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História A acompanhante - Love me two times


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


olha quem apareceu ahuahau
Amados leitores, temos um personagem novo na fic, que eu particularmente amo demais e acredito que vocês também.
Estou tentando ao máximo não escrever capítulos muito longos, mas é difícil gente, ainda mais para mim que amo deixar a historia mais detalhada haha espero que vocês gostem desse capitulo e não deixem de comentar, adoro ler os comentários e opiniões ♥

Capítulo 34 - Love me two times


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Love me two times

“Love me two times, men, i’m going away...”

 

Duas semanas depois eu finalmente retirei aqueles pontos da minha barriga e do meu ombro, meu rosto já não estava machucado. Algumas pequenas, quase invisíveis cicatrizes estavam ali para me lembrar do momento mais apavorante da minha vida mas nada que fosse tão notável assim. Duas semanas é tempo demais para pensar em coisas e tomar decisões, é tempo demais para finalmente tomar uma posição e retomar o controle de sua vida, a minha parecia ter fugido do meu controle mas eu estava disposta a retomar ele.

Estava voltando do médico, com minha barriga cicatrizada pelo menos pelo lado de fora e já tinha tomado minhas decisões que julguei corretas mediante a situação que eu e Jared estávamos enfrentando. Tentei enxergar tudo além do meu amor por ele, e foi uma das coisas mais difíceis de se fazer.

Assim que abri a porta da minha casa, dei de cara com Amber, ela esteve por perto nas últimas semanas mas naquele dia foi um péssimo dia para ela aparecer por ali usando uma blusa justa que deixava sua barriga aparentemente maior.

-Como foi no médico? – Jared perguntou, ele estava preocupado e queria ter ido comigo mas eu recusei.

-Foi tudo bem. – falei querendo cortar o assunto ali mesmo, ia passando por eles dois e subindo diretamente para o meu quarto mas ele me chamou.

-Margot... A Amber vai precisar de um lugar para ficar por enquanto, ela não quer ficar sozinha.

Parei no degrau da escada e olhei para ele me perguntando se eu realmente estava ouvindo ou entendendo errado o que ele queria dizer, mas eu não estava. Eu olhei para ela.

-Tudo bem, ela pode ficar por aqui. – falei e ele arregalou os olhos incrédulo com a forma que eu tratei aquilo, e pareceu um pouco aliviado – aliás, ela pode ficar no nosso quarto querido porque eu estou voltando hoje para o apartamento de Lizzy.

E então todo o alivio dele foi embora no mesmo minuto em que eu disse aquelas palavras. Amber abriu a boca e ficou um pouco assustada, ou talvez o alivio dele passou para ela. Eu não sei, não gastei minhas energias tentando entender aquilo mas somente dei as costas e continuei subindo as escadas, no quarto peguei uma mala e comecei a colocar minhas coisas dentro rapidamente e não demorou muito para ele entrar no quarto, perplexo.

-Você realmente vai embora de novo? – ele disse.

-Sim, Jared. Você sabia que eu iria, não se faça de idiota. – falei andando de um lado para o outro enchendo minha mala com minhas coisas, ele passou a mão na barba e suspirou.

-Eu pensei que depois dessa semana... você teria mudado de ideia. – falou cauteloso. Eu parei e apertei os olhos. – Mag, eu pensei que depois do que você ouviu dela, você e eu poderíamos tentar recomeçar.

Joguei as roupas na mala e olhei para ele.

-Sabe qual o problema nisso tudo, Jared? É que querendo ou não, você me afastou de você! Nós não somos mais os mesmos.

Ele mordeu o lábio inferior e se aproximou.

-Margot, você não vê o quanto eu me arrependo?

-É simples dizer que está arrependido, Jared. Mas eu tomei uma decisão – engoli em seco me afastando dele novamente, pedindo mentalmente para ele não chegar perto porque eu enfraquecia, perdia a razão e ficava insegura das coisas que eu realmente queria – se você realmente me ama vai encontrar uma maneira de me trazer de volta para você, ou você vai desistir e vai ficar com ela e com seu filho.

Ele abriu a boca perplexo e irritado com aquilo.

-Não pode fazer disso um jogo! – falou – o que eu tenho que fazer? Me ajoelhar, pedir perdão? Me humilhar? Me diga que eu faço!

-Não, isso é pouco! – falei alto demais. – isso é pouco. – falei mais baixo tentando recobrar a calma. – Eu não aguento olhar para a Amber... eu não aguento saber que outra mulher vai ter um filho seu.

-Margot... eu não quero ficar com a Amber.

-E nem eu quero que você fique! – falei.

-Então fica comigo! – se aproximou novamente segurando meu pulso de leve, levantei meus olhos para ele.

-Então me traz de volta para você. – falei olhando fixamente dentro dos seus olhos. Eu estava com medo de exigir muito dele, mas eu queria que ele realmente fizesse isso, queria que ele achasse uma maneira de me trazer de volta. Não estou dizendo que o deixei de ama-lo, mas eu tinha perdido nosso elo e queria que ele o encontrasse, mas eu não facilitaria as coisas. Ele tinha que pagar pela forma que me fez sofrer.

Ele ficou me olhando então simplesmente enrolei meu braço em volta de seu pescoço e o puxei para um beijo que ele retribuiu com intensidade. Ainda nos beijando caminhamos em direção a cama e tombamos em cima dela, ele foi beijando meu pescoço descendo pelo o meu ombro logo abaixando as alças da minha blusa. No minuto seguinte eu já estava sem ela e ele distribuía beijos pelo meu corpo, quando chegou a minha cicatriz ele passou o dedo por cima, me arrepiando e depois depositou alguns beijos ali. Descendo cada vez mais abriu a minha calça e a retirou a jogando longe, fiquei só de roupa intima e me inclinei o puxando para outro beijo intenso. Sua mão foi parar atrás da minha cabeça intensificando o beijo cada vez mais. Eu o queria cada vez mais, como se cada pedacinho bem pequenininho meu o quisesse.

E ele me amou naquele momento, retirei sua camisa passando minha mão pelo seu corpo depois também depositando beijos por ali, não demorou muito para estarmos ambos nus. Enquanto ele me penetrava eu fechei os olhos tentando manter minha mente somente naquele momento, pedindo para ele em pensamento me amar, e me questionando se ele me amaria com a mesma intensidade se soubesse que eu estava indo embora?

Porque ali, ele acreditou que eu tinha fraquejado mais uma vez mas não tinha. Eu estava dizendo “talvez essa seja a última vez, Jar!”, e pensando nisso quase chorei mas não o fiz, assim que chegamos ao nosso ápice o beijei novamente, dessa vez mais lentamente e ele sorriu se deitando ao meu lado. Coloquei de volta meu sutiã e minha calcinha e sorri para ele, me inclinando e o beijando novamente.

-Obrigado, Jar. – falei e ele não entendeu, continuei vestindo minhas roupas.

-O que você está fazendo? – perguntou com as sobrancelhas juntas.

-Eu estou indo embora. – terminei de colocar minha calça e evitei olhar para ele, fechei minha mala e então depois de apertar os olhos e suspirar o olhei novamente – pense no que eu te disse.

Olhei para ele que me olhava desolado, como se não pudesse acreditar no que eu estava fazendo, quase pude ouvir o som de seu coração se partindo, ou era o meu? De qualquer forma com toda a força que eu possuía reunida, me virei e saí do quarto.

 

Cheguei no apartamento de Lizzy e ela estava jogada em cima do sofá, fumando um cigarro e lendo alguma coisa.

-Já chegou! – disse, apenas lhe lancei um sorriso e caminhei diretamente para o meu quarto jogando minha mala em cima da cama e depois me sentando sobre ela, passei a mão no cabelo jogando todo o meu cabelo para trás. Eu também não queria acreditar que eu estava ali, longe dele e da minha filha. – Você sabe que você está entregando seu marido de mão beijada para a outra, não sabe?

Disse Lizzy entrando no meu quarto e me olhando com uma sobrancelha arqueada.

-Lizzy, eu não estou fazendo nada.

-Exatamente, você não está fazendo nada. Só abrindo mão de tudo... – falou, levantei os olhos para ela. – Você desistiu, Margot.

-E o que eu deveria fazer? Bater na Amber até desfigurar o rosto dela e depois ficar perdoando ele? Ele fez as escolhas dele, e deve pagar por isso. – falei alterando minha voz, como aquele assunto era demais para a minha cabeça.

Ela suspirou.

-Eu sei que ele foi um completo idiota, Mag, mas caramba vocês se amam.

-Se ele realmente me ama vai fazer alguma coisa, vai tentar achar uma forma de conquistar novamente.

-Te conquistar? Como se alguma vez você tivesse deixado de ser dele. – falou com um sorriso torto, olhei para ela com raiva daquela verdade que ela esfregava na minha cara sem piedade. Balancei a cabeça e me levantei caminhando de um lado para o outro. – você só está fugindo da responsabilidade.

Parei no centro do quarto e olhei para ela.

-Que responsabilidade?

Ela revirou os olhos.

-A responsabilidade de tentar resolver essa situação. Você está jogando tudo nas mãos ele e está testando ele, é o que você faz. Você nunca sabe qual a decisão certa a tomar então você joga as opções nas mãos das pessoas e esperava que elas façam a escolha por você.

-Isso não é verdade. – balancei a cabeça desviando meu olhar para a janela.

-É claro que é! – insistiu – eu te conheço muito bem, você sempre faz isso Mag, e em alguns casos é crueldade demais.

Ela disse isso abaixando mais a voz, apertei meus olhos refletindo rapidamente no que ela estava dizendo. Eu realmente fiz isso, não fiz? Joguei a responsabilidade das minhas decisões nas outras pessoas. A verdade que mais me doía em pensar era que eu não queria mais estar em um relacionamento tão conturbado com Jared, mas me rasgava o peito pensar em não estar mais com ele, e então eu só queria ser outra pessoa novamente, uma vontade de trocar de corpo, de nome, de cabelo, de profissão, de país, de vida. Eu sabia que minha vida nunca mais seria a mesma depois dele, não tinha como ser a mesma, todas as noites tão vazias dele (que seria todas) eu iria dizer para as pessoas que estava cansada só para fingir que iria dormir e ficar no meu quarto chorando em paz, porque eu sentiria miseravelmente a falta dele.

-Mag, ele te ama e é nítido o quanto ele está arrependido. – ela disse tocando em meu ombro, dei um longo suspiro – pense bem no que está fazendo.

Balancei a cabeça espantando todos aqueles pensamentos e me afastei dela pegando minhas coisas.

-Tá, Elizabeth, chega desse papo! Vamos para a Agencia, precisamos fazer logo essa reunião tenho ideias para contar a vocês.

Saí do quarto antes que ela pudesse me dizer mais alguma coisa e então depois ela me seguiu, seguimos juntas para a Agencia sem tocar mais no mesmo assunto. Marquei essa reunião com as meninas para poder contar-lhes a minha ideia sobre os problemas com a baixa dos lucros que estávamos tendo antes de tudo aquilo acontecer, eu estava um pouco nervosa também porque era a primeira vez que iria ver Lila após ter mandado ela para cadeia. Assim que chegamos algumas meninas vieram me cumprimentar, e perguntar como eu estava. Era ótimo estar de volta a minha agencia, estar de volta a minha vida. Eu tinha deixado tudo nas mãos delas, e fora ótimas administradoras mas algumas coisas eu teria feito diferente.

Lizzy e eu entramos na sala de reunião e nos sentamos.

-Elas estão atrasadas. – comentou Lizzy olhando no relógio. Foi só ela ter dito aquilo que a porta se abriu e Marina entrou se sentando a mesa também dizendo um ‘desculpe’. E então Lila entrou, ela me olhou com olhos cerrados por alguns segundos mas depois sorriu.

-Eu fiquei sabendo que a vaca da Angelina arrebentou seu rosto, eu com certeza teria feito pior em você mas se eu ver aquela vaca vou arrebentar com a cara dela. – ela disse rindo. Fiquei sem reação, eu estava esperando uma briga e não isso.

-É, ela realmente ferrou com minha cara. – falei – você não está com raiva?

Ela fez um bico e piscou rapidamente.

-Eu estava, você não me contou sobre meu irmão e depois me mandou para a cadeia... Mas naquela cela eu tive tempo para pensar e caramba, se alguém tivesse sequestrado minha filha eu também ficaria louca. Somos amigas Mag, não tão melosas mas você sempre vai ser minha amiga.

Ela terminou de falar com um sorriso no rosto, que também atraiu um sorriso no meu. Ela deu um passo largo e nos abraçamos fortemente, e o abraço dela era incrível, como se fosse de uma irmã.

-Ah, vão para um quarto vocês duas – Lizzy e Marina resmungaram brincando, nós nos separamos rindo. Enfim tomamos nossos lugares na mesa e começamos nossa reunião.

-Bom garotas, eu vou ser breve em dizer a vocês o que eu tenho em mente – comecei – durante essas duas semanas em que fiquei em casa pude pensar nos problemas que estamos enfrentando e tive uma ideia para poder resolver isso... Precisamos atrair mais clientes, a atenção e o interesse deles então decidi fazer uma espécie de desfile com nossas garotas e garotos.

Elas arregalaram os olhos juntas com um sorriso.

-Margot, essa ideia é fantástica mas temos que fazer algo rapidamente.

-Eu sei, e por isso vamos fazer esse final de semana. – elas ficaram perplexas.

-Margot é muita coisa para fazermos em uma semana. – Lila disse.

-Não é, não. – falei – se cada uma ficar responsável por algo nós vamos conseguir terminar logo. Lizzy, você fica responsável em treinar as meninas para o desfile, Marina você fica responsável pelos convidados, e Lila fica responsável pelo local e decoração do evento... E eu vou fica responsável com os gastos que vamos ter. Ok?

Falei rapidamente e elas me ouviam com atenção, a ideia surgiu do nada mas para mim era simplesmente fantástica.

-Sendo assim, acho que damos conta sim – Marina falou sorrindo olhando para nós todas.

-Claro que damos, você já viu uma equipe melhor que a nossa? – falou Lizzy e todas caímos na risada. Terminamos a nossa reunião depois de discutirmos mais alguns detalhes. Lila e Lizzy por algum motivo saíram da sala mais rápido do que a gente. Marina e eu nos entreolhamos estranhando a atitude delas mas logo saímos também, descemos até a recepção juntas conversando mas percebi que o olhar de todo mundo ali estava sobre a gente.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntei a Julia, recepcionista. Ela sorriu e então Lizzy e Lila apareceram, e Shannon veio atrás delas, com um enorme buque de flores nas mãos e meio sem jeito parou na frente de Marina que tinha os olhos arregalados.

-Marina... – ele começou a falar meio sem jeito – eu sei que esse não é o lugar mais apropriado mas ou eu fazia isso agora ou eu nunca iria ter coragem de fazer... Eu não vou ficar enrolando porque eu não sei fazer essas coisas mas Mary, você quer casar comigo?

Todo mundo sorriu na hora mas Marina apenas continuou com os olhos arregalados olhando para mim e para ele rapidamente como se não soubesse o que dizer, como se as palavras tivessem emboladas em sua garganta.

-Sim! – eu sussurrei para ela sorrindo. Então ela relaxou os ombros e sorriu.

-Eu nunca conheci alguém tão galinha, idiota, cheio de piadas sem graça... mas nunca amei tanto alguém como eu amo você, Shan. A resposta é mil vezes sim.

Então ele não esperou mais nada para agarrar ela e beija-la com intensidade. Todos nós começamos a rir e a bater palma mas meus pensamentos navegaram para alguns anos atrás, quando Jared me pediu em casamento e fu impossível não ficar triste, eu estava feliz pela minha amiga mas estava triste por mim.

 

Bom a semana após o pedido de casamento de Marina passou voando, estávamos tão ocupadas com todos os preparativos que mal vimos o tempo passar e de repente já estávamos no sábado a noite checando se estava tudo correto para começar como evento, que, sem querer soar arrogante estava incrivelmente fantástico. Recebemos mais convidados do que o esperado, tanto homens como mulheres, havia muita bebida, muitos aperitivos, o local estava com uma decoração preta com prata brilhante. Começamos falando sobre o nosso trabalho para os convidados e com o desfile, confesso que estava insegura com medo das garotas e os garotos fazerem alguma coisa errada mas todos foram muito perfeitos em seu andar, esbanjando beleza e sensualidade. Depois do desfile também fizemos um leilão com elas e com eles, e foi fantástico. Arrecadamos mais do que o esperado aquela noite. Depois de tudo isso, deixamos que as pessoas aproveitassem a festa, bebendo, comendo e dançando.

Eu devia estar animada, aliás, mais animada ainda mas ainda estava melancólica. Com minha dor estomacal e sentimental era um pouco difícil aproveitar a festa mas eu aprendi a usar a minha melhor mascara sem deixar que as pessoas percebessem o que estava se passando pelo eu interior.

Fui até a mesa pegar uma taça de champanhe e sem querer alguém esbarrou em mim.

-Ah me desculpe. – o homem disse, levantei meus olhos para vê-lo mas não o reconheci de lugar nenhum. Era alto, loiro, olhos claros, e extremamente charmoso. Ele ficou alguns segundos me olhando também.

-Tudo bem – respondi simpática. – eu também sou um pouco desastrada.

Ele riu, e que risada incrível.

-Está me chamando de desastrado? – perguntou ainda com um sorriso no rosto.

-Talvez um pouquinho. – brinquei tirando dele outra risada.

-Bom, meu nome é Leonardo Dicaprio...- ele falou estendendo a mão, também estendi.

-O meu é...

-É Margot Robbie Leto. – ele concluiu minha frase beijando as costas da minha mão com gentileza, abri a boca surpresa, o que não deveria ser. – É difícil não se interessar por você.

-Ah, desculpe você deve ser confundido, eu na verdade sou a dona disso aqui e não uma acompanhante... – falei imaginando que ele tivesse achado que eu ainda era uma acompanhante. Mas ele curvou seus lábios rosados em outro sorriso.

-Eu sei. – falou olhando em meus olhos – mas eu teria te comprado no leilão.

Eu não pude deixar de gargalhar

-Você é muito gentil – falei.

-E você muito bonita, Margot. Será que poderia me conceder uma dança?

Eu não sabia se eu estava mais encantada pela beleza, gentileza, ou o sotaque inglês que ele tinha, talvez eu estivesse encantada por tudo isso e então não pude recusar dançar com ele.

-Claro. – falei e então ele segurou na minha mão novamente e fomos para o centro do salão, coloquei minhas mãos em volta de seu pescoço e ele envolveu as suas em minha cintura.

Era uma música lenta, o que não era do estilo da festa mas alguém estava bem romântica aquela noite, meu palpite: Marina.

-Me fale sobre você. – ele disse olhando em meu rosto.

-Hm, vinte e seis anos, mãe de uma menina incrível, californiana... Não tenho muita coisa sobre o que falar – disse, claro que tinha. Mas eu não queria escancarar as portas da minha vida para alguém que eu acabara de conhecer.

-Margot...

-Me chame de Mag. – pedi, porque toda vez que ele dizia meu nome não era a voz dele que eu ouvia.

-Tudo bem, Mag. – falou sorrindo – eu sei que uma mulher incrível como você tem muito mais a contar do que isso.

Ele me girou e depois me pegou novamente puxando-me para mais próxima de si.

-Claro que tenho – concordei – mas seria muita coisa para contar em uma noite, não?

Ele riu pelo nariz.

-Bom, eu fiquei lisonjeado pelo convite dessa noite, sei que eu deveria ter vindo aqui afim de conhecer suas garotas mas foi difícil prestar atenção em alguma delas com você por perto.

-Você é muito gentil. – falei, ele estava dando em cima de mim e de repente eu também quis dar em cima dele mas olhei rapidamente para minha mão e para a minha aliança. Eu ainda estava casada, eu ainda era a Sra. Leto, eu ainda amava meu marido mais que tudo mas estar ali com Leo estava me fazendo bem.

Ele suspirou sorrindo, com certeza percebendo o quanto eu fiquei sem jeito. Será que ele sabia que eu era casada?

-Eu conheço a Marina ah alguns anos... ela é uma boa amiga. E eu ouvi muito sobre você, Mag, nos últimos dias... sem querer ser grosso mas estou surpreso que você não esteja bêbada.

Nós dois rimos.

-Ainda é cedo, preciso mais do que uma dose de Whisky para ficar bêbada e preciso recepcionar meus clientes muito bem. – respondi sorrindo.

-Mas creio que seu marido não goste muito de bebida, pelo que ouvi do Sr. Leto ele é um homem bem controlador em relação a saúde.

Meu coração parou alguns segundos ao lembrar dele. Ah, então ele sabia...

-O Sr. Leto não está em condições de me dizer o que fazer... – respondi, ele apenas levantou as duas sobrancelhas – Mas eu adoraria acordar amanhã com uma ressaca. – falei mudando de assunto rapidamente para não ficarmos falando de Jared, ele apenas riu com certeza entendendo. – Mas o que ouviu falar de mim, Sr. Dicaprio?

-Muitas coisas... Mas especialmente que você é uma mulher doce, gentil, dedicada, inteligente e extremamente linda o que não deixa de ser verdade, simpática e interessante.

-Alguém andou mentindo para você. – brinquei roubando dele outro riso.

-Não acredito que Marina goste de mentiras. – respondeu.

-Ah ela é uma mentirosa de primeira e foi eu quem a ensinou. – outro riso, a música parou de tocar mudando para uma mais animada – bem, você quer tomar alguma coisa?

-Vou aceitar. – ele respondeu, então caminhamos de volta para perto da mesa de bebidas e pegamos duas doses de Whisky. Começamos a conversar sobre algumas coisas, eu estava interessada em saber mais sobre sua vida e conforme íamos bebendo mais nos sentíamos mais a vontade para falarmos de nossas vidas particulares.

Ele era realmente um homem encantador. O tipo certo que nasceu para fazer uma mulher extremamente feliz.

Perdi a noção do tempo conversando com ele, eram assuntos saudáveis. Ele me contou sobre sua separação, sua empresa e como conseguiu se tornar um grande empresário, contou planos e pensamentos. Ele tinha apenas 39 anos, mas aparentava ter 30, assim como meu Jared e pela primeira vez em muito tempo alguém me fez sentir-se bem.

-Margot, acho que você vai querer vim comigo – disse Lizzy aparecendo do nada. Olhei rapidamente para ela e parei de sorrir pela sua expressão.

-Aconteceu alguma coisa? – perguntei, mas não foi preciso ela responder pois ele apareceu atrás dela com a cara fechada.

-Boa noite, Margot. – falou. Eu só conseguia me perguntar o que diabos ele estava fazendo ali até que Amber apareceu ao seu lado, eu não podia acreditar que eles iam ferrar com minha noite que estava ótima.

-Oi, Jared. – falei, ele lançou um olhar cruel para Leo que se fingiu indiferente aquilo.

-Oi, Margot. – Amber também me cumprimentou eu apenas dei um meio sorriso para ela. Um silencio tomou conta de todos nós por alguns segundos, e senti que todos inclusive Leo ficaram desconfortáveis.

Eu não queria ser grossa com ninguém na frente do Leo então apenas fiquei calada.

-Margot, posso falar com você? – Jared disse, olhei para Leo.

-Eu já volto. – falei, ele sorriu de volta.

-Vai dançar comigo novamente? – perguntou antes que eu me afastasse.

-A noite inteira se você quiser. – falei não somente para provocar o Jared mas por ser verdade. Jared e eu nos afastamos e ele me levou até a pista de dança, tocava uma música um pouco mais animada.

-Quem é ele? – ele perguntou colocando a mão na cintura.

-Não é da sua conta. – falei. Ele reprimiu o lábio inferior e respirou forte, então senti o cheiro de álcool forte vindo dele.

-Você não pode ficar de papinho com qualquer homem por aí, ainda estamos casados.

-Só no papel! – falei – mas não vivemos mais juntos, não temos mais nada! – respondi, ele me fuzilou com os olhos.

-Você disse para eu te trazer de volta para mim – ele falou.

-Mas eu nunca disse que ia ficar sentada esperando. – disse. Ficamos quietos alguns segundos.

-Você me ama, Margot. – ele falou me aproximando dele, toda vez que começávamos a conversar voltávamos para esse mesmo ponto.

Olhei para ele e respirei fundo. Eu não gostava quando ele ficava bêbado, nunca conseguia esconder direito seu humor e suas emoções.

-É que na verdade, te amar foi o maior erro que eu cometi na minha vida. – falei aquela frase tão rápido com medo de desistir no meio dela e foi como se eu tivesse dado um tiro bem no meio da cara dele. Ele paralisou, olhando fixamente para mim com a boca entreaberta e olhos arregalados. Acredito que ele nunca ia esperar ouvir isso de mim, que esteve sempre correndo atrás dele como uma cachorrinha dependente, mas eu não queria mais estar presa a sua coleira.

Ele ficou quieto, nossos olhos fixados um no outro, eu podia sentir sua mágoa mesmo se estivesse do outro lado do salão, eu o tinha magoado e simplesmente não me importei.

-Não pode estar dizendo isso para mim – ele finalmente disse alguma coisa.

-E para quem é que eu vou dizer? É a verdade. Eu te amo, mas isso é um erro. Eu posso usar a droga mais pesada, mas te amar foi o que me destruiu de verdade.

Ele bufou, de repente pegou no meu pulso e me arrastou porta a fora do salão, até o estacionamento enquanto eu gritava para que ele me soltasse, me prensou contra um carro e me beijou, por mais que meu corpo quisesse retribuir, eu não o fiz. O empurrei, pedi para que parasse, bati nele, mas nada o tirava de perto de mim.

Mordi seu lábio com força, até sangrar.

-Por que você fez isso? – perguntou indignado.

-Porque eu não quero te beijar. Eu não quero te tocar. Eu não quero te amar. – disse.

-Você não pode deixar de me amar. – ele deu alguns passos e me prensou novamente contra o carro, me machucando. Segurou meu maxilar com os dois dedos, me fazendo olha-lo. – Não pode, está entendendo?

-Jared, por favor – eu estava calma novamente. Não queria brigar.

-Mag... eu... eu amo você. Amo seu cheiro, amo sua voz, amo suas danças, e odeio te ver nos braços de outros homens, eu não sei o que fazer para te reconquistar.

-Sai de perto de mim, por favor. – pedi ainda calma, ele respirou fundo e me soltou, passei a mão no cabelo jogando-o para trás. – você não pode vim aqui na minha festa, não pode trazer sua amante aqui e ficar dizendo que me ama... Eu não consigo mais, Jar.

-Não consegue mais o que? – ele perguntou com as sobrancelhas juntas.

-Sentir. Eu não posso sentir mais nada. Porque se eu me permitir sentir, só vou sentir dor. Entende? Nada nunca melhorou de verdade, era tudo um plano da vida para destruir o que eu sempre tentei preservar: meus sentimentos. Mas obrigada, Jared Leto, você acabou comigo. Você era a coisa mais importante da minha vida e você me destruiu, não me diga que me ama, eu odeio essa palavra. Agora se você não se importa eu vou voltar para a festa, ficar com o Leo, transar com ele e te tirar da minha cabeça.

-Você não pode estar falando sério. – ele me segurou de novo e me empurrou contra o carro. Eu senti uma dor muito forte na barriga, doeu tanto que eu quase gritei. Depois ele me segurou, prensando-me novamente.

-Me solta, ou eu vou gritar! – disse.

-Você não vai a lugar nenhum, com ninguém. – ele falou firme.

-Eu vou gritar!

-Solta ela – Leo apareceu, Jared o olhou e sorriu, mas não me soltou.

-Quem você pensa que é? – perguntou Jared. – ela é minha esposa.

-Sendo esposa ou não, você está machucando-a e eu não gosto de ver homens agredindo mulheres.

-Ah, você não conhece a Margot. Ela faz pior com os homens.

-Você está me machucando – eu disse, minha barriga doía demais.

-Eu ja disse para o Sr. Solta-la – ele disse com aquele sotaque britânico. Deu alguns passos à frente, Jared me soltou.

-Ou o que? Você vai brigar comigo? – eu não queria que uma briga estragasse o meu evento, e Jared esta bêbado demais apesar de estar conseguindo ficar de pé.

-Não, não, - entrei no meio – Não vale a pena, Leo, não por ele. Vamos entrar? – pedi – me leva para dançar?

Seus olhos desviaram-se de Jared e se encontraram com o meu, ele sorriu e passou o polegar no meu queixo.

-Claro, será um prazer dançar com a garota mais bonita da festa.

Cruzei meu braço no dele e voltamos para o salão, deixando Jared ali. Começamos a dançar, ele colocou sua mão em minha cintura e, deus, como ele dançava bem.

-Eu não pude deixar de ouvir a sua conversa com o Sr. Leto... E me desculpe, sei que é ousadia da minha parte mas ouvi quando você disse que iria transar comigo e...

-Ah você ouviu – e fiquei envergonhada. Ele sorriu percebendo a minha timidez.

-Não precisa ficar tímida. – disse sorrindo – eu entendo que aquilo foi só para provoca-lo.

Talvez sim, talvez não. Eu mesma não sabia o porquê tinha dito aquilo para Jared, eu quis mudar de assunto, ficar falando sobre Jared, Amber e essas coisas não me ajudariam em nada então apenas tentei aproveitar a festa que estava indo muito bem. Não vi Jared o restante da noite o que acabou sendo um alivio para mim, talvez ele tivesse ido embora, eu não sei mas tentei ficar apenas focada em Leo que estava sendo uma ótima companhia aquela noite. 


Notas Finais


Se houver algum errinho, me desculpem, eu não tive tempo de revisar esse capitulo ♥


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