente, não enxergava direito as coisas à minha volta, e a música que tocava parecia estar no mesmo ritmo das pontadas que sentia na minha cabeça. Fui para o banheiro, entrei numa das portas e me tranquei, jogando meu corpo sobre a tampa do vaso e me derramando em lágrimas.

 

Meu celular tocou nesse exato momento, e, tremula, abri a caixa de mensagens. “Sinto muito Sakura, não vou poder ir hoje.” Quase joguei meu celular longe ao ler aquela mensagem. Ino era a única esperança que eu tinha para arrumar ao menos uma pequena quantia até que conseguisse encontrar algum trabalho.

 

 A casa aconchegante do senhor que estava saindo com minha amiga veio em minha mente. Ela vivia bem e parecia feliz com sua profissão, sua preocupação era só uma: agradar seus clientes. Enquanto eu vagava todos os dias na cidade à procura de emprego para ter dinheiro para comer e viver em um muquifo.

 

 ...Mas eu ainda era virgem e não teria coragem de leiloar minha virgindade por aí, como muitas fazem. Se ficaria com alguém precisava ser com quem sentiria à vontade, daí só depois disso falaria com Ino que queria tentar trabalhar no mesmo ramo que ela.

 

Uma loucura se passou pela minha mente, e me lembrei do homem que vi sentado no balcão do bar. Me levantei do vaso, olhei meu rosto no espelho, tentando ajeitar um pouco minha face manchada de lágrimas, e saí do banheiro.

 

Minha mente estava perturbada, e eu não tinha certeza de mais nada. A única coisa que sabia é que não aceitaria viver uma vida miserável, muito menos desistir da minha faculdade por falta de coragem ou força de vontade. Eu disse a mim mesma que enfrentaria tudo o que fosse preciso para conquistar meu objetivo e não iria voltar atrás com minha palavra.

 

 — Está a fim de ficar comigo? — perguntei no ouvido do homem de cabelos pretos que segurava um copo de whisky na mão. 

 

 — O quê? — ele gritou, tendo sua voz abafada pelo som que tocava alto no lugar.

 

 — Eu quero transar com você.


Notas Finais


É isso ai gente!!!!
Pode deixar que logo, logo tem mais!

Bjs


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