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História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Meus jeitos


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???


Quero agradecer pelo carinho que recebo de todos vocês! É incrível quando posto novos capítulos, e vejo as mensagens maravilhosas que vocês deixam para mim, seja no privado ou nos comentários. Valew mesmo pelo incentivo de todos!

Espero que gostem! B
Bjs!

Capítulo 6 - Meus jeitos


Meus joelhos doíam, meu corpo parecia moído, porém me sentia leve. Abri os olhos lentamente, fitando o teto branco desenhado em gesso e pensando sobre tudo o que havia acontecido na noite anterior. Nunca tinha imaginado que gostaria tanto de fazer sexo daquela maneira, amarrada e completamente vulnerável.

 

 Orochimaru ainda dormia, estava de costas para mim, e eu o abraçava, talvez tenha feito isso por sentir frio à noite ou quem sabe o fiz por pura vontade. Nossos corpos, ainda nus... aquecia minha pele, e seus longos cabelos emanavam um cheiro doce e agradável. Abaixei minha cabeça um pouco, reparando em cada detalhe de seu corpo e no quão bonito ele era.

 

Mordi meus lábios enquanto passava levemente meus dedos pela sua barriga sarada, me embriagando com as memórias de seus atos, que inundavam minha mente. A princípio, ele pareceu ser um homem duro e arrogante, mas acho que isso possa ser apenas uma capa para esconder o seu verdadeiro eu, pois apesar do pouco contato que tivemos ele me fez sentir muitas coisas, menos arrependimento por ter escolhido ele como meu parceiro.

 

— Bom dia. — Sua voz séria e límpida me assustou bastante, me fazendo questionar quanto tempo ele estaria acordado, sentindo meus dedos correrem por sua pele tão descaradamente.

 

 — Bom dia!

 

Abracei-o com um pouco de força e fechei meus olhos, escondendo meu rosto em suas costas. Ele permaneceu em silêncio por vários minutos, e eu já estava começando a pegar no sono novamente quando, devagar, ele se virou para meu lado.

 

Abri um pouco meus olhos, preguiçosa, e ele me olhava sério. Suas mãos pesadas tocaram meu rosto, e a sensação que eu tive era a de que ele nunca havia tido esse tipo de contato com alguém, devido à sua aspereza. Sorri, colocando minha mão sobre a sua e acariciando-a com meu polegar, ele entreabriu os lábios como se estivesse surpreso com meu carinho.

 

  — O que foi? — questionei analisando seu rosto assustado, ele permaneceu quieto por uns instantes.

 

 — Quero ver você semana que vem.

 

 Fechei os olhos, sorrindo e encostando meu rosto contra seu peito. Estava satisfeita em saber que ele queria me ver novamente, talvez isso significasse que ele tenha realmente se identificado comigo e gostado da noite.

 

— Eu também quero muito.

 

— Não me lembro de ter ficado tão próximo assim de alguém. — Estremeci em seus braços ao ouvir suas palavras, que pareciam ter saído com dificuldade de seus lábios, como se ele as quisesse conter. Me afastei novamente de seu corpo, apenas o suficiente para que pudesse olhá-lo nos olhos. Estava pensando no que responder, mas nada parecia correto o suficiente para o momento.

 

Selei meus lábios nos dele, ainda o olhando, e assim ele fez também. Ele subiu sua mão para minha cintura, como se quisesse me afastar dele, porém seus olhos diziam outra coisa para mim. Ainda assim, ao findar aquele pequeno beijo, ele começou a se levantar, e percebi que sequer tinha me sentido envergonhada por saber que ele me via nua novamente.

 

Ele caminhava tranquilamente em direção ao banheiro e sua bunda musculosa parecia ter sido desenhada com total perfeição. Fechei meus olhos, imaginando se todos os homens que eu tivesse de acompanhar seriam tão incríveis como ele. Sabia que isso era algo improvável, mas seria fácil demais para mim.

 

Não conseguia me imaginar estando no lugar de Karin, que apesar de ser uma insuportável, estava tendo de aguentar sair com um cara tão arrogante quanto o Sasuke. Sua maneira fria de ser era algo quase que incomum, não me recordava ter conhecido alguém dessa maneira, e apesar de ser um homem muito atraente, talvez até o mais bonito que já conheci, não sabia se teria coragem de aceitar sair com ele algum dia... caso ele me convidasse.

 

Esperei que Orochimaru saísse do banheiro para ir tomar banho também. Quando passei por ele, ia abraça-lo, porém ele se virou, e em minha mente isso pareceu ter sido de propósito para me evitar. Balancei a cabeça negativamente, tentando afastar esse pensamento e me fechei dentro do toalete, recapitulando esta manhã, pensando se havia feito algo de errado.

 

Acredito que ele tenha reagido dessa maneira por ainda estarmos nos conhecendo, mas isso podia mudar se eu conseguisse conquistar sua confiança. Um cliente fixo era tudo o que uma acompanhante de luxo desejava, já que eles normalmente dão maior valor emocional e monetário, facilitando o trabalho de várias formas.

 

Ao sair do banho, comecei a me trocar na frente dele, me lembrando que sequer tinha usado a camisola que levei. Ele não pareceu notar que eu estava ali, apenas continuou se arrumando normalmente, como se quisesse me ignorar. Fiquei um pouco chateada com isso, mas resolvi não levar tudo ao pé da letra, querendo ou não eu era apenas uma mulher que foi paga para ficar com ele, não uma namorada de verdade.

 

Quando já estava pronta, ele veio em minha direção, abrindo sua carteira e tirou dela duas notas de cem reais. Perguntei para que era aquilo, e ele apenas disse que para o táxi. Apreensiva com a quantia, tentei lhe dizer que o valor era alto demais para apenas um táxi, ele riu de mim, dizendo que o que sobrasse eu poderia tomar um sorvete.

 

Fiz uma careta para ele, por conta de sua zombaria para comigo, e ele me abraçou pela cintura, beijando minha boca como se estivesse sedento por aquilo. Encarei ele séria ao nos separarmos e ele desfez seu sorriso safado que estampava a cara. Não falou mais nada, apenas escorou sua mão direita em minhas costas, me direcionando à porta, parando apenas para que eu pegasse minhas coisas, e ele, as dele.

 

A maneira que ele me beijou foi, para mim, uma surpresa, já que ele pareceu um pouco mais distante depois de se levantar da cama. Mas esse provavelmente era apenas o seu jeito de ser, e estranhamente me identifiquei com isso. Ser pega de surpresa às vezes é algo bom, principalmente quando esperamos pelo pouco. Ele perguntou se eu queria tomar café, mas acenei dizendo que não, precisava resolver minhas coisas o quanto antes.

 

Do lado de fora do prédio, havia vários táxis. Ele me deixou em um e antes que entrasse, eu o agarrei pelo paletó e retribui o beijo que ele havia me dado no quarto. Seus olhos sorriam para mim enquanto eu deixava aquele local, dentro do carro branco. Joguei minha cabeça no estofado, ditando para o motorista o meu destino, peguei minha bolsa em seguida, lembrando que meu celular ainda estava desligado desde quando cheguei no hotel.

 

Recebi três mensagens ao ligar o celular, abri a primeira, lendo a mensagem de incentivo que Ino havia mandado para mim. Antes de sair de casa havia enviado um texto para ela, dizendo que não poderíamos nos encontrar no barzinho, pois iria me encontrar com meu primeiro cliente. Mas ela demorou demais para responder, e só agora via sua entusiasmada comemoração, dizendo que a conta do nosso próximo encontro seria paga por mim.

 

Gelei ao ler a segunda mensagem, que também era dela. Ela disse que foi para o bar sem mim, para relaxar um pouco, e minutos depois de se sentar, um homem de cabelos pretos e muito bonito foi falar com ela, perguntando por mim. E pelo simples fato de ter se simpatizado com ele, Ino o deu meu número de telefone.

 

Fiquei muito nervosa, queria mandar uma mensagem brigando com ela, mas agora não adiantaria mais nada. Olhei para o lado de fora, me recordando da maneira que falei com ele pela primeira vez, me oferecendo como uma vadia. E depois, quando fui embora, mentindo sobre não saber o número de meu celular de cor.

 

Jamais tive o intuito de me envolver sentimentalmente com ninguém e agora tinha de me fazer de namoradinha dos meus clientes ao menos por uma noite, e isso já era o suficiente para mim. Porém, ainda assim, tinha uma certa ligação com ele, afinal, ele foi o primeiro homem com quem transei e isso é algo que sabia que não esqueceria jamais. Principalmente pelo fato de ele ter sido paciente comigo, mesmo sem saber a verdade do porquê de eu ter feito aquilo.

 

 Despertei ao entrarmos num túnel e apertei no botão lateral do meu celular para ver a última mensagem. O número era desconhecido por mim e eu já sabia bem o que isso significava. Itachi tinha perguntado como eu estava, e disse sentir saudades, me chamando para ir jantar com ele no sábado, que seria hoje, no caso.

 

Não poderia me dar ao luxo de marcar qualquer encontro que fosse, principalmente agora que minha carreira começava a engrenar. Escrevi de volta um "sinto muito, estarei ocupada esta noite". Mas ao enviar a mensagem fiquei me sentindo um pouco mal, e escrevi outra, dizendo que poderia almoçar com ele, caso ele quisesse.

 

Segundos depois meu celular vibrou com a resposta dele, composta por um simples, porém eufórico, "com certeza". E me arrependi novamente, me lembrando que ainda teria de passar na casa da proprietária do lugar onde morava para pagar o aluguel que já estava atrasado, depositar o restante do dinheiro para pagar as outras contas na segunda-feira, a porcentagem de Mei e estudar para um teste que teria na faculdade.

 

Comecei a bater meus pés sobre o tapete do carro, ansiosa para saber o que ele queria comigo, mas seja lá o que fosse não podia ceder. Não dava para ter um namorado trabalhando nesse ramo, e sequer tinha tempo e vontade para esse tipo de coisa. Comecei a pensar em várias desculpas para sequer sermos amigos e fazer com que ele entendesse de forma clara isso.

 

Após longos minutos estava em casa, enquanto me trocava recebi uma outra mensagem, de Hinata agora. Minha mente pesou, e meu coração se apertou ao ler ela dizer que tinha comprado uma passagem com três meses de antecipação para vir me ver. Respirei fundo e terminei de vestir minha blusa, resolvi que o mais prudente seria ligar para ela.

 

 — Ei, amiga! Que saudades de você! — ela gritou do outro lado, enquanto eu estava sentada na minha cama, preocupada.

 

  — Oi, Hinata, como você está?

 

  — Estou louca para conhecer São Paulo e ver como você está.

 

 — Aqui tem muito lugar bonito, mas, para quem mora, a correria é tão grande que não dá tempo para nada.

 

  — Oi, Sakura! Tudo bem? — Estremeci ao ouvir a voz de Naruto. Apesar de não ter nada contra ele, não conseguia tirar da cabeça que ele deu em cima de mim quando já estava com minha amiga.

 

 — Oi, Naruto! Estou bem, e você?

 

 — Ele está bem! Mandou um abraço e saiu correndo para o futebol. Você sabe que ele não perde, né!

 

 — Sei! Sei! Como estão as coisas por aí? — perguntei, me referindo mais aos meus pais, já que não tinha falado com eles nesta semana.

 

  — Está tudo bem. Você sabe, a cidade continua parada como sempre, as crianças continuam terríveis, mas eu gosto! — Minha amiga estava fazendo pedagogia em uma universidade a distância. Conseguiu um estágio numa escola para crianças deficientes. Quando ela começou a trabalhar lá, tinha de aguentar ela falando sobre isso o tempo todo, como se fosse a coisa mais incrível do mundo dar aula.

 

— Nossa, Hinata, não sei de onde você tira tanta paciência. Queria ser mais como você. — Talvez se eu tivesse um terço do bom senso dela, hoje minha vida seria melhor. Ser professor sempre pareceu promissor... mas só para quem gosta que realmente funciona!

 

 — Por falar em paciência... Como está a Ino?

 

 Quase não ouvi a pergunta dela, de tão baixo que falou. Respirei fundo, me sentindo chateada por sempre ter de ser a intermediaria entre minhas melhores amigas cabeças duras.

 

— Ela está bem e linda como sempre. E você não acha que já está na hora de acabar com todo esse caos entre vocês duas? — Um silêncio se estabeleceu do outro lado da linha, como se essa pergunta tivesse caído como uma bomba.

 

 — Os seus pais estão bem. Eles estão pensando em fazer uma festinha para comemorar as bodas de pérola. — Ela mudou de assunto, me tirando do sério. Me levantei da cama num pulo, me sentido chateada com isso, a vontade que eu tinha era de dizer que trabalho no mesmo ramo que Ino, e se ela também deixaria de falar comigo agora.

 

 — Não muda de assunto, Hinata. A Ino é sua amiga, e assim como eu, ela sempre esteve ao seu lado e te apoiou com relação a tudo.

 

— Você sabe que as coisas não são tão simples, Sakura. E apesar de eu não concordar com a vida que ela leva, não foi por conta disso que paramos de conversar. A última vez que nos falamos, ela surtou quando eu disse que ela deveria procurar um outro tipo de trabalho. — Ouvir isso me deixou irritada, talvez pelo fato de agora estar na mesma situação que Ino.

 

 — Você ao menos tentou ligar para ela depois disso? — Ficamos em silêncio por um tempo, e olhei para meu livro, jogado em cima do criado mudo e continuei. — Escuta, Hinata, tenho de desligar. Preciso fazer um monte de coisas hoje e já estou enrolada.

 

 Nos despedimos em um clima ruim, e sequer falei sobre as bodas dos meus pais, que sabia que seriam em pouco mais de oito meses. Peguei minha bolsa, abri o envelope que Orochimaru havia me dado, recheado de dinheiro. Sorri aliviada por saber que sairia do sufoco agora, mas ainda tinha de ralar muito para conseguir me estabilizar.


 

Fui em direção à casa da senhora que era dona dos pequenos cômodos que eu vivia... me sentindo envergonhada por estar atrasada com meu débito. Paguei a mulher de cabelos brancos, e apesar de ela ser um pouco fria comigo, não pareceu muito chateada. Pensei em pegar um ônibus para ir no banco e me encontrar com Itachi, mas só de me imaginar estando no meio daquela confusão que era a condução publica, me senti mal e chamei um táxi.

 

Depositei o dinheiro em um banco no Bairro da Liberdade, e mandei uma mensagem para ele, perguntando se podíamos nos encontrar ali. E concordou. Melhor, assim não ia precisar me locomover mais. Andei pelo lugar à procura do restaurante que ele havia enviado o nome para mim, olhando as vitrines pelo caminho.

 

Precisava de roupas, lingerie, sapatos, maquiagem... Eram tantas coisas que já ficava desanimada em pensar que meu dinheiro, que agora parecia ser muito, não faria nem cócegas com tamanhas compras a serem feitas. Mas estava tudo bem, ao menos já tinha certeza que iria me encontrar com Orochimaru outra vez.

 

Entrei no restaurante simples que tinha um delicioso cheiro de comida caseira e me sentei numa das mesas. Fiquei olhando para um casal que estava sentado próximo a mim, imaginando como devia ser complicado uma vida a dois. Meneei minha cabeça, levando para longe esse pensamento tolo e desnecessário.

 

Fiquei esperando por mais alguns minutos até ver Itachi entrando pela porta da frente do restaurante com suas roupas simples e um meio sorriso no rosto. Franzi o cenho enquanto ele se aproximava, reparando só agora no quanto ele e aquele arrogante do Sasuke eram parecidos. Seria muita coincidência se eles fossem parentes ou algo do tipo. Não... Isso não é possível. Itachi é muito diferente dele, pensei, me levantando para cumprimentá-lo. Estendi minha mão, mas fiquei vermelha quando ele me puxou pela cintura, dando um beijo na minha bochecha.

 

 — Ei, tudo bem? — ele perguntou se afastando, enquanto eu permanecia com os olhos arregalados por conta de sua atitude.

 

— Sim e você?

 

— Estou bem. Está com fome? — Nos sentamos. A voz mansa e a maneira singela em seu olhar, me fizeram ter certeza de que ele e Sasuke não eram, na verdade, nada parecidos.

 

  — Um pouco!

 

 Uma atendente veio à nossa mesa, e enquanto pedíamos nosso simples arroz com feijão e carne, eu olhava para ela, pensando que há algum tempo estava sofrendo, com um avental na cintura e uma redinha no cabelo, trabalhando em uma lanchonete. Estava agradecida por não viver cheirando a fritura mais.

 

 Ao terminarmos de escolher o que queríamos, tamborilei meus dedos em cima da mesa, ansiosa pelo momento que ele me diria logo o que queria comigo, mas ele estava com o celular na mão, desligando o aparelho, pelo que me parecia.

 

— Porque você sumiu?

 

 — Faz apenas uma semana desde que nos vimos.

 

 Ele arqueou as sobrancelhas.

 

 — Eu sei, e você não quis me dar seu número de telefone e nem apareceu no bar para encontrar com sua amiga, como fazia quase toda sexta feira.

 

— Estava trabalhando, realmente não pude aparecer por lá — falei, sorrindo para a garçonete que colocava uma jarra de suco de maracujá que havíamos pedido em cima da mesa, saindo em seguida.

 

 — Com o que você trabalha?

 

  — Por que estamos aqui? — questionei, percebendo meu jeito de falar um pouco rude agora, queria fugir da pergunta dele, na verdade.

 

 — Queria ter ver. Será que fui tão ruim assim, que você sequer fica feliz em saber que estou aqui para isso?

 

 — Não é isso. Itachi... — Me senti uma idiota com a sua resposta. Aposto que várias garotas por aí ficam deprimidas depois de dormir com um cara e ele sequer mandar uma mensagem depois, enquanto eu estava na frente de um homem, que mesmo sem me conhecer, me procurou, depois de uma transa que não era para ter tido significado algum. Permanecemos em silêncio, enquanto a garçonete colocava nossos pratos em cima da mesa, esperando que ela saísse. — Eu não tenho interesse em me compromissar com ninguém de forma alguma no momento.

 

 — Não foi o que pareceu.

 

 — Itachi... Eu não sou a garota certa para você. — Engoli seco enquanto ele apoiava os braços sobre a mesa e chegava com seu rosto para mais perto.

 

— Por que não? — Respirei fundo, me sentindo a pior das pessoas. Se tivesse o conhecido em outra situação, talvez até aceitasse ficar com ele, mas meu estilo de vida não me permitia tempo para pensar em nada disso.

 

 — Eu sou uma acompanhante de luxo — falei, séria, sentindo essas palavras pesarem para meu timbre de voz manso. Ele arregalou os olhos e senti meu coração palpitar com o que ele diria, ou faria.

 

Ele começou a se levantar devagar da cadeira e eu acompanhava seu ato com os olhos, porém ele parecia pensativo demais para notar. Enfiou a mão no bolso, tirando sua carteira de lá de dentro e puxou de dentro dela um cartão. Fiquei um pouco envergonhada ao perceber que ele olhava para meus pulsos, que ainda estavam vermelhos por conta das amarras feitas por Orochimaru. Quando ia abrir a boca para dizer que eu pagaria a conta ele começou a falar: — Tem três mil nessa conta. — Ele colocou o cartão em cima da mesa, olhando para o chão. — Espero que essa quantia sirva para pagar a noite que ficamos juntos.

 

 — Não quero seu dinheiro, Itachi — falei rigidamente.

 

 — Mas eu quero que você aceite. E quando tiver um tempo, me ligue para marcarmos de sair. De preferência o mais rápido possível, quando você fizer isso deposito mais três. — Ele me olhava nos olhos agora, e determinação fluía em sua voz. Meus olhos começaram a se encherem de lágrimas. — Depois te mando a senha por mensagem. — Ele virou as costas, deixando seu prato intacto em cima da mesa, meu corpo parecia formigar.

 

Permaneci parada, olhando para aquele cartão, imaginando quanto dinheiro ele devia ter. Era certo para mim que ele era bem de vida apenas por conta do carro que tinha, mas não sabia se ele realmente tinha condições de bancar alguém como eu, a um preço tão alto. O valor inicial de minha companhia seria de mil e quinhentos reais, mas ele já era o segundo que oferecia mais... E eu não sabia bem o que isso significava, nem sabia dizer o que sentia.

 

Como um robô, comecei a comer minha refeição. Não sentia gosto de nada, apenas continuei com meus pensamentos, enquanto levava garfada após garfada em minha boca. A verdade é que não era mais uma garotinha mimada, era uma mulher e escolhi um caminho diferente. E agora teria que trilhá-lo da melhor forma possível, encarando as dificuldades, removendo as pedras, sempre de cabeça erguida.

 

Peguei o cartão, encarando-o um pouco e coloquei ele dentro da minha bolsa. Peguei meu celular, vendo a mensagem dele, que sequer tinha notado que já havia chegado. Meu coração estava batendo forte, e de certa forma me sentia um pouco covarde por ter permitido que ele saísse sem ouvir uma desculpa ao menos.

 

 — Vinte e três, zero, sete — falei para mim mesma, tentando gravar o número antes de apagar a mensagem. E enviei outra de volta, dizendo para ele escolher o dia.

 

Tomei o meu suco, tentando arrancar a sequidão de minha garganta e me levantei indo em direção ao caixa. Ia pagar com meu cartão da poupança, mas resolvi que testaria o que ele tinha me dado. Não que desconfiasse que ele tivesse mentido, mas por curiosidade. O papelzinho azul saiu da máquina de cartão de crédito, e um frio percorreu minha barriga ao ver o cartão funcionando perfeitamente.

 

 

 A vida é engraçada as vezes, está sempre nos levando por caminhos incertos, nos fazendo duvidar a cada instante sobre nós mesmos. Mas dentro de mim, sentia estar fazendo a coisa certa, era como se esse trabalho tivesse sido feito para mim. Se encaixava como uma luva, embelezando cada vez mais o meu orgulho.

 

A maneira sedenta na qual os homens me olhavam, fazia com que eu desejasse me jogar cada vez mais nesse trabalho. Descobrir novas sensações e estar aberta a novas oportunidades era algo fácil para mim, já que minha determinação em me tornar a melhor me fazia ainda mais forte. Não podia dizer que estava sendo fácil, mas, compensador, com certeza.

 

Estava dormido mais tarde durante a semana, pois quando não tinha clientes aproveitava para estudar, assim como fazia todas as manhãs e nos finais de semana sempre fazia minhas atividades escolares durante o dia, para que minha noite estivesse livre. O dinheiro que juntei, graças a meus clientes, durante esse mês que se passou, seria o suficiente para que eu conseguisse dar entrada em um apartamento, e estava me sentindo orgulhosa disso.

 

No início da semana já tinha visitado vários prédios e um me agradou em particular. Tinha uma suíte, um quarto, sala, cozinha, banheiro, lavanderia e uma pequena sacada. A localidade era muito boa; em Jardins, o que aumentou um pouco o valor do imóvel, mas valeria a pena. Quando comentei para Itachi que queria me mudar, ele se ofereceu para me ajudar a procurar um lugar bacana e me arrependi um pouco de ter comentado isso com ele, recusando sua oferta de ajuda.

 

Nossa relação avançou bastante, mas ainda não sabia com o que ele trabalhava. Nos víamos toda semana nos domingos e já acreditava que ele tivesse dinheiro o suficiente, já que continuava me pagando três mil por encontro sem reclamar. Seu jeito calmo e sereno tornava tudo entre nós muito fácil e gostoso. Às vezes, me sentia mal por perceber que ele gostava mesmo de mim, mas não podia fazer nada e, além do mais, ele sabia bem como as coisas funcionavam comigo.

 

Não muito diferente, Orochimaru me impressionava cada vez mais. Sexo com ele era a coisa mais incrível do mundo, sempre me fazendo gozar de maneiras surpreendentes. E como se isso não fosse o suficiente, ele estava se abrindo cada vez mais para mim, dando espaço para que me sentisse mais relaxada ao seu lado. E quase tive um ataque quando ele me disse ter cinquenta e quatro anos, jamais daria essa idade a ele, que para mim era no máximo quarenta.

 

 Ele disse trabalhar com obras de arte, não consegui entender muito bem o que ele fazia, mas consistia basicamente em organizar agendas sobre quando e onde os artistas agenciados por ele colocariam suas artes em exibição. Ele estava se mostrado muito inteligente e perspicaz, me deixando cada vez mais interessada em sua maneira de ser.

 

O número de homens que a minha procura aumentou bastante, e estava ganhado muito dinheiro com isso. Sabia que a relação que tinha com meus clientes não se passava de uma mera fachada, mas sentia me apaixonar verdadeiramente por eles quando estávamos juntos. Isso facilitava muito toda situação e me deixava levar pelo momento.

 

Ino disse estar impressionada com meu progresso em tão pouco tempo, mas tinha ciência de que ainda faltava um pouco para alcançar o mesmo nível que Karin, que já trabalhava com isso há bem mais tempo que eu. Ino saiu de sua casa e a alugou, eu falei para ela que isso era um erro, mas ela não quis me ouvir. Foi morar na casa que o cliente dela a havia cedido, mas isso me cheirava a roubada.

 

Estava conversado muito pouco com Hinata e meus pais, e eles acreditavam que o motivo disso era o meu fatídico emprego de vendedora e a minha faculdade, já que apesar de estar nas férias de meio de ano continuava estudando, fazendo um reforço. Apesar de eles estarem acreditando nas minhas mentiras, teria de me virar quando minha amiga viesse me visitar, para que ela não desconfiasse de nada. Às vezes pensava em contar a verdade para ela, mas não dava para prever como ela reagiria.

 

O vento batia pelo meu corpo, fazendo com que eu sentisse em meus lábios o gosto salgado da maresia. O Iate de luxo do meu cliente me fez ficar impressionada por tanta beleza. Não pretendia ficar com ele em plena terça-feira, mas não tinha aula e queria conseguir o máximo de grana que pudesse para mobiliar o apartamento que já estava quase certo de ser meu. Já tínhamos nos encontrado quatro vezes, e ele sempre arranjava algum jeito diferente de me agradar.

 

O nome do barco branco me deixou intrigada, Gama sennin (Sábio dos sapos, em japonês), depois que ele me explicou o significado do nome a ficha caiu imediatamente, já que sabia que ele era um experiente biólogo e amante de anfíbios, em especial os sapos. Ele era do tipo de homem que gosta muito de beber e conversar, o que era bom, já que quando ficava com ele podia descansar um pouco.

 

 E apesar de ele ter a idade aproximada a de Orochimaru, o homem aparentava ser um pouco mais velho, porém não me importava. Me divertia bastante quando estávamos juntos. Ele era muito safado, mas esse tipo de coisa já não me incomodava mais, desde que ele continuasse a me pagar direitinho os altos seis mil que cobrava dele. Mei até hoje não entendia como ele concordou com esse valor, nem eu, na verdade, já que tinha me feito de mais cara só para ver se ele desistia. Mas ainda bem que ele não fez isso.

 

 — Está pensando em quê? — ele perguntou me abraçando por trás, fazendo com que eu soltasse um sorriso de meus lábios ao sentir seu pau duro encostado em mim.

 

 — Já está desse jeito, Jiraya? — Coloquei minhas mãos para trás, apertando seu quadril contra o meu, roçando ainda mais seu pênis na minha bunda.

 

— Tem uma gostosa só de biquíni para mim. Como queria que eu ficasse? — Ele mordeu o lóbulo da minha orelha, fazendo com que meu corpo se arrepiasse, virei meu rosto para o lado, segurando sua cabeça com minha mão esquerda e apoiando a direita na barra de proteção.

 

Seus lábios sugavam os meus enquanto sua mão abusada descia minha calcinha. E por mais que isso possa ter parecido pouco, era para mim apenas o suficiente para que minha boceta já estivesse molhada. Fiquei o tempo todo pensando em quando ele faria isso, já que enquanto pilotava o iate até aqui, ficou passando a mão em mim o tempo inteiro.

 

 Ele começou a tirar sua bermuda, e eu abri minhas pernas, me encurvando um pouco no ferro à minha frente. Gemi ao senti seu pau duro bater de encontro a minha bunda. E fiquei a sua espera, aproveitando a linda vista do mar que tínhamos, mas logo fechei meus olhos, respirando sofregamente pela boca, sentindo suas mãos segurarem minha cintura com força, enquanto seu pau ia deslizando bem devagar para dentro de mim.

 

Quando entrou tudo, ele ficou parado por um tempo, passando a língua pelas minhas costas. A sensação daquilo foi gostosa demais e arrancou um alto gemido de meus lábios. Ele começou a estocar dentro da minha boceta com força, porém ainda lento. Seus movimentos eram precisos e satisfatórios, não tinha o que reclamar dele nunca.

 

 O jeito que ele gemia mostrava para mim o quanto adorava me comer; e isso me deixava ainda mais louca de prazer. Sua virilha batia em minha bunda, fazendo um barulho agradável aos meus ouvidos e eu já começava a gozar por conta de suas investidas ritmadas e muito bem-executadas. Minhas pernas tremularam, mas ele não parou. Continuou enfiando cada vez mais fundo dentro de mim, como se isso fosse a única prioridade que tinha em sua vida.

 

Quando estava ao lado de Jiraya, procurava agir da forma mais safada possível, cedendo à todas as suas vontades. E quando sentia ele um pouco mais sério, me fazia de interessada, escutando tudo o que ele tinha a me dizer e, sem querer, acabava aprendendo bastante com isso e já sabia que ele amava minha companhia e faria de tudo para me agradar também, já que sempre estava observando para ver se parecia feliz. 

 

 Hoje posso dizer com toda a certeza, a qualquer um que queria se arriscar a ficar comigo; tenho vários jeitos de ser e tenho certeza de que um deles poderá o agradar. Sou submissa quando preciso, atenciosa, destemida, determinada, posso ser também manhosa, inocente, carinhosa, assim como agressiva e qualquer outra coisa que seja preciso.

 

Mesmo estando nessa vida há tão pouco tempo, consegui aprender sobre o caráter e gostos de cada um de meus clientes, analisando a maneira como se vestem e falam e isso tem me sido extremamente útil... Peguei a mão de Jiraya, que estava na minha cintura, com força, a removendo de lá. Apertei a coxa dele, ouvindo seu gemido gostoso, e fui subindo de vagar minha mão, até chegar em seu saco. Comecei a acariciá-lo ali, sentindo em seguida os espasmos de seu corpo, por conta do gozo que liberava, fazendo com que minha boca salivasse de desejo por experimentar o sabor de sua porra em minha língua.


Notas Finais


É isso aí gente!!!!

Espero que tenham gostado!


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