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História A acompanhante - One more time


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


Gente, uma coisa: as vezes eu olho para Margot Robbie e penso não pode ser real, essa mulher é linda demais haha
Booom, espero que vocês gostem e comentem, pois a opinião de vocês é de suma importancia para mim. Desculpem qualquer errinho.

Capítulo 10 - One more time


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - One more time

 

“Nós nunca fomos o par perfeito, nós nunca fomos nada além de problemas...”

 

Um mês depois que abrimos nossa agência, não podíamos estar mais animadas. A noite da festa de “inauguração” estava só começando. Mark convidou alguns (muitos) amigos milionários enquanto eu e as meninas tivemos que preparar quarenta garotas inexperientes para poder fazer a melhor festa que poderia ser dada. As meninas estavam maravilhosas e eu ficando cada vez mais barriguda.

-Bom meninas, nós ensinamos tudo o que vocês precisam saber – falava enquanto as meninas ouviam com atenção. – Nessa noite nós estamos aqui só para entretenimento desses homens que são quase os donos do mundo, façam eles conhecerem vocês, terem vontade de vocês, cobiçar vocês e logo teremos homens de todo o mundo ligando para nós atrás de vocês. Agora vão, e façam eles se divertirem.

Todas pareciam muito animadas, mas ninguém podia superar a minha animação, a mansão foi ficando cheia de homens poderosos e de mulheres poderosas. O que me deu uma grande ideia. Por que só agenciar garotas se haviam muitas mulheres ricas solitárias no mundo? Era uma ideia que eu ainda ia amadurecer.

-Está uma noite maravilhosa, Margot. – Mark disse me abraçando. – Não tenho dúvidas de que você vai conseguir muita coisa nesse ramo. Como está o bebê?

-Crescendo – falei sorrindo – me deixando mais enjoada que o possível.

-Ouvi dizer que só piora – sorriu amigavelmente, fiquei observando enquanto a mansão se enchia mais de pessoas, havia mais gente do que eu tinha previsto. Quando o local começou a ficar muito cheio fui para o meu escritório para poder respirar um pouco.

-Jared, o que faz aqui? – me assustei com ele, ele segurava em sua mão uma fotografia minha.

-Vim ver você... Você anda sumida – ele se aproximou de mim, quando ele se aproximava de mim era como se eu esquecesse como se respira. Ele parou a meio cm de distância de mim e alisou meu rosto, não pude conter um sorriso. – Você é linda.

Mordi o lábio inferior e segurei sua mão, lutando contra cada átomo do meu corpo deis alguns passos para trás me afastando dele.

-Não posso receber visitas agora, Jared. Estou ocupada, não vê que hoje é meu primeiro dia como diretora de uma empresa?

Falei orgulhosa de mim mesma, ele colocou a mão no bolso e sorriu.

-Sim, mas é realmente isso que você quer?

-Como assim?

-Agenciar garotas?

-Não só garotas, também agenciarei garotos. – sentei-me em minha cadeira. Podia ver em seus olhos como ele desaprovava aquilo tudo, mas eu realmente não me importava com a opinião dele.

-Porque você faz isso? Porque não admite logo? – falou com os olhos fixados em mim.

-Admitir o que?

-Que me ama?

Então era isso! O Orgulho e arrogante Jared não suportava a ideia de amar uma mulher que não o amava de volta, ele precisava, tinha a necessidade de saber se era reciproco. E eu não podia negar que talvez fosse, mas não era difícil admitir para ele, era difícil admitir para mim mesma que o amava.

-Não vamos falar sobre isso agora, Jared. – falei.

-Eu sei que você é solitária, Margot.

-Você não sabe de nada sobre mim. – disse me virando de costas para ele.

-Bem, eu sei que eu te quero então seja corajosa e me queira de volta. – Apertei meus olhos ouvindo aquelas palavras não consegui dizer mais nada então ele se retirou. Suspirei fundo e passei a mão no rosto jogando o cabelo para trás. Mas que porra, Margot! Porque aquelas poucas palavras eram capazes de despertar um turbilhão de sentimentos em mim? Olhei para a minha mesa um pouco desolada, por um lado tudo estava indo bem na minha vida mas por outro... Enquanto pensava essas coisas avistei uma caixa preta de veludo com um laço sobre a mesa.

Para Srta. Robbie. Com Amor” era o que dizia um pequeno cartão, assim que abri a caixinha a soltei com força em cima da mesa. Seja de quem for, a brincadeira não tinha graça. Dentro da caixa havia uma seringa e alguns ml de heroína. Quanto mais eu me esforçava para me manter longe daquelas coisas mais elas me apareciam e quem poderia ser tão cruel a ponto de me enviar isso? Logo meu corpo começou a sentir a necessidade e falta da droga. Olhei para as minhas mãos que tremiam na ansiedade de desfrutar daquilo que estava ali na minha frente.

Reunindo um pouco de coragem saí dali e fui para o salão, aproveitar um pouco a festa. Assim que desci conversei com alguns convidados que estavam ali. Tentei não demonstrar como estava com o humor alterado na frente deles, e quase consegui. Peguei um copo de refrigerante para beber e olhei em volta do salão... Mas o que?

Me aproximei de Jared e da loira que estava quase se esfregando nele.

-O que você está fazendo? – perguntei para ele que mantinha sua mão na cintura da mulher.

-Aproveitando a festa – respondeu.

-Vai embora – falei para a mulher, ela fez uma careta sem entender nada – vai!

Eu não estava suportando ver as mãos dele na cintura dela, o que ele tinha na cabeça? Ele era idiota ou o quê? Não tinha que ficar se esfregando com nenhuma daquelas mulheres ali na minha frente. Ele tomou um gole do Whisky e riu, limpando o canto da boca.

-Vai ficar com ciúmes de toda mulher que me ver conversando? – disse irônico.

Semicerrei os olhos e fingi uma risada.

-Não estou com ciúmes... Só que elas estão aqui para divertirem meus clientes! – falei quase engasgando, senti que estava ficando corada e o sorriso dele na minha frente não estava me ajudando muito.

-Jared... Você não pode achar que estou com ciúmes de você, de jeito nenhum! Se você quiser ficar com alguma mulher aqui fique.

Ele ergueu as mãos em rendição.

-Que tal aquela Morena? – disse apontando. – acho ela bem gostosinha.

Olhei para a garota morena com um short curto, se é que podemos chamar aquilo de short.

-Não – a palavra pulou da minha boca, ele riu. – Quero dizer... ela não faz seu estilo.

-Só uma garota aqui faz meu estilo – ele falou quase sussurrando, me arrepiei com a rouquidão de sua voz. Ele riu percebendo que estava me deixando nervosa. Bati o pé.

-E a ruiva ali? Gosto de ruivas, elas são sempre mais selvagens.

-Você vai ser pai!

-E o que isso tem a ver? – tomou outro gole de Whisky. – posso ser pai e continuar transando com outras mulheres.

Fiquei de boca aberta sem saber o que responder. Por que eu estava tão nervosa? Peguei no braço dele e levei ele até porta.

-Você não vai ficar com nenhuma garota daqui! – falei e ele continuava com aquele maldito sorriso no rosto – Jared Joseph Leto, você está proibido de tentar sair com qualquer garota que trabalhe para mim.

Ele arqueou as sobrancelhas.

-Eu vou proibir todas elas de se aproximarem de você.

-Porque você se importa tanto, Margot Elizabeth Robbie? – ele disse dando ênfase no meu nome.

-Bom porquê... porque... Você é muito safado e... – eu tentava procurar as palavras, tentava formar uma frase com sentindo mas não conseguia encontrar uma forma de fazer aquilo. Então parei de falar e puxei ele pelo colarinho da blusa, beijando-o intensamente. O gosto de Whisky nos lábios dele me trouxe uma sensação boa e gostosa, ele me empurrou contra a parede passando a mão pelo meu corpo enquanto nossas línguas se encontravam, beijar ele era como ter o paraíso na terra. Eu o puxava cada vez mais para perto de mim como se precisasse dele mais e mais, quando finalmente fui perdendo o ar o empurrei para longe de mim. Ele ficou sem entender nada quando eu saí correndo de volta para o meu escritório.

-Margot! – ele me chamou mas eu apenas continuei caminhando sem olhar para trás. Entrei e fechei a porta.

-Estupida! Estupida! Estupida! – falei para mim mesma dando uns tapas na minha cabeça – Ele te humilhou! Ele te bateu! Idiota! Ele é como seu pai... Ele é a cópia viva do seu pai. – eu andava para lá e para cá indignada comigo mesma, como eu poderia amar ele? Carregar um filho seu tudo bem, mas amar? Como eu poderia ama-lo? Sempre tive um grande problema com raiva, não conseguia controlar minha raiva contra mim mesma, por isso que quando estava nervosa sempre acabava fazendo besteira e naquela noite não poderia ser diferente. Parei de caminhar e olhei para a minha mesa, me aproximei e peguei a caixa preta abrindo-a. Meu subconsciente começou a praguejar contra mim mesma mas deixando-me levar pela vontade do meu corpo em sentir aquela sensação que só aquela droga poderia me trazer, apliquei em meu braço. Não demorou muito para droga começar fazer o efeito que meu corpo tanto queria, enquanto meu corpo se deliciava com o efeito logo senti a culpa cair sobre mim, que droga, Margot! Você simplesmente não consegue ficar longe dessas merdas! As lagrimas de culpa começaram a descer pelo meu rosto. Estupida! Estupida! Era tudo o que eu conseguia pensar.

Meu coração acelerou, como se fosse saltar para fora do meu peito, caí no chão sem conseguir respirar, estava sufocando, rasguei a parte da frente do meu vestido precisado de ar, tentei chamar por ajuda mas a minha voz não saia, meu corpo começou a se paralisar, meu deus! Eu estava morrendo.

-Eu estava pensando... – a porta se abriu e eu ouvi a voz dele, ele adentrou no meu escritório correndo quando me viu no chão. Lagrimas caiam pelo meu rosto mas eu não conseguia me mover, Jared olhou em volta e viu a seringa caída ao meu lado, a decepção e raiva foi notável em seus olhos. – O que você fez? – falou correndo até mim, olhei em seus olhos tentando pedir socorro com meu olhar e ele entendeu perfeitamente, deixando a raiva de lado me pegou no colo e saiu comigo pelos fundos da mansão. Seria péssimo sair carregada de sua própria festa, não?

A dor era tão grande em meu peito que eu só queria apagar e morrer logo, mas não conseguia nem piscar. Eu estava caída no banco de trás do carro dele enquanto o mesmo corria pela cidade até chegar ao hospital mais próximo. Assim que chegamos ele me tirou de dentro do carro e correu para dentro do hospital.

-Preciso de um médico, ela está morrendo. – eu respirava com dificuldade, um bando de enfermeira me rodeou, me colocaram em uma maca e me levaram para a emergência.

-O que ela tomou? – ouvi o médico perguntar para Jared – isso são sintomas de envenenamento.

Jared jogou o cabelo para trás, eu podia ouvir e ver os dois conversando do lado de fora da sala.

-Ela se drogou... Heroína, eu nãos sei. Você tem que salvar o bebê, doutor. – ele parecia realmente desesperado.

-Tem certeza de que era heroína?

-Eu não sei – respondeu. Depois que me aplicaram algum remédio, senti como se meus pulmões estivessem voltando a trabalhar, meu coração se acalmou e eu já não suava tanto. Minha língua desenrolou e eu já podia falar. Fiquei sendo medicada pelo resto da noite.

Jared sumiu, aparecendo só depois de duas horas acompanhado de um homem de cabelos brancos, óculos e uma pasta grande e preta.

Assim que vi como ele me culpava apenas com um olhar comecei a chorar. Não suportava ele me olhando daquele jeito, como se eu tivesse tentando matar meu bebê. Eu não esperava que isso fosse acontecer, eu achei que aquilo fosse heroína... Jared e o homem entraram no quarto.

-Jared...? – falei baixo, ele apenas me lançou um olhar mas se aproximou da janela do quarto, cruzando os braços.

-Srta. Robbie, eu sou Dr. Paschoal, advogado do Sr. Leto. – disse estendendo a mão, apenas olhei para a mesma e voltei a encarar os olhos castanhos a minha frente. Ele recolheu sua mão.

-O que quer? – perguntei sem delongas. Eu sempre assemelhei advogados a coisas ruins que aconteciam na minha vida, se havia um advogado envolvido quer dizer então que a coisa estava feia. Ele se sentou em uma das cadeiras e abriu sua pasta, retirando alguns papeis. – O que é isso?

-Um termo de responsabilidade!

-Um o quê?

Um termo de responsabilidade. Srta. Robbie meu cliente me procurou dizendo que você é dependente química e não consegue se manter longe de drogas mesmo estando grávida. Com receio de que a vida de seu filho seja colocada em riso, o meu cliente quer que você assine um termo alegando que se colocar a vida dessa criança em risco novamente, o pai tem total poder de leva-lo para longe da mãe decidindo assim proteger ela das ameaças que a sua presença pode causar.

-Você acha que sou uma ameaça, Jared? – perguntei olhando para ele, que apenas se manteve quieto e de braços cruzados. – Responde. – falei nervosa quase me levantando da cama.

-Acho que você é louca, irresponsável, desiquilibrada e pode matar meu filho antes mesmo que ele venha para o mundo. – disse sem medir palavras, fiquei de boca aberta.

Engoli em seco. O que eu diria? Ele tinha total razão do que estava falando. Naquela noite eu quase matei meu filho por que eu estava simplesmente magoada em com medo de me apaixonar. Que patético! Uma pessoa normal não faria isso. Mas eu não podia aceitar que ele me tratasse daquela forma na frente dos outros. Quem ele pensava que era? O criador da responsabilidade? E aquilo tudo era um grande desrespeito. Eu era realmente tão incapaz de cuidar do meu filho que era obrigada a assinar um documento? Era humilhante, mas mesmo assim peguei os papeis e os li.

-Eu vou assinar – disse – porém saiba que isso nunca, nunca vai ser usado, Jared.

Eu tinha total certeza do que estava falando. Depois que terminei de assinar um silencio tomou conta do quarto. O Dr. Paschoal se retirou junto com sua mala enorme e Jared e eu ficamos calados, palavras não conseguem descrever a raiva que eu estava sentindo naquele momento.

-Não fica brava comigo, foi preciso – ele disse tentando se aproximar de mim.

-Vai embora – falei sem olhar para ele – vai embora e nem pense em voltar aqui.

-Margot...

-Vai logo. A minha cabeça está explodindo eu não suporto olhar para você! - ele me olhou perplexo mas logo deixou a sala. Eu corri para o banheiro ao sentir a comida subir até a minha garganta, me ajoelhei e vomitei. Me levantando devagar, olhei-me no espelho e a imagem que vi me deixou estarrecida. Vi uma garota branca, pálida na verdade, com um pequeno corte no canto direito da testa, um lábio inchado e machucado (como foi que eu me machuquei?). Cabelos desgrenhados, olhos fundos e olheiras, eu estava acabada. Costumava me olhar no espelho e me gabar da grande mulher que via, uma loira que atraia a atenção de qualquer homem mas naquele momento eu não sabia como Jared ainda queria ficar ao meu lado, eu estava um caos. Me arrastei de volta à cama e tentei relaxar, fechei os olhos mas quem disse que conseguia fugir de meus pesadelos? Eles estavam ali o tempo todo.

No dia seguinte eu já estava sendo liberada, porém eu estava morrendo de medo, medo de não conseguir me controlar novamente e acabar me drogando de novo. O médico havia dito que meu filho sobreviveu por um milagre, pois o veneno que eu mesma coloquei em meu corpo poderia ter levado nós dois a óbito. Fui para casa pensativa.

-Margot, você está bem? – perguntou Lizzy – Margot? Margot! – gritou.

-Hã? O que foi? – falei saindo dos meus pensamentos.

-Você está bem? Temos uma reunião hoje com alguns meninos que vão entrar para a agencia.

Eu não respondi, caminhava de um lado para o outro na janela.

-Você está nos ouvindo? – falou Lila.

-Eu estava pensando sobre as coisas que eu fiz. – falei sem olhar para elas – eu vou me internar.

-O que? – as três disseram em uníssono.

-Não pode nos deixar agora. – falou Lila – está dando tudo certo, não pode simplesmente sumir.

-Eu não vou sumir, vou cuidar do meu filho.

-Você nem é tão viciada assim – ela falou insistindo.

-Eu quase matei meu filho – falei pausadamente.

-Você não precisa fazer isso por uma criança que quase não tem um mês ainda de vida! Porque é tão importante? Mais importante do que a Agencia? Agora que está dando tudo certo, estamos conseguindo muitos clientes, você quer simplesmente parar por causa de um feto? – Lila explodiu.

As palavras dela me causaram nojo, até onde iria o amor das pessoas por dinheiro? Fiquei calada, perplexa, sem conseguir responder ela direito por alguns segundos. Eu a ignorei e fui até ao meu quarto e comecei a arrumar minhas coisas para levar para a clínica.

-O que vou dizer para nossos clientes? Que você vai se internar por causa do filho de um homem que não te ama?

Lizzy e Marina ficaram quietas, eu sabia que elas não queria que eu fizesse isso mas não se atreviam a dizer aquilo que Lila estava dizendo. Revirei meus olhos e continuei arrumando minhas coisas.

-Isso é uma completa estupidez. – falou por fim.

-Qual o problema, Lila? Não consegue cuidar das coisas por alguns meses até que eu fique bem? – falei olhando para ela, a loira ficou quieta e engoliu em seco. – E estupidez é você ainda continuar achando que eu vou desistir de salvar a vida do meu filho.

Fechei minha bolsa e a peguei, indo até a porta.

-Tem certeza de que quer fazer isso? – disse Marina.

-Total – respondi.

-Então nós vamos com você.

 



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