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História A acompanhante - Memories part. 2


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


se tiver algum errinho me desculpem ♥

Capítulo 15 - Memories part. 2


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Memories part. 2

“Todas as promessas que quebramos... todas as coisas sem sentindo que eu falei”

 

Levantei cedo na manhã seguinte e fui até o quarto de Lola para dar-lhe de comer, mas fui pega de surpresa por Constance que já estava alimentando-a.

-Ela estava com fome – disse.

-Eu sei, por isso vim – entrei no quarto.

-Você não pode amamentar, não é? – falou – sempre acreditei que uma mãe que não pode amamentar perde grande parte de seu papel como mãe.

Ela foi longe demais, a vontade de xingar ela me subiu rápido mas me mantive calada, prometi a Jared que não seria estupida com ela, e iria manter minha promessa.

-Porque é tão cruel comigo? – falei. Ela me olhou e suspirou.

-Honestamente, não é a nora que eu sonhei para o meu filho.

-Não é você quem decide com quem ele quer ficar. – falei.

Ela ficou com a boca entreaberta por alguns segundos.

-De qualquer forma, nenhuma mãe quer uma prostituta como nora. Margot, olhe para você, acha que realmente consegue fazer ele feliz? Cedo ou tarde você vai querer acabar com esse teatrinho.

Passei a mão no rosto nervosa e saí dali, sem ter o que responder para ela. Desci até a cozinha e minha governanta me preparou um café.

-Está se sentindo bem Sra. Leto? – perguntou com o sotaque britânico.

-Não precisa me chamar de Sra. Ellen – disse tomando um gole do meu café. Então Jared apareceu de repente com Lola em seus braços e Constance atrás, os dois se sentaram a mesa. Eu não estava me sentindo muito confortável perto de Jared após lhe contar sobre o dia em que conheci as meninas, especialmente sobre Bradley. Falar com ele sobre aquele assunto me deixou um tanto melancólica, suspirei lembrando de Bradley. Enquanto tomávamos café, Grace, uma das empregadas entrou na cozinha.

-A Srta. Winston e o Sr. Leto chegaram – anunciou antes de Lila e Shannon entrarem de mãos dadas, Constance olhou para suas mãos e fez uma careta de nojo, ri interiormente com o azar dela. De odiar tanto prostituas e seus dois filhos estarem envolvidos com duas.

-Bom dia, família – disse Lila alegre. – Cadê minha bebê? – correu para pegar Lola. Shannon me deu um beijo no rosto e outro em sua mãe. Tomamos café todos juntos, mais tarde, pelos meio dia Lila, Constance, lola e eu fomos para piscina.

-Você e Shannon se dão bem? – perguntou para a loira que tomava sol.

-Ah claro, nós fudemos o tempo todo – disse olhando para o nada, provavelmente lembrando das cenas. Constance abriu a boca e a manteve aberta por alguns segundos. – Qual é o segredo desses leto, hein? Seu marido era tão bom assim? Porque para um homem prender a Margot tinha que ser muito bom de cama e Shannon, o que é aquilo? Ele é um máquina de fazer sexo, tudo que ele quer fazer é sexo, sexo, sexo, as vezes até eu não aguento essa merda.

-Lila! – disse eu rindo – não a deixe constrangida.

-Só estou falando a verdade. – justificou-se.

-Pois saiba que Shannon é muito mais que isso – disse ela se levantando da cama de tomar sol. – mas é uma pena que ele esteja com uma garota tão...

-Tão o que? Vai falar para mim o que falou para a Margot? Vai me chamar de prostituta? Eu uso drogas mesmo, eu bebo mesmo, e você não tem nada a ver com o que eu faço com minha vida, sua velha patética. – cuspiu aquelas palavras, eu não fiquei tão surpresa, conhecia Lila muito bem, já ouvi ela dizer coisas piores mas Constance ofendida, saiu sem dizer mais nenhuma palavra.

Quando ela saiu nós duas caímos na gargalhada.

-Você não tem ideia de como eu gostaria de ter dito isso – falei. 

-Ah, ninguém merece essa ridícula – deu de ombros, parei de rir por alguns momentos sendo tomada pela minha melancolia de algumas horas atrás. Olhei para Lila que se deliciava com o calor do sol em seu corpo, e não pude deixar de perguntar.

-Lila... Você nunca mais falou com Bradley? – perguntei mordendo o lábio inferior, ela abriu os olhos surpresa com minha pergunta.

-Porque você está pensando no meu irmão?

Suspirei.

-Eu não sei... – não queria lhe falar que estive contando aquelas coisas para Jared – apenas fiquei curiosa, ele partiu de uma forma tão inusitada... Achei que você iria querer ter algum tipo de contato com ele.

-Bradley era um imbecil, eu falei para ele mil vezes para deixar de ser um idiota e ele não me ouviu, realmente não me interessava naquela época o que aconteceria com ele, e ainda não me importo. – e voltou a fechar os olhos, a frieza dela em relação ao irmão não me surpreendia nenhum pouco, deitei na caminha para tomar um pouco de sol também e assim que fechei os olhos não pude deixar de lembrar daquele dia.

 

Flashback on*

 

Três meses depois que Margot havia sido “resgatada” pelo trio de amigos, ela estava morando com eles. Acostumada com o jeito de Lila, melhor amiga de Lizzy e completamente apaixonada pelo Bradley. O modo de vida dos três havia assustado ela no começo mas logo ela foi se habituando e para poder sustentar o vício nas drogas Margot também teve que ir para ruas junto de suas mais novas amigas, porém não se sentia segura trabalhando em um metrô sujo. Conseguiu emprego em poucos dias como stripper em uma boate em qualquer, foi difícil aprender a rebolar nua para caras que ela não conhecia mas quando se trata de sobrevivência somos capazes de fazer qualquer coisa. Quando se deu conta já estava ali por um ano e meio e vida degradante já havia tragado todas as esperanças e sonhos que um dia possuirá, agora viciada em cocaína e heroína, sua única esperança era Bradley, com quem namorava.

Bradley assaltava casas e lugares para poder também manter o vício em cocaína, e prometia tirar Margot daquela vida mas a promessa parecia nunca se cumprir.

-Odeio ver você vestida assim! – ele disse olhando para as meias 7/8 da loira, ela revirou os olhos.

-Sabe que eu tenho que fazer isso – disse preparando a sua primeira dose de heroína daquele dia.

-Eu já disse para você parar com essa merda, Margot. – ele esbravejou, ela revirou os olhos novamente já acostumada com os berros de seu namorado.

-Você quer que eu faça o que? Que eu morra tendo uma abstinência?

Ele apenas balançou a cabeça e saiu, Margot aplicou a droga em si mesmo e depois de alguns minutos se deliciando com o efeito se levantou e saiu para seu emprego. Passou a noite inteira tentando arrumar algum cliente mas não conseguiu nada, voltou para casa frustrada.

Bradley entrou no apartamento rindo e beijou a garota desanimada.

-O que é isso? – ela perguntou quando ele jogou um bolo de notas em cima da cama. – Bradley, é muito dinheiro.

-Estou envolvido com uma coisa nova – ele disse dando de ombros, ela pegou o dinheiro mas o medo tomou conta de si. O Seguiu até o banheiro. – Margot, finalmente eu vou poder te levar para longe dessa cidade.

-O que você quer dizer? – ela quis saber.

-Bradley seu idiota! – Lila entrou aos gritos no apartamento – é verdade o que eu ouvi?

Margot não sabia para quem olhava. O garoto juntou as sobrancelhas nervoso, caminhou até sua irmã e a pegou pelo pescoço a jogando no chão, Margot levou as mãos a boca.

-Cala a boca. – gritou.

-Agora é isso? E se te pegarem? Você já pensou nisso?

Ele passou a mão no cabelo longo jogando-o para trás.

-Alguém pode me explicar o que está acontecendo? – disse Margot.

-Esse babaca resolveu assaltar bancos!

A boca de Margot fez um O perfeito, ficou calada por alguns instantes se saber o que dizer ao certo. O que ele estava pensando? Ela só conseguiu dar dois socos no peito dele enquanto ele olhava para ela com raiva.

-Não era isso o que você queria? Você disse que queria mais! – ele gritou com ela.

Ela levou a mão a boca e começou a chorar, de repente, aterrorizada com o fato de que alguém pudesse tira-lo da sua vida.

-Não foi isso que eu quis dizer... Eu queria a gente como era antes, dançando a noite inteira, bebendo cerveja barata, nos beijando, jogando sinucas e dardos, vendo nossos amigos caindo de bêbados... – ela não conseguia mais falar com as lagrimas que a sufocava.

Então ele se aproximou e a abraçou calmamente. Ela chorou com a cabeça enterrada em seu peito.

-Eu estou fazendo isso por nós – tentou se justificar. Ela limpou a última lagrima.

-Tudo bem, não importa o que você fez, eu vou estar ao seu lado. Você sabe, eu sou para o que der e vier, não importa se você cair ou voar, pelo menos você tentou.

Ele sorriu. Mas Lila olhou para o casal assustada.

-Você vai realmente aprovar esse plano idiota dele? – falou – vocês dois são patéticos.

E saiu, deixando os dois a sós para que pudessem aproveitar o tempo sozinho. Margot estava totalmente apaixonada, em um estágio de paixão que o medo de que o tirassem de sua vida a aterrorizava mas ele sabia como acalma-la com suaves toques e beijos. Mais dois meses nessa vida, ele insistia para que ela largasse o trabalho de stripper e vivesse do dinheiro dos roubos que fazia, mas a garota não queria ser dependente dele, apesar de que o que recebia não era bom nem para suas drogas. Ele saia quase todas as noites e para ela estava tudo bem, ela estaria ali do lado dele de qualquer forma.

Mas num domingo tudo mudou.

-Margot estou indo, chego na segunda feira. – ele disse, ela mordeu o lábio inferior e deu um beijo de boa sorte no seu amado. – essa é a última vez e depois nós damos o fora dessa cidade. Espere por mim.

Ela sorriu acreditando na promessa do garoto.

-Hey – ela o chamou antes que ele saísse – eu vou te amar até os fins dos tempos, eu vou te esperar até um milhão de anos, amo você mais do que aquelas vadias de antes.

Ele sorriu, voltou então deu outro beijo na sua garota. Como ele adorava aquela menina de dezesseis anos, magra, de olhos azuis que brilhavam quando olhava para ele.

-Eu vou lembrar disso.

Então ele saiu junto com seus comparsas.

Margot arrumou-se e foi para o tão desprezível trabalho, noite adentro enquanto fumava um cigarro do lado de fora da boate viu alguns conhecidos se aproximando, o coração palpitou esperando por ele mas ele não estava entre eles. 

-Margot... – o garoto moreno disse quando a viu – ele foi pego no jogo.

Ela quase desmaiou ouvindo aquelas palavras, precisou se sentar alguns minutos. Logo as lagrimas vieram, ela não podia acreditar que eles o tirou da vida dela. Eles roubaram ele da vida dela. Ela chorou com as palmas das mãos sobre o rosto.

No dia seguinte Lila, Lizzy e ela foram atrás dele na delegacia mas ele já havia sido levado para detenção em Stockton e elas perderam qualquer tipo de contato com o garoto, Mas Margot prometeu ama-lo até que os dois se reencontrassem o que nunca aconteceu, após ouvir boatos de que ele havia sido morto na cadeia, a garota jurou nunca mais amar ninguém, talvez a frieza fosse a única forma de faze-la não sentir dor.

 

Flashback off*

 

Voltei das minhas lembranças com um beijo doce do meu marido. Ficamos a tarde toda na piscina, tínhamos tirado alguns dias de folga para aproveitar mais com Lola, e foram os melhores dias que passamos. Três semanas depois que Constance chegou era a hora finalmente dela partir, preparamos um jantar com toda família já que ela partiria para Nova York a trabalho.

-Bem, hoje é a última noite que passo ao lado dos meus filhos – sorriu – mas vou estar sempre vindo aqui. E Jared, estive conversando com Natalie ontem. Ela está bem, diz que sente a sua falta e eu acho que você deveria ligar para ela.

-Não vou ligar – ele falou.

-Jared, vocês ficaram três anos juntos! Ligue para ela. – tentou convence-lo.

-Não vou ligar – ele disse impaciente.

-Ligue! Ela foi uma ótima namorada e noiva, acredito que você estaria muito mais feliz se tivesse casado com ela. – insistiu.

-Mas que droga! – eu disse jogando os talheres em cima do prato.

-Mãe você foi longe demais.

-Só estou dizendo a verdade. – respondeu erguendo as mãos como se estivesse se defendendo.

-Eu amo a Margot, e com ela que eu quis me casar

-Não consegue acreditar que seu filho será feliz comigo. Tudo bem, você pode querer o melhor para ele eu não tiro esse direito de você mas se você perdesse tudo e tivesse que fazer as escolhas que eu fui obrigada a fazer para sobreviver talvez abaixaria um pouco o nariz que tanto empina. Então, quando resolver falar novamente da minha vida ou dos meus erros, coloque-se em meu lugar apenas por um minuto, um minutinho se quer. – eu disse me levantando e saindo. Corri para o quarto para chorar, mas que droga, antigamente eu não saia correndo chorando eu explodia na hora, por que nem isso mais eu conseguia fazer? Jared bateu na porta. Ele entrou, sentou na cama e me abraçou.

 -Não ligue para o que ela diz – ele falou secando minhas lagrimas – eu já disse que é você quem eu amo. 



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