1. Spirit Fanfics >
  2. A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) >
  3. Você não é meu dono

História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Você não é meu dono


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???


Eu sei que dessa vez demorei um pouco para atualizar, mas os estudos estão realmente me "sugando", imagino que vocês entendam bem o que quero dizer. Ainda assim, agradeço pela paciência e compreensão de vocês.

Quero também agradecer a todos os(as) lindos(as) e maravilhosos(as) que favoritaram a história... Tenho que dizer; Obrigada mesmo pelo recorde (pela segunda vez consecutiva) de comentários. É sério gente, vocês não imaginam como fico feliz e honrada ao receber o carinho de vocês. Tenho sentido falta de algumas pessoas (que sempre comentavam, mas pararam agora), mas entendo que as coisas são corridas as vezes, e nem sempre dá para fazer tudo como gostamos.


Absorvam tudo meus amores, porque nossa história esta chegando ao seu final, e esperem... Porque promete! rsrsrs


Bjnn!

Capítulo 26 - Você não é meu dono


 Me senti, de certa forma, intimidada por seu pedido. Hesitei, levantei minha mão esquerda, pronta para protestar, mas a abaixei, sentindo minha face tensa com o ardor de toda aquela situação. Enquanto ele observava cada um de meus movimentos, atento como nunca antes. Meus olhos arderam, mas a vontade que eu tinha de chorar não era por me sentir vulnerável, sim por raiva, estava com ódio dele, de mim mesma por ter entrado nessa confusão, estava assustada, mas ao mesmo tempo me sentindo mais determinada do que nunca.

 

 

Em apenas alguns segundos consegui sentir tantas coisas, tantas emoções misturadas em mim, que sequer conseguia compreender de onde tudo aquilo havia surgido. Eu queria ouvi-lo, queria saber tudo sobre ele, sobre o que pensava, sobre suas dores e felicidades, queria saber o motivo de ter feito com que eu me sentisse a pior pessoa do mundo, ao mesmo tempo em que fazia com que eu me sentisse especial. Mas, do mesmo modo, não queria ouvi-lo, queria que ele fosse para o inferno com suas explicações, seus devaneios e mudanças temperamentais, queria apenas ter forças para sair daquele hospital de cabeça erguida, sem olhar para trás, determinada a nunca mais vê-lo e continuar sendo a pessoa independente e corajosa que havia me tornado.

 

Só que eu continuei parada, hesitante, olhando para o rosto confuso dele, sentindo meu coração acelerado em meu peito, em uma mistura estranha de dor, compaixão e ódio. Até que três batidas firmes se repetiram na porta, capturando minha atenção através de um susto, e senti meu corpo relaxando ao ver a figura do médico que havia me dado alta começando a entrar, com um pequeno sorriso em seu rosto, parecendo ter notado de imediato a tensão no quarto.

 

— Bom dia! Que bom ver você acordado! — ele disse, olhando para mim, e depois para Sasuke. — Como se sente?

 

— Bem! — Sasuke respondeu mal-humorado, ainda olhando para mim, e eu respirei fundo, voltando para a poltrona em que estava, me sentindo desconfortável.

 

O médico e ele começaram a conversar, enquanto eu me encolhia cada vez mais naquele estofado, ouvindo o barulho da minha sacola me martirizando a cada movimento mínimo que eu fazia. Tudo estava me irritando, inclusive a roupa que Itachi tinha trazido para mim. A atitude dele foi linda, eu sabia, mas eu estava um poço de nervos só por estar respirando o mesmo ar que o irmão dele.

 

Estava travando uma batalha interna, me chamando de nomes horríveis só por ter o desejo de descobrir que Sasuke, na verdade, sempre foi um Susanoo — atencioso. Mas sempre que olhava para ele não conseguia enxergar aquela pessoa com quem passei meses conversando. É como se ele tivesse a alma fragmentada, e eu tive a oportunidade de conhecer seus dois lados. Agora desejava, mais do que tudo, simplesmente não o ter conhecido. Mas, ao mesmo tempo, essa possibilidade me doía o peito.

 

Sempre tive um pouco de receio na hora de tomar decisões, mas sempre fui determinada, calculando todas as possibilidades e escolhendo a que julgava ser melhor, mas agora eu não conseguia fazer uma escolha simples; ouvi-lo ou não. Estava realmente confusa e ver seu olhar para mim — duro e tristonho ao mesmo tempo, não estava ajudando em nada.

 

O médico começou a examinar ele, o fazendo algumas perguntas, que eram sempre respondidas com o mínimo de palavras possíveis. Por fim o médico resolveu que ele deveria ficar ao menos mais doze horas em observação, apesar de seus exames não terem apontado nada de grave. Abri um pequeno sorriso para o médico, que saiu escrevendo algo em sua prancheta, e olhei para o chão, encarando meus pés, envergonhada com a conversa que teria que encarar.

 

— Sabe o que aconteceu com o caminhão? — perguntei, tentando adiar "a" conversa.

 

 — Não. Achei que você soubesse. — Eu realmente fui idiota ao perguntar isso, ele estava apagado desde o acidente até agora, não teria como saber mesmo.

 

— Não. Não sei.

 

— Orochimaru deve saber.

 

— Achei que tinha dito que vocês não eram amigos — falei um pouco mais firme, olhando para ele.

 

— É complicado. — Ele respirou fundo, se ajeitando um pouco em sua cama. — Já conhecia ele antes de... assumir a empresa do meu pai. Nessa época eu precisava de toda ajuda possível, então fiz ele de escada, e ele, por sua vez, aproveitou o fato de eu conhecer muita gente para aumentar sua rentabilidade. E como gostamos de coisas parecidas, acabamos transformando nossa relação em uma amizade... Mas não do tipo de amigos que ligam, ou essas coisas. Só estamos por perto quando beneficiados.

 

Balancei a cabeça positivamente, pensando que isso realmente era um pouco complicado. Na minha definição de amizade, devíamos nos preocupar de verdade com nossos amigos, estar presente para eles independente de qualquer coisa, sem esperar nada em troca. Mas já sabia que nada era tradicional quando se tratava desses dois.

 

 — Mais alguma coisa, que queira saber? — ele perguntou, com os braços embaixo da cabeça, olhando para o teto. Sua voz estava baixa e ele pensativo, assim como eu, que na verdade tinha várias perguntas.

 

— Como se tornou um sado? — Ele começou a rir, tossindo um pouco por conta de suas dores, mas permaneceu olhando para o teto.

 

— Não sou um sado, não exatamente. Estou mais... para um fetichista. Gosto de coisas diferentes, experimentar brincadeiras novas sempre.

 

— Entendi — sussurrei, me sentindo cada vez mais incomodada em estar naquela sala com ele. — Por que não me disse que tem um irmão? — Ele me olhou, assustado, com o cenho franzido.

 

— Orochimaru te falou sobre isso? — questionou entredentes.

 

— Não. Eu conheço ele.

 

 — Só pode ser brincadeira! — ele falou, se remexendo na cama, passando suas mãos em seu rosto e bufando em seguida. — O que ele disse?

 

— Que vocês se afastaram, depois que seus pais morreram. — Ele olhou para a porta, parecendo perturbado. — Ele não teve culpa.

 

— Não teve culpa? — ele gritou me olhando, e eu dei um pulinho de susto no sofá. — Tem ideia de como é se sentir a sombra de alguém a vida inteira, e quando essa pessoa finalmente deixa de ser o centro das atenções, simplesmente leva tudo embora junto com sua credibilidade? — ele concluiu, nervoso.

 

— Ele é seu irmão. Aquilo foi um acidente, não tinha como ser previsto.

 

— Eu sei — ele gritou mais uma vez, respirando fundo ao ver minha face aturdida. — Eu sei disso — repetiu, tão baixo agora, que parecia falar consigo mesmo.

 

— Ele é uma boa pessoa, Sasuke — sussurrei, e ele continuou calado.

 

— Prefiro não ter que falar sobre isso — resmungou.

 

— E eu prefiro não falar mais nada com você. Droga! Você me cansa! — Peguei minha sacola e me levantei, bufando pela teimosia e falta de compreensão dele.

 

Dei meia volta, quase jogando todas as minhas coisas no chão, estava à beira de um ataque nervoso, e Orochimaru entrou com tudo no quarto, com aquela cara de deboche que faz sempre que vê algo de errado. Joguei meu corpo em cima da poltrona, cruzando os braços e abraçando minha sacolinha companheira.

 

 — Oi Sasukezinho! Mal acordou e já deixou a Sakura emburrada? — ele questionou sarcasticamente.

 

— Eu só voltei para trás porque quero saber se você tem informações sobre o caminhão em que batemos. — Orochimaru ficou ao pé da cama, rindo para mim como se eu tivesse acabado de contar uma piada sem graça.

 

— Não aconteceu nada, Sakura. Era um caminhão, e quem chamou os bombeiros foi o próprio senhor que estava dirigindo.

 

— Sério? — questionei com os olhos arregalados, me recordando do homem.

 

— A polícia? — Sasuke perguntou.
 

 

— Bom, ninguém deu queixa, mas eles vieram mesmo assim. Você tinha bebido, cara. — Sasuke e eu nos entreolhamos brevemente, até que eu desviasse meu olhar para o chão. — Ainda bem que eu cheguei a tempo, os advogados estão resolvendo tudo.

 

— Ótimo! — disse me levantando. — Agora preciso cuidar da minha vida — falei, passando uma olhada de soslaio para Sasuke.

 

— Fala sério, Sakura. Precisamos conversar. Você sabe disso — Sasuke falou, quase que partindo meu coração com sua voz tão implorante. Parei perto da porta e olhei para Orochimaru.

 

 — O quê? Eu não vou sair daqui! — Ele cruzou os braços, fazendo birra. — Não me importo com briga de casais!

 

— Colabora! — Sasuke disse para ele.

 

— Fiquei a noite inteira aqui, amigão. Não vou sair agora!

 

 De certa forma, a ceninha de Orochimaru estava sendo boa para mim. Eu decidi que, sim, eu queria ouvir o Sasuke, mas eu realmente precisava ir embora daquele lugar, tomar um banho descente, vestir uma roupa descente, falar com minha amiga, e pior... arrumar minhas malas para ir para a casa dos meus pais.

 

— Sasuke, em outro momento nos falamos — disse, colocando minha mão na maçaneta e olhando para a mesma.

 

— Sakura, eu...

 

— Por favor — sussurrei, olhando para ele, que relutante balançou sua cabeça em concordância. — Tchau, Orochimaru. — Ele fez um breve aceno de mão e eu me retirei, sentindo um peso em minhas costas.

 

Com toda essa confusão eu tinha me esquecido de todas as outras coisas. Tinha que ter ido jantar com Ino ontem, mas sequer mandei uma mensagem para ela, de tão tensa que estava. E ainda tinha esquecido completamente sobre a minha viagem de amanhã. Só esperava que minha mãe não me enchesse de perguntas quando visse minha mão queimada.

 

Parei no corredor, próximo a recepção, me encostei na parede, lembrando que meu celular estava comigo na noite passada. Enfiei a mão na sacola, tentando alcançar o bolso da minha calça, já sentindo o aparelho com meu tato. Após retirar ele do bolso, notei que minhas mãos estavam tremendo. Ainda estava sentindo a tensão daquela batida, assim como de todos os problemas.

 

O pior já tinha passado. Pensar dessa maneira com certeza me ajudaria a continuar, então liguei meu telefone, esperando por não ter que ver mensagens furiosas de minha amiga, depois de tudo o que já passei até agora. Enquanto ele ligava, eu procurava o meu dinheiro dentro do bolso. A única coisa que eu queria agora era minha cama, e só de pensar que tinha uma mala para arrumar, era terrível.  E já do lado de fora do hospital, vi a única mensagem que havia no meu telefone.

 

 Poxa, amiga, estava contando com você hoje. Tinha algo muito importante para te falar.

 

Me senti a pior de todas as amigas nesse momento. Meus olhos lacrimejaram, e por mais que eu estivesse tentando conter, não conseguia, e me derramei em lágrimas. Ainda mais trêmula do que antes, liguei para o táxi, olhando ao redor a procura por um banco para me sentar, mas não havia nenhum lugar disponível, então fui para o meio fio.

 

Dei o nome do hospital para o taxista e enfiei minha cabeça entre meus joelhos, após desligar. Estava me sentindo um caco, meus esforços para conseguir concluir minha graduação, pareciam se esfacelar. Já não tinha mais emprego, estava machucada emocionalmente e fisicamente, e ainda temia por minha saúde.

 

Todas as coisas pareciam estar cooperando contra mim. Respirei fundo e fiquei quietinha, ouvindo o barulho desta cidade grande, deixando o tumulto causado pelas pessoas que passavam na calçada me consumir. Queria poder desaparecer, por alguns minutos ao menos.

 

 As lágrimas continuavam rolando por meu rosto, e meu nariz já começava a entupir, estava mesmo acabada e nem imaginava o que poderia fazer para contornar essa situação. Levantei minha cabeça ao sentir meu corpo tremer por conta do carro que foi parando lentamente próximo as minhas pernas, bem próximo, levantei o rosto e a pessoa abriu a porta do táxi minimamente, para que não batesse em mim.

 

— Entra! — ele disse, e eu quase joguei as mãos para o alto, gritando: Por que, Deus? imaginando chuva de granizo caindo sobre mim logo em seguida. Levantei com minha sacola na mão, limpei minha bunda e entrei no táxi, me afundando no banco do carona, enquanto ele passava o cinto de segurança em meu corpo.

 

— O que houve? — ele questionou.

 

— Ah... Gaara, muitas coisas, mas prefiro não falar sobre nada no momento — disse enquanto enxugava as lágrimas que molharam meu rosto.

 

— Tem certeza?

 

— Por favor? — pedi chorosa, olhando para ele, que balançou a cabeça em sinal de compreensão, começando a dirigir em seguida.

 

Parecia mesmo brincadeira, todos resolveram aparecer justo na hora em que "eu mais precisava"... na hora que eu mais queria ficar sozinha. Meu choro cessou, mas eu sentia a pele de meu rosto grudenta por conta das lágrimas que derramei. Agora tinha que pensar em como me levantar desses tombos, começando por minha amiga.

 

— Por que veio? — perguntei em um sussurro.

 

 — O taxista que te atende comentou que achou sua voz estranha no telefone. Logo imaginei que tinha acontecido alguma coisa, principalmente porque estava na rua de um hospital. — Ele olhou para minhas mãos brevemente. — O que foi isso?

 

— Sofri um acidente, mas estou bem — falei séria, tentando permanecer firme, para mim mesma inclusive.

 

— Acidente? Por que não me ligou? — Revirei meus olhos, já cansada de tudo e todos.

 

— Somos apenas colegas, Gaara, não ia te incomodar por algo bobo. Não incomodaria ninguém.

 

— Um acidente não é algo bobo, e não só seu colega. Eu sou seu amigo, Sakura.

 

— Ok!

 

 — Existe algo que eu possa fazer? — Abri um silencioso riso histérico. Me sentiria abençoada se ele pudesse fazer algo por mim!

 

— Já faz o suficiente só por se preocupar.

 

— Qualquer coisa, Sakura...

 

— Eu sei...! É só falar! — concluí a fala dele o olhando, e ele acenou positivamente, me olhando pelo espelho retrovisor.

 

Encostei minha cabeça na janela, sentindo o leve chacoalhar do carro enquanto seguíamos. Olhei para a tela do meu celular por diversas vezes, agoniada, esperando receber uma mensagem de alguém, qualquer um, mas não recebi nada. Gaara estacionou o carro na vaga da minha garagem, e subiu comigo para o meu apartamento, estávamos calados, e eu estava ao mesmo tempo que odiando sua companhia, adorando.

 

Peguei minha chave da sacola e comecei a tentar enfiar ela dentro da fechadura, mas eu ainda tremia, e não estava conseguindo, então ele fez isso por mim, com a maior calma e paciência do mundo. Eu entrei e ele ficou parado na porta, me virei olhando para ele, vendo que realmente parecia preocupado, e abri um pequeno sorriso.

 

— Vou ficar bem!

 

— Tem certeza?

 

— Sim! — disse o abraçando, sentindo dores em minhas costelas, provavelmente por conta do remédio estar perdendo o efeito.

 

Não sei dizer por quanto tempo ficamos daquele jeito, com ele acarinhando meus cabelos, enquanto eu me reconfortava em seu peito. Realmente foi um abraço de amigo, um carinho genuíno e verdadeiro, uma coisa que eu já não lembrava mais que era capaz de acontecer com alguém do sexo oposto. Me senti verdadeiramente acolhida e resolvi que já estava passando da hora de falar sobre tudo o que estava acontecendo com a pessoa que sempre esteve do meu lado. Dei um beijo na bochecha de Gaara, e ele se foi.

 

Ligue para Ino, mas ela não me atendeu, sabia que estava me ignorando, então mandei uma mensagem, com letras maiúsculas para enfatizar meu rompante, pedindo para que ele viesse para minha casa urgentemente, pois precisava confessar algo para ela. Sabia que ela não resistiria, principalmente por causa da palavra "confessar".

 

Tirei minhas roupas e entrei no banheiro, deixando a água morna bater em meu corpo, até o momento em que eu me vi sentada no chão, encolhida, segurando minhas pernas com a cabeça entre os joelhos, tentando não pensar em mais nada. Eu queria penas me sentir calma para poder ver as coisas com clareza, não dá para julgar nada de cabeça quente.

 

Depois de longos minutos, saí, me enxuguei e deitei na cama, em posição. Já estava quase cochilando quando a campainha soou, era ela, e meu coração se acelerou. Levantei da minha cama, me sentindo irritada, por ela estar com o dedo pressionando o botão, fazendo um barulho enjoado perpetuar pela casa, até o momento em que abri a porta.

 

— Sakura? — ele disse assustada ao olhar para mim, notando de imediato meu abatimento, como sempre.

 

— Que bom que veio, Ino! — Dei passagem para que ela entrasse, e fechei a porta, pondo minhas mãos dentro dos bolsos da blusa de frio que estava vestindo.

 

— Nem adianta esconder, eu já vi o queimado na sua mão!.

 

— Ino, por favor... Só preciso que me ouça. — Ela pareceu ainda mais assustada, e balançou a cabeça positivamente para mim. — Podemos ir para o quarto?

 

— Claro!

 

Caminhamos lentamente, e o silêncio nos perseguia a cada passo que dávamos, estava apavorada pelo que ela poderia pensar de mim, ainda mais depois de tantas advertências que recebi da mesma. Me sentei na cama, encostando minhas costas em um travesseiro, este que estava escorado na cabeceira, e ela se sentou em minha frente, com os olhos arregalados, enquanto eu olhava para os ferimentos das minhas mãos, desconcertada.

 

— Ino... Eu sei que você me alertou várias vezes. Sei que me disse para tomar cuidado, para prestar atenção...

 

— Sakura, você está me deixando apavorada, garota! — ela disse aflita.

 

— Sabe o cara da internet? Então...

 

Comecei a desabafar, falando para ela sobre tudo, desde o que falávamos quando estávamos online, até o dia em que realmente descobri quem ele era. Ela ficou chocada, sequer acreditou que eu consegui encarar o jantar numa boa depois disso. Ela se sentou ao meu lado e me puxou para seu colo, e foi me dando cafunés enquanto eu falava, me interrompendo apenas quando tinha dúvida sobre algo.

 

Ela estava sendo paciente, me entendendo de uma maneira tão fácil quanto nunca imaginava ser possível, como se já soubesse sobre tudo o que estava acontecendo. Ela não falou nada, absolutamente nada quando eu disse que fiz sexo sem camisinha, e descobri no dia seguinte que estava sujeita a ter pegado uma DST.

 

Me remexi um pouco, olhando para seu rosto, mas ela não demonstrava espanto algum em seus olhos, foi como se eu tivesse dito que estava sem fome, ou qualquer outra coisa banal, então continuei a contar sobre tudo o que tinha acontecido logo após ter ido ver Mei. E ao terminar de falar todo o meu drama, me senti tão leve quanto uma pluma, era como se eu tivesse acabado de tirar uma pedra de minhas costas, e minha amiga continuava acarinhando meus cabelos.

 

— Tem certeza que vai falar com ele, você realmente acha necessário? — ela perguntou em baixo tom.

 

— Eu preciso, Ino!

 

— Sakura, você está apaixonada por ele. — Arregalei meus olhos, pensando em negar imediatamente, mas não podia mentir para alguém que me conhecia tão bem quanto ela, então apenas continuei calada. — Só tenho medo que você deixe a paixão acima das coisas, e ao invés de resolver tudo, simplesmente se jogue aos braços dele.

 

— Eu não vou fazer isso! Quero esclarecer as coisas, só isso.

 

— Eu já me apaixonei tantas vezes, que é até difícil de contabilizar minhas perdas, já disse que não quero que sofra. Se ver que ele está tentando te enrolar... Sai fora, amiga!

 

— Eu sei! — Segurei a mão dela, e dei um beijo em sua palma. — Muito obrigada, amiga!

 

— Não tem que agradecer, sabe disso! — ela disse, debruçando seu corpo sobre o meu e me abraçando.

 

— Obrigada! — sussurrei mais uma vez.

 

Eu acabei dormindo em seu colo, acordei tarde, com meu corpo todo dolorido. Ela estava deitada de bruços na beirada da cama, com as pernas para o ar e o telefone nas mãos. Endireitei meu corpo, e ela me olhou, parecendo tentar saber sobre o que eu estava pensando.

 

— Está com fome?

 

— Não muita — respondi, começando a me sentar lentamente.

 

— Mas tem que comer.

 

— Eu sei! — falei, e ela acenou que sim com a cabeça, começando a se levantar.

 

Ela saiu do quarto, e eu me levantei, pegando meu celular em seguida. Já eram duas horas da tarde, e estava frio. Mandei uma mensagem curta para Sasuke, apenas perguntando se ele já havia recebido alta do hospital, e tornei a me sentar na cama, segurando o aparelho de telefone em mãos, ansiosa por uma resposta, olhando toda hora para a tela do celular.

 

Ino voltou com uma bandeja, e tomamos café juntas. Eu queria poder conversar com ela sobre alguma outra coisa, mas não estava conseguindo pensar em nada, tudo parecia superficial demais, até mesmo aquele café. O meu celular vibrou, e eu dei um pulo na cama, ela me olhou, visivelmente incomodada. Era ele.

 

Meu coração estava quase saindo pela boca, estava tensa demais, era como se estivesse fazendo algo absurdamente errado. Ele disse que estava saindo naquele momento, perguntando em seguida se queria me encontrar. Comecei a me preparar para escrever para ele, mas eu não conseguia formular nada em minha mente, tinha tantas coisas para dizer, mas nada parecia certo, ou verdadeiro. Então só perguntei se poderíamos nos ver a noite. E mais do que depressa ele respondeu que sim.

 

— O que foi? Era ele, não era?

 

— Era. Vamos nos ver a noite.

 

— Quer que eu vá junto?

 

— Não. Preciso fazer isso sozinha, Ino.

 

— Que horas vão se encontrar?

 

— Não sei ainda — disse colocando minha caneca, ainda pela metade, na bandeja.

 

— Quando acertar com ele me avisa. Uma hora depois de você ter chegado lá, vou te ligar para saber se você está bem. Se não atender, por qualquer motivo, vou chamar a polícia.

 

— Ino!

 

 — É sério, Sakura. Não sabemos o que esse cara tem de errado, não dá para simplesmente confiar. — Suas palavras doeram em meu peito, mas eu sabia que ela tinha razão, então não bancaria a ingênua.

 

Mandei uma mensagem para ele, dizendo para nos vermos as oito da noite, e perguntei qual local ele acharia melhor. Cerca de meia hora de agonia depois, ele me respondeu, enviando um endereço para mim. Minha amiga e eu fomos direto para o computador, pesquisar onde ficava aquela rua. O endereço era bem próximo a minha casa, entre a minha e a dele para ser mais exata. Era uma galeria de exposição de artes, a dele muito provavelmente, a julgar pelo nome que via sempre na minha conta: Amaterasu.

 

Ino começou a dizer que era para eu sugerir um outro local, de preferência um lugar com bastante movimento de pessoas, mas eu preferi deixar como estava. Se algo desse errado, que eu imaginaria que no máximo seria uma das discussões que sempre tínhamos, ela saberia uma hora depois. E nunca o vi como uma pessoa perigosa, só... estranho.

 

Ela levou a bandeja para a cozinha, enquanto eu continuei olhando aquele lugar pela foto de satélite que tinha na internet, estava realmente ansiosa, esperando para que isso se resolvesse logo, me sentindo uma pré-adolescente prestes a encontrar o primeiro namoradinho depois de uma briga daquelas.

 

— Sakura... não sei se é a melhor hora, mas quero te falar uma coisa — Ino disse, se jogando na cama, e eu parei de mexer no notebook para olha-la.

 

— O que aconteceu? — perguntei confusa.

 

— Resolvi que vou amanhã para a festa dos seus pais.

 

— Sério? — questionei, com os olhos arregalados e um sorriso nos lábios. Só ela para conseguir arrancar um sorriso meu num momento delicado como o que eu estava vivenciando.

 

— Sério. Só que tem mais uma coisa.

 

— O quê? — perguntei, desfalecendo novamente minha face, ao ver que ela parecia nervosa.

 

— Sabe aquele advogado do Jiraya?

 

— Sai?

 

— Isso! — ela disse encabulada.

 

— O que tem? — perguntei com as sobrancelhas arqueadas.

 

— Estamos saindo. Vou levar ele comigo.

 

— Mesmo? — quase gritei, me sentindo feliz por receber ao menos uma boa notícia.

 

— Não está chateada ou coisa assim? — ela questionou, me olhando nos olhos.

   — E por qual motivo estaria? Você é minha melhor amiga, quero tudo de bom para você! — falei, me levantando da cadeira e me sentando ao lado dela, na cama.

 

Ela começou a me contar sobre o namorico deles, e aproveitando todo aquele clima mais descontraído, comecei a arrumar minha mala com a ajuda dela. Eles compraram a passagem para o mesmo voo que eu. Só fiquei um pouco intrigada com relação ao trabalho dela, que assim como o meu, envolvia outros homens. Ela disse que ainda não conversaram exatamente sobre isso, que ele preferiu evitar o assunto ao menos até o findar do final de semana.

 

Ino estava tão animada, quanto naquele dia, quando apareceu na minha casa de madrugada dizendo que fugiria com Kiba, mas, dessa vez, o cara, que era Sai agora, parecia realmente estar interessado nela. O jeito dele de cuidar dela denunciava isso, de acordo com as coisas que ela me contou.

 

Foi ótimo termos entrado nessa conversa, isso acabou tirando um pouco da tristeza de dentro de mim, mas em contrapartida, o tempo pareceu passar rápido demais por conta do entretenimento. E já estava quase dando seis horas da tarde. Eu estava nervosa demais, parecia que enlouqueceria a qualquer momento, ainda bem que ela estava lá para me apoiar.

 

Depois de todas as minhas coisas arrumadas, e o papo todo ter terminado, fui para a sala com ela. Liguei a televisão e coloquei em um canal qualquer, me sentindo cada vez mais apavorada, e sequer sentia que tinha motivos para ficar assim, tão desassossegada. E como se não bastasse que eu estivesse nervosa, Ino também estava, com a unha na boca, prestes a retomar seu vício anti-higiênico de roer unhas.

 

— Chega, não aguento mais! — ela disse. — Vai logo tomar seu banho, estou ansiosa por você!

 

— Estou morrendo de medo!

 

— Medo de quê? Vai dar tudo certo.

 

— Medo de realmente estar doente.

 

— Sakura... vai tomar seu banho e para de ficar pensando nisso. Agora você só tem que pensar em não se deixar levar por ele, anda logo, por favor!

 

E foi o que fiz, tomei meu banho e coloquei um vestido preto comportado e depois sequei meu cabelo. Ino começou a fazer uma maquiagem leve em mim, demorando o máximo possível de tempo para terminar, só para não termos que ficar esperando por muito tempo até dar a hora de sair. Mas não adiantou, me arrumei cedo demais, e tive que ficar batendo o pé no chão, tentando me controlar para não explodir de nervosismo.

 

Quando, enfim, deu sete e meia, ligamos para o táxi, que chegou rápido, dessa vez era o homem de sempre, não Gaara. Ino foi comigo, e no meio do caminho ficamos com as mãos dadas, de certa forma sentia que estávamos fazendo drama demais, mas quando pensava em como isso tudo estava virando minha vida de cabeça para baixo, achava que estávamos fazendo drama de menos.

 

Meu estômago até embrulhou quando o carro parou, minha amiga abaixou a janela do carro e olhou para fora por alguns instantes, analisando o lugar. Nos despedimos, sem muitas palavras, e eu desci do carro com minhas pernas trêmulas, olhando para aquela linda e sofisticada galeria, que tinha um segurança na porta, que estava fechada. Fui até a calçada, olhando para trás e vendo o táxi partir, para depois me dirigir ao homem que guardava o local.

 

— Boa noite! — disse, engolindo em seco depois. — O Sasuke está me esperando.

 

— Como é seu nome? — o homem perguntou.

 

— Sakura.

 

Ele tirou um pequeno cartão do bolso de seu paletó, o olhando, e depois abriu a porta do lugar para que eu entrasse, dizendo que ele estava me esperando no segundo andar, apontando a escada para mim. Acenei positivamente para ele e comecei a caminhar lentamente. O local estava com uma fraca iluminação, e tinha um silêncio tão grande que chagava a gelar meu corpo.

 

O lugar era muito bonito e organizado, mas não era com isso que eu estava preocupada naquele momento, estava apenas louca para conseguir subir aquela escada de uma só vez. Me firmei no corrimão, torcendo para minhas pernas não falhassem e eu caísse, subindo degrau por degrau lentamente, até estar no segundo andar.

 

Era um salão imenso, que tinha outras duas portas com vasão para outras salas, a iluminação também era baixa, quase que refletindo as cores do único quadro que tinha ali pendurado naquelas paredes brancas. Nunca entendi nada sobre arte, mas sabia muito bem qual quadro era aquele, acho que quase todas as pessoas conhecem o quadro de Gustav Klimt; O beijo.

 

Fiquei parada, observando aquela pintura bem de perto, sentindo emoções diversas aquecendo meu corpo. Era um quadro realmente divino, onde a mulher ajoelhada aos pés de seu homem era beijada no rosto de maneira devota, máscula e carinhosa. Era quase um sonho olhar para aquilo, era como se aquela pintura estivesse viva, transmitindo para mim todos os medos que tinha desde sempre, todos os anseios que construí após virar uma acompanhante.

 

Nunca pensei em pertencer a alguém, em ter braços para me acolher todas as noites, em me sentir verdadeiramente amada e querida por um homem, a única coisa pela qual sempre me empenhei foi meus estudos... até começar a sair com meus clientes, me sentindo cada dia mais carente de sexo, mais carente de atenção, como se nada mais importasse para mim, a não ser os suspiros de prazer, tanto meus quanto dos homens com que eu ficava.

 

Eu acabei me cegando com todo o luxo que o dinheiro me proporcionou, me esquecendo do que era primordial; a moral. Não digo isso por ter escolhido esse trabalho, como acompanhante, digo isso porque acabei me deixando levar por sentimentos errôneos, me tornando cada vez mais promíscua, sabendo que eu não precisava ser assim durante todo o meu dia a dia para trabalhar com sexo. A única coisa que precisa se ter nesse trabalho é compreensão, ser esforçada e entender que aquilo é um trabalho, mas eu não estava levando isso como trabalho, estava trazendo todos os atributos de uma acompanhante para a minha vida pessoal. Seria o mesmo que uma pessoa que trabalha em um escritório, e quando o horário acaba, pega todas as suas pastas e pautas e leva para casa, só para trabalhar mais, durante seu tempo de descanso. Só agora, depois de tanto problema, que fui enxergar isso.

 

Uma lágrima solitária escorreu de meu olho esquerdo, e eu permaneci imóvel, olhando para aquele quadro que parecia falar comigo de uma maneira estranhamente pessoal. Fechei meus olhos, sentindo mais lágrimas se juntarem em minhas orbes ao sentir o toque dos dedos de Sasuke em meu rosto, recolhendo aquela lágrima que tinha caído, e olhei para ele.

 

Ficamos nos encarando por um momento, aquilo estava constrangedor, imaginava que tanto para mim, quanto para ele. Olhei de volta para o quadro, afirmando para mim mesma que eu estava bem, que tudo ia dar certo e que quando toda essa tempestade se acalmasse eu me reergueria, voltaria para o meu trabalho, mas agora seria justa e fiel a ele, não o misturando mais com minha vida.

 

You don't own me You don't own me / Você não me possui Você não me possui

 

— Sasuke, me diga logo o que preciso saber — falei curta e grossa, sem tirar meus olhos do quadro em minha frente.

 

— Sakura... — Ele parou de falar hesitante, mas eu estava determinada a dar um fim nisso logo, mesmo que isso significasse não ter ele na minha vida mais.

 

— Não preciso de mais enrolações.

 

Woah, let's go but I'm Gerald and I can always have just what I want She's that baddest I would love to flaunt Take her shopping, you know Yves Saint Laurent But nope, she ain't with it though All because she got her own dough Boss bossed if you don't know She could never ever be a broke ho / Woah, vamos lá Mas eu sou o Gerald e eu posso sempre ter o que eu quero Ela é a pior, eu adoraria exibi-la Leva-la às compras, sabe Yves Saint Laurent Mas não, ela não quer isso Tudo porque ela teve seu próprio dinheiro Chefe administrativa se você não sabe Ela nunca poderia ser uma prostituta quebrada ho

 

— Eu não estou doente — ele disse em meio a um suspiro aliviado, e eu olhei para ele, sentindo meu sangue fervilhar de alegria. Sasuke vestia terno e gravata, estava especialmente bonito nesta noite, até o curativo em sua cabeça estava charmoso, mas não deixaria me levar, não mais.

 

— Como sabe disso?

 

 — Madara conseguiu adiantar o resultado dos meus exames. Estou limpo, estava limpo quando ficamos juntos.

 

— Isso era tudo o que eu precisava saber! — disse, dando um sorriso em seguida, apertando minha pequena bolsa lateral em minha mão direita, pronta para sair daquele lugar, mas quando tentei me virar, ele me agarrou pelo braço.

 

You don't own me I'm not just one of your many toys You don't own me Don't say I can't go with other boys / Você não é meu dono Eu não sou só um de seus brinquedos Você não é meu dono Não diga que eu não posso sair com outros garotos

 

— Vamos conversar?

 

— Não temos mais nada para dizer um ao outro — falei, olhando para sua mão em meu braço, e ele me soltou lentamente.

 

Don't tell me what to do And don't tell me what to say Please, when I go out with you Don't put me on display / Não me diga o que fazer E não me diga o que dizer Por favor, quando eu sair com você Não me exiba

 

— Sakura, eu quero ficar com você.

 

— Claro que sim, até arriscou minha saúde, colocando em mim o risco de perder tudo o que construí até agora com muito esforço para isso.

 

You don't own me Don't try to change me in any way You don't own me Don't tie me down 'cause I'd never stay / Você não é meu dono Não tente me mudar de qualquer maneira Você não é meu dono Não me amarre porque eu nunca ficarei

 

— Não fala assim, você também quis — ele falou aborrecido, colocando seu corpo de lado, e eu fiz o mesmo para ficar frente a frente para ele.

 

— Você tem razão, eu fui burra, uma idiota inconsequente, mas você foi um canalha, sabia sobre tudo e ainda assim não pensou em mim, sequer por um segundo, só queria se satisfazer! — disse, olhando para ele com cara de nojo, de cima a baixo... me sentindo ridícula por ainda o achar atraente.

 

— Droga, Sakura! — ele gritou, passando ambas as mãos em seus cabelos. — Eu me apaixonei!

 

— Eu também! — gritei, tendo noção do que disso só depois de já falar.

 

 — Então me dá uma chance? — ele pediu, dando um passo para frente enquanto eu dei outro para trás no mesmo momento.

 

— Eu não confio em você, Sasuke.

 

Don't tell me what to do And don't tell me what to say Please, when I go out with you Don't put me on display / Não me diga o que fazer E não me diga o que dizer Por favor, quando eu sair com você Não me exiba

 

— Deixa eu tentar fazer você confiar. Deixa eu tentar?

 

— Não. Só existe espaço para meus estudos e trabalho em minha vida.

 

— Irritante! — ele disse entredentes. — Sakura, estou dizendo eu quero ficar com você. Uma vez você me disse que na primeira oportunidade que tivesse, sairia desse emprego. Eu sou sua oportunidade!

 

— Não, Sasuke. Eu não vou viver minha vida em função de você, não quero seu dinheiro, quero só o que é meu. E se for preciso sair com cada cara desta cidade para isso, é exatamente isso que farei.

 

— Porra, garota, prefere viver como uma prostituta barata do que ficar comigo?

 

R-r-r-really though, honestly I get bored of basic bitches She's the baddest, straight up vicious, texting her asking her If she's alone and if she'd sent some pictures, she said no (what) Well goddamn, she said come over and see it for yourself Never asking for your help, independent woman She ain't for the shelf No, she's the one Smoke with her till the weed is gone Stayin' up until we see the sun Baddest ever, I swear she do it better than I've ever seen it done Never borrow, she ain't ever loan That's when she told me she ain't never ever ever ever gonna be owned / Realmente, de verdade Eu me cansei das vadias comuns (não) Ela é a pior, certamente viciante, enviando mensagens e perguntando Se ela está sozinha e poderia enviar algumas fotos, ela disse não (o quê?) Bem maldita, ela disse para eu vir e ver por mim mesmo Nunca pediu por ajuda, mulher independente Ela não está na prateleira Não, ela é a única Fumar com ela até a droga acabar Ficar acordados até que vejamos o sol Pior que nunca, eu juro ela faz melhor que eu já tinha visto ser feito Nunca emprestado, ela não é um empréstimo Foi quando ela me disse Que nunca nunca nunca nunca irá ser ganha

 

Foi inevitável... o eco do forte tapa que dei em sua face perdurou no salão, senti a palma da minha mão ardendo muito, não só por conta do tapa, mas por estarem machucadas também. Continuei encarando ele com firmeza, e Sasuke me olhava com um ódio em seus olhos que nunca havia visto antes. Ele afagou seu rosto, onde eu o havia batido, e em seguida meu corpo sacolejou no ar, fiquei atordoada, sentindo suas mãos em meus braços, me apertando e me lançando contra a parede. Ele aproximou seu rosto a menos de um centímetro do meu. Eu estava apavorada pelo que ele faria, e ele estava ofegante, quase espumando de raiva, usando seu corpo para me prender.

 

I don't tell you what to say I don't tell you what to do So just let me be myself That's all I ask of you I'm young and I love to be Young I'm free and I love to be free To live my life the way I want To say and do whatever I please / Eu não te digo o que dizer Eu não te digo o que fazer Então apenas deixe-me ser eu mesma Isso é tudo que eu peço de você

 

 — Acorda, Sakura! Eu te amo!

 

— Você não tem o direito de dizer isso depois do que fez comigo. — Ele balançou a cabeça negativamente, não aceitando o que eu tinha dito.

 

I'm young and I love to be Young And I'm free and I love to be free To live my life the way I want To say and do whatever I please / Eu sou jovem e eu amo ser jovem Eu sou livre e eu amo ser livre Para viver minha vida da forma como quero Para dizer e fazer qualquer coisa, eu peço

 

— Coloca na sua cabeça, que você é minha.

 

— Não. Eu não sou sua.

 

— Saaakura — ele disse grave, me fazendo tremer em suas mãos, e me beijou. Droga, estava perdida.

 

You don't own me But just know, you never met somebody like me before tho You don't own me Easy You don't own me / Você não é meu dono Mas apenas saiba, você nunca conheceu alguém como eu antes Você não é meu dono Você não é meu dono


Notas Finais


Obs.: A obra; O beijo – Gustav Klimt, está em um museu em Österreichische Galerie Belvedere, Viena. É uma obra real, e maravilhosa, usando técnica de Óleo e folha de ouro sobre tela.

Música: You Don't Own Me (feat. G-Eazy) – Grace

É isso aí, genteee!!! Muitas coisas acontecendo e o Sasuke ainda tem coragem de enfrentar a fera! O que acham disso?


Quero aproveitar para indicar uma história muito boa, que comecei a ler a pouco tempo. Cheia de misticismo, ação e, claro, rola um romance! Espero que gostem!

https://spiritfanfics.com/historia/as-lendas-do-dragao-8067537


Bjnn!


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...