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História A acompanhante - Is this the end i feel?


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


oe meus amores, here i am!
Tenho andado ocupada com meus estudos mas não desistam de mim ♥♥ To amando os comentários, eles me motivam muito a continuar ♥

Capítulo 36 - Is this the end i feel?


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Is this the end i feel?

“Eu tenho estado no ar, perdida na noite, eu não trocaria nada por suas mentiras ou o seu desejo pela minha vida... Você foi o amor da minha vida, a escuridão e a luz, este é o retrato de um eu e você torturados. Isso é o fim?”

 

Eu estava dirigindo em silencio enquanto Amber tentava inutilmente puxar assunto comigo. Ela falava sobre coisas aleatórias até começar a falar do bebê, talvez para me machucar, talvez não. Percebi que ela era uma menina muito carente de atenção, e estava se sentindo sozinha. Ou eu só queria acreditar nisso mesmo, mas estava odiando isso porque eu não queria gostar dela, não queria arrumar justificativas para o que ela fez comigo e com minha família. Levou menos de duas horar para chegarmos a clinica particular.

-O Dr. Hunt vai me atender. – ela disse assim que passamos pela recepção.

-Jared não quis vir com você? – perguntei como quem não quer nada, era estranho para mim que o conhecia perfeitamente e sabia como ele devia estar preocupado com essa criança que crescia na barriga dela. – Aliás, achei que Jared iria querer que você passasse com a médica da família, a mesma que cuidou da minha gravidez.

Ela olhou para mim e entreabriu os lábios, senti que ela estava meio perdida sem saber direito o que me dizer.

-Ah... é que eu gosto do Dr. Hunt. – falou – está calor hoje, não é? Vou pegar um refrigerante.

E se levantou da cadeira que estávamos esperando e saiu. Foi impressão minha ou ela estava tentando desconversar e mudar de assunto? Eu não queria julgá-la mal, nem deixar que nenhum tipo de ressentimento que eu tinha por ela me fizesse enxergar coisas aonde não tinha. Enquanto ela não voltava peguei meu celular e procurei pelo número que eu tinha salvado antes de sair da agencia.

 

“Eu disse que te ligava!”

 

Mandei a mensagem que chegou e em menos de dois minutos foi visualizada.

 

“Isso não é uma ligação! Haha”

 

Não pude deixar de sorrir, demorou algum tempo até eu criar coragem e mandar uma mensagem para o Leo, ainda mais depois de ter beijado Jared, mas finalmente criei, talvez o fato de estar aqui ao lado da amante do meu marido gravida tenha me dado uma ajudinha e um pouco de coragem para isso.

 

“É uma forma mais moderna! Aliás, quem faz ligações hoje em dia?”

 

Respondi.

 

“Você tem razão, Mag haha Que tal almoçar comigo hoje? As 13h?”

 

A mensagem chegou rapidamente no meu celular. Meu estomago congelou com a ideia de almoçar com ele, porque sempre começa com um almoço e logo depois estou nua na cama dele e pior, pensando no meu marido!

Mas, vale a pena arriscar, não vale?

 

“Claro! Restaurante Water Grill as 13h! Sem atrasos.”

 

Respondi novamente sentindo minhas mãos tremerem, e por que elas tremiam? Eu não sei. Amber voltou logo em seguida com uma coca cola na mão e se sentou ao meu lado. Guardei meu celular para que ela não ficasse lendo minhas mensagens.

-Você estava sorrindo olhando para o celular! Alguma novidade? – ela perguntou animada.

Cerrei os olhos olhando para ela.

-Amber, nós não somos amigas. Você sabe disso, não sabe? – falei, ela ergueu as sobrancelhas.

-Só estou tentando...

-Então pare de tentar. – a cortei rapidamente.

-Amber? – O Médico finalmente apareceu, pude perceber pelo Jaleco. Ele era alto, olhos azuis, loiro... aliás, eles se pareciam muito. Era impressionante a semelhança entre os dois. Amber logo se levantou e o abraçou como se eles se conhecessem a longa data. Aliás, deveriam se conhecer mas ela estava apenas um ano nos estados unidos, aquilo estava realmente me deixando intrigada.

-Margot, esse é o doutor Kevin Hunt. – ela disse nos apresentando, apertamos um a mão do outro com formalidade.

-É um prazer – ele disse olhando diretamente nos meus olhos – vamos para a minha sala?

Assentimos e o seguimos até seu consultório, Amber falava rapidamente sobre o bebê e ele a ouvia em cada palavra. – Sentem-se.

Nos sentamos em frente a sua mesa cheia de papeis e documentos, ele abriu um ficheiro e retirou de lá uma pasta e a leu por alguns segundos.

-Amber, você pode me acompanhar? – perguntou em tom sério, ela me olhou rapidamente mas logo se levantou o seguindo para outra sala, eu estava curiosa para saber sobre o que se tratava mas eles fecharam a porta me impossibilitando de ao menos escutar a conversa. Fiquei olhando para a sala como uma idiota esperando eles voltarem mas se passaram dez minutos e nenhum sinal deles. Por mera curiosidade comecei a olhar os papeis em cima da mesa, pareciam ser exames de pacientes ou coisas do gênero, tudo parecia ser normal até uma coisa me chamar a atenção... Dr. Kevin H. Hunter. Eu não sei porque aquele H me deixou tão intrigada, peguei uma das fichas de algum paciente aleatório a abri, retirei dois exames de dentro do envelope. Eram exames de gravidez de uma tal Maria Hernandes... Duas folhas idênticas, nomes, nacionalidade mexicana, cada detalhe era idênticos a não ser por um: Um dos exames tinha como resultado negativo a gravidez e outro positivo, mas o que me deixava intrigada era os dois terem sidos feitos na mesma data. Cerrei os olhos olhando atentamente, poderia ter sido algum erro do laboratório, para checar fui pegar outro envelope de alguma outra paciente mas ouvi passos se aproximando da porta, guardei os exames e os coloquei novamente em cima da mesa.

No segundo seguinte o Dr. Abriu a porta e entrou na sala sozinho com um sorriso de canto.

-Cadê a Amber? – perguntei curiosa. 

-Ah... ela já vem. – falou. Seus olhos pairavam sobre mim enquanto um silencio tomou conta de nós dois até ele abrir a boca novamente – Não te incomoda vir para a consulta da amante do seu marido?

Sua voz era um tanto debochada. Ergui os olhos para ele.

-Não... quer dizer, não estou fazendo isso por ela mas porque por ser filho dele, eu me importo com a criança.

-Hum... – ele balançou a cabeça e sentou novamente em sua mesa, olhou rapidamente para os papeis e temi de que ele desconfiasse que eu andei mexendo ali. - - você nunca pensou em dar o troco nele?

Juntei as sobrancelhas. O que? Qual nível de intimidade que tínhamos para conversar sobre isso?

-Desculpe, Doutor, mas não acho que sejamos íntimos para falar sobre a minha vida pessoal.

Ele sorriu de lado novamente.

-Eu só estou dizendo que se você quiser se vingar... – sua voz parecia bem sugestiva, fiquei olhando para ele com a boca aberta sem ter certeza se tinha entendido aquilo direito. Felizmente Amber abriu a porta e entrou no consultório, olhei para ela e... a barriga dela estava maior? Ou eu estava ficando louca?

-Desculpe, Margot, fui retirar sangue para alguns exames. – ela falou mas em seus braços não havia marcas ou vestígios de que ela realmente havia ido tirar sangue, mas não perguntei e nem falei nada.

-Tudo bem. – eu só queria sair dali logo depois do que aquele médico havia me dito. O clima ali estava realmente muito estranho.

Ela e ele se entreolharam rapidamente e então ela se aproximou.

-Bom, Amber, aparentemente está tudo bem com seu filho, vou marcar uma nova consulta e você poderá voltar em breve, mas lembre-se: nada de stress, você sabe que pode prejudica-lo. 

-Claro. – respondeu ela sorrindo.

-Está liberada. – ele disse e eu me pus de pé rapidamente sedenta para cair fora dali – volte quando quiser, Margot.

Sua voz me deu calafrios. Apenas dei um sorriso forçado para ele, Amber se despediu e saímos dali. Assim que entramos no carro ela se jogou no banco do carona e suspirou, liguei o carro e dei partida.

-Como estão os enjoos? – perguntei para quebrar o gelo, ela olhou rapidamente para mim.

-Ah... não sinto muito enjoo. – respondeu jogando o cabelo para trás.

-E tonturas? – perguntei.

Ela entreabriu a boca.

-Um pouco... – falou mas suas palavras transbordaram insegurança.

-O que você sentia na gravidez da Lolla? – perguntou.

Era difícil saber o que me deixava mal naquela época, a gravidez ou as drogas.

-De tudo um pouco. – respondi evasivamente, tudo o que ela me dizia me deixava com uma pulga atrás da orelha mas eu não queria tirar nenhuma conclusão precipitada, aumentei o volume do som e dirigi de volta para a mansão para deixa-la lá e em seguida ir encontrar com Leo, pensar nele fazia meu estomago embrulhar.

Assim que chegamos ela desceu rapidamente do carro ansiosa para falar com Jared, a segui na metade da velocidade com a qual ela andava, fiquei pensando como alguém conseguia andar com aquela rapidez em cima de saltos gravida. Ela entrou em casa gritando por ele mas ele não apareceu, me sentei no sofá e peguei meu celular para mandar mensagem para Leo dizendo que já estava a caminho.

-Vou ver se ele está nos fundos da casa. – ela anunciou saindo, dois minutos depois fui surpreendida com bracinhos em volta do meu pescoço.

-Mamãe! – Lolla gritou, sorri me virando para abraça-la.

-Oi meu amor! – falei abraçando-a, Jared estava de pé olhando para nós duas sorrindo. – Oi, Jared.

-Oi, Margot. – respondeu.

-Mamãe, papai me levou para comprar brinquedos. – ela falou.

-Acabamos de chegar da terapia, eu disse para ela que se ela se comportasse eu compraria algo novo para ela. – ele falou se sentando.

-E ela se comportou? – perguntei.

-Como um anjinho – ela disse rindo, nos fazendo rir também.

-Amber está atrás de você para contar as novidades sobre o bebê – falei e logo sua feição mudou, como se ele não tivesse gostado do que eu disse mas o que eu poderia fazer? Era a realidade da nossa situação. Ele tinha outro filho a caminho.

-Vou falar com ela. – ele falou. – Você estar ocupada hoje a tarde?

-Uh... Por que?

-Tenho que resolver umas coisas, a Ellen tirou o dia de folga. Tem como ficar com a Lolla? – perguntou.

-O que? Claro! – respondi rapidamente animada com a ideia de ficar com minha filha a tarde toda. Ele apenas me agradeceu, peguei Lolla e algumas de suas coisas e fui almoçar com Leo, acabei chegando vinte minutos atrasada. Ele estava sentado a uma mesa, elegante como na noite em que o conheci.

-Desculpe o atraso, tive que ir buscar minha filha. – falei sentando a frente dele, Lô se sentou ao meu lado. Ela olhou para ele com os olhos azuis transbordando confusão e duvida.

-Lô, esse é o Leo. – falei, mas ela continuou com a cara fechada.

-Tudo bem, Mag. – ele respondeu – ela é linda! Lô, você é muito parecida com sua mãe.

Ele disse todo simpático e alegre mas ela continuava com os olhos cerrados e cara feia, o que estava me irritando. Eu não tinha dado educação suficiente para ela?

-Dolores, para agora com isso! – falei séria, ela apenas me olhou ainda com os olhos cerrados. Leo deu uma risadinha e se levantou.

-Eu já volto! – falou.

-Dolores, não seja mal educada... – eu mal terminei de dar uma bronca nela e ele voltou com um pedaço de bolo de chocolate e estendeu para ela. A cara feia foi embora na mesma hora dando lugar a uma feição alegre.

-Obrigada! – ela falou dando uma mordida grande no bolo. Ele deu risada, tinha ganhado minha filha.

-Vocês não podem ficar fazendo tudo o que ela deseja. – falei sorrindo.

-Se para ganhar você, tenho que ganhar sua filha... não vejo problema algum nisso. – ele respondeu me deixando sem graça, apenas sorri.

-Ela ama doces, essa é a forma certa de ganhar ela. O Pai dela é meio obcecado com saúde então controla muito o que ela come.

Ele deu risada.

-Ela ainda é uma criança, tem muito tempo para se preocupar com o que vai comer depois.

Ele falou, logo começamos a conversar sobre algumas coisas. Ele estava animado e o humor dele também mexia comigo, como se aquilo passasse para mim de uma maneira boa, e aquilo realmente me fazia muito bem já que eu não me sentia assim ah algum tempo. Falávamos sobre trabalho, vida, ex namorados, atual marido. Ele não parecia se incomodar quando eu falava sobre Jared, muito pelo contrário, ele parecia interessado na minha história com ele então acabei contando como nos conhecemos, e como ele me pediu em casamento. Ele ouvia minha história atentamente, o que me deixava mais confortável para falar.

Acabamos de almoçar e ele tinha uma reunião para fazer, então nos despedimos e ele havia realmente ganhado o amor da minha filha, pois ela o encheu de beijos assim que nos despedimos.

-Mamãe? – ela perguntou quando entramos no carro.

-Sim?

-Ele é o seu novo namorado? – perguntou, virei para trás para olhar para ela.

-O quê?

-A titia Amber disse que você não gosta mais do papai e ia arrumar outro papai para mim. Ela disse que você vai me levar embora para o papai cuidar do outro bebê.

Eu não podia acreditar no que eu estava ouvindo. Pude sentir a tristeza e o medo na voz dela, que estava morrendo de medo de perder seus pais para outras pessoas.

-O que mais ela disse, meu amor? – perguntei.

Ela pensou um pouquinho.

-Ela disse que o papai não gosta mais de mim. – ela abaixou os olhos tristes olhando para as mãozinhas pequenas.

Mordi o lábio inferior e suspirei fundo.

-Lô, o papai ama você, eu amo você e isso nunca, nunca vai mudar! Tá? – ela levantou os olhos para mim – o que a Amber disse é mentira, eu nunca vou tirar você do seu pai. A mamãe vai resolver isso, ok?

Ela balançou a cabeça sorrindo, mas eu sabia que ela ainda estava triste confusa. Deus! Eu não podia acreditar que aquela vaca estava confundindo a cabeça dela, virei para frente liguei o carro e dirigi até meu apartamento. Liguei para Jared para podermos conversar sobre isso mas ele não atendia o telefone, eu queria resolver aquilo de uma maneira boa mas quanto mais o tempo passada mais irritada eu ficava e ver minha filha desanimada só me deixava pior. Quando a noite caiu, liguei para Marina e pedi para que ela descobrisse onde Amber estava, ela era expert nesse tipo de trabalho e não demorou trinta minutos para me dar a resposta. Deixei Lolla em casa com Lizzy e dirigi até o restaurante que ela estava, mas fiquei chocada quando cheguei lá e me dei de cara com um bar. Entrei olhando em volta o local, era uma típica sexta feira a noite. Amber estava no balcão inclinada com um homem ao seu lado, cerrei os olhos e balancei a cabeça sem acreditar, era o Doutor Hunt.

Muitas perguntavas vieram a minha cabeça naquele momento mas eu só queria entender porque ela estava dizendo aquelas coisas para a minha filha. Atravessei o bar e cheguei até onde ela estava.

-Amber? – a chamei, ela se virou para mim e arregalou os olhos.

-Ma-Margot, o que está fazendo aqui? – perguntou. Eu senti cheiro de bebida?

-Eu quero conversar com você. – falei tentando manter a calma.

-Eu estou um pouco ocupada agora. – respondeu.

-Foda-se! – falei – quero saber por que você está contando mentiras para a minha filha? Por que está bagunçando a cabeça dela?

Seus lábios tremeram.

-Eu só disse a verdade. – respondeu depois de alguns segundos calada me olhando.

-Verdade? Que verdade? Você disse para ela que o pai dela não a ama! Disse que eu vou leva-la embora! Garota, você perdeu o juízo? – falei. Ela balançou os ombros.

-Eu só disse a verdade, Margot! Você acha que depois que meu filho nascer o Jared vai ter tempo para a sua filha? Me poupe!

-Ele é pai dela e outra criança não muda isso! – falei.

-Mas eu vou fazer mudar! – ela alterou a voz e se aproximou de mim, um cheiro forte de álcool veio até as minhas narinas. Eu não podia acreditar que ela estava bêbada.

-Você está bêbada? – perguntei, ela arregalou os olhos.

-N-não. – falou mas seu passo em falso me disse o contrário. Olhei para o Dr. Hunt que parecia alheio a tudo o que estava acontecendo, voltei olhar para ela.

-Eu não sei o que você está aprontando mas se você continuar perturbando a minha filha eu vou acabar com esse seu planinho sujo. Fique longe da Dolores.

Me virei de costas mas ela segurou meu pulso.

-Você não vai acabar com nada! – falou – você perdeu, Margot! O Jared é meu, sua vida agora é minha!

-Me solta, Amber. – disse tentando manter a calma.

-Fique longe das minhas coisas ou eu acabo como você e com a vaquinha da sua filha.

Eu juro que tentei manter a calma, tentei respirar fundo mas não consegui. O Sangue ferveu na minha cabeça ao ouvi-la ofender minha filha. Com toda raiva que estava sentindo acertei seu rosto com a palma da minha mão, ela rapidamente soltou meu pulso, rodou e caiu no chão. Foi rápido demais.

O Dr. Se levantou em um pulo da cadeira que estava sentado e correu para ajudá-la.

-Ela está grávida. – ele falou. – você agrediu uma mulher grávida! Alguém chame a polícia.

Dito e feito, o balconista correu ao telefone e ligou para a polícia. Amber olhou para mim incrédula, com os olhos marejados. Eu tinha tempo suficiente para fugir da polícia, mas não ia fazer isso. Me Abaixei a sua frente.

-Fique longe da minha filha. – falei – se você realmente está grávida, vai saber o que uma mãe é capaz de fazer por seu filho.

Seus olhos estavam focados no meus, logo ouvimos barulho de sirene e dois policiais entraram no bar e vieram direto até mim.

-Não precisa me algemar, eu vou com vocês. – falei, então os dois me conduziram até a viatura. Eu não tinha um pingo de arrependimento pelo o que tinha feito, muito pelo contrário, queria ter feito mais. Na delegacia o delegado falou um monte de coisas, Amber chegou em seguida para poder prestar queixa de agressão e assim que ela fez fui levada para uma cela e fiquei lá, esperando. Minutos seguintes a carcereira apareceu dizendo que alguém tinha ido me ver, fiquei esperando que fosse uma das meninas para poder pagar a fiança logo e cair fora dali mas me surpreendi quando dei de cara com Jared me esperando na sala de visitas.

-O que está fazendo aqui? – perguntei.

-O que você está fazendo aqui? – ele deu ênfase na frase – você bateu na Amber mesmo sabendo que ela está grávida e que é uma gravidez de risco? – ele parecia bastante irritado.

-Gravidez de risco? Oi? – fiquei pasma.

-Você foi ao médico com ela, você sabia disso!

-Jared eu não...

-Não tente mentir para mim para se fazer de coitadinha!

Ele não deixou eu terminar de falar que eu não sabia, que ao menos na minha frente, o médico não tinha falado nada sobre gravidez de risco. Eu não teria tocado nela.

-Eu não estou! – falei irritada. Ele balançou a cabeça.

-Margot, estou tentando, mas você está deixando a situação complicada demais. Eu te quero de volta mas assim não dá, você tem que aceitar que eu vou ser pai de outra criança!

-Vai se foder, Jared! Eu estou complicando as coisas? Eu estou tentando não estragar tudo – meus olhos se encheram de lágrimas, porque ele estava realmente acreditando que eu tinha feito aquilo por maldade.

-Eu não aguento esse peso todos nas minhas costas, Margot. – falou um pouco desesperado.

-E você acha que eu aguento? – olhei fixamente em seus olhos – você acha que eu queria estar nessa situação com você?

Ficamos quietos por alguns segundos.

-Quer saber? Você não tem que se preocupar mais com esse peso ou com o fato de me reconquistar, pois para mim, o nosso casamento morreu.

Seu rosto tornou-se inexpressível. Eu não sabia se ele estava com raiva, se estava triste ou magoado. Eu estava. Triste, com raiva e magoada mas não tinha certeza se Jared podia se sentir assim mas gostaria de saber, saber o que ele pensava em relação aquilo tudo, se ele realmente iria querer romper tudo comigo. Ele segurou meu braço com força.

-Você está sendo injusta. – falou cerrando os dentes.

-Injusta?

-Assume seus erros, Margot. Se nosso casamento morreu, não foi só culpa minha! – disse – você também começou com tudo isso.

-Eu nunca romperia nada com você – respondi tentando me soltar. – Nada. Por que apesar de todas essas merdas eu sou uma filha da puta apaixonada por você. Eu estava tentando consertar tudo.

-Você me deixou, saiu da nossa casa. Como conseguiria consertar tudo?

-Eu estava magoada – e lá estava elas novamente, as minhas inseparáveis lagrimas. Apertei os olhos tentando deixa-las não cair. – você não entende.

-Então é isso que você quer?

-O que?

-Acabar?

Fiquei calada, engoli em seco. Seus olhos estavam fixos nos meus com certeza procurando algum vestígio de rendição. Esperando por um “não, eu te perdoo” mas eu estava magoada demais para pedir para ele ficar, ao invés de seus olhos me deixarem embriagada de amor eles me fizeram sentir-se menor, sentir-se controlada e eu queria mostrar para ele que ele não podia me controlar, ele não tinha aquele controle sobre mim.

-S-sim – gaguejei, ele entreabriu os lábios provavelmente não era essa a resposta que esperava ouvir.

-Então fala – disse, eu não iria cair naquela de novo.

-Jared – apertei os olhos mais e depois o encarei, possuindo uma pose que não era minha, de independente. Porque sempre foi bem claro para todo mundo que quando se tratava dele, eu era completamente dependente. – Eu quero me separar de você.

-Você só pode estar brincando – sua voz tornou-se sombria – você não quer isso.

-Quero – disse mais alto. – Se possível acabamos tudo essa semana! Eu quero divórcio, Jared.

Ele socou a parede ao meu lado me assustando.

-Se é isso que você quer. – apontou o dedo na minha cara – mas fique sabendo que a partir de agora não é só uma escolha sua. Pois eu também desisto de nós.

-Perfeito, assim nenhum de nós dois se arrependerá depois ou colocará a culpa no outro – respondi. Ele balançou a cabeça negativamente, ficamos quietos e rapidamente ele me beijou. Entreguei-me ao seu beijo acreditando ser o último, suas mãos envolveram a minha cintura e as minhas o seu pescoço, enquanto o beijava de olhos fechados deixei que uma lagrima escorresse. Ele finalizou nosso beijo com um selinho, abraçou-me forte, secou minha lagrima e saiu. Mal a porta bateu atrás de si e eu me desmanchei em lagrimas, queria pedir para que ficasse, para que continuasse ali comigo mas não, não podia, tudo deveria acabar ali ou nós dois passaríamos a vida sofrendo por um amor que aos meus olhos já estava morto dentro de nós.


Notas Finais


o que vcs acham que vai acontecer? ajdadfa


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