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História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - A casa, o homem


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???


Estou muito feliz em ver que essa história está crescendo, chegando a mais pessoas a cada dia que passa. Muito obrigada a todos vocês que tem me incentivado, a colocando entre seus favoritos, isso é muito importante para nós autores.
Sou muito grata também a todos que sempre comentam os capítulos, isso é muito bom, ajuda a me direcionar , mostrando se estou, ou não no caminho correto para fazer com que a história fique agradável a vocês.
Obrigada também a todos que tem favoritado minhas outras histórias através desta, é muito bom ver as coisas fluindo.


Bjss! Espero que gostem!

Capítulo 22 - A casa, o homem


 — Boa noite!

 — Boa noite! — Dei um sorriso para o motorista, vendo-o abrir gentilmente a porta de trás do carro. Ele estava bem arrumado, de terno e gravata, deveria ter mais de cinquenta anos, o mesmo que me trouxe aqui em casa da última vez em que saí com Sasuke, provavelmente era um homem de confiança.

 

 

Me sentei, colocando minha bolsa ao lado de meu corpo, esperado que o motorista entrasse dentro do carro. Quando ele ligou o veículo senti meu coração acelerar por um momento. Já tinha visto aquele traste várias vezes, mas ainda assim ele conseguia me causar sensações estranhas e isso me incomodava demais, era como se eu não conseguisse mais ter o controle de meu próprio corpo.

 

Já havia ido em vários restaurantes, hotéis, motéis nesta cidade, mas não conhecia o caminho que estávamos fazendo e isso estava me deixando inquieta dentro do caro. Liguei e desliguei meu celular várias vezes, pensando em mandar uma mensagem para Ino, eu sei que parece besteira, mas o medo de que me acontecesse alguma coisa era latente e se eu avisasse para ela com quem estava saindo, pelo menos alguém saberia o que fazer caso eu sumisse.

 

 E, mais uma vez, meneei minha cabeça desligando de novo meu celular, dizendo a mim mesma que eu estava sendo boba demais e que já havia saído com vários caras antes dele e que já deveria ter me acostumado com a estranheza de um completo estranho.

 

Ainda não tinha tido coragem de falar para minha amiga que estava mesmo vendo o Sasuke, ou Susanoo, como ela ainda achava que ele se chamava. Fiquei repassando em minha mente todas as críticas feitas por ela, por eu sempre ficar na internet conversando com ele, se ela soubesse que rejeitei vários outros clientes internautas só para ter tempo o suficiente para ele... Ino me mataria!

 

 Até eu me senti uma completa idiota por conta disso depois que descobri quem ele realmente era, e agora não sabia ao certo se estava ou não arrependida por ter feito isso. Tinha ainda várias notificações do site, dos homens e mulheres que me procuraram por sexo virtual e alguns sequer respondi. Tinha que pensar bem sobre isso agora e ver se realmente ia continuar com esse serviço.

 

Entramos em um bairro residencial, e nesse momento senti meu corpo gelar. O lugar não era tão longe do meu condomínio, na verdade demoramos mais por conta do trânsito que pegamos na marginal e, devo confessar, que estava boquiaberta com as casas da rua em que estávamos, o carro estava um pouco mais lento, então logo presumi que o restaurante ou hotel ficaria aqui mesmo, mas não, não era nada disso.

 

 O motorista parou em frente a uma casa colonial, a mais bonita que havia naquele lugar, e foi aí que comecei a sentir meu olho esquerdo piscando freneticamente. Estava tendo um tique nervoso. Que ódio que sinto dele por me fazer ficar assim, tão vulnerável!

 

O motorista começou a manobrar o carro, e eu fiquei olhando para aquele lugar imenso, admirando cada detalhe. Parecia uma casa cinematográfica, era perfeita. Ela era toda cercada por um portão com grades pretas, entalhadas em desenhos minimalistas, como em construções antigas.

 

O motorista apertou um controle remoto e o portão começou a abrir para o lado de fora. Ele começou a entrar com o carro, e me agarrei à minha bolsa, ainda sentindo meu olho tremendo. A garagem era aberta, com apenas uma laje para cobri-la, o local era todo muito bem gramado e haviam pedras quadradas sobrepostas no local de onde os carros e as pessoas deveriam passar.

 

Ele estacionou ao lado do carro esporte de Sasuke, descendo e abrindo a porta de trás para mim em seguida. Eu saí trepidante, me sentindo cada vez mais nervosa, tentando não fazer nada de errado. A casa estava bem iluminada, suas portas e janelas pretas contrastavam com as paredes brancas, e ao olhar para cima vi uma cortina branca esvoaçando para o lado de fora, por causa do vento. Até o telhado da casa parecia ter sido feito de maneira especial, pintadas com um tom de vermelho fosco e uma inclinação acentuada para baixo.

 

Engoli em seco e me coloquei a andar, percebendo que o motorista não se moveu de onde estava, ao lado do carro. Me esforçava para que meu salto não fizesse muito barulho por causa das pedras, e ao chegar na porta senti todo o meu corpo estremecer ao ver Sasuke vindo em minha direção. Ele estava com uma calça moletom preta, uma blusa branca regata e os cabelos levemente bagunçados, calçava um chinelo e, enfim, o meu tique passou, deixando apenas uma raiva inexplicável por ele não ter me dito que eu deveria ter vestido uma roupa mais confortável. Soltei um suspiro e parei na porta da casa, esperando que ele me convidasse propriamente para entrar, ao menos.

 

— Vai ficar aí parada? — Nesse momento eu já deveria estar com uma careta enorme no rosto, então para me poupar de mais uma discussão apenas entrei, passando direto por ele e parando em sua sala, que, assim como já esperava, era enorme. Havia uma lareira elétrica embaixo de sua televisão, em um móvel de madeira. Ela estava ligada, dando mais calor ao ambiente e proporcionando um ar especial ao lugar. A televisão era enorme, o que era perfeitamente normal, dada a extensão da sala, que possuía um sofá luxuoso num tom de cor bem próximo ao da madeira do móvel que sustentava a televisão e a lareira, além de um grande e felpudo tapete e mais duas cadeiras com um formato diferente e trabalhado.

 

— Quer beber alguma coisa? — ele perguntou, me tirando de meu transe rapidamente enquanto colocava suas mãos em meus ombros, causando calafrios em meu corpo, puxando de mim a jaqueta que eu estava vestindo.

 

— Seria bom.

 

— Espero que não esteja desapontada — ele falou, começando a andar com minha jaqueta e bolsa na mão, as pendurando em um gancho que havia entre a sala e um outro cômodo, que presumi ser a cozinha. Comecei a segui-lo, sem saber muito bem o que fazer, já que não estava me sentindo tão confortável quanto ele parecia estar.

 

— Por quê?

 

 — Por não ter te levado para um restaurante... — Ele fez uma pausa, indo em direção ao fogão, e quase caí para trás quando vi sua cozinha. — Ou a um hotel — concluiu.

 

— Como se você se importasse com o que sinto — disse debochada, vendo ele abrindo um sorriso irônico, se virando de costas para mim e abrindo o armário branco, pegando um vidro de pimenta do reino e fechando a porta de volta. Ele abriu a panela e moeu o tempero lá dentro, o aroma, apesar da coifa, vinha em minha direção. Era incrível, mas eu não conseguia identificar o que era.

 

O fogão era embutido em uma bancada de madeira preta, em cima a coifa, na ponta direita uma pia e na outra ponta estava um faqueiro lindo, todo em inox, acompanhando a cor da geladeira que ficava logo ao seu lado. Eu estava encantada, me sentindo uma boba e morrendo de medo que ele percebesse isso. Eu realmente achava que minha cozinha era bonita, mas não era nada comparada à dele. Me aproximei mais um pouco, passando para o outro lado do balcão e vendo que embaixo do fogão havia um forno elétrico, uma lava louças e um micro-ondas embutido ali também. Ele era detalhista com suas coisas e eu estava babando por tudo aquilo.

 

 — O que está fazendo? — Levantei meus olhos para tentar espiar, mas, no mesmo momento, ele tampou a panela.

 

— Vai saber logo!

 

 Revirei meus olhos, tentando não dar meu braço a torcer, mas ele sequer me olhou. 

 

— Sua casa é linda!

 

 — Minha mãe que decorou.

 

 — Ela tem muito bom gosto.

 

— Tinha. 

 

— Hum? — questionei não compreendendo a rapidez de sua resposta, vendo ele pegando duas taças de dentro do armário e o fechando.

 

— Tinha um bom gosto — ele repetiu, levando as taças até a bancada que fica do outro lado do cômodo, onde sequer tinha olhado ainda. Ele abriu uma pequena adega climatizada e escolheu o vinho.

 

Fui em sua direção, tropeçando em um pequeno ressalto que nem havia notado ter ali, mas para minha sorte ele não percebeu. Ele puxou uma cadeira e se sentou. Canalha, sequer esperou por mim. Tentando ignorar seu gesto, circulei a bancada e me sentei à sua frente, vendo ele enchendo os dois copos. E só agora que eu reparava em como ele estava com a cara horrível, com olheiras em volta de seus olhos, parecendo não ter dormido durante a semana inteira.

 

— Você está bem? — perguntei enquanto ele me entregava minha taça. 

 

— Estou.

 

 — Não parece. — Ele ergueu sua taça com um sorriso no rosto, mas esse não era irônico, estava mais para um sorriso de tédio profundo, então ergui minha taça também. Eu deveria estar no fundo do poço, perdido totalmente a vergonha na cara para me sujeitar a passar uma noite com esse cara estúpido. Ele não falou nada, só virou sua taça, tomando um longo gole de seu vinho tinto Château, um vinho caro demais para um brinde medíocre demais. — Por que estamos na sua casa? — questionei levando o vinho até meus lábios e tentando não implicar tanto com ele.

 

— Bom... — Ele virou seu corpo, olhando para o fogão e depois para seu relógio de pulso. — Meu motorista sabe onde você mora, achei que seria justo se você soubesse onde eu moro também — ele se virou de volta para mim e apesar de seu tom de voz estar agradável, sua face continuava inexpressiva.

 

— O seu motorista e você! — ironizei.

 

— Eu não sei onde é sua casa! — ele falou após lamber seus lábios, e não sabia se ele estava tentando me provocar ou se realmente era gostoso por natureza.

 

 — Como não?

 

 — Não perguntei. Não tenho interesse em saber. — Realmente não sabia se ficava chateada e jogava o resto do vinho em minha taça em sua cara, ou se ficava tranquila por receber essa informação.

 

Depois disso ficamos em silêncio, ele era, certamente, o cara mais estranho que eu já tinha conhecido em toda minha vida. Ele estava me pagando só para me ver, e pior, os resultados dos exames demorariam pelo menos uma semana para ficarem prontos e ele se recusava a transar com camisinha, sem contar que sequer puxava assunto comigo, ou sei lá... chorava suas pitangas.

 

— Só um minuto! — Eu juro que quase xinguei ele nesse momento. Só um minuto para quê? Nem estávamos fazendo nada, ou falando nada. Droga, ele me deixava muito desconcertada!

 

Coloquei meu cotovelo em cima da mesa, apoiando minha cabeça em minha mão e olhando para ele. Apesar de seu jeito esquisito não tinha como eu negar o tamanho imenso da vontade que sentia de ficar com ele, o problema era que ele não colaborava em nada. Nadinha mesmo. Ele só me tocava quando bem entendia e nunca me dava espaço para que eu fizesse o mesmo. Tomei o meu último gole de vinho, respirei fundo e falei:

 

— Precisa de ajuda? — Eu juro que não era isso que eu ia dizer, ia falar que queria ir embora na verdade, mas não deu, não tive coragem. Ele desligou o fogo, deu dois passos para trás e se escorou no armário, fazendo um sinal positivo com a cabeça e me arrependi nesse mesmo momento de ter me oferecido a ajuda-lo, pois ele estava me olhando como se eu tivesse feito alguma coisa de errado e isso dava medo.

 

— O que quer que eu faça?

 

 Seu jeito estranho estava presente em todos os momentos em que estávamos juntos, principalmente agora, que, depois de minutos em silêncio total, me pegou pela cintura colando meu corpo no dele subitamente. Apoiei minhas mãos em seus braços, fortes e musculosos, que há tempos queria sentir, e fiquei olhando em seus olhos, mas ele só olhava para minha boca. Sua mão direita subiu lentamente em minha cintura, até alcançar meu queixo. Ele era sexy e sempre parecia ter certeza absoluta sobre tudo o que fazia, e talvez fosse isso que eu gostasse tanto nele. Ou eu só gostasse mesmo de quando ele ainda era Susanoo.

 

— E sua boca? 

 

— O que tem? — perguntei, confusa, vendo ele olhar em meus olhos agora.

 

— Você tinha machucado. 

 

— Ahh! Já estou melhor! — Apesar do sorriso que dei, fiquei um pouco desconfiada, ele não era do tipo de cara que parecia se importar com outra pessoa além de si mesmo.

 

— Que bom! — Ele ergueu minha cabeça levemente, dando uma mordida em meu queixo. Meu corpo chegou a esquentar com esse seu pequeno gesto, ele era minha perdição e eu nem entendia direito o porquê. — A comida está bem quente e se ainda estivesse machucada ia arder um pouco — ele disse provocante, com sua voz mais baixa e rouca, me fazendo olha-lo de novo, e quando ia abrir a boca para falar algo, qualquer coisa, ele me beijou.

 

Mal selou nossos lábios e já foi arrastando os meus para um beijo profundo e desejoso, sua mão esquerda me prendeu com ainda mais força em seu corpo, enquanto sua mão direita foi subindo minhas costas calorosamente até que seus dedos alcançassem meus cabelos.

 

Este maldito deste homem era quente demais, e eu já estava perdida, subindo minhas mãos até estar completamente agarrada em seu pescoço, sentindo sua língua encontrando com a minha em uma briga ardente e excitante. O seu corpo se encaixou perfeitamente ao meu, causando calafrios em minha pele e me deixando cada vez mais ofegante e molhada. Seu membro roçava em mim, e isso só me deixava ainda mais louca de tesão.

 

Ele nunca tinha me beijado, nunca.

 

E agora eu estava sedenta, esperando que ele não parasse mais. Suas mãos se enfiaram completamente em meus cabelos, os apertando e fazendo com que eu levantasse um pouco minha cabeça com seu gesto, doeu um pouco, mas foi tão gostoso que... soltei um gemido por entre nossas bocas e ele puxou ainda mais meus fios, separando nossos lábios. Eu permaneci com meus olhos fechados, não queria parar, queria muito mais daquilo que ele tinha acabado de me dar, mas nada veio, então abri lentamente meus olhos, vendo Sasuke com seus dentes superiores cravados em seu lábio inferior, parecendo faminto por mim.

 

Entreabri minha boca, fechando mais uma vez meus olhos, deixando um baixo gemido escapar novamente. Ele era quente e me deixou quente em apenas alguns minutos. Era por isso que eu o desejava tanto, porque ele era capaz de me fazer delirar sem fazer esforço algum.

 

— Vamos jantar. — Ele roçou seus lábios nos meus e segurou em minha cintura com ambas as mãos, me afastando um pouco. Cheguei a me sentir tonta.

 

 O que era isso?

 

 Engoli em seco e acenei positivamente para ele, virando meu corpo para o lado e vendo ele indo até a ponta do armário, abrindo uma das portas e pegando dois pratos de porcelana. Passei minhas mãos por meus cabelos, não podia vê-los, mas sabia que estavam totalmente bagunçados, ele brincava comigo como se eu não fosse nada, e eu me sentia realizada com isso. Sei que é estranho, mas era exatamente assim que me sentia toda vez que ele me tocava: realizada. 

 

Sasuke abiu a panela e pegou uma concha que estava ao lado do fogão, pegando o que quer que estivesse lá dentro e despejando em um dos pratos. Não me importei em ver o que era, não me interessava, eu estava extasiada demais para me preocupar com o que comeria agora.

 

Eu queria mesmo era ser o prato principal dessa noite, queria que ele parasse com essa besteira toda e me beijasse de novo.

 

Ele deixou os pratos em cima da bancada e veio em minha direção, cheguei a sentir minha respiração pesar nesse momento. Sasuke colocou seu corpo à minha frente, apoiando uma mão de um lado e a outra do outro lado de meu corpo, ele não me olhou, apenas inclinou seu corpo para cima do meu e fechei meus olhos, sabendo que estava respirando alto em seu ouvido, louca de desejo, querendo sentir mais dele. Seu corpo colou completamente no meu, mas logo ele se afastou, com uma bandeja prata em sua mão direita. Ele estava me provocando, tinha certeza disso.

 

— Vamos? — ele disse me olhando, após colocar os pratos em cima da badeja, tinha um sorriso safado nos lábios, e eu sabia que estava rindo assim por eu ter ficado que nem uma idiota, quase gemendo em seu ouvido, enquanto ele apenas pegava uma bandeja, uma merda de uma bandeja!

 

Comecei a seguir ele até o cômodo lateral, uma sala de jantar. Havia uma enorme mesa quadrada com um castiçal cheio de velas em cima dela, havia também um quadro na parede da ponta final da mesa, eu não sabia o que era, mas me parecia ser um olho sangrando. Era esquisito, mas chamou muito a minha atenção, e de uma forma positiva.

 

Sasuke colocou os pratos um do lado do outro, arrastando uma cadeira e passando por mim para deixar o cômodo. Achei que era para eu me sentar, já que ele não falou nada, e foi o que eu fiz, e fiquei esperando por ele, que voltou com guardanapos de pano, a garrafa de vinho, as taças e os talheres em uma outra bandeja. Se ele tivesse pedido eu teria ajudado ele a trazer tudo.

 

— Achei que você tivesse uma secretária do lar. — Ele soltou um pequeno riso, ficando atrás de mim e colocando meus talheres em cima da mesa. Olhei para seu rosto, mas ele permaneceu compenetrado no que fazia, tirando seus braços de meu redor e se sentando ao meu lado. Ele tinha feito uma sopa de capeletti, o cheiro estava incrível.

 

 — A doméstica está de férias. Não quis contratar ninguém para pôr no lugar, porque quase não fico em casa — ele disse, milhões de minutos depois de eu ter perguntado, na verdade já tinha até me esquecido disso. Ele encheu nossas taças de vinho e me olhou. — Boa apetite.

 

— Para você também — sussurrei.

 

O gosto estava muito bom, confesso, e ele parecia estar desconfortável demais enquanto comia, era como se não estivesse com fome. Ficava passando sua colher pelo caldo da sopa, girando sua taça de vinho, olhando para mim, enfim... ele fazia tudo, menos comer, e isso estava me deixando intrigada, talvez ele estivesse com algum problema no trabalho, ou algo do tipo, e eu, como uma acompanhante, já estava acostumada a ser conselheira e psicóloga em momentos assim.

 

— Você está bem?

 

— Sim.

 

— Praticamente não tocou na comida. — Ele se deixou relaxar em sua cadeira e olhou para mim em seguida.

 

 — Quer assistir alguma coisa? — Eu ainda estava comendo, mas o convite pareceu ser urgente, digo, para aquele mesmo instante. Coloquei minha colher dentro do prato, peguei a taça e bebi um pouco do vinho, acenando positivamente para ele em seguida, que, sem delongas, se levantou de sua cadeira, e eu fiz o mesmo, mas não com tanta pressa, na verdade fiquei um pouco triste por querer terminar de comer.

 

Assim que me levantei ele estendeu a mão para mim e foi aí que eu realmente fiquei assustada; ele estava sendo gentil. Depois de desfazer minha cara de espanto eu peguei na mão dele, e ele começou a me puxar para a sala, deixando tudo em cima da mesa do mesmo jeito que estava e as cadeiras arrastadas para fora da mesa. Me pareceu estranho, pois do pouco que sabia dele, uma das coisas era que Sasuke era muito organizado.

 

Ele soltou minha mão assim que chegamos até o sofá, ele foi até o armário embutido, pegou dois controles remotos e voltou até onde eu estava. Me sentei no meio do sofá de três lugares, ele sentou na ponta, colocando sua perna esticada atrás de minhas costas. Muito preguiçoso! Sasuke ligou a televisão e tinha um filme pausado na tela, no mesmo instante olhei para ele com meus olhos estreitos, mas ele não me deu a mínima importância, usando o outro controle para tirar o pause do filme.

 

 — Você está brincando comigo, né?

 

 — Não. — Ele se ajeitou no sofá, deixando seu corpo escorregar ainda mais pelo mesmo, encostando sua virilha em mim. — Se quiser coloco do começo.

 

— Pelo menos isso, né! Por favor! — disse ironicamente, me encostando no sofá e sentindo sua perna cutucando minhas costas.

 

Quando ele colocou no menu inicial do filme eu quase tive um piripaque! Não havia notado quando o filme estava pausado, até porque ele estava com uma imagem estranha, mas o cara estava assistindo filme de desenho, e eu teria que ver essa merda junto com ele. Se soubesse tinha trazido meu livro para estudar um pouco enquanto ele se divertia nutrindo seus desejos de infância. Bufei, mas me conformei, estava sendo paga para isso.

 

O filme começou e ele permaneceu imóvel, com os olhos grudados na televisão, eu até tentei chamar sua atenção, me mexendo um pouco aqui, um pouco ali, mas ele nem piscava, então resolvi relaxar um pouco também. Me deitei lentamente em seu colo, colocando minha cabeça em sua barriga e ficando com a minha barriga para cima, ele se movimentou um pouco, parecendo não ter gostado, mas fiz como ele sempre faz; não liguei.

 

O filme estava correndo tranquilamente e devo confessar que estava gostando, aquele era um anime na verdade e era muito empolgante, tinha romance, lutas, intrigas, mistérios, enfim, toda uma trama envolvente, fora o fato de que era tão bem produzido que sequer parecia mesmo ser um anime.

 

Em um certo momento o personagem principal, com seus cabelos loiros e olhos azuis, se encontrou com seu amigo/rival, minha boca chegou a secar quando eu vi o moreno olhar para o loiro de uma forma grotesca e amedrontadora, coloquei minhas mãos em meu coração temendo pelo loirinho, e quando dei por mim, como em um raio vindo do céu, o moreno atacou o loiro, dando-lhe um soco diretamente em seu rosto. Foi tão feio que eu dei um pulo no sofá, e o idiota, que não perdia uma, começou a rir de mim. Me apoiei ainda mais em seu corpo, erguendo minha cabeça até que pudesse olhar para ele, e, para minha surpresa, ele não estava rindo com tom de deboche, era um sorriso genuíno, um lindo sorriso, que me fez rir também.

 

Voltei a assistir o filme, pensando que, talvez, lá no fundo, bem no fundo, Sasuke não fosse uma pessoa má, e que eu devesse parar de fingir que ele não era o Susanoo, o mesmo cara que falou comigo durante cerca de três meses, me fazendo ficar brava, sorrir e gozar... Acredito que as vezes passamos por tantas dificuldades em nossas vidas que acabamos nos fechando para outras pessoas, possibilidades e entre outras coisas. Eu não conhecia a história dele, nem mesmo pelo que ele passou para hoje estar de pé, com uma vida boa e tanto dinheiro, então não podia julga-lo. Pena que era muito difícil fazer isso, principalmente quando ele era antipático comigo.

 

O filme seguiu, e eu acabei ficando sem entender porque os dois personagens se batiam e depois se beijavam tanto, era uma coisa estranha demais, idiota demais, mas ao mesmo tempo leal demais. O filme continuou e o personagem principal permaneceu correndo atrás do seu amigo moreno, enquanto sua melhor amiga sofria esperando pelo retorno do mesmo.

 

 E quando ela apareceu eu olhei para Sasuke com um sorriso enorme, é sério, eu acho que nunca tinha arreganhado minha boca tanto quanto nesse momento. A garota tinha cabelos rosas! Cabelos rosas, dá para acreditar!?

 

 Sasuke balançou a cabeça em negação para mim, mordendo o lábio inferior e rindo também, antes de um barulho estrondoso chamar nossa atenção de volta para o filme. Estava tendo outra luta e eu já estava com minha mão na boca, tentando não arrancar minhas unhas fora.

 

O loiro era muito bom, mas tinha um outro cara, com cabelos laranjas e cheio de piercings, tentando acabar com o lugar onde ele morava, estava tudo muito tenso. Sasuke colocou sua mão esquerda no meu ombro, e ao fazer isso acabei derrubando os controles no chão e eu vi que sequer estávamos na metade do filme, o que significava que ele era bem longo, mas estava legal, então não me incomodei muito. Sasuke começou a fazer uma pequena massagem em meu ombro esquerdo, e algo me dizia que ele já não prestava mais tanta atenção no filme... Algo que me cutucava as costas me dizia, para ser mais precisa.

 

Eu até queria continuar prestando atenção no que estávamos assistindo, mas foi involuntário da minha parte, pois estava com os olhos na televisão, mas minha concentração estava em sua mão esquerda, que agora subia lentamente o meu pescoço, parando em meu rosto. Ele deslizou sua mão até que seu dedo tocasse minha boca, eu não esperava por aquilo, mas estava salivando só de me lembrar do beijo que ele tinha me dado na cozinha.

 

Arqueei um pouco meu corpo, abocanhando seu dedo indicador e roçando minhas pernas uma na outra, o filme já tinha ido para a outra dimensão, pois agora eu só conseguia pensar no formigamento que sentia em minha boceta, com aquele gostoso se esfregando embaixo de mim. Ele queria me enlouquecer e sabia que não precisava de muito para isso.

 

Sasuke segurou meu pescoço com a mão direita e tirando o dedo de minha boca e se ajeitando no sofá.

 

— Vira para mim. — Cheguei a fechar meus olhos por conta do arrepio que sua voz grave e rouca me causou, eu não estava entendendo nada, ele conseguia me tirar todo juízo, que já era pouco, em questões de segundos.

 

 Eu obedeci. Me virei, ficando de quatro em cima do sofá, levantei um pouco minha saia, que estava apertada, subindo um pouco mais, engatinhando com seus olhos me comendo todinha. Ele estava sério, mas sabia que devia estar em êxtase. Coloquei minhas mãos apoiadas no descanso de braço do sofá, envolta de sua cabeça, e ele pegou em minha cintura, fazendo com que eu abaixasse lentamente meu corpo até que estivesse completamente deitada em cima dele.

 

Sasuke estava com os dentes trincados, e eu, ofegante. A calça de moletom que ele estava usando só estava me ferrando cada vez mais, era possível sentir com total clareza o seu pau me roçando, implorando por mim.

 

Ele colocou sua mão direita em minha perna, começando a me dar o beijo que eu tanto queria. Sua mão foi subindo, me torturando, até encontrar minha saia, mas ele não se intimidou em momento algum, permaneceu com sua boca na minha, me saciando, enquanto sua mão ia arrastando minha saia para cima com força, cheguei a sentir o tecido esquentar minha pele.

 

 Quando ele terminou eu soltei imediatamente minha boca da dele, deixando um sôfrego gemido escapar de mim por conta do forte tapa que ele havia acabado de dar em minha bunda. Ele era gostoso demais, e estava mesmo brincando comigo, pois quando olhei de volta para ele, Sasuke tinha um sorriso safado em seu rosto.

 

Quando fui tentar beijar ele mais uma vez, Sasuke me impediu, segurando minha nuca e começando a virar nossos corpos até que estivéssemos deitados de lado no sofá. Ele colocou sua perna direita entre as minhas e só aí que voltou a me beijar, mordendo minha boca com força antes de colocar sua língua dentro da mesma. Sua mão esquerda estava agarrada aos meus cabelos, e a direita estava apertando minha bunda com força, desferindo alguns tapas em certos momentos. Sua perna começou a se movimentar lentamente, roçando minha intimidade, que ainda era coberta pela calcinha rendada que eu estava usando, mas já queria muito poder tira-la dali.

 

— Será possível que você não me deixa nem assistir um filme?! — ele falou, olhando para sua mão que descia lentamente pela extensão de minha barriga.

 

— Você que não me deixa prestar atenção em naaaaa... — Ele agarrou minha blusa, a puxando com força e pude ver alguns botões saltitando no ar. Ele era louco, e agora eu só pensava em como iria para casa assim. — Não precisava fazer isso — falei um pouco assustada, mas ele me olhou nos olhos com um sorriso brincando em seus lábios, descendo seu rosto de vagar, sem desfazer nosso contato visual, até que abocanhasse a parte à mostra de meu seio, me fazendo esquecer de sua insanidade e soltar um baixo gemido.

 

— Eu faço o que eu quiser com você — ele disse, ignorando minha saia que estava em minha cintura e colocando sua mão no meio de minhas pernas.

 

 — Você gosta de me provocar, não é? — questionei fechando meus olhos e sentindo sua mão aquecendo minha pele, enquanto me tocava por cima de minha calcinha.

 

Sasuke segurou meus cabelos com força, me dando mais um beijo e gemendo em meus lábios ao afastar minha calcinha para o lado. Minha pele se arrepiou completamente, enquanto eu sentia seu dedo quente ultrapassando minha lingerie e tocando em meu clitóris, me deixando cada vez mais louca para que ele continuasse com sua carícia, mas ele mal me tocou e já subiu sua mão, avançando com determinação até que alcançasse meus seios.

 

Soltei um gemido e ele soltou sua boca da minha, olhando fixamente para a caricia que me dava. Não demorou muito e ele enfiou sua cabeça entre meu ombro, mordiscando meu pescoço enquanto enfiava sua mão, que tocava meu seio por debaixo de mim. Ele começou a puxar o feixe de meu sutiã e eu podia sentir a cada toque seu meus pelos se arrepiarem em meu corpo.

 

Quando ele conseguiu tirar a peça, ergui meu braço esquerdo para que ele a tirasse, juntamente com minha blusa. Sasuke ficou compenetrado, e eu, envergonhada com seu olhar para meus seios. Sabia que não tinha muito a oferecer a ele nesse quesito, mas ele realmente parecia estar satisfeito com o que eu tinha, e simplesmente me abocanhou, como se tentasse colocar todo o meu seio para dentro de seus lábios, o sugando freneticamente. Aquilo estava bom demais, ele estava cumprindo tudo o que dizia que faria comigo quando nos falávamos pela internet; estava me levando a loucura.

 

Segurei em seu braço direito, sentindo seus músculos definidos em minha mão, enquanto ele ia descendo cada vez mais a sua boca, se esfregando em mim  sem conter os chupões que dava em meu peito.

 

Ele esfregou mais uma vez sua mão em meu sexo e eu apertei seu braço, enfiando minhas unhas nele. Não gostava de fazer isso, na verdade só fazia com Orochimaru, mas não consegui me conter, Sasuke fazia com que tudo em minha mente se esvaísse e quando me tocava eu só podia pensar em mais, e mais. Para a minha sorte, ele pareceu não se importar com meu arranhão, pelo contrário, soltou meu seio de sua boca e um urro de prazer fora liberado de seus lábios, fazendo com que minha boceta se molhasse ainda mais.

 

Ele colocou seu dedo médio em meu clitóris, iniciando uma massagem lenta e intensa, enquanto eu alcançava sua cintura e o apertava ainda mais contra meu corpo. Ele era muito bom, muito gostoso, e eu estava cada vez mais ensandecida com a ideia de que ele tinha podia ter optado por usarmos camisinha ao invés de ficarmos loucos com carícias como aquela.

 

 — Sasuke... — gemi, ouvindo ele gemendo em meu ouvido de volta enquanto roçava ainda mais em minha perna.

 

Ele puxou meus cabelos mais uma vez, me fazendo erguer um pouco a cabeça e olhar para ele. Seus olhos estavam extremamente mais intensos do que o normal e o prazer em seu rosto só me deu ainda mais tesão. Ele me beijou mais uma vez, um beijo gostoso e ardente, e eu tentava descer minha mão de sua cintura para pegar em seu membro, mas não dava, ele não deixava, estava se esfregando cada vez mais em mim, se masturbando com a nossa fricção enquanto ia intensificando suas investidas em meu clitóris. Estava ficando doida com ele fazendo isso.

 

— Quero sentir você gozando no meu dedo — ele pediu em meio a um gemido grave que soltava, roçando sua barba por fazer em minha face e descendo seus lábios pelo meu pescoço, me dando algumas mordidas pelo caminho.

 

Quando dei por mim, eu já estava completamente deitada no sofá, e ele estava na beirada, com seu corpo de lado, friccionando minha intimidade como se a conhecesse melhor do que eu mesma.

 

Ele tirou a mão de minha boceta, e senti meu corpo todo estremecer pela falta que isso me fez, apertou minha cintura, enfiando sua mão entre minha bunda e o sofá, a acarinhando, fechando e abrindo sua mão nela, enquanto olhava atentamente o que fazia, até dar um sonoro tapa em minha coxa, mais forte do que os que ele havia me dado até então. Com certeza ficaria marcado, mas eu não estava me importando com nada disso, e a prova fora meu gemido alto em resposta ao seu ato.

 

Sasuke me olhou com um sorriso safado nos lábios, tornando a abocanhar meus seios e voltando a tocar meu clitóris novamente, me fazendo amolecer em seus braços enquanto eu apertava sua perna cada vez mais, começando a sentir o orgasmo tomando o meu corpo inteiro, causando uma pressão em meu baixo ventre e emanando de lá vibrações para todo o resto de meus membros, até que eu sentisse minhas pernas tremerem pelo prazer que estava sentindo, e minha boceta começasse pulsar, liberando meu gozo.
 

 

Ele enfiou o dedo que usava para me masturbar dentro de mim, e arrepios mais intensos me tomaram. Até queria abrir meus olhos para ver como ele estava agora, mas não conseguia, estava excitada demais. Ele bombou seu dedo dentro de mim, gemendo, rouco, e quando minhas contrações de prazer diminuíram ele tirou seu dedo de mim, apoiando-se no sofá e se levantando rapidamente.

 

Abri meus olhos, vendo Sasuke de pé na minha frente, enfiando a mão dentro de sua calça de moletom e colocando seu membro para fora. Fiquei louca ao ver aquilo, ele era realmente muito grande, sua cabeça brilhava, com uma gota na ponta. Não pude resistir. No mesmo momento tentei me levantar, queria muito chupa-lo, mas ele segurou meu braço, me empurrando de volta para o sofá enquanto começava a se masturbar em minha frente.

 

— Quero que veja. — E foi o que eu fiz. Fiquei olhando ele se masturbando enquanto observava meu corpo o tempo inteiro com sua face contorcida em desejo.

 

Segundos depois ele despejou seu sêmen em cima de minha barriga e, cansado, deixou seu corpo pender para frente, colocando a mão direita no encosto do sofá e fazendo mais dois movimentos lentos em seu membro, com seus olhos fechados. Ele deveria estar mesmo cheio de tesão para ter gozado tão rápido.

 

Sasuke olhou para mim, e depois para seu gozo em minha barriga, abrindo um meio sorriso enquanto sua porra grossa começava a escorrer para o sofá. Ele se recompôs, colocando seu membro de volta para dentro de sua calça e fazendo um gesto com a mão para que eu o esperasse.

 

Poucos minutos depois ele voltou com uma toalha em uma das mãos, se sentando ao meu lado e me espremendo um pouco no sofá, começando a limpar minha barriga, me passando olhares sedutores de tempo em tempo. Ele era louco, e eu mais ainda.

 

— Vou pegar uma toalha para você — ele falou e eu arregalei meus olhos. — O que foi?

 

— O motorista! — falei rindo, cobrindo meu corpo com a mão e recebendo um sorriso dele de volta.

 

— Ele foi só te buscar, Sakura. Já deve ter ido embora.

 

— Então, é melhor eu ligar para o táxi entes de tomar banho.

 

 Ele balançou a cabeça negativamente para mim, se levantando do sofá.

 

— Você vai ficar aqui comigo.

 

— Não foi o que combinamos.

 

— Estamos combinando agora.

 

 — Não. Você está impondo isso agora!

 

— Que seja. Amanhã você vai. — Bufei, cruzando meus braços abaixo de meus seios, mas ele não se importou, saindo da sala, e depois de alguns suspiros eu me levantei, vendo ele passando direto pela cozinha e o segui, usando minha blusa e meu sutiã para tampar meus peitos enquanto andava.

 

Subi uma escada, logo atrás dele, mas Sasuke, mesmo sabendo que eu estava o seguindo não parou. A escada deu a um corredor, onde havia três portas, nas quais pensei serem apenas quartos. Ele entrou no último, e eu fui atrás. Ao entrar vi que era o mesmo lugar de onde sempre nos falávamos quando nos víamos pelo serviço online. Tudo muito organizado e limpo, havia um banheiro e foi ali que tomei meu banho, após ele entregar uma toalha em minhas mãos, junto com uma blusa social e uma escova de dentes.

 

Me enxuguei e vesti sua blusa, dobrando minhas roupas e saindo do banheiro com elas em minhas mãos. Sasuke estava sentado na frente do computador, digitando algo apressadamente, provavelmente mandando um e-mail, e sem saber o que fazer eu me sentei na cama, com minhas roupas em meu colo. Assim que fiz isso, ele se levantou, indo em minha direção e pegando minhas roupas em suas mãos.

 

— Amanhã cedo resolvo isso! — ele disse me mostrando as roupas, eu não entendi bem o que ele quis dizer, mas acenei positivamente para ele, ficando ainda mais intrigada ao ver ele jogando minha blusa dentro da lixeira que havia ao lado do seu computador e colocando minha saia em cima da minha bota, que estava perto da escrivaninha.

 

Fiquei completamente desorientada depois de ver ele entrando no banheiro, ele deixou a porta aberta, mas não falou nada. Não disse se eu dormiria aqui mesmo, ou se queria fazer outra coisa, ou se ia comer, já que mal tocou em sua janta. Dei de ombros e subi um pouco mais na cama, ficando deitada quietinha, esperando que ele terminasse seu banho. Pensando se ele, talvez, tivesse deixado a porta aberta como um convite para que eu entrasse, mas ignorei.

 

De repente comecei a me lembrar sobre algo que jurei não pensar, sobre o parentesco de Sasuke e Itachi, e quando olhei para o computador arregalei meus olhos, me lembrando que quando comecei a conversar com Sasuke pelo site de acompanhantes vi que a data de aniversário dele era compatível com a senha do cartão que Itachi me deu.

 

Tampei meu rosto com minhas mãos, enquanto várias coisas aleatórias e sem sentido se passavam por minha cabeça. Eles eram irmãos, com certeza. Bati com minhas mãos na cama, fazendo um biquinho e pensando no que deveria fazer. Nada. Eu não deveria fazer absolutamente nada. Era uma acompanhante, não uma namorada que ficou com seu cunhado! Bufei, achando melhor não pensar sobre isso por enquanto.

 

Ele saiu do banheiro e fiquei admirando seu corpo, enquanto ele enxugava seus cabelos. Era lindo demais e talvez tão arrogante quanto. Ele colocou uma outra calça moletom, após vestir uma cueca box e, sem camisa, saiu do quarto, me deixando ali sozinha. Queria matar ele!

 

Depois de longos minutos de espera, ele voltou, fechando a porta do quarto e pegando um cobertor de dentro do guarda-roupas, e quase gritei de alegria por isso, estava fazendo bastante frio. Ele estendeu a coberta, tampando meu corpo e apagando a luz em seguida. Ele só poderia ser retardado, já que ao invés de ligar o abajur, voltou para a cama no escuro.

 

Soltei um gritinho agudo, ao sentir sua mão me puxando rapidamente para de encontro ao corpo dele, me abraçando e se aconchegando na cama como gostaria, e sussurrei um boa noite para ele, que fora respondido com um silêncio absoluto, mas não me surpreendi com isso, apenas me deixei levar por sua respiração calma.

 

Acordei no meio da noite morrendo de vontade de ir no banheiro, provavelmente por ter bebido bastante água durante o dia, mas ao tocar no braço de Sasuke, para poder levantar, percebi que ele estava quente demais. Encostei a costa de minha mão direita em seu pescoço, ouvindo ele soltar um baixo gemido de reclamação.

 

— Por Deus, Sasuke. Você está queimando em febre!


Notas Finais


É isso aí genteee! O Sasuke esta cada vez mais tarado né, e a Sakura já não esta mais se aguentando, tadinha! E aí, o que acham que ela fará para socorre-lo?

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