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História A acompanhante - My tears dry on their own


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


gente alguém aqui assiste ou já assistiu Sons of anarchy? Se não, deveriam pois a série é fudidamente boa, e alguns dos próximos capítulos eu fugi um pouco da relação do Jared e da Margot, e coloquei um pouco de drama e ação. Espero que vocês curtam o capítulo ♥

Capítulo 25 - My tears dry on their own


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - My tears dry on their own

 

“Can’t play myself again, just should be my own best friend and not fuck myself in the head with a stupid men…”

 

Quando os meninos foram embora, finalmente Jared e eu pudemos transar sem ninguém nos interromper. Na manhã seguinte levei o café da manhã dele na cama para que ele evitasse fazer esforços.

-Bom, agora vou trabalhar, você pode ficar aqui com a Lola – falei trocando de roupa.

Ele fez um beicinho.

-Pensei que ia ficar aqui comigo.

-Bem que eu queria... Mas Lila atrasou o pagamento de algumas garotas e elas estão me deixando louca. Tenho que ir resolver isso.

E saí, estava concentrada no meu trabalho até meu celular vibrar.

 

“Preciso que venha se encontrar comigo no lugar em que nos conhecêssemos. É urgente.

-B”

 

Assim que li a mensagem fiquei assustada. O que Bradley queria comigo no outro lado da cidade? Bom, lembrando que ele mandou que eu sumisse da sua vida com certeza era algo importante, e a mensagem me pareceu um pouco desesperada. Assim que li, peguei minha bolsa e saí, dirigi até o Metrô velho em que nos conhecemos. Estacionei um pouco distante dali e fui andando, olhei em volta e nada de Bradley. Então alguém me puxou para um corredor escuro.

Quando consegui respirar e me recompor do susto, vi Bradley com um sorriso de desculpas e um moletom com um capuz preto, ele retirou o capuz.

-Quer me matar do coração? – falei, ele sorriu de novo e então eu o abracei, ele retribuiu o abraço.

-Desculpa, Mag, é que ninguém pode saber que estivemos juntos.

-Porque não? Lila está atrás de você ela pensa que aconteceu alguma coisa.

Ele ficou sério.

-O que aconteceu, Brad?

Ele me olhou alguns segundos mas depois voltou a falar.

-Olha Mag preciso que você guarde isso para mim – ele tirou da mão uma chave dourada pequena – é muito importante que você cuide dela, e não fale sobre ela para ninguém, ok? Já é um perigo imenso você saber dela, mas você é a única pessoa em quem eu confio.

Estendi minha mão e peguei a chave dourada, receosa olhei para ele cheia de dúvidas.

-Não posso te explicar nada agora. Mas você pode fazer isso por mim?

Olhei para a chave e depois olhei para ele. Onde eu estava me metendo? Balancei a cabeça concordando.

-Claro Brad. – falei colocando a chave na minha bolsa. Ele sorriu.

-Bem, agora preciso ir. Não conte para ninguém que você me viu.

-Brad, a polícia foi atrás de você? – perguntei, ele congelou. Seus lábios tremeram alguns segundos antes de me responder.

-Eu não teria outro motivo para estar escondido, não é?

-Mas eles não sabem que foi você, ou sabem? – perguntei ficando um pouco nervosa. A ideia de perde-lo novamente me deixou em pânico.

-Naquele dia, depois que você foi buscar o celular na minha casa eles apareceram lá com um mandado. Revistaram o apartamento e encontraram a arma, fui levado para a delegacia e eles me interrogaram... Claro que na hora nada foi comprovado. Mas não pude esperar, Mag, eu fugi.

-Ah meu deus, Brad. É tudo culpa minha... – comecei a chorar, se ele fosse pego como eu iria conviver com a culpa? Ele me abraçou novamente.

-Margot, ele ia machucar você e eu não podia permitir isso. – ele me soltou e segurou meu rosto com as palmas das mãos, olhando em meus olhos e com um sorriso no rosto – eu faria de novo para te proteger, só não mato o Jared porque sei que você não me perdoaria.

Rimos.

-Mas você sabe o quanto te amo, não me arrependo de ter feito aquilo.

Eu fiquei sem saber o que dizer, seria muito egoísmo da minha parte deixar ele se sacrificar assim por mim. Fui abrir a boca para protestar contra então ele me puxou para frente.

Nossos lábios se encontraram em um beijo leve e rápido, então ele sorriu e saiu me deixando sozinha.

Voltei para o meu carro e fui para casa, já era final de tarde quando cheguei. Fui até o quarto para ver Jared e o surpreendi se arrumando.

-Qual a ocasião? – falei entrando no quarto.

-Nós vamos sair. – disse – vamos jantar juntos. Ah décadas não fazemos isso.

Não pude deixar de concordar com ele, então fui trocar de roupa. Acabamos em um dos restaurantes mais caros de Los Angeles, Jared estava alegre falando sobre um monte de coisa e eu estava tentando não deixar ele perceber o quanto eu estava preocupada com Bradley.

Depois que jantamos pedimos um vinho para mim e suco para ele, pois não podia beber por causa dos remédios que estava tomando.

-O que vamos fazer amanhã para Lola? – ele disse.

-Como assim?

-Ela vai fazer três anos, Margot – disse, eu levei minha mão a boca.

-Ah meu deus, eu esqueci completamente do aniversário da minha filha. – ele riu – podemos fazer uma esta, obvio.

Ele concordou comigo, me levantei para ir ao banheiro enquanto ele pedia a conta. Assim que estava voltando acabei esbarrando em um homem de terno.

-Oh, desculpe – falei me desculpando, ele ergueu a cabeça e sorriu.

-Ah não se preocupe – disse, quando ele sorriu senti um arrepio passar pela minha espinha. De repente senti como se já tivesse visto aqueles olhos claros outra vez... Não, deveria ser coisa da minha cabeça, os olhos dele não eram tão peculiares quanto os de Jared, qualquer um nos Estados Unidos podia ter um olhar daquele.

-Está tudo bem? – ele perguntou depois que fiquei encarando-o alguns segundos.

-Ah está sim... Desculpe mas já nos conhecemos? – perguntei, ele olhou fundo em meus olhos e apenas sorriu. O Sorriso dele tinha algo que me causava medo, não sei como explicar mas era como se despertasse em mim coisas ruins. Felizmente Jared apareceu ao meu lado.

-Tudo bem? – perguntou.

-Claro – o homem respondeu – apenas um pequeno encontro.

Jared sorriu sem mostrar os dentes.

-Vamos, amor. – falou me conduzindo.

-Até mais, Margot. – o homem falou quando Jared e eu nos afastamos um pouco. Parei e olhei para Jared.

-Como ele sabe o meu nome? – perguntei mais para mim mesma do que para ele. Jared me olhou confuso.

-Talvez você tenha dito.

-Eu não disse – quando olhei para trás para procurar o homem, ele havia sumido como fumaça. Aquilo ficou na minha cabeça o tempo todo enquanto voltávamos para casa. Jared tentou me distrair, dizendo que poderia ser qualquer pessoa, talvez um cliente das minhas garotas. Mas não, não era isso. Aquele sorriso dele, eu já havia visto em algum lugar só não lembrava onde.

No dia seguinte as meninas foram lá para casa para me ajudar a preparar a festa de Lola, convidamos as crianças do bairro e filhos das meninas que trabalhavam com a gente. Jared não estava se sentindo muito disposto mas mesmo assim participou da festa que durou até de tarde.

-Chegou as cartas, Senhorita. – Trudy entrou na cozinha enquanto eu preparava alguns doces, e Jared estava sentado a mesa tomando café. – Tem duas para o Sr. Leto e uma para a Senhora.

Ela nos entregou a carta, Jared fez uma careta a encarar uma delas e a abriu, continuei concentrada fazendo os doces.

-Vou colocar essas coisas lá na sala – disse Lizzy pegando alguns brigadeiros e levando para a sala.

-Mag – Jared me chamou.

-Hm?

-Na noite do meu acidente, para onde você estava indo quando pegou o carro? – perguntou assim que terminou de ler as cartas. Mordi o lábio inferior sem olhar para ele.

-Estava indo ver o Bradley, porque? – tentei agir mais natural possível. Ele ergueu as duas sobrancelhas e ficou me olhando alguns segundos calado. – Porque? – insisti.

-E você viu ele?

-Sim – disse engolindo em seco. Quase me senti culpada pela aquela noite com Bradley.

-E o que vocês fizeram? – senti o rosto corar e o coração acelerar. Que droga, porque ele estava perguntando aquilo?

-Nós... conversamos e ai Cara me ligou dizendo o que tinha acontecido. – falei, ele apenas balançou a cabeça – porque?

-Ah, apenas fiquei curioso. – falou com desdém.

-Ok tudo pronto lá na sala, terminou ai Mag? – Cara e Lizzy entraram na cozinha, agradeci mentalmente por elas quebrarem aquele clima tenso que surgiu entre mim e Jared. Eu não deveria ser tão paranoica, não tinha como ele descobrir o que tinha acontecido então era só agir naturalmente.

Jared ficou até metade da festa, depois subiu para o quarto porque disse que estava se sentindo indisposto. A festa durou até as seis da tarde, Lola estava perdida no meio de tanto presente que havia ganhado, nós levamos todos os presentes para o quarto dela e depois abrimos, ela não sabia qual pegar primeiro. Estava exausta de tanto brincar com outras crianças então dormiu.

Fiquei ajudando as empregadas a arrumarem a bagunça da casa depois da festa e então fui deitar após tomar um banho, também estava exausta.

-Pensei que estava dormindo – falei para Jared quando entrei no quarto, ele estava ainda com aquela carta na mão. – O que é isso? – perguntei.

Ele levantou os olhos para mim, sério.

-Apenas documentos – respondeu rápido. Me sentei ao lado dele na cama e ele guardou a carta.

-Acho que Lola nunca se divertiu tanto quanto hoje – comentei, ele apenas me respondeu com um sorriso. – Jared, aconteceu alguma coisa?

-Não, por que? – falou.

-Você está distante... Nem no aniversário da Lola você ficou.

-Não aconteceu nada, Margot, só estou um pouco cansado – respondeu, me encurvei em cima dele.

-Quem sabe eu posso fazer alguma coisa para você relaxar? – falei passando a mão por todo seu corpo, chegando até seu sexo.

Ele sorriu e tirou minha mão de lá.

-Como eu disse, estou cansado. – fiquei com cara de idiota olhando para ele, então me deitei na cama novamente apagando a luz do abajur.

-Tanto faz. – respondi e dormi, as vezes o humor dele me matava.

No dia seguinte eu estava trabalhando na contratação de novas garotas e alguns garotos quando Bradley abriu a porta do meu escritório com força, me assustando.

-O senhor não pode entrar... – Minha secretária veio atrás dele.

-Tudo bem – falei para ela. – O que foi, Bradley? – perguntei.

-Você guardou a chave que eu te dei? – ele perguntou.

-Claro ela está...

-Não, não me fala onde está. – ele disse, estava eufórico, nervoso, andando de um lado para outro, isso me deixou assustada. Então ele parou, jogou o cabelo para trás e me olhou.

-Preciso que você vá para Charming comigo, hoje. – ele disse rápido.

-O que? – falei surpresa. – Que merda que eu vou fazer em Charming com você? Aliás, pensei que você estivesse fugindo.

Ele se aproximou de mim e segurou meus ombros com as duas mãos.

-Margot, é caso de vida ou morte. Você precisa vir comigo até Charming.

Soltei suas mãos de meus ombros e o empurrei.

-Eu não vou dirigir seis horas com você para uma cidade no interior se você não me disser o que está acontecendo.

Ele passou a mão na boca e riu.

-Eu preciso da sua ajuda, é tudo o que você precisa saber.

Fiquei encarando-o, ele estava realmente desesperado. Eu podia ver seus olhos suplicando para que eu fosse com ele, mas eu precisava saber onde estava me metendo antes de concordar em viajar assim com ele.

-Bradley, o que está acontecendo? – tornei a perguntar.

-Margot, eu não posso te contar, mas acredite em mim. Eu não faria nada para te prejudicar.

 

***

 

Estávamos indo pela rota 88. Bradley havia capotado no banco ao meu lado enquanto eu tentava me manter acordada enquanto dirigia. Estava dirigindo desde as cinco da manhã, então senti meus olhos pesando, pesando e levantei a cabeça ao ouvir a buzina de uma caminhonete passando por nós. Bradley acordou com um pulo.

-O que aconteceu? – perguntou.

-Quase dormi no volante – falei arregalando os olhos e segurando o volante com mais força.

Ele enfiou a mão no bolso e depois tirou de lá coca.

-Toma, vai te manter ligada. – Olhei para a coca em sua mão e estacionei o carro. Ele pegou um cd no porta luvas, separamos toda a droga e cheiramos. A droga ardeu no meu nariz como se fosse a primeira vez que eu estivesse usando, Bradley espirrou algumas vezes. Não demorou muito para fazer efeito, me senti mais acordada. Voltei a dirigir.

-Devemos chegar lá daqui duas horas – falei olhando no relógio.

-Vamos parar pra comer alguma coisa – ele disse, mais a frente paramos em uma lanchonete de estrada, quando entramos eu atraí a atenção dos caipiras que estavam por ali. Senti o desejo deles pairando pelo ar.

-O que vão querer? – uma garçonete peituda perguntou mascando chiclete.

-Hum... Um x burguer e uma coca – pediu Bradley, eu ri internamente comparando-o com Jared, que só pedia coisas vegetarianas para comer, me senti bem em poder pedir uma coisa muito gordurosa sem aquele olhar acusador dele por perto.

-E você? – virou-se para mim.

-Uma coca, uma porção de batata fritas, e um x burguer.

-Você come muito – disse Bradley.

-A gente tá na estrada ah quase cinco horas – rimos. A Garçonete se retirou com nossos pedidos.

-O que você disse para o Jared? – ele perguntou colocando um palito de dente na boca.

-Eu disse que precisava viajar para resolver uns assuntos, e claro que ele não caiu. Nunca precisei viajar antes.

-O que ele disse?

-Me olhou como se fosse me matar, depois disse que não podia me prender em casa mas que eu não deveria mentir para ele.

-Você acha que ele ficou nervoso?

-Eu não sei... Ele está estranho comigo desde ontem. – comentei, Brad ergueu as sobrancelhas.

-Talvez a batida na cabeça tenha-o deixado mais louco – ele rui da própria piada.

-Ah não seja malvado. – falei – só espero que ele não descubra que estive com você ou vai arrancar sua cabeça fora.

-É ele tem um ótimo gancho de direita – ele disse com a mão na mandíbula – ainda posso sentir os socos que ele me deu.

Rimos juntos.

-Eu o que o diga.

-Porque deixa ele bater em você? – Bradley perguntou, o assunto deixou um clima ruim no ar.

-Eu não sei... Isso não é nada romântico. E com certeza não é nem um pouco bonito mas... Eu sou estupida o bastante para voltar para ele toda vez que ele me olha com aqueles olhos bonitos. – falei não querendo continuar no assunto. A verdade é que eu estava realmente cega por amor. Cega por ele, não podia ver uma vida longe dele, aquilo me assustava de uma maneira absurda.

Nosso pedido finalmente chegou, Bradley e eu comemos rapidamente para continuar com a nossa viajem.

-Eu dirijo agora – ele falou pegando a chave da minha mão.

-Ok – respondi.

-Brad, porque você não me diz o que está acontecendo? – perguntei.

-Não vai ter graça se eu estragar a surpresa, vai? – respondeu.

-Sua surpresa me assusta – respondi. Ele sorriu de lado com os olhos na estrada.

-Não precisa, eu já te disse que não deixaria nada de ruim acontecer com você.

Ele falou aquilo mas não me senti tranquilizada. Aumentei o volume do rádio que tocava House of the rising son, virei meu rosto para a Janela e fiquei admirando a paisagem. Depois de mais uma hora de viagem finalmente vimos a placa “Bem-vindo a Charming, população: 10 mil habitantes!”

Bradley entrou na cidade e logo o sentimento de nostalgia tomou conta de mim, passamos pela praça que brinquei quando era criança, era uma surpresa para mim saber que Bradley e Lila também cresceram aqui, eu não sentia um pingo de saudades, aliás, foi onde vivi os piores momentos da minha vida. Ele dirigiu mais alguns km até chegar em frente a uma casa.

-Finalmente chegamos – falou se espreguiçando assim que saiu do carro, fiz o mesmo.

-Que merda é essa? – falei olhando para a casa fechada.

-É uma casa, e apesar de você está morando numa mansão não deve ter esquecido como é uma casa. – ele disse rindo. Colocou o braço em volta do meu ombro e caminhamos até a porta que ele abriu com uma chave velha.

Ao entrarmos a casa não parecia ser tão velha por dentro, claro estava toda empoeirada, os moveis estavam cobertos por lençóis brancos (pretos de tanta sujeira). Todos os moveis ainda eram antigos, era como se estivéssemos nos anos noventa novamente.

-Isso aqui precisa de uma limpeza. – ele disse olhando para mim, demorou alguns segundos para mim entender.

-O que? – ri – você está louco se acha que vou limpar sua casa. Foi para isso que me trouxe?

Ele riu pelo nariz.

-Claro que não. Tudo bem, vou contratar alguém que faça isso... Mas onde vamos dormir essa noite?

Ele olhou em volta e depois subiu as escadas, subi atrás dele.

-Bom, o quarto dos meus pais parecem intactos, apesar do pó na cama. – falou. Revirei os olhos.

-Vamos comprar pelo menos um lençol bom, tem alguma loja por aqui? – me virei, ele veio correndo e me segurou.

-Hey, onde pensa que vai? – perguntou.

-Vou comprar coisas para essa casa. Não vou passar a noite aqui sem um bom lençol e comida.

Ele suspirou.

-Margot, você não pode sair daqui, entendeu?

-O que? – ele suspirou novamente.

-É perigoso você sair andando por ai, nessa cidade.

-Porque? – falei ficando irritada. – eu nasci aqui, Bradley, sei como a cidade não é perigosa.

-Só fica aqui... Eu vou comprar as coisas. – ele disse saindo, fiquei alguns minutos parada. Uma porra que eu ia ficar ali dentro trancada, fui atrás dele e tentei abrir a porta.

-What the hell? – Ele havia me trancado ali. Fui até minha bolsa pegar meu celular para ligar para ele e outra surpresa – Ele pegou meu telefone – falei para mim mesma.

Estava tudo trancado. A porta da frente, a porta dos fundos, as janelas estavam cobertas por madeiras. Era como se eu tivesse sido sequestrada. Passei a mão na cabeça começando a me arrepender de ter concordado com ele de ir nessa viagem estupida, sem ter outras opções a não ser esperar ele voltar fui forçada a limpar a casa, ou iria morrer de tédio. Remexi nas coisas dele, nas coisas dos pais dele e achei fotos dele e de Lila quando era crianças, me perguntei o que os levou para a vida degradante em pacoima? Tão longe daquela cidadezinha caipira. Assim que escureceu, ele apareceu com algumas coisas para comer e um lençol.

-Onde você estava? – voei para cima dele. Ele colocou as coisas na mesa.

-Fui resolver algumas coisas – ele disse, calmo.

-Resolver algumas coisas? Você perdeu o juízo? – gritei, ele ergueu as mãos e eu dei um tapa no braço dele.

-Margot, é perigoso você sair agora. Preciso que fique aqui até o fim da semana...

-Até o fim da semana? – gritei interrompendo-o – você me disse que era apenas um dia! Um dia!

-Eu sei... eu tive que mentir ou você não teria concordado.

-Claro que não. Como eu poderia deixar Jared sozinho durante uma semana sendo que ele está se recuperando? Ou minha filha?

-Eu só preciso que você confie em mim – ele disse, ele estava calmo.

-É você já disse isso. – falei – só que não posso confiar e alguém que mente para mim o tempo todo.

Ele ficou quieto e engoliu em seco.

-Eu não posso falar a verdade para você agora. – disse colocando o cabelo atrás da orelha.

-Ao menos me dê meu telefone para falar com meu marido.

-Não posso – ele falou, eu abri a boca – você pode contar a ele onde está e eu não posso correr esse risco. – Quis dar um soco nele, para sair sangue. Mas apenas respirei fundo.

-Ok, Bradley, eu disse que iria te ajudar... mas você vai dormir sozinho! – gritei novamente, ele riu, peguei o lençol e algumas coisas que ele comprou para comer e fui para o quarto dos pais dele. Passei metade da noite pensando no que ele estava aprontando, mas mesmo com tantos segredos eu me sentia segura perto dele, me sentia em boas mãos. 



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