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História A acompanhante - Art Deco


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


voltei, queridos. Queria desejar um feliz ano novo super atrasado para vocês, que esse ano seja maravilhoso para cada u de vocês, e que seus sonhos venham se tornar realidade ♥

Capítulo 16 - Art Deco


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Art Deco

“ A little party never hurts no one, so thats why its all right...”

 

Após ele dizer que me amava, sequei as lagrimas com a parte de trás da mão e o beijei. Ele devolveu o beijo com um pouco mais de ferocidade misturado com carinho, algo que só ele sabe fazer. Sentei-me em seu colo, com uma perna de cada lado de sua cintura e o puxei para mais perto de mim como se precisasse dele mais e mais perto. Suas mãos já dançavam em minhas costas até ele descer até a minha cintura e pousar sua mão ali, também me puxando com mais força para junto de si.

-Eu te amo – eu disse.

-Eu te amo – respondeu ele me dando uma leve mordida no lábio inferior. Passei minha mão sobre sua nuca, e com a outra eu tentava desabotoar o botão de sua camisa, com muita dificuldade consegui, depois outro, enquanto ele já beijava meu pescoço dando-me leves arrepios. Jared parou de me beijar e retirou a camisa revelando-me os músculos, aquele corpo que eu nunca me cansava de acariciar, o beijei mais intensamente. Ele me ajudou a retirar o vestido com rapidez, deixando-me já seminua. Segurou minha cintura novamente e me jogou em cima da cama, bati a cabeça na cabeceira e dei risada.

-Isso não é nada sexy – brinquei.

-Sexo selvagem – rimos. Ele voltou a me beijar, eu respirava rápido com cada parte do meu corpo querendo ele mais e mais, querendo seus toques, seus beijos, era tudo o que eu conseguia pensar no momento, nas mãos dele passeando pelo meu corpo, o perfume dele, tudo nele me atraia e atrai ainda. Eu e ele tivemos uma longa noite de amor, só conseguimos dormir depois de uma sessão de carinhos, beijos e brincadeiras bobas.

No Dia seguinte Constance Leto finalmente fez o favor de nos deixar, após muitos beijos e abraços em seus filhos e em Lola ela finalmente entrou dentro do carro e se foi, mas não antes de prometer a Jared que sempre viria nos ver e estaria sempre ligando para saber como vão as coisas, e não é que ela fez mesmo? Em um ano em que estivemos juntos ela sempre ligou para falar de suas viagens mas sempre guardava o melhor para quando estivesse pessoalmente, como na vez em que ela passou o final de semana em Dubai com Natalie e as duas fizeram compras e as unhas juntas, ela nunca deixou de usar os meus erros para me atingir mas, após a partida de Constance as coisas foram se ajeitando. Jared e eu aprendemos a como ser pais, ou começamos a aprender, as coisas na Agencia estavam indo muito bem e eu tentava crescer mais como empresária, e Jared me ajudava muito como ele era experiente nisso suas dicas valiam ouro.

Foi um longo ano, Lola crescia mais rápido do que podíamos perceber e eu já havia me habituado a vida de esposa, mãe e empresária. Mas algumas coisas nunca mudam, como Lila que não aceitava o fato de eu não frequentar mais bares, ou boates com ela, nem muito menos beber. Eu estava realmente muito feliz, ainda estava levando o tratamento com metadona mas ao longo dos meses as minhas doses foram diminuindo até que me vi tomando só 1ml do remédio. Mas não foi tão simples assim chegar a essa quantidade, eu tinha que manter uma boa alimentação e até comecei a adquirir alguns costumes de Jared, como comer comida vegana, eu odiava e não abandonava uma boa picanha por nada, mas reduzi bastante gorduras, frituras e etc, também já havia me acostumado com a rotina de fazer exercícios, e minha saúde foi voltando ao normal, eu nunca tinha me sentido tão bem antes, aliás, não sabia mais o que era um corpo com drogas e álcool, Jared também fazia-me praticar esportes e manter uma boa alimentação, ele era minha âncora. Também passei a pegar no pé das meninas para que mudassem de vida, mas elas não desistiam de pegar no meu pé para que voltasse a antiga vida.

-Dá uma tragada, Margot – dizia Lila.  – O que custa?

-Pode custar muita coisa – falei rejeitando o cigarro em sua mão, ela revirou os olhos.

-Para de ser chata, um cigarrinho não faz mal a ninguém.

-Me faz mal, você sabe que eu não consigo controlar. – respondi. – você deveria parar de usar drogas, beber e fumar. É um milagre que ainda esteja viva, mas olha pra você, emagrece cada vez mais, cabelos ressecados, Lila. Para em quanto é tempo! – aconselhei.

-Ah, não enche meu saco. – respondeu.

-Por isso Shannon terminou com você.

-Não, ele terminou por que ele é um idiota. – respondeu erguendo a garrafa de Whisky e bebendo – ele não sabe o que é vida.

-Não, é ao contrário, você não sabe. Gasta todo seu dinheiro nisso, não quer saber de nada... Já tem vinte e quatro anos, as coisas não são mais como eram ah dez anos atrás.

-Pra você, por que eu ainda estou na mesma merda que ah dez anos atrás, só que agora eu tenho dinheiro.

-Se você tentasse mudar...

-Para, Margot! – Gritou – nem todas tem a chance de encontrar o príncipe encantado que luta para você ficar bem. Nem todos são como o Jared que te apoiou, e nem todas é como você que larga tudo para ficar com um homem.

-Shannon estava disposto a isso, a lutar por você. Quem não quis lutar foi você – acusei, ela jogou a garrafa de Whisky no chão e saiu ofendida, e era assim que se resumia as nossas tardes juntas.

Mas apesar dela, esse um ano ao lado de Jared me fez crescer como pessoa e eu realmente não acreditava como a vida estava sendo boa para comigo.

 

Um ano depois:

 

-Grace, coloque mais um prato a mesa, por favor. – Jared pediu.

-Temo convidados para o jantar? – perguntei.

-Margot, essa é Amber Heard, minha nova assistente pessoal. – a garota loira entrou, a beleza dela era realmente impressionante mas acredito que as habilidades profissionais dela fosse mais pois não era muito fácil ter Jared como chefe. Ela vestia uma saia preta justa e uma blusa social quase transparente, caminhou até mim com elegância nos saltos e estendeu a mão.

-É um prazer conhece-la, Senhora – apertei sua mão, sorri.

-Não me chame de senhora, me sinto com uns cinquenta anos. – ela riu – pode me chamar de Margot.

-Convidei Amber para jantar conosco – Jared falou colocando as mãos nos meus ombros. Nos sentamos a mesa e Jared começou fazer algumas perguntas para ela deixando-a aparentemente nervosa.

-Jared, isso é um jantar ou uma entrevista de emprego? – falei quebrando o clima – então, Amber, de onde você é?

-Ah, eu cresci em Coney Island, em nova York.

-Ah, Lizzy cresceu lá amor – comentei com Jared. Amber começou nos contar um pouco sobre sua vida e logo terminamos nosso jantar. Jared disse que ia tratar algumas coisas com ela no escritório enquanto eu fui dar banho em Lola.

Já de banho tomado levei minha filha para dar boa noite para ele, entrei sem bater na porta. Quando me viu Amber se afastou de Jared e tentou não me encarar, ele por outro lado limpou a garganta. Havia um clima estranho no local, ou talvez fosse só coisa da minha imaginação. Caminhei até ele.

-Ela queria te dar boa noite – falei, ele a pegou no colo e a beijou. – e eu também.

-Não vai esperar por mim? – ele disse com um tom safado na voz, sorri corada, estava com vergonha da Amber, que idiota.

-Eu sempre vou esperar por você. – falei mordendo o lábio. – Boa noite Amber. – falei antes de sair.

-Boa noite, Margot – respondeu.

Fechei a porta atrás de mim e fui para o quarto, coloquei minha filha para dormir e depois fui me preparar para também descansar. Coloquei uma camisola simples e deitei, já estava pegando no sono quando finalmente Jared entrou no quarto. Sem dizer nenhuma palavra ele veio até mim e começou a me beijar com muito desejo e brutalidade, ele puxava meu corpo contra o seu me apertando cada vez mais forte chegando a me machucar.

-Hey, calma – me soltei dele arrumando a alça da minha camisola.

-Me desculpe, é que eu realmente quero você essa noite. – ele disse retirando a blusa.

-Mas não precisa me machucar – então ele me puxou novamente e começou a me beijar, com mesma brutalidade mas mais cauteloso. Quando finalmente terminamos com fogos de artifícios eu não estava satisfeita, ele não tinha sido nada romântico, após chegar ao seu orgasmo ele tombou o corpo ao lado do meu e logo pegou no sono. O xinguei mentalmente e depois fui tentar dormir também.

Acordei na manhã seguinte um pouco dolorida pela noite anterior, Jared já havia se levantado e saído para resolver algumas coisas do serviço, eu saí e fui comprar um presente para Lila, já que era aniversário dela. Pela noite Jared ainda não havia chegado em casa, me deixando nervosa.

-Alô – uma voz feminina atendeu o telefone dele, no começo não reconheci mas logo lembrei de Amber.

-Uh, Jared? – perguntei.

Ela ficou alguns segundos quieta.

-Ele está... Ocupado. – ela disse.

-E porque você está com o telefone do meu marido? – perguntei a deixando sem graça. Demorou mais alguns momentos para responder.

-Ele pediu para mim atender caso a senhora ligasse – enfim ela me respondeu.

-Bom, pergunta para ele se ele não vai comigo na festa da Lila hoje.

-Ele está em reunião, vai levar algumas horas para acabar – ela respondeu depois de alguns minutos. Revirei os olhos.

-Então avisa para ele que estou indo – e desliguei, queria que ele fosse comigo mas se ele estava ocupado tudo bem, coloquei um vestido mais ou menos, um salto e passei uma maquiagem básica, realmente não havia muita vontade de se divertir naquela noite mas por consideração a minha amiga eu fui.

Estacionei o carro em frente a casa, de fora dava para ouvir a barulheira, tocava um rock antigo e havia algumas pessoas em frente bebendo. Entrei na casa e atravessei a multidão de corpos que dançavam bêbados e fui a procura de Lila.

-Margot, finalmente você chegou – disse Marina segurando meu braço.

-Onde está Lila? – perguntei.

-Ah, eu não sei. – ela disse olhando em volta.

-Margot! – Lizzy gritou – Margot! – ela parou na minha frente respirando pesado e suando, os olhos grandes arregalados e a boca aberta.

-Fala – disse apreensiva.

-É... O... você... – ela tentava formular uma frase.

-O que é Lizzy? – briguei, ela suspirou fundo.

-Esquece, você precisa ver com seus próprios olhos. – e ela saiu correndo da sala me deixando de boca aberta e cara de idiota. Fiquei sofrendo com ansiedade e curiosidade alguns minutos até que Lila entrou na sala também ofegante e de boca aberta.

-Você não vai acreditar – ela disse com os olhos arregalados e então eu olhei para porta, esqueci alguns minutos como se respira e quase caí de cima do salto. Abri a boca tentando dizer alguma coisa, agora entendi porque as meninas também não conseguiam falar nada. Segurei em cima da mesa para não cair, limpei meus olhos e me belisquei uma vez achando que aquilo era um sonho, mas não era.

-Bradley? – minha voz saiu falha. Ele estava diferente, com o cabelo mais longo, algumas tatuagens novas, mas ainda continuava magro e com as mesmas feições do garoto que eu conhecia, ele sorriu e duas covinhas apareceram na sua bochecha me confirmando que era ele. Sem pensar em mais nada eu corri e o abracei com força, prendi meus braços no seu pescoço e inevitavelmente comecei a chorar, ele me apertou mais contra o seu corpo e beijou minha bochecha. – Eu pensei... eu achei... caramba! É você! – disse dando um soco em seu peito. – que droga, Bradley, é você!

Ele mantinha o sorriso no rosto.

-Eu também cheguei acreditar que nunca mais iria te ver – ele disse, fechei os olhos por alguns segundos e o abracei novamente. Ele possuía um cheiro de cigarro misturado com menta. Um cheiro muito bom.

-Por onde você esteve? – eu perguntei fitando seus olhos.

-Não é hora de ficar falando sobre o que aconteceu, vamos comemorar a volta do meu irmão. – gritou Lila, ela também estava super feliz pela volta dele. Bradley passou o braço pelo meu pescoço e beijou o topo da minha cabeça, me senti uma adolescente por alguns instantes, então descemos de volta para a festa. Lila subiu na mesa e gritou bem alto.

-Essa festa não é só pelo meu aniversário mas por que o idiota do meu irmão finalmente apareceu.

E todos comemoraram levantando os copos vermelhos para cima. As meninas foram dançar enquanto eu não conseguia sair de perto dele. Ele pegou uma bebida e acendeu um cigarro, caminhamos para o jardim da casa.

-Por onde você esteve? – perguntei novamente. Ele soltou a fumaça do cigarro e sorriu.

-Estive envolvido com alguns problemas, Margarida – ele disse rindo pelo nariz, fazia tempo que ninguém me chamava por esse nome bobo. Ele costumava dizer que o nome “Margot” em outros países, como brasil, era apenas apelido para “Margarete” ou “Margarida”

-Para de me chamar assim – eu disse rindo, ele parou de rir e tirou uma mecha do meu cabelo que pendia sobre meu rosto, se encurvou e eu senti o hálito de bebida, no mesmo instante virei o rosto.

-Nós não podemos fazer isso – falei sem graça.

-Eu sei, seu marido não é? Aliás, onde está ele? – olhou em volta. – como ele é idiota o bastante para te deixar ir para uma festa sozinha?

-Ele ficou preso com algumas coisas no trabalho e não pode vir. – falei – aliás, iria adorar que vocês se conhecessem.

Ele balançou a cabeça discordando da minha ideia. Deu outra tragada no cigarro.

-Hey, vocês estão aqui! – gritou Lila que já estava bêbada – você tem que se divertir.

-Você sabe que não bebo mais. – falei, ela riu.

-Você tem que comemorar comigo, Marg – disse fazendo um biquinho.

-Acho melhor não – falei.

-Qual é, Margot, não é por que você não consegue se controlar que quer dizer que você é uma alcoólatra.

-Não, é porque eu sou uma alcoólatra que eu não consigo me controlar. – respondi, os dois riram da minha resposta.

-Por mim? – insistiu a loira. Neguei com a cabeça. – Por ele? – ela apontou para ele.

Bradley pegou o copo de sua mão e estendeu para mim com um sorriso encantador.

-Só por hoje, vamos nos divertir como costumávamos fazer – ele disse olhando em meus olhos, hesitei alguns segundos mordendo o lábio inferior. Minha mente dizia não, mas meu corpo dizia “vamos lá.”

-Ok – peguei o copo e virei a vodca tudo de uma vez, fiz uma careta entregando o copo para eles que comemoravam. – aliás, uma pequena festa nunca machucou ninguém.

Entramos para dentro da festa e começamos a nos divertir, de copo em copo eu já estava bêbada e perdi totalmente a noção do tempo. Mas era pelas duas e meia da manhã quando começou a tocar art deco da lana del rey, puxei Bradley para dançar comigo. Eu movia meu corpo sensualmente enquanto ouvia a música, suas mãos estavam sobre a minha cintura enquanto eu rebolava.

-Oh Shit! Margot? – Lizzy me puxou, eu tropecei nos meus saltos e cai, virando a atração da festa. Comecei a rir e então Lizzy se abaixou a minha frente. – é melhor você olhar para trás.

Me virei e vi Jared de braços cruzados, ele me fuzilava com o olhar, pude sentir sua raiva do outro lado da sala. Me levantei com a ajuda de Lizzy e caminhei até ele. 



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