1. Spirit Fanfics >
  2. A acompanhante >
  3. Goodbye Kiss

História A acompanhante - Goodbye Kiss


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


volteeeei! Esse cap é super pequeno e bem fraquinho em comparação com os anteriores mas é muito importante também. Espero que vocês gostem e obrigado por estarem acompanhando e comentando a fic ♥

Capítulo 32 - Goodbye Kiss


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Goodbye Kiss

“E agora você nunca, nunca vai conseguir limpar a bagunça que você fez e isso me assombra toda vez que fecho meus olhos...”

 

Abri os olhos lentamente. De início minha cabeça estava vazia, mas logo as coisas foram voltando rapidamente. Tentei me levantar mas minha barriga doeu novamente, tirei o lençol branco de cima de mim e olhei para o meu ombro com um grande curativo. Passei minha mão na barriga sentindo o curativo no local onde pela ultima vez que eu lembrava jorrava sangue.

Olhei em volta e reconheci o hospital, deitei novamente na cama sorrindo satisfeita. Minha filha com certeza estaria bem e eu estava bem. Lembrava de Angelina sendo presa, Daniel com certeza também estaria e tudo parecia estar bem, ai lembrei de Amber e do bebê, fiquei um pouco melancólica.

Me levantei da cama e tirei a agulha de meu braço. Minha barriga doeu ao pisar no chão, abri a porta do quarto e olhei em volta, o lugar estava silencioso e calmo.

-O que está fazendo em pé, Sra. Leto? – uma enfermeira me pegou de surpresa.

-Hm... que horas são? – perguntei.

-Hora de você estar dormindo – ela disse segurando em meu braço levemente – você não pode se esforçar ou vai acabar abrindo os pontos. Preciso que volte para a cama.

Umedeci os lábios e voltei para a cama, deitei e acabei dormindo novamente. Acordei pela manhã e assim que abri os olhos todo mundo gritou.

-Surpresa! – eu abri os olhos rapidamente, havia bolo e bexigas e todo mundo.

-O que é isso? – falei esfregando os olhos.

-Olha só eu só não vou te bater porque você está com a barriga aberta, e porque é seu aniversário! Mas eu levei cinco pontos na cabeça por sua causa. – disse Cara se sentando ao meu lado.

-Meu aniversário? – indaguei.

-Eu sei que ninguém se lembrou pois estávamos preocupados com Lola, mas como tudo ocorreu bem...

Olhei em volta procurando ela e ele. Acho que todos perceberam.

-Ele já está vindo, querida. – Constance se aproximou – você foi muito corajosa, Margot.

Ela levou as mãos enrugadas até meu rosto e me beijou. Gemi ao senti-la encostando em minha pele.

-Ah desculpe, você está machucada. – ela disse, então eu me lembrei da briga. Angelina deve ter acabado com meu rosto, eu podia sentir o lábio inchado, peguei o celular de Cara e abri na câmera. Não era uma visão muito agradável, meu olho roxo, boca inchada, nariz avermelhado e alguns cortes. Mas estava tudo bem porque apesar daquilo, eu tinha salvado minha filha.

-Você pode dizer para todo mundo que são ferimentos de guerra – disse Lizzy me abraçando com cuidado. Eu sorri ao vê-la, Marina estava chorando.

-O que foi? – falei.

-Eu fiquei tão preocupada com você – e ela se desmanchou mais. Eu sorri caridosamente.

-Eu estou aqui agora, sua boba. – estiquei minha mão a chamando, ela segurou nela e se aproximou me abraçando com cuidado também. Derramou algumas lagrimas em meu ombro, eu fechei meus olhos consolando minha melhor amiga.

-Não chora mais, estou aqui! – falei olhando em seus olhos, então a porta abriu e Jared entrou com Lola, meus lábios se curvaram em um longo sorriso e meu coração palpitou mais rápido. Ele caminhou até mim e me entregou ela, a abracei fortemente sem me importar com meus pontos, beijei todo seu rosto.

-Para mamãe – ela disse incomodada, continuei beijando-a e agarrando-a. – você tá dodói?

Ela disse olhando meu rosto.

-Só um pouquinho, mas estou feliz que esteja aqui com a mamãe, você nunca mais vai sair do meu lado. – todos riram.

-Eu imaginei que você iria querer vê-la – Jared disse sentando-se na ponta da cama.

-Bom, vamos deixar vocês a sós. – Constance disse.

-Deixa um pedaço do bolo para mim – Cara disse antes de sair do quarto, todos eles me beijaram e me abraçaram.

-Mãe, preciso que você leve a Lola com você. – Jared disse, fiquei triste no mesmo instante.

-O que? Por que? – indaguei.

-A Psicóloga dela disse que não é bom que ela te veja assim por enquanto e nós precisamos conversar.

Eu tive que concordar com ele. Constance pegou Lola e saíram.

-Psicóloga? – perguntei.

-Ela vai ter que passar com um especialista por algum tempo depois de tudo o que ela passou – ele disse. Era a coisa mais racional a se fazer. Jared passou os dedos pelo o rosto e logo se aproximou de mim. – O que você tinha na cabeça? Eu fiquei louco quando me disseram que você havia sumido, Margot.

Ele parecia um tanto atordoado.

Segurei sua mão.

-Eles ameaçaram você e a Lola... Eu também não podia arriscar a vida de vocês.

Ele apertou os olhos e acariciou o meu rosto levemente por causa dos machucados.

-Achei que nunca mais ia ver você de novo. Achei que você nunca mais iria voltar para casa.

Respirei fundo, era estranho porque por um momento eu também achei que não o veria mais.

-Eu também achei que não te veria mais – engoli em seco retirando sua mão do meu rosto. – Jared espero que você saiba que isso não muda nada.

-O que? – ele juntou as sobrancelhas. Desviei meu olhar do dele para conseguir ter coragem de pronunciar aquelas palavras.

-Você vai ser pai de novo... Isso muda tudo entre nós dois.

Ele balançou a cabeça negativamente.

-Eu posso ser pai e estar com você. – eu olhei novamente para ele, um tanto alterada.

-Não posso competir com uma criança, Jared, eu competi muito para ter você mas não posso ser mais o que eu costumava ser.

-E você acha que eu quero isso?

-Eu sei que você é arrogante demais e quer tudo isso. Eu, e o bebê que Amber está esperando... Mas o que você espera? Que eu continue do seu lado e conviva todos os dias com o fruto de algo que acabou comigo, que acabou com nós dois? – indaguei olhando fundo em seus olhos, ele ficou quieto sem saber o que dizer.

-Seria uma tortura continuar ao seu lado e ver todos os dias o fruto de uma mentira.

-Margot eu sei que eu errei com você... Mas eu quero reparar esse erro, depois de tudo o que aconteceu, depois de quase te perder eu só quero ficar com você para sempre. Eu te amo e eu nunca amei outra mulher na minha vida além de você.

As palavras dele pareciam ser sinceras, o olhar dele era sincero. Mas como confiar nele novamente? Como, estando ali toda machucada por dentro e por fora, acreditar nas coisas que ele estava dizendo? Ele me amou, sim. Muito, mas eu já não estava mais tão certa daquele amor. Seria doloroso demais olhar para aquela criança todos os dias e lembrar que ele mentiu para mim.

-Eu sinto muito, Jared. Mas acabou – foi o que eu consegui pronunciar, ele me olhava como se não acreditasse naquilo como se eu tivesse arrancado seu coração com as mãos e estivesse sambando em cima dele. Também senti meu coração partir, quase pude ouvir o barulho dele se trincando, nunca achei que depois de tudo o que passamos juntos teria um fim. Eu sempre acreditei que fossemos destinados um ao outro mas aquilo parecia uma piada naquele momento e quase pude ouvir o universo rindo da minha cara com os pedaços do meu coração em suas mãos.

-Eu não posso te prender, Margot. Mas preciso que você pense com clareza... você passou por um grande trauma e...

-Jared, nenhum trauma me causou mais dor do que o que você fez comigo – falei para ele, ele abriu a boca chocado com o que eu disse – você deveria ter me amado e me honrado como sua esposa. E então eu também menti para você, eu também traí você porque estava magoada demais e a gente brigou e nos machucamos. Como podemos superar isso? Você mentiu olhando dentro dos meus olhos! E quando eu estava triste você estava se divertindo por aí...

Ele ainda não sabia o que dizer, ele não tinha o que dizer porque sabia que tudo o que eu havia dito era pura verdade.

-Mag... – ele tentou me acariciar novamente mas eu não deixei.

-Não deixe isso pior do que já é. Por favor, vá embora. – pedi, ele me olhava atordoado. Antes dele sair eu o chamei novamente, se virou e me olhou – Jar, eu vou te amar para sempre.

-Você vai? – perguntou um tanto melancólico.

-Sim, esse é o problema.

Ele reprimiu o lábios, balançou a cabeça e depois de alguns segundos ele saiu e eu pude soltar o ar de dentro dos meus pulmões quase gritando para que ele voltasse e esquecesse tudo o que eu disse, comecei a chorar desesperada, derramando em minhas lagrimas toda a dor que eu estava sentindo, e que estava me sufocando. Respirei fundo pensando no que tinha acabado de fazer. Poderíamos tentar recuperar o que perdemos? Acho que não. Aliás, está perdido, não é mesmo?

As coisas aconteceram tão rápido nesses últimos dias que eu mal tive tempo de sentir o luto e perda de Bradley. Bradley tinha me dito isso, que ele me machucaria, me machucaria muito feio e ele estava tão certo.

Em um segundo, mais uma onda de dor comovente veio sobre mim, fechei os olhos e inspirei profundamente o ar quente.

Fazia quase uma semana que eu havia perdido Brad, quase havia perdido minha filha e tinha oficialmente perdido Jared. Foi como se eu tivesse passado os últimos dias só chorando, chorava tanto que ficava surpresa como ainda havia lagrimas para chorar.

As pessoas sempre dizem que com o tempo tudo vai ficando mais fácil quando se perde alguém. Diziam que, com o tempo, ia melhorar. Mas eu não entedia como isso poderia acontecer, a cada dia tudo se tornava mais difícil. O mundo só ficava muito mais escuro. A dor só se aprofundava mais.

Inclinei minha cabeça para olhar para a janela. E quando abri os olhos limpei a única lágrima que estava umedecendo minha bochecha direita. Meu lábio inferior tremeu de tristeza contida. Não queria mais chorar, estava tão cansada.

Desejei que Bradley estivesse vivo.

E desejei que não me sentisse tão morta.

-Está se sentindo bem? – uma enfermeira entrou rapidamente no meu quarto com um sorriso amigável. Olhei para ela e tentei conter minha expressão triste.

-Estou sim. – respondi forçando minha voz para que ela saísse convincente. – você pode ligar a televisão, por favor?

Pedi acreditando que seria melhor me distrair com algum programa qualquer entediante e tirar minha cabeça um pouco de tudo o que aconteceu nas últimas semanas. Eu não queria pensar sobre essas coisas, não queria entender mais nada apenas que o mundo girasse e esses dias ficassem em um passado distante mas havia tanta coisa ainda para decidir. A Enfermeira disse um “claro” e ligou a televisão me entregando o controle depois checou algumas coisas e saiu. Comecei a zapear os canais da televisão, até que um me chamou atenção.

-Acusada de sequestrar a filha do empresário Jared Leto e mulher Margot Robbie Angelina e seu comparsa Daniel Graig foram presos ontem à tarde em flagrante...

Eu realmente não sabia como eu deveria me sentir vendo aquela notícia. Claro que me sentia aliviada em saber que eles haviam sido presos mas isso não era o suficiente, não era o suficiente por eles terem estragado meu casamento, por terem causado a morte de Bradley... e eu achando que era por minha causa, por minha culpa! Eu não consegui pensar em um castigo para eles poderem pagar o que fizeram comigo e com aqueles que eu amava, acho que não existia nenhum castigo suficiente para isso.

E Jared! Ah Jared! O que foi que nós fizemos? Nisso eu não posso colocar total culpa neles, porque Daniel estava certo, ele só colocou a Amber no caminho dele mas quem escolheu “errar” foi ele, e um erro cometido tantas vezes. Mas eu deveria saber, somos condenados desde o primeiro dia em que pus meus olhos nele... Eu não deveria ter me apaixonado... Eu não deveria!

Inevitavelmente minhas lágrimas voltaram, esse é o problema de ter o coração partido você sempre quer o consolo da pessoa que fez isso com você mas eu não podia mais perdoa-lo.

Desliguei a televisão para não ter que ficar pensando naquilo e então senti meu estomago doer, talvez fosse o corte, eu não sei mas começou como uma dorzinha e logo já estava tomando uma grande proporção. Tive que chamar a enfermeira duas vezes e então ela sem saber o que fazer chamou o médico.

-Está se sentindo mal, Margot? – ele perguntou checando minhas pálpebras.

-Meu estomago... Dói demais! – resmunguei. Ele suspirou.

-Pode descrever a dor? – falou olhando fixamente para mim.

-Eu não sei direito, queima, mas não é uma queimação é como se alguém ainda estivesse me dando várias facadas ao mesmo tempo.

Depois de realmente levar uma facada eu sabia qual tipo de dor eu podia comparar aquilo.

-Bom, pode ser o ferimento... – ele começou a dizer.

-Não, não é. Eu senti essa dor antes de levar a facada. – respondi ainda gemendo de dor.

Ele olhou para a enfermeira rapidamente e reprimiu o lábio.

-Bom, pode ser então uma gastrite ou uma ulcera.

Arregalei os olhos para ele, que ótimo, além de tudo que passei eu ganho uma Gastrite.

-Mas não temos certeza e nem podemos afirmar nada antes dos exames, vou marcar uma endoscopia para você para checarmos isso, por enquanto vou passar um remédio para passar a dor.

-Tá – concordei. – Mas quanto tempo vou ter que ficar aqui nesse hospital?

Ele pegou minha ficha da mão da enfermeira e passou os olhos rapidamente e depois voltou a me olhar sorrindo amigavelmente.

-O Seu ferimento no ombro não é tão grave, não foi tão fundo assim.

-Ah é? Doeu como se tivesse atravessado minha alma junto – falei tirando dele uma risadinha.

-Que bom que mantém o bom humor – falou – bom, os ferimentos em seu rosto também não são graves com o tempo os machucados sumirá junto com o inchaço, o que me preocupou mesmo foi o ferimento em seu estomago, levará um tempo para cicatrizar completamente por dentro mesmo que por fora pareça que já está tudo bem, então vou pedir a você que faça pouco esforço pelos próximos meses.

-Próximos meses?

Ele soltou outro riso.

-Só fique algumas semanas em repouso, depois você pode retornar a sua rotina mas sem grandes esforços, ok? Amanhã você poderá ser liberada.

Relaxei meus ombros feliz em ouvir aquilo.

-Eu já conversei com seu marido e ele me garantiu que te manterá sobre cuidados.

Levantei as sobrancelhas. Como ele saberia? Eu não estaria com ele.

-Margot você entende que só posso te liberar se tiver certeza de que alguém estará cuidando de você, certo?

-Claro – falei dando de ombros.

-Ótimo, então amanhã quando o Sr. Leto estiver aqui para te buscar eu te dou alta!

-O que? – falei rapidamente.

-Ama...

-Eu entendi mas por que ele precisa estar aqui? – o interrompi um pouco irritada.

-Porque ele é seu marido e você vai precisar de cuidados. – respondeu severamente, revirei os olhos e bufei. – Amanhã eu volto para ver você, ok? Enfermeira administre losec 40mg para ela e cheque em hora em hora para ver como está a dor no estomago.

Ele disse antes de sair do quarto me deixando irritada. Eu não queria ir embora com Jared, eu queria voltar para o apartamento de Lizzy e ficar lá mas pensando bem, estar de volta a minha casa significava estar perto da minha filha mas eu não sabia como aquilo iria funcionar. Como ficar superar ele estando vinte e quatro horas perto dele? Aquilo soava impossível até para mim mesma.

A enfermeira administrou a droga e me deu um remédio para que eu pudesse dormir o que eu agradeci porque aquela seria a única forma que me faria dormir mesmo.

  


Notas Finais


Sobre a segunda versão: eu já escrevi muita coisa mas ainda não sei se espero acabar essa para começar a postar ou se eu já começo a postar agora, o que vocês acham?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...