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História A acompanhante - Follow me Down


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


amores desculpe se houver algum errinho, eu não revisei. Espero que vocês gostem ♥

Capítulo 20 - Follow me Down


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Follow me Down

“Since i met you i’veen crazy, since i’ve been with you i been lost, you make everything see hazy. Love come with a such cost”

 

Caminhei de volta para casa secando algumas lagrimas que persistiam em cair. Tantos pensamentos, tantos sentimentos. Eu estava me sentindo sufocada. Ficar longe de Bradley era como arrancar um membro de meu corpo, ele era parte da pessoa que eu era. Ou eu estava sendo muito idiota e ainda era apaixonada por ele... por ele não, mas pelas lembranças, pelas coisas que vivemos juntos. Era extremamente difícil ficar entre ele e Jared. Sequei algumas lagrimas que ainda caíam e entrei na casa.

-Ellen? – chamei.

-Estou aqui, querida. – respondeu da cozinha. Tirei os saltos dos pés e fui até lá, Lola estava sentada no chão brincando com algumas bonecas aos pés de Nelly que costurava um casaco de lã. Me sentei na mesa junto a ela. Assim que olhou para minha cara parou de costurar e arregalou os olhos.

-O que houve senhora? – perguntou, eu respirei fundo, fui tentada a desabafar com ela mas não fiz se não iria começar a chorar ali na frente dela e eu não queria mais chorar.

-Apenas alguns problemas... – falei passando a mão na cabeça e jogando o cabelo para trás. – Lola, vem aqui com a mamãe – a chamei, ela se levantou devagar e deu alguns passinhos até meus braços que estavam abertos para receber o único abraço que iria me fazer bem.

-Onde está o patrão? – Ellen perguntou.

-Ficou na festa, não estava me sentindo bem então vim para casa.

Assim que a janta ficou pronta, nós duas jantamos juntas e conversamos por um bom tempo. Ellen devia ter seus 53 anos, ela era quase que uma mãe, uma mãe que eu nunca tive.

Lola queria uma boneca que estava no quarto, então fui até o quarto pegar a boneca.

-Olha ela ai – disse Jared entrando na casa com uma garrafa de Whisky na mão e metade da camiseta aberta. Ele cheirava fortemente a álcool. Uma galera apareceu atrás dele, então ele passou o braço pelo meu pescoço.

-Ela é realmente linda – uma garota morena disse, estava tão bêbada quanto ele.

-Obrigada – falei, mas não havia simpatia na minha voz.

-Vamos nos divertir – Jared disse virando a garrafa, olhei as pessoas que estavam ali, devia haver umas oito, contando com Cara, Amber, Lila, Lizzy e Shannon. Todos estavam estupidamente bêbados e era apenas uma da manhã. Olhei para os machucados no rosto de Jared, pareciam doer mas ele não estava sentindo dor alguma, claro, depois de beber daquele jeito era impossível.

Me soltei de seu braço.

-Estou indo para a cozinha. – voltei para cozinha e entreguei a boneca para Lola – Jared resolveu fazer uma “Afterparty” – falei para Ellen que apenas ergueu as sobrancelhas. – eu realmente não sei o que se passa na cabeça dele.

-Amor, eles querem que você venha – ele apareceu na cozinha e pegou Lola – Ellen, traga algumas bebidas.

E saiu com minha filha nos braços. Eu não ia deixar ele ficar com ela no meio daquela bagunça então segui ele, estavam todos sentados nos sofá ao redor da mesa, me sentei ao lado de Jared.

-Margot, a Lola é linda, mas claro, olha para você. – a garota morena falou de novo, ela estava sentada ao lado de Amber.

-Por que tantos elogios? – falei.

-Pode tentar ser gentio de vez em quando? – Jared falou, todos ficaram olhando para a minha cara.

Não respondi, só peguei minha filha de seus braços e ignorei ele.

-Eu proponho um jogo – falou Amber ficando em pé e colocando uma garrafa de cerveja na mesa que estava no centro. Ela se abaixou tanto na frente de Shannon que pude até imaginar a visão que ele teve, e pelo seu sorriso também. Olhei instintivamente para Jared, que tinha a mandíbula travada. Balancei a cabeça para não criar teorias.

-Eu começo – ela continuou e girou a garrafa, todos estavam empolgados com o jogo idiota.

-Posso segurar a Lola? – uma garota bêbada perguntou.

-Vou leva-la para o quarto, está na hora dela dormir – na verdade, ela já deveria estar dormindo ah horas atrás. Então subi, a ninei, e ela dormiu rápido. Eu tinha um jeito como mãe, sabia direito como acalmar ela e faze-la dormir. Aproveitei para trocar de roupa, coloquei uma roupa ais “leve” e voltei para a sala, voltei a me sentar ao lado de Jared e ver eles brincando como uma bando de adolescentes.

-Vamos de novo – Amber gritou, nunca a vi tão animada. Então a garrafa girou e como ironia do destino ela apontou para nós duas. Eu revirei os olhos, não tinha humor para aquilo, aliás, eu nem sabia por que estava participando. Amber me lançou um sorriso do outro lado da mesa e eu percebi que aquilo não era um jogo para ela, era particular. Entre nós duas.

-Margot, verdade ou desafio – ela perguntou, eu nem parei para pensar na resposta.

-Verdade – falei por impulso.

-Ok – fez um bico, demorou alguns segundos para pensar – já traiu o Jar?

-Não – respondi rápido – What? Pergunta é ridícula.

-Trairia? – continuou

-Não!

-E se ele te traísse? – falou mais provocativa.

-Não! – continuei – vamos novamente – dessa vez eu que girei a garrafa. Ela apontou para Jared e Lila

-Jar – ela disse alegre com um sorriso no rosto.

-Faça uma boa pergunta, priminha – Amber falou para Lila.

“Prima? Como assim, prima?” foi o que eu pensei. Mas permaneci calada, poderia perguntar sobre isso outra hora.

-Jar – ela falou fazendo um biquinho – meu doce Jar... – a sala ficou tensa. – Já traiu a Margot?

Silencio na sala, mas o pior silencio vinha dele. Demorou alguns segundos para responder.

-Não – disse sério e sua voz saiu fraca. Mas entoando um “sim”. Lila se engasgou com a bebida e Amber sorriu sem mostrar os dentes. Balancei a cabeça e saí de lá, não suportava mais aquela brincadeira sem graça. Estava me sentindo péssima e parecia que era assim todos os dias. Fui para o meu quarto e me deitei na cama, encarando o teto comecei pensar nas coisas que aconteceram naquela noite, até naquelas que aconteceram alguns minutos atrás. Ainda dava para ouvir a risada do pessoal, eu não entendia o que estava acontecendo, de repente tudo desmoronou em frente ao meus olhos e eu não pude fazer nada. Comecei a desconfiar da volta de Bradley. Porque ele apareceu assim tão de repente? Com aquela história de que era modelo? Era verdade isso? O dedo de alguém estava naquela historia. Alguém sabia que a partir do momento que ele voltasse eu ia me sentir aquela adolescente drogada que eu era. E estava certo.

Eles não permitiriam se a coisa boa que eu era.

Olhei para o meu celular e pensei em ligar para Bradley, sabia que só de ouvir a voz dele eu me sentiria bem, me sentiria segura. Era assim que eu me sentia perto dele, segura, tranquila. Mas não liguei, não havia coragem suficiente para tal coisa, não depois de tudo o que eu disse.

Acabei pegando no sono, devo ter dormido por uns trinta minutos quando acordei com o barulho de música e alguma coisa se quebrando. Levantei irritada e fui até o topo da escada, dali pude ver enquanto aquelas pessoas dançavam, e Amber se esfregando no meu marido e ele deixando. Desci as escadas e desliguei o som, todos me olharam decepcionados.

-A festa acabou – falei.

-Ah, qual é Margot, ainda são quatro horas.

-Eu disse que a porra da festa acabou! Saiam da minha casa. – gritei, então todos começaram a sair levando suas bebidas. Amber deu um longo abraço em Jared, eu vi quando sua mão acariciou suas costas e como as mãos dele estavam bem posicionadas em sua cintura. Caminhei até a cozinha e tomei um copo de água, quando me virei ele estava lá na porta, me olhando. Tentei desviar dele ao passar, mas ele segurou meu braço.

-Você está linda – disse bêbado. Tentei me soltar mas ele me segurou, ele me beijou mas o empurrei separando-nos.

-Estou cansada. – falei empurrando-o e abrindo passagem, subi para o meu quarto e me deitei na cama.

-Porque está assim? – ele disse entrando no quarto, revirei os olhos.

-Jared, está tarde! Tenho que levantar cedo amanhã – falei – já disse que estou cansada.

-O que eu fiz? – ele insistiu. Odiava quando ele ficava bêbado.

Senti como se toda minha raiva subisse para minha cabeça naquele momento. Ele só podia estar se fazendo de idiota. Não é possível. Sentei-me na cama e o encarei.

-Você? Nada! Só digamos que suas mãos na cintura de Amber tenha ajudado um pouco.

-Está com ciúmes? – ele disse debochado.

-Não – me levantei da cama e me aproximei dele - Não é ciúmes! Você traz ela para dentro da minha casa e dança com ela como se não fosse comprometido, eu tenho motivos para estar nervosa. E o que foi aquilo sobre ter me traído?

Me aproximei mais. Seus olhos ficaram vazios, e ele se calou, o sorriso de deboche se foi.

-Foi apenas uma pergunta...

-Não, não foi. – apertei os olhos e respirei fundo – Jared, eu não aguento mais... Eu preciso saber. Preciso matar essa curiosidade... Eu preciso que você me responda... A verdade. Só a verdade.

-Mag... – ele tentou me acariciar.

-Me responde! – gritei, ele se assustou. Então ele de um longo suspiro, jogou o cabelo que caia sobre seu rosto para trás e olhou para cima, como se não quisesse ter que me encarar.

-Foi só um momento de prazer – não significou nada para mim.

Ele falou rápido. Eu levei minha mão até a boca e deis dois passos para trás me afastando dele, queria me segurar em alguma coisa porque era como se uma cratera houvesse se abrido debaixo dos meus pés. Meu coração doeu, caramba, a droga do meu coração doía como se alguém o tivesse pegado com as próprias mãos e estivesse rasgando-o ao meio. As lagrima escorreram eventualmente pelo meu rosto então eu me apoiei na parede. Jared tentou se aproximar, mas eu recuei.

-Não aconteceu tudo... Ela só me chupou. – ele falou como se fosse a coisa mais normal do mundo.

-E você adorou, não foi? – falei – tanto que não sai mais do pé dela. – soltei um riso mas não havia humor – Foi só uma vez, Jared? Porque eu acho que não. E também não tenta me fazer de idiota, não acredito que foi só isso que aconteceu. Bradley estava certo sobre você.

Ele fez uma careta quando falei a última frase, estava ofendido. Era como se o mundo conspirasse contra nós, nada dava certo, nada se encaixava, por mais que tentássemos sempre algo acontecia. Sem conseguir continuar olhando para ele, sai batendo a porta. Fui para a cozinha e me sentei na mesa, enterrei o rosto entre as palmas das mãos com os braços apoiados pelos cotovelos em cima da mesa e chorei como criança. Peguei um copo de Whisky e acendi outro cigarro. Whisky forte, cigarro forte, dor forte. Tudo forte, só para compensar um coração tão fraco.

Mas o que estava me matando mais era que mesmo sabendo daquilo tudo eu não conseguia sentir raiva, dor sim, mas raiva não. Jared era e é o tipo de confusão que meu coração sempre quis evitar, mas sempre necessitou.  Meu amor por ele era um tipo de problema que eu sabia que não tinha solução, é uma ferida aberta que pulsa na alma junto com todas as outras, é o meu mal e o meu antidoto. E nessa contradição absurda de uma coisa tentando evitar a outra eu sempre me encontrei totalmente dependente dele. Me levantei e comecei lavar a louça tentando me manter ocupada mas a todo momento as lagrimas ardiam em meus olhos, e o nó na minha garganta me fazia sentir que estava se ar, como se eu fosse sufocar a qualquer minuto.

Assim que terminei de lavar a louça me virei e lá estava ele, de toalha amarrada na cintura, cabelos molhados, sã, e com um tristeza no olhar. Encostei na pia cruzando os braços, olhei para o lado querendo não encara-lo.

-Como você está? – ele perguntou.

-Não tenho certeza de como me sentir em relação a isso. Te amar é como estar em uma montanha russa. Muitos altos e baixos. Muita instabilidade, e eu não sei se eu aguento isso.

Ele sorriu fraco, o bastante para me fazer suspirar.

-Eu sei bem do que está falando.

Balancei a cabeça e respirei fundo. Minha cabeça doía, tudo doía. Peguei um roupão e caminhei até a piscina, retirei toda a minha roupa e mergulhei fundo, fiquei de baixo d’agua por algum tempo. Quando voltei a superfície ele me puxou e me beijou, deixei-me envolver com o seu beijo. Estávamos os dois nus na piscina em plena madrugada, eu ainda me sentia completamente apaixonada e totalmente magoada.

-Não suporto te ver assim – ele disse quando nossos lábios se soltaram.

-Então não me deixa assim – falei dando um leve soco em seu peito. Ele me abraçou contra seu corpo, envolvendo-me completamente em seus braços. ele me levou até a beira da piscina, encostei minhas costas na parede e entrelacei minha perna em sua cintura, com força ele me penetrou soltando um leve gemido. Entrelacei meu braço em seu pescoço, arranhei levemente sua nuca. Aquilo era um pedido de perdão dele, e eu perdoando-o. Afinal, aquilo que amamos sempre será parte de nós. Ele intensificou mais os movimentos, quando ouvimos um pigarreio.

-Sim? – Jared disse olhando para mim. Jared estava de costas para ele, e eu estava entre ele e a parede, incapacitando o segurança de me ver.

-Desculpe incomoda-los mas tem alguém eu deseja falar com a Senhora. – ele disse.

-Diga que eu já vou. – falei e ele nos deixou. – Quem será?

-Quer que eu vá? – ele perguntou.

-Não. Eu vou. – me soltei do braço dele e peguei o roupão, o amarrei e fui até o portão da mansão. Vi um carro estacionado, um porsche panamera vermelho. Sabia muito bem de quem era.

Ele estava sentado próximo a uma estatueta que enfeitava o portão da mansão, fumando um cigarro.

-Queria falar comigo? – perguntei. Ele soltou a fumaça do cigarro e continuou calado, suas mãos tremiam. Ele se levantou e ficou a pouco centímetros de mim, olhou-me por alguns segundos mas depois virou-se de costas bagunçando o cabelo. – Brad...

-Eu fui para casa... Pensei em esquecer tudo isso. Pensei em ir embora, sabe Margot? Eu... Eu fiquei bastante tempo longe de você e por um segundo eu acreditei que o que a gente teve foi apenas um romance bobo. Mas eu acreditei na sua promessa, lembra? “Eu vou te amar até os fins dos tempos, lembre-se de que é meu!”

Ele disse aquelas palavras e eu senti um arrepio na nuca. É verdade, eu havia prometido aquilo para ele, mas eu achei que ele estivesse morto...

-Bradley, você foi embora. Você sumiu, eu pensei que estivesse morto.

Ele bagunçou o cabelo novamente.

-Eu não posso acreditar que você o ame. – ele falou. – Ele traiu você! – ele me segurou pelos ombros.

-Como você sabe disso? – perguntei.

-Todo mundo sabia, menos você. Cega por um amor que só é real dentro da sua cabeça.

-Isso não é verdade. Eu sei que ele me ama. – defendi, ele me soltou.

-Como pode ter tanta certeza?

-Eu sei que sim.

De repente uma raiva surgiu em seus olhos.

-Você sabe que ele te traiu ainda tem coragem de ficar com ele?

-Eu perdoei ele.

-Eu matei um homem por sua causa, Margot. Ele te trata assim, e ele é o príncipe encantado?

Outro calafrio.

-Eu sinto muito, muito mesmo Brad... Mas é ele quem eu amo.

-Eu te amo! – ele falou um tanto desesperado, eu abri a boca para dizer alguma coisa mas de repente eu fechei novamente, ficamos quietos alguns segundos. Não queria deixar ele assim, não queria fazer ele passar por isso. Eu o amava tanto! Mas meu amor por Jared parecia que me consumia como fogo.

-Eu não posso ficar com você. – falei cama, o nervosismo dele não me assustava. – É o Jared! Sempre vai ser o Jared.

-Não, não, não! Ele não te ama como eu amo! – disse me sacudindo.

-Mas eu não te amo, droga! – falei mais alto. As palavras simplesmente pularam da minha boca, ele parou de falar me soltou e deu dois passos para trás. Sabia que a única maneira fazer ele ficar bem era fazendo-o ficar longe de mim, e mesmo que aquilo acabasse comigo eu não podia permitir. – Eu não posso te amar. Bradley, você não vê? Eu nunca seria feliz com você. Eu já disse, é ele! E sempre vai ser ele.

A raiva e tristeza deixou seu olhar para dar lugar a frieza. Cerrou os punhos e virou de costas, apertei os olhos tentando não deixar as lagrimas escorrerem.

-Desculpa. – disse baixo, então, ele se virou rapidamente e acertou meu rosto em cheio. O tapa foi tão forte que vi tudo rodar por cinco segundos. Jared apareceu não sei de onde e o empurrou para longe de mim. Vestia uma bermuda e seus cabelos estavam molhados.

Ele me abraçou e eu enterrei meu rosto em seu peito, me permitindo chorar.

-Se você encostar um dedo nela novamente eu acabo com você – Jared disse.

Bradley parecia não acreditar no que tinha acabado de fazer. Ele me olhava espantado, com a boca entreaberta.

-Margot... – tentou tocar em mim mas Jared não permitiu.

-Vai embora. – Jared disse.

-O que você sabe sobre protege-la? Você só magoa ela. – ele disse.

-Vai embora, Bradley! – gritei – Vai logo! Eu não quero te ver nunca mais. – Ele pareceu mais assustado ainda, ficou nos encarando por alguns segundos depois entrou no carro e partiu. Jared me agarrou e eu me desmanchei em seus braços.

 



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