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História A acompanhante - Sakura e Sasuke (Sasusaku) - Coisas inevitáveis


Escrita por: Karimy

Notas do Autor


Oi pessoas!!! Tudo certo???


Gente, muito obrigada pelas mensagens de incentivo e pelos comentários maravilhosos que vocês sempre enviam para mim. Fiz esse capítulo com muito carinho para vocês, e espero que gostem!

Bjsss!

Capítulo 7 - Coisas inevitáveis


 Algumas pessoas passam uma vida inteira criticando o desconhecido por puro medo de experimentar e quando tomam coragem para se entregar ao inexplorado lamentam por terem demorado tento tempo para terem feito aquilo. Algumas coisas não foram tão diferentes comigo, e quando penso no quão ingênua eu era, tenho vontade de rir.

 

Endireitei meu corpo, com ele ainda dentro de mim, segurei na grade com mais força, sentindo seu pênis começando a sair de minha boceta. Eu estava ofegante, porém não satisfeita ainda. Me virei lentamente, encarando o sorriso safado que Jiraya tinha no rosto, olhei em seus olhos de forma provocativa, repetindo para mim mesma mentalmente que o que estava prestes a fazer era apenas desejo, não loucura.

 

Segurei em seus quadris, descendo devagar, ficando de joelhos para ele. Olhei para seu pau coberto pela camisinha ensopada e o segurei pela base. Com a outra mão, comecei a puxar de vagar a proteção para que ela não se rompesse, e mesmo sem olhar para seu rosto sabia que ele prestava toda atenção possível no que eu estava fazendo.

 

Com a camisinha em minhas mãos, levantei meu olhar para ele e comecei a enrolar o látex. Ao tê-lo quase todo do avesso fui subindo-o lentamente até a minha boca, sugando o conteúdo esbranquiçado e salobro que se encontrava ali. Jiraya segurou meus cabelos com força, rangendo os dentes, tomado pelo tesão, enquanto olhava para meus lábios.

 

Não saberia como uma pessoa comum se sentiria ao fazer aquilo, mas de uma maneira quase que inusitada eu me sentia incrível. Estava cada vez mais viciada em ter tantos homens aos meus pés. Entendia que o homem na minha frente era velho e que antes tinha receios quanto a isso, mas já conseguia enxergar o prazer com outros olhos, como se minha alma clamasse por cada toque, por cada momento.

 

Joguei a camisinha no chão, começando a me levantar devagar, ainda sentindo ele puxando meus cabelos. Ele deu um passo para frente e sem dizer palavra alguma me beijou os lábios, usando a mão que estava livre para me agarrar pela cintura com força. Retribui seu beijo, abraçando suas costas e sentindo um enorme peso saindo do meu corpo, como se eu soubesse que não ficaria satisfeita até ter feito aquilo.

 

 — Uma hora você me mata! — Ele me olhou nos olhos, com um enorme sorriso estampando seu rosto.

 

 — Não gostou?

 

— Adorei, como sempre. Você está a me surpreender constantemente. — Ele me soltou, começando a subir sua bermuda. Estremeci ao me mover minimamente, quase jogando para fora do Iate minha calcinha. Me abaixei com cuidado, pegando a peça e vestindo-a em seguida. — Vamos entrar no mar um pouco? — ele falou, se apoiando na barra de proteção e deitando o seu corpo um pouco para frente, observando a água.

 

— Não sou uma nadadora muito boa — falei me virando completamente, para contemplar mais uma vez a beleza das águas de Bertioga.

 

— Qualquer coisa eu te salvo!

 

Apesar do dia quente, a água estava um pouco fria e me fazia tremer. Usei os ombros dele para me apoiar por um tempo enquanto ele falava sobre a possibilidade de haver tubarões ali por perto. Dei um gritinho e me debati um pouco, assustada, ao sentir ele apertando minha coxa.

 

Me soltei dele, nadando um pouco mais para longe, tentando fugir de suas cócegas, e ele mergulhou, demorando um pouco para emergir. Fiquei olhando ao redor, com um largo sorriso em meu rosto, achando tudo isso muito divertido. Me assustei, jogando um pouco de água no rosto dele, quando ele apareceu de surpresa em minha frente.

 

Nadei mais um pouco, indo em direção ao Iate, e ele fez o mesmo que antes. Fiquei atenta, jurando que não me assustaria de novo com suas palhaçadas, mas já estava começando a ficar preocupada. Para todo lado que olhava a única coisa que conseguia ver era a imensidão do mar e o Iate logo atrás de mim.

 

 Meu coração começou a se apertar, e um desespero ia me tomando pouco a pouco, já começava a perceber a responsabilidade que tinha em minhas mãos. Qualquer coisa que acontecesse aos meus clientes enquanto eles estivessem comigo, seria responsabilidade minha. Fechei meus olhos e entreabri a boca, sentindo gotículas da água salgada em meus lábios.

 

 Arregalei os olhos ao vê-lo se elevar, sorrindo, sapeca, como se o que tinha acabado de fazer não passasse de mais uma de suas piadas. Estreitei meus olhos, sentindo uma grande raiva dentro de mim e joguei o máximo de água que pude em sua face, usando minhas mãos em concha. Comecei a nadar o mais rápido que conseguia até tocar no barco, me sentindo uma idiota por ter aceitado estar ali com ele.

 

Peguei uma toalha branca felpuda de cima de uma mesinha, caminhando pesadamente até a cabine do Iate. A única coisa que queria nesse momento era ir embora. Comecei a me enxugar, tentando acalmar minha cabeça, pensando que apenas não sabia brincar direito. Porém não estava conseguindo me concentrar, minha mente me levava àquele momento de segundos atrás o tempo inteiro.

 

 — O que foi? — Me virei rapidamente, vendo ele entrando pela pequena porta com a face atordoada.

 

 — Você está ficando doido? Quase me matou de susto. — Me sentei no sofá de couro da cabine, e por mais que ainda estivesse molhada não me importava com isso, se ele tinha dinheiro para ficar comigo toda semana poderia pagar a manutenção do Iate sem problemas então.

 

 — Não foi minha intenção. — Sua face pesou intensamente e ele se sentou ao meu lado. Jiraya passou o braço por cima de meus ombros, e me deixei aliviar por saber que estava tudo bem e que não devia ter ficado tão preocupada, afinal, ele deveria estar acostumado a nadar no mar.

 

— Não faz isso mais.

 

Eu nunca havia perdido ninguém próximo de mim, e por mais que nossa relação fosse meramente profissional não conseguia pensar dessa forma. Nos víamos toda semana e em todos os nossos encontros ele sempre fora muito bom comigo.

 

— Você é linda! — Ele se afastou um pouco, me olhando com um sorriso singelo nos lábios. Senti minha face queimar de vergonha por perceber que ele se sentia lisonjeado por eu ter me preocupado com ele, o que era engraçado, pois nos momentos de loucura me entregava sem problemas, mas na ternura a timidez me conduzia. Então, minha mente pesou, pois sabia que, na verdade, só pensei em mim naquela hora, com medo de ser acusada de algo, por um provável acidente.

 

 — Quero beber alguma coisa.

 

Enquanto ele enchia duas taças com vinho branco, eu pensava no quanto adorava essa vida. Apesar de ter de me esforçar para conseguir tempo para me concentrar nos estudos, estava sempre passeando, conhecendo lugares e coisas diferentes, com pessoas diferentes, que mostravam me valorizar. E o melhor de tudo era saber que se eu tivesse vontade de beber ou comer algo, não precisaria me preocupar com dinheiro mais, pois isso eu tinha agora.

 

 Ficamos conversando um pouco, tomando nossas bebidas. Ele me olhava de maneira diferente agora, ou eu que o olhava de outra forma, não sabia explicar direito. Ao terminarmos a segunda taça ele me convidou para irmos embora, e me senti aliviada, pois ainda queria passar numa loja para comparar umas lingeries. Minhas roupas estavam todas sujas, pois não tive tempo de lavá-las e tinha poucas peças íntimas bonitas.

 

Ao chegarmos no cais, coloquei um vestidinho branco de renda, e ele sua blusa regata com o desenho de uma prancha. Vi que ela era simples, porém de marca, mal podia imaginar o quanto ele havia pago por ela. Ele pegou em minha mão, explicando que pagava uma pequena taxa para manter seu barco naquela plataforma e que haviam pessoas responsáveis para tomar conta dele.

 

Fomos em um restaurante simples ali perto mesmo. E apesar de eu saber que ele tinha muito dinheiro, o via como uma pessoa comum e que tratava todos de forma humilde. Isso fez com que eu refletisse um pouco sobre mim mesma, tinha medo de me tornar uma pessoa arrogante por conta do dinheiro, sabendo que essas simples notas em papeis são capazes de corroer o mais puro coração.

 

 Ainda curtindo o clima praiano, comemos um peixe delicioso. Ao terminarmos, ele fez questão de ir até o caixa pagar, enquanto eu permaneci sentada, pensando em como mobiliaria meu apartamento.

 

Fomos até o hotel, onde nossas coisas estavam, tomamos um banho e seguimos até o carro dele. Enquanto ele dirigia, quase dormi no banco do carona, sendo desperta por um de seus toques em minha bochecha. Sorri para ele, me sentindo mal por ter exagerado um pouco ao gritar com o homem. Já passou, não tenho que me preocupar mais, pensei comigo mesma.

 

Ele me deixou na Avenida Paulista, queria me levar até minha casa, mas insisti em ficar onde ele havia me pegado. Não queria que ele visse onde eu morava, ficando um pouco envergonhada ao imaginá-lo em frente à minha humilde e pequena casa. Fiquei esperando ele sair, acenando com um tchauzinho para ele, enquanto o via partindo.

 

Dei uma olhada à minha volta, percebendo como estar em uma cidade grande tinha uma vantagem; ninguém me conhecia, ninguém se importava. Enfiei a mão dentro da minha bolsa, tirando de lá meu celular. Liguei o aparelho, procurando pela mensagem que Ino havia me mandado com o nome de uma loja de lingerie.

 

Procurei na internet a localização exata do lugar e comecei a caminhar em seguida. Depois de alguns minutos, olhei para o outro lado da rua, vendo uma enorme loja com manequins vestidos em camisolas lindas. Esperei o sinal abrir e comecei a atravessar, enviando uma mensagem para minha amiga, dizendo que estava indo na loja indicada por ela.

 

— Olha por onde anda. — Meu coração acelerou ao ouvir a voz do homem que havia trombado comigo. Há bastante tempo não o via, mas isso não me impediu de reconhecer sua voz instantaneamente.

 

Comecei a levantar meus olhos de vagar, reparando a sacola com o nome da loja que eu estava prestes a entrar em sua mão direita. Ele tinha um sorriso sarcástico nos lábios, porém seus olhos pareciam se consumir em ódio. Quase caí no chão ao ser empurrada por ele mais uma vez e por mais que quisesse xingar ou gritar, não consegui, parecia ter um nó em minha garganta.

 

Ele estava indo embora sem sequer olhar para trás, enquanto eu continuava parada, olhando para ele por alguns segundos, sendo corroída pela raiva. Esse tal de Sasuke era, sem dúvidas, a pior pessoa que já tinha conhecido em toda minha vida, se fosse mais esperta teria dado ao menos um tapa em sua cara. Olhei para dentro da loja, vendo uma das vendedoras olhando diretamente para mim, me recompus imediatamente e entrei no local, sem terminar de escrever o texto para minha amiga, guardando o celular em minha bolsa novamente.

 

 — Quer um copo de água? — a atendente questionou, enquanto eu reparava sua maquiagem muito bem-feita, e seus cabelos perfeitamente presos para trás.

 

 — Não, obrigada — menti, sabendo que estava precisando mesmo engolir aquela situação com alguma coisa. — Preciso que me mostre umas lingeries bem bonitas — conclui, me sentindo envergonhada com a garota, que agora me analisava da cabeça aos pés.

 

— Vem comigo — ela falou começando a andar pela extensão da loja, e eu a acompanhava, olhando para uma outra atendente, que, descontente, guardava várias peças de conjuntos de calcinha e sutiã.

 

Provavelmente fora ela a atender aquele idiota, devia estar comprando alguma coisa para Karin, outra idiota como ele. Meneei a cabeça, observando a mulher que me atendia pegando várias peças do tamanho M de uma gaveta cheirosa; o meu tamanho, ela devia trabalhar com isso há bastante tempo para saber só de olhar, e sequer posso imaginar quantas pessoas como o Sasuke ela devia atender por dia.

 

Comecei a olhar peça por peça enquanto ela explicava algumas coisas sobre os modelos e marcas e apesar do valor de cada uma daquelas lingeries não poderia me queixar, elas faziam parte da minha fonte de renda, e sabia que precisava investir em minha aparência para continuar vivendo dessa forma, sem receber reclamações de meus clientes. Depois de um certo tempo, já não a ouvia mais, pois, por mais que eu estivesse tentando me manter sóbria, não conseguia parar de pensar em como a trombada com aquele homem tinha me parecido algo humilhante.


 

— Sasuke é um pouco imprudente... Mas você já deveria ter esquecido dele — dissera Orochimaru para mim após ouvir uma reclamação minha sobre o comportamento do garoto no nosso primeiro encontro.

 

No meu primeiro encontro com um cliente, para ser mais exata.

 

— Foi você quem começou a falar sobre ele. Já deveria ter imaginado que não me afeiçoei àquele homem. — Me remexi um pouco na cadeira, sentando em cima de uma das minhas pernas, enquanto observávamos os prédios da sacada do quarto de hotel onde estávamos.

 

— Ele e a karin são conhecidos meus de longas datas. Foi eu quem a iniciei na bondage, e quando contei para ele, o garoto quis aproveitar também! Mas não se preocupe, acho que ele não vai te convidar para sair. Ele só sai com a Karin, eu também, até conhecer você!

 

— Ainda bem! Também não se preocupe, mesmo se ele me chamasse eu recusaria.

 

 Ele soltou uma risada exasperada e me virei para ele novamente, tentando encontrar a graça que ele havia visto em minhas palavras.

 

— Ele é um cara legal, só é um pouco... excêntrico.

 

 — ...Talvez eu só não o conheça direito. — Engoli minhas palavras com a ajuda do champanhe que bebíamos, torcendo para que ele não reparasse no desgosto em minha face ao dizer aquilo. Afinal, apesar de tudo, eles eram amigos!

 

— Ele não vai ter interesse em sair com você, eu acho. Ele é um pouco imprudente, e só transa sem camisinha. — Revirei os olhos, procurando uma maneira de fugir daquela conversa, já estava cansada de falar sobre aquele arrogante. E o fato de saber que ele era do tipo de cara que se arriscava em uma noite por puro prazer, só me fez ficar ainda mais enojada...

 

 — Moça? — Acordei com a voz da atendente, percebendo só agora no quanto estava distraída. Dei um sorriso amarelo para ela, pegando uma das camisolas que a garota segurava nas mãos.

 

— Me desculpa! É muito linda!

 

Acredito ter olhado todas as peças com minha numeração da loja, além de ter aproveitado para ver meia calça e outras coisas básicas. No fim das contas, a garota que me atendia ficou com um enorme sorriso no rosto quando disse quais peças que levaria, que no caso eram praticamente todas as que tinha visto e gostado.

 

A atendente começou a dobrar e guardar num papel de seda cada lingerie, enquanto eu começava a acertar os detalhes de pagamento. Havia mais uma ou duas pessoas dentro da loja, mas as outras atendentes e a caixa não paravam de olhar para mim. Provavelmente pensando como uma garota simples, com o rosto lavado, vestindo um short jeans, uma camiseta regata e uma mochila preta nas costas pagaria por tanta coisa.

 

Tremi ao ouvir o valor final de minha compra, mas não me queixei. Coloquei minha bolsa em cima do balcão, toda desajeitada, procurando pela minha carteira. Estendi meu cartão poupança para a mulher que estava do outro lado do balcão; eu não tinha outro cartão a não ser o poupança e o que Itachi tinha me dado, então mesmo se quisesse pagar parcelado não poderia.

 

A mulher abaixou um pouco os óculos de grau que usava, como se fizesse isso para ajustá-lo em seu rosto, lendo alguma coisa no cartão. Não muito contente, ela pediu minha identidade e me senti um pouco ofendida com isso, já que meu cartão era de senha. O que fiquei a pensar foi que ela imaginou que devia ser algum tipo de golpista, ou coisa assim.

 

— Quatro mil, setecentos e trinta e cinco reais e quarenta centavos — a mulher sibilou enquanto digitava os números na máquina. Vi nitidamente na hora em que ela passou um olhar desconfiado para a colega de trabalho, que estava ao meu lado, e fiquei ainda mais chateada.

 

 — Entendi bem qual era o valor da primeira vez que você o disse. Se está achando pouco, então vou procurar outra loja. — Fechei minhas mãos em punho enquanto cuspia essas palavras para ela. A mulher arregalou os olhos, e eu não precisava olhar para trás para saber que todos nos encaravam, já que um silêncio enorme se instaurou no lugar.

 

— Desculpe. — Ela olhou brevemente para o cartão, voltando a falar em seguida. — Sakura. O problema não é você, é que já fomos vítimas de fraude uma vez e agora procuramos dar mais atenção às coisas. É raro uma mulher tão jovem comprar tanta lingerie de uma só vez. — Apesar de ter ouvido atentamente a explicação da mulher, isso não diminuiu minha frustração. Coloquei meu pé esquerdo apoiado no meu joelho direito, deixando minha rasteirinha básica jogada no chão.

 

 — Eu duvido que você faça isso com todas as clientes — falei baixinho tentando não chamar mais atenção, apoiando meus dois braços no balcão e olhando a mulher nos olhos, sentindo meu coração palpitar pelo que estava fazendo. — Vou voltar aqui, e se isso acontecer comigo outra vez, eu processo vocês. — Me endireitei novamente, vendo a mulher engolindo em seco, olhei para o lado e a garota que me atendeu estava com um sorriso no rosto, piscando para mim. Provavelmente também não suportava a outra mulher.

 

Coloquei minha senha na máquina do cartão, observando o rosto sem graça da caixa, enquanto ela removia o comprovante de pagamento. Antes de sair, liguei para o taxista que sempre me atendia. Peguei as várias sacolas da mão da garota gentil que me atendeu, e resolvi a gratificar, por ela ter sido a única naquele lugar a me atender apropriadamente e sem preconceitos.

 

Desajeitada, peguei minha carteira de dentro da bolsa e dei à garota uma nota de cem reais. A garota não queria aceitar, se sentindo envergonhada com o meu ato. Larguei as minhas sacolas no chão e puxei a mão dela, pousando a nota em sua palma.

 

 — Aceite! Você merece por ter me dado tanta atenção. — Ela acenou positivamente, com o rosto um pouco vermelho, e antes que eu saísse de dentro da loja ainda dei uma olhadinha para trás, vendo a cara de boba da mulher que havia me tratado com desdém.

 

Ainda fiquei do lado de fora da loja uns dez minutos esperando o meu táxi e aproveitei para enviar a mensagem que deixei de lado por conta do Sasuke. Escrevi um texto enorme, explicando tudo o que tinha acontecido no estabelecimento, pensando que seria melhor se eu tivesse ligado. Depois de alguns minutos Ino retornou minha mensagem com risinhos, dizendo que isso nunca aconteceu com ela.

 

Continuei conversando por mensagens com ela enquanto ia para minha casa. Estava reclamando por não estar com tempo para lavar minhas roupas e a garota falou para eu me registrar em uma lavanderia. Imediatamente comecei a procurar serviços de lavagem de roupas pela internet, especificando o endereço do meu novo apartamento como localidade, já que se tudo desse certo logo assinaria os papéis e me mudaria. 

 

Encontrei duas e gravei o número de ambas no meu celular para ligar depois que chegasse em casa e estivesse mais tranquila. Minha vida estava mudando de forma drástica e quanto mais clientes eu tinha, menos tempo para fazer minhas coisas eu possuía. Paguei o motorista, suspirando pesadamente antes de entrar na minha pequena casa, me recordando que a cabine do Iate em que estava mais cedo deveria ser do mesmo tamanho ou maior que ela.

 

Joguei as sacolas em cima da cama, sem ânimo nenhum de arrumá-las e fui tomar um banho. Apesar de tantas coisas já terem acontecido durante meu dia, não estava insatisfeita. Meu cliente pareceu ainda mais interessado em mim, depois do mal-entendido que ocorreu enquanto nadávamos. E apesar de ter me sentido humilhada durante um momento na loja, consegui dar a volta por cima.

 

A única coisa da qual não via um ponto positivo era o meu encontro com Sasuke. Ele era do tipo de pessoa que te lembra uma sombra demoníaca, que te persegue nos piores momentos, esfregando na sua cara que você é sempre inferior a alguém. Mas não ia permitir que ele me fizesse de tapete, se algum dia encontrasse com ele novamente, faria ele pagar cada instante em que me senti mal por causa dele.

 

Não era do tipo de pessoa vingativa, nem mesmo era do tipo que reagia a algum insulto. Mas quando decidi entrar nessa vida de acompanhante sabia que teria de mudar algumas coisas no meu caráter e cada vez que me defendia de alguém como ele, me sentia uma vitoriosa. É como se a cada palavra dita em minha própria defesa eu subisse uma escada mais, o meu único medo era o de cair quando chegasse mais perto do topo.

 

Saí do banheiro e antes mesmo de pegar a roupa que vestiria olhei meu celular. Antes não ligava muito para mensagens ou ligações, mas com meu novo trabalho acabava usando muito esse meio de comunicação e para facilitar minha vida comprei um celular novo com o meu primeiro salário, pago por Orochimaru.

 

Tinha a mensagem de um cliente, pedindo para me encontrar essa noite. Arqueei uma de minhas sobrancelhas, achando engraçado o fato de ele ser a segunda pessoa a pedir minha companhia num dia que não costumávamos nos ver, numa terça-feira. Me deitei na cama, ainda enrolada na minha toalha pensando no que diria para ele, afinal, havia acabado de sair com outro homem, não sabia se daria conta de sair com ele também.

 

Mas acontece que esse cliente era um homem muito gentil e carinhoso, não acreditava ele pudesse me dar tanto trabalho. Sabia que ele era o único cliente que tinha que me pagava o valor convencional de mil e quinhentos reais pelo serviço de namorada por um dia. Mas não podia menosprezar o dinheiro dele, trabalho é trabalho, e precisava ser o mais atenciosa possível com cada um dos homens que saía, assim a probabilidade de ser indicada por eles para alguém aumentava.

 

Coloquei meu celular apoiado em meu queixo, pensando no que fazer, olhando novamente a mensagem enviada por ele, como se assim fosse chegar a uma boa conclusão. Sorri, pensando em como ele era fofinho, com seu corpinho sarado e seu jeito extrovertido, sempre tentando me agradar. Ele gerenciava a academia do pai dele, que era um senhor paralítico.

 

Segundo ele, o pai dele ficou nessa condição depois de uma luta de Muay Thai. Ele o admirava bastante e falava muito sobre ele e apesar de o garoto ter aproximadamente a mesma idade que eu, parecia ser muito cabeça; um homem muito íntegro e inteligente. Pensando em tudo isso, resolvi aceitar me encontrar com ele, já que não me sentia tão exausta como quando ficava com Orochimaru ou um outro cliente.

 

Eufórica, enviei a mensagem para ele concordando em nos vermos, puxei as sacolas para perto de mim, pensando em qual lingerie usaria esta noite. Agora não precisaria mais ficar achando minhas peças íntimas inadequadas, já deveria tê-las comprado há muito tempo, mas também estava precisando de roupas e calçados novos e acabei por priorizar isso.

 

Arrumei minhas coisas, aliviada por saber que não precisaria passar a noite com ele, já que o nosso combinado de sempre era o de apenas ficarmos juntos o tempo suficiente para conversarmos e fazermos sexo. Me arrumei bem mais rápido do que costumava e me deitei na cama aproveitando para dar uma olhadinha no meu perfil no site de acompanhantes.

 

 Fiquei intrigada ao ver que agora existia um meio diferente de atender os clientes: sexo virtual. Mei ainda não tinha me falado nada sobre o programa, então provavelmente ele fora implantado recentemente. Enviei uma mensagem para ela, pedindo que ela explicasse como que funcionava. E ela me enviou de volta uma mensagem que já deveria ter enviado para várias outras garotas, considerando que o texto era grande e ela me respondeu em poucos segundos.

 

Acabei não me interessando no serviço por conta do valor, que era de quinhentos reais apenas, para aparecer nua na web para clientes que não gostam de contato ou os que são tímidos. Talvez um dia eu mudasse de ideia, mas no momento não conseguia imaginar como seria me tocar enquanto outra pessoa assistia tudo num lugar distante, sem contar o risco de ser gravada ou algo assim.

 

Liguei para o taxi, contando os minutos para que ele chegasse logo e eu pudesse fazer meu trabalho e voltar para casa e dormir. O meu dia havia sido tão agitado que sequer pude tocar um dedo em um de meus livros. O meu tempo estava curto e ainda tinha de me preocupar com o fato de que quanto mais os dias se passavam mais próximo estava de Hinata chegar.

 

Dei um pulo da cama ao ouvir a buzina do taxi, dei uma última olhada no espelho verificando minha maquiagem e saí.

 

 Desci de frente ao hotel em que sempre me encontrava com ele, fui até a recepção para checar o número do apartamento. E apesar de já ter feito isso antes, ainda me sentia envergonhada. Peguei o elevador, repetindo em minha mente o número do quarto, observando uma velhinha com um cachorrinho fofo nas mãos.

 

Bati na porta duas vezes e isso foi o suficiente para que eu já pudesse ouvir passos vindo em minha direção. Respirei fundo, tentando afastar o cansaço de minha face, me preparando para meu melhor sorriso. Por mais que ele não me pagasse tão bem quanto os outros clientes isso não significava que eu devia agir de qualquer forma.

 

 — Oi, Sakura. — Ele segurou em minha cintura, dando um beijo em minha bochecha em seguida. — Você está linda como sempre — concluiu, me puxando para dentro do quarto com leveza.

 

 — E você, gentil como sempre. — Esperei que ele fechasse a porta e fui em direção à mesa que tinha no quarto, pousando minha bolsa sobre ela. Soltei um suspiro gostoso ao sentir ele me abraçando por trás e desferindo beijos em meu pescoço.

 

— Estava louco para te ter.

 

 — Isso é bom! Assim não tive de esperar tanto tempo para poder ficar com você. — Ele sorriu todo bobo, me beijando em seguida. Mas, diferente de todas as vezes em que estivemos juntos, hoje ele me parecia um pouco preocupado. — Aconteceu alguma coisa com seu pai?

 

— Não, ele está bem.

 

— Então por que essa carinha triste, Rock Lee?

 

 — Só estava com saudades. — Ele me apertou em seus braços, me beijando novamente.

 

Sua boca estava sedenta pela minha, poderia jurar que estava beijando um homem apaixonado. Desci um pouco minhas mãos e comecei a tirar a blusa dele enquanto ele continuava a me beijar. Ao nos separarmos, admirei por alguns instantes sua barriguinha tanquinho, que chegava a arrepiar meu corpo só de ver. Não entendia como um homem jovem, legal e gentil como ele estava sozinho.

 

Me afastei um pouco dele e comecei a tirar minha roupa, estava louca para ver o impacto que minha lingerie nova causaria. Lee tirou o restante de suas roupas com rapidez, enquanto eu me despia devagar. Ele olhava intensamente para minha calcinha branca rendada e meu sutiã da mesma forma enquanto se masturbava.

 

Dei um passo para frente, seguindo em sua direção, mas ele me parou, espalmando sua mão em meu seio. Em seguida, senti um frio na barriga ao ser empurrada por ele e caí em cima da cama. Ele começou a subir pela cama, deixando meu corpo no meio de suas pernas, e abri a boca quando seu membro duro se aproximou de meu rosto.

 

Agarrei o pau dele com força, lambendo e chupando sua glande, enquanto ele gemia prazerosamente. Ele se reclinou um pouco, e o ar já começava a me faltar quando voltou a posição inicial. Tirou o pênis de minha boca de vagar, olhando para meu rosto enquanto começava a colocar a camisinha. Rock Lee pegou em meus braços e me puxou mais para cima da cama, ele era muito forte e isso estava cooperando para que eu ficasse cada vez mais excitada.

 

 Ele se posicionou entre minhas pernas, apoiou uma das mãos em minha barriga, enquanto com a outra posicionava seu pau na minha entrada. Fechei meus olhos enquanto ele ia introduzindo lentamente seu pênis dentro de mim, gemendo entre dentes. Ele não perdeu tempo e quando entrou tudo, começou a se movimentar, ainda devagar. Era assim que ele gostava de sexo, lento, carinhoso, porém gostoso.

 

Abri os olhos, observando seu rosto já suado. Seu corpo não estava encostado sobre o meu e dessa forma podia ver seu pau deslizando para dentro de mim quando olhava para baixo. Minha boceta já estava toda molhada só por ter um homem gostoso como ele me desejando tão intensamente. Segurei em seus quadris, e ele se abaixou, me dando um beijo na boca.

 

Suas investidas começaram a aumentar, assim como nossos gemidos. E comecei a me sentir um pouco frustrada ao ver que ele estava prestes a gozar, mas eu não havia gozado ainda. Ele começou a urrar de tesão, se despejando em mim, então logo comecei a sentir meus espasmos musculares, enquanto ele ainda me estocava, ensandecido pelo prazer.

 

Ele ficou acariciando meus cabelos por um tempo, deitado ao meu lado. Fechei meus olhos, quase me entregando ao sono por causa do cansaço do dia, mas logo despertei ao vê-lo se levantando para tomar banho.

 

 Depois que me arrumei, fiquei esperando por ele, que ainda enlaçava a gravata na frente do espelho. Ele estava calado demais, e isso já estava me perturbando, pois normalmente tinha de aguentá-lo falando sobre vários assuntos comigo. Me sentei na cadeira da mesa de jantar e continuei observando ele por um tempo.

 

 — Será que a gente pode conversar? — ele falou, dando uma última conferida em sua roupa no espelho.

 

 — Claro.

 

Ele caminhou estalando os dedos em minha direção e se sentou ao meu lado, pegando minhas mãos em seguida: — Eu sei que nos vemos há pouco tempo, mas... Eu amo você Sakura.

 

Engoli suas palavras com dificuldade. Mas achei melhor deixar para lá, ele era um homem sozinho, e eu estava oferecendo a ele uma companhia de namorada, então tinha de saber relevar.

 

— Eu também te amo! — disse, encolhendo os dedos dos meus pés em minha sandália. Ele respirou fundo, olhando para o lado e depois voltou a me encarar.

 

— Estou passando por uma dificuldade financeira e receito que talvez não possamos nos ver com tanta frequência mais.

 

— Tudo bem — falei baixinho, acariciando a mão dele com meu polegar.

 

 — Se você me desse algum desconto, talvez eu pudesse continuar a te ver toda semana. — Ele parou por um instante, e sei que devo ter feito uma cara confusa para ele por alguns segundos. — As academias estão rendendo muito pouco, tem muita gente saindo por falta de dinheiro e isso me afeta também.

 

Sabia que as coisas estavam difíceis para todos, mas não podia fazer o que ele estava pedindo. Primeiro que ele já era o cliente a me pagar o valor mais baixo dentre todos, segundo por que, se isso caísse nos ouvidos de algum outro cliente meu, perderia muita credibilidade. Os olhos dele estavam cheios de lágrimas, mas não poderia mudar minha postura. Tirei minhas mãos das dele, tendo de puxá-las um pouco para que ele as soltasse.

 

 — Sinto muito, Rock Lee, mas não posso fazer isso. Gosto muito de você, mas também tenho outros clientes e seria uma falta de respeito com eles se eu reduzisse o valor pago por você. Mas quando se estabilizar e puder pagar por mim, sabe como me encontrar. — Ele balançou a cabeça positivamente, fechando os olhos.

 

Me levantei da minha cadeira me sentindo um pouco mal por ter tido de enfrentar uma conversa como aquela, mas isso fazia parte do trabalho, não podia me abalar com tão pouco. Abri a porta do apartamento, olhando para trás em seguida, ele permanecia com a cabeça baixa, provavelmente decepcionado, mas eu sabia que tinha feito a coisa certa para mim e para meus outros clientes. Essa era só uma das muitas situações inevitáveis que teria de aprender contornar, como outras coisas que enfrentei no meu dia de hoje e que ainda estavam por vir. Precisava me manter firme, sempre.


Notas Finais


É isso ai povo rsrsrs
Tadinho do Lee né kkkk
Até a próxima, bjnnn!


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