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História A acompanhante - Piece of My Heart


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


olha quem foi abduzida mas foi desovada novamente na terra.
Mentira, gente, estava passando por momentos bem difíceis e achei que não ia conseguir continuar a história, aliás, ainda estou mas eu vim ler os comentários e vocês não tem ideia do quanto vocês me motivam a continuar escrevendo, escrever é minha vida, minha paixão. Obrigado por me acompanharem e por cada comentário maravilhoso ♥

Capítulo 37 - Piece of My Heart


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - Piece of My Heart

“Você está cada vez mais longe, Baby, bom, bem dentro do seu coração eu acho que você sabe que isso não é certo, mas você nunca me ouviu chorando a noite. Bem, eu choro o tempo todo, e toda vez eu digo a mim mesma que um dia eu vou conseguir suportar a dor, então venha, querido, e pegue outro pedaço do meu coração...”

 

No dia seguinte fui liberada depois de consegui pagar minha fiança, mas não é nada agradável passar uma noite em uma cela com uma mulher que não parava de falar. Me sentia cansada e suja, assim que cheguei em casa tomei e pensei em me jogar na cama e ficar ali o dia todo dormindo, mas não consegui. Meus pensamentos não me deixavam fechar os olhos. Então, nós tínhamos acabado mesmo? Quer dizer, tudo o que passamos juntos foi para chegar nisso? Eu realmente não podia acreditar nisso, aliás eu não queria acreditar nisso. E eu sabia que eu continuaria amando ele mesmo que tudo o que nos sobrasse fosse apenas escuridão.

O que me chateava mais era saber que ele não foi forte o suficiente para me conquistar de volta, ele preferiu o caminho mais fácil, tudo bem que eu não facilitei as coisas mas, no fundo, bem lá no fundo, eu estava esperando por ele me levar de volta a ele.

Ficar pensando nisso estava acabando comigo, então me levantei, coloquei uma roupa qualquer e fui para a agencia encher minha mente com um pouco de trabalho. Assim que cheguei minha secretária se colocou de pé.

-Sra. Tem alguém te esperando! – ela disse.

-Tá, pode mandar entrar. – falei abrindo a porta da minha sala e entrando, me sentei na cadeira e suspirei fundo pedindo aos céus que não fosse “ele”. Não sabia como ia conseguir permanecer de pé diante dele depois que decidimos colocar um fim nisso. Minutos seguintes duas batidinhas na porta e ela se abriu. – Mark?

Falei arregalando os olhos e me levantando sem acreditar que ele estava ali na minha frente. Com um sorriso ele adentrou a sala e veio até mim, e abraçando.

-É um prazer te ver também, Margot. – falou assim que nos soltamos.

-Que surpresa! Por onde você esteve todo esse tempo? – perguntei – sente-se.

Ele se sentou a cadeira a minha frente e eu também me sentei a minha, extasiada por ver ele ali. Sempre fomos bons amigos apesar de tudo.

-Estive pela Europa, trabalhando por lá. – falou – estou aqui a passeio, não tenho muito tempo então serei breve, Margot.

Seu tom era sério e ao mesmo tempo alegre.

-Pode dizer. – falei.

-Eu tenho acompanhado seu trabalho de longe nos últimos anos, até contratando algumas garotas em anonimato – ele sorriu – e vi o quanto você tem crescido nesse ramo, mas eu acredito que você não queira apenas se limitar a isso.

-O que você quer dizer? – perguntei juntando as sobrancelhas, ele umedeceu os lábios.

-Você já pensou abrir uma filial em outro país? – ele falou, eu entreabri a boca.

Eu já tinha pensado nisso mas sempre pareceu um plano para uma data distante, quando tivéssemos realmente algum suporte para isso. Precisaria de dinheiro, contatos e afins. Mas Mark parecia bem alegre com a ideia.

-Já... quer dizer, já sim mas nunca coloquei esse plano em prática! – ele riu.

-Eu estou trabalhando fixamente em uma das minhas empresas em Londres, a quantidade de garotas que você poderia agenciar por lá é inacreditável. Na Europa não há tanto preconceito com esse trabalho quanto aqui na América, entenda, Margot, você e sua agencia cresceria muito.

Respirei fundo, a ideia era extremamente maravilhosa e tentadora mas ainda havia algumas questões.

-Mas eu não posso simplesmente chegar em Londres e abrir minha agencia, não tenho nem dinheiro suficiente para isso.

Ele sorriu de lado.

-É por isso que estou aqui... Podemos ser sócios, Margot.

-Sócios? – perguntei.

-Sim, eu como inglês posso te ajudar a abrir a agencia lá, posso te ajudar em tudo, dividiremos o lucro e depois podemos crescer cada vez mais.

Cruzei meus dedos e apoiei meu queixo sobre minhas mãos olhando fixamente para ele. Fazia tempo que eu não ouvia uma proposta e uma ideia tão boa, mas mais trabalho só interferiria mais nas coisas que eu tinha que resolver com Jared.

-Você não precisa responder agora, Mag. – ele disse – pense a respeito e aqui está eu novo número de telefone.

Peguei o cartão e olhei para os números. Ele se levantou da cadeira e olhou para o relógio.

-Bom, eu realmente preciso ir, ficarei esperando sua ligação.

Assim que nos despedimos e ele saiu me joguei na cadeira, encarando o número dele a minha frente, e me senti como na vez que ele me ofereceu aquele contrato, quando eu fiquei encarando ele acreditando ser uma chance para mim começar algo novo na minha vida. Mas desta vez parecia ser o certo a se fazer. Enquanto eu olhava para o cartão a porta se abriu e Marina entrou como um furacão se sentando a minha frente e jogando alguns papeis sobre a minha mesa.

-Nós temos um problema. – ela disse olhando em meus olhos.

-Ah mais um? – falei revirando os olhos já me preparando para o que ela tinha a dizer.

-Mag, eu tinha achado estranho nossos lucros terem caído tão repentinamente daquela forma, estávamos indo tão bem e de repente eles caíram? Isso não faz sentido algum! Então eu comecei a ficar de olho no que poderia estar acontecendo, mas ai houve todo aquela situação com você e a Lolla que eu deixei isso de lado por um tempo... Mas quando as coisas se ajeitaram eu percebi que alguém estava roubando a gente.

Meus olhos quase pularam para fora, me ajeitei na cadeira interessada no que ela tinha a dizer, pois o que ela estava dizendo era realmente algo sério, e eu esperava que ela tivesse provas e soubesse quem estava fazendo aquilo.

-E quem está fazendo isso? Como você descobriu? Isso não pode ser possível. – falei.

Ela suspirou.

-Eu não tinha nenhuma suspeita, você sabe que não cuido do financeiro mas eu não podia confiar em ninguém, então contratei uma nova garota para trabalhar no financeiro.

-Você poderia ter perguntado para Lila, ela cuida dessa parte.

Marina fez uma cara séria que me deixou mais preocupada.

-A garota é uma conhecida minha, ela começou a me passar todas as informações necessárias, e tudo parecia normal até ela perceber que uma das garotas estava recebendo quarenta por cento a mais do cachê dela. E adivinha quem é? Graziella Wilson.

Tentei lembrar da garota mas não consegui, balancei a cabeça.

-Ela foi contratada ah menos de um ano e ela prioridade quanto a apresentação das garotas para os clientes, e estava recebendo bem mais do que deveria, alguém estava pagando para ela mais do que o necessário.

Eu ainda continuava com minha cara de idiota sem entender nada. Mariana balançou a cabeça me xingando de burra com os olhos.

-Margot, quem faz os pagamentos das garotas? – ela falou.

-A Lila

-E adivinha quem quis contratar a garota?

-A Lila...

-Adivinha quem estava apresentando as garotas para os clientes...?

-A Lila... – eu falei por fim sem saber direito o que sentir, duvida, raiva, traição, qualquer coisa era difícil para mim sentir.

Marina parecia estar na mesma situação que eu, era difícil apontar o dedo para uma de nossas amigas, para alguém que começou aquilo junto com a gente. Era difícil acreditar que Lila poderia estar levando vantagem pelas nossas costas.

-Eu não estou afirmando nada, mas tudo faz sentido, Mag. O que vamos fazer?

-Nada.

-Como assim?

-Marina, não temos certeza ainda se ela realmente está fazendo isso, talvez seja um erro, eu não sei, mas de qualquer forma precisamos ser mais esperta que ela. Precisamos pegar ela no flagrante.

-Isso parece bem mais racional do que já chegar esfregando a cara dela no chão. – ela disse, nós duas rimos.

-A Lizzy sabe? – perguntei.

-Ah, não! Eu não podia falar com ninguém antes de falar com você. – ela falou.

-Ótimo. Então vamos manter segredo até que possamos fazer alguma coisa. – falei, ela concordou com um aceno de cabeça, e então a porta foi aberta novamente dessa vez por Cara que entrou na sala alegre, como se fosse a própria casa.

-Eu não acredito que você está aqui! – ela falou parecendo nervosa.

-O que você quer dizer? – perguntei.

-O que eu quero dizer? Está todo mundo na casa da minha mãe e era para você estar lá também! E você também. – ela apontou para Marina. – É aniversário dela e estamos fazendo um almoço, por que você não está lá?

Eu entreabri os lábios. Com certeza ela não sabia que Jared e eu íamos nos separar, aliás, ninguém sabia disso ainda, e eu não tinha ideia de como ia contar isso para as pessoas porque eu nunca tinha pensado nisso antes, eu nunca tinha achado antes que realmente existia um fim para nós. É estranho porque, tem sempre uma época na nossa vida que a gente acredita que tudo é para sempre, sem saber que, o para sempre, sempre acaba. Cara e Marina devem ter notado minha expressão, que inevitavelmente ficou péssima.

-O que foi, Margot? – Marina perguntou.

-É que... eu fiquei ocupada com as coisas aqui... – tentei falar mas nenhuma ideia ou desculpa boa o suficiente vinha na minha cabeça.

-Ah, nada disso! Você pode trabalhar depois, agora que você e mamãe se entenderam você não vai? Quem sabe você e Jared também não se acertam? – ela arregalou as sobrancelhas me fazendo rir. Ah se ela soubesse!

-Eu não sei, não, Cara.

-Ah claro que não, por isso estou aqui, para solucionar suas dúvidas. – ela deu alguns passos e agarrou minha mão me levantando a força, depois fez o mesmo com Marina e nos arrastou até o carro, Marina e eu só podíamos dar risada e se perguntar da onde aquela garota tão magrinha tinha retirado tanta força?

Entramos no carro junto de Cara e fomos conversando sobre diversas coisas até finalmente chegarmos na casa de Constance. Eu estava me preparando psicologicamente para ver ele, mas a parte boa era que minha filha também estaria ali e aquilo me trazia um conforto enorme.

Descemos do carro e entramos dentro da casa, havia alguns parentes e algumas pessoas conhecidas ao redor da mesa, mas Jared não estava ali e nem Lolla. Constance me recebeu com um abraço, enquanto Marina correu para os braços de Shannon.

-Onde está o Jared? – perguntei, ela piscou rapidamente.

-Ele disse que ia buscar alguém, achei que fosse você. – falou confusa.

-Eu nem cheguei a falar com ele hoje. – respondi, será mesmo que ele tinha ido me buscar? Tentei não pensar nisso, apenas me juntei a outras pessoas na mesa que conversavam alegremente sobre música, os amigos de Constance todos eram extremamente apaixonados por música, assim como ela.

Depois de alguns minutos ouvimos o carro de Jared sendo estacionado em frente a casa, logo Lô entrou correndo na casa e assim que me viu correu para mim, a agarrei em um abraço forte.

-Cadê o papai, filha? – perguntei.

-Está com a bruxa. – ela falou fazendo uma careta.

-A bruxa? – perguntei confusa, Cara deu uma gargalhada.

-Talvez eu tenha ensinado alguns apelidos para a Lô. Desculpe. – disse rindo, mas eu ainda não tinha entendido direito até Jared entrar na cozinha e ao lado dele, estava Amber. Eu senti como se todo ar dentro dos meus pulmões estivem pressurizados, querendo sair mas não achavam uma maneira correta de fazer isso a não ser explodindo meu peito. Eles estavam de mãos dadas! Tínhamos decidido sobre divorcio no dia anterior, e aquilo doeu como mil facas entrando dentro do meu peito, todos olharam para nós dois rapidamente sem entender nada, mas ele não parecia ligar, ele não parecia ligar em me humilhar daquela forma na frente de todo mundo. Eu entendi que ele tinha total direito de estar com raiva, de estar me odiando, mas não tinha o direito de me humilhar daquela maneira, como se nunca tivéssemos rido juntos, nos divertido juntos, como se não nos amassemos! Eu apenas não me levantei dali e saí daquele lugar sufocante por acreditar que se tentasse dar um passo ia direto com a cara no chão, por falta de forças no meu corpo. Ele me deixava fraca.

-Finalmente você chegou Jared – Constance falou, ela também estava confusa, mas não quis criar uma cena na frente de seus amigos – sente-se, vamos servir o almoço.

Jared se sentou bem a minha frente, mas não antes de puxar a cadeira para ela se sentar. As pessoas começaram com um assunto envolvendo todo mundo, eu tentava manter minha atenção na Lolla, até que ele a chamou e ela pulou do meu colo correndo para o dele.

Assim que Amber quis tocar em Lolla, eu a chamei de volta para mim, ela rapidamente pulou do colo dele e voltou para o meu.

Amber revirou os olhos.

-Eu poderia me ofender com suas atitudes, Margot, mas eu entendo que após perder o marido deve ser difícil perder a filha. – ela falou olhando a para o meu rosto, fazendo todos olharem também.

-Perder o Marido? Do que está falando? – quis saber Constance, todos ficaram calados, Jared e eu nos entreolhamos, eu não pude acreditar que ele tinha contado aquilo para ela. Mas talvez aquele fosse o momento certo para todos saberem, para que Lô não ouvisse aquela conversa a mandei brincar com outras crianças e ela, obediente, foi.

-Bom, estávamos esperando o momento certo para podermos falar sobre isso. – disse ele suspirando.

-O que? – perguntou Marina.

-Estamos nos separando. – falei rapidamente antes de desistir no meio da frase. Todos arregalaram os olhos e fizeram um “o” perfeito com a boca.

-Como assim se separando? – disse Constance. – Jared, o que aconteceu?

-Não é momento para falarmos sobre isso, Constance. – falei.

-Mas eu preciso saber o que aconteceu. – ela insistiu.

-Eu simplesmente não quero falar sobre isso – eu já estava me alterando.

-Por que não? – perguntou Cara. O olhar de todos pesavam sobre mim. Coloquei os cotovelos sobre a mesa e escondi o rosto na palma das mãos. Minhas bochechas ardiam.

-É vergonhoso para ela, respeitem isso – disse Amber irônica.

-Cala essa maldita boca – respondi erguendo a cabeça, ela reprimiu um sorriso sarcástico, daqueles bem filha da puta que te faz vontade de quebrar todos os dentes para que eles nunca mais apareçam.

-Só estou tentando ajudar! Eu sei que você não quer que sua família saiba que você arruinou o seu casamento. – acusou

-Amber! – Ela olhou para Jared – por que você não fica quieta?

-Calma, eu estou tentando saber o que aconteceu – disse Cara – Margot, nos conta!

-Eu não quero falar sobre isso – eu disse me levantando – aliás, eu preciso ir embora. Feliz aniversário, Constance – disse indo já em direção a saída. Nunca me senti tão pequena no meio da família, tão fraca como se fosse desmoronar com um único sopro.

-Margot! – ouvi Marina chamando-me, quando me virei todos já vieram atrás de mim, parei no centro da sala. – Vocês dois não podem terminar assim, tenho certeza que há uma maneira de resolver isso.

-Uma maneira de resolver isso? Eu tenho certeza que Jared não quer “resolver” isso. Ele me traí, fala sobre divórcio e no dia seguinte aparece com a vadia com quem me traiu?

-Não tente jogar toda a culpa em mim – ele disse apontando o dedo – você sabe o que ocasionou tudo isso.

-Por que você não pode simplesmente parar de tentar jogar a culpa em cima de mim? Você mentiu para mim! Você acabou comigo! O que você queria que eu fizesse? – eu já estava gritando e totalmente descontrolada. Conseguia controlar toda minha dor até certo ponto, mas naquele momento eu só queria gritar e dizer para ele que ele tinha acabado comigo.

Ele tentou se aproximar de mim mas eu peguei um vaso e atirei contra ele, por sorte conseguiu se desviar, mas estava perplexo.

-Por que você tem que ser toda descontrolada? – Amber falou aparecendo por trás dele.

-Cala a porra da sua boca! – falei, mas ela deu um sorrisinho sínico que me deixou mais furiosa, tentei ir para cima dela mas algumas pessoas me seguraram.

-Margot, ela está grávida. – Marina falou, e toda vez que eu ouvia aquela frase a minha vontade de socar ela crescia mais, porque aquela frase não fazia sentido para mim.

Então Amber saiu correndo de volta para a cozinha.

-Foi por isso que você me trocou? – falei olhando para o Jared – Sua covarde! Mentirosa!

Podia sentir minhas bochechas arderem e minhas mãos tremerem.

E antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ela apareceu na sala com uma faca na mão e tentou vim para cima de mim, mas Jared não deixou segurando-a pela cintura.

-Eu vou matar você, Margot! – ela gritou.

-Isso, mostra a cobra que você é! – provoquei mais ainda esperando que ela conseguisse se soltar dele. Olhei para o lado e acabei vendo um bastão de basebol e o peguei, todos arregalaram os olhos e vieram novamente para cima de mim me segurar, todos incrédulos, sem conseguir crer que eu bateria em uma mulher grávida, mas eu não ia.

-Você é uma mentirosa, Amber. Olha para você, eu tenho pena. – zombei a provocando, então ela cerrou os dentes e apertou o braço de Jared com as unhas o fazendo-o solta-la, em três passos ela já estava próxima de mim.

-Eu vou acabar com você! – ela falou.

-Então faça, antes que eu faça com você! – falei me aproximando mais, então Jared me segurou e Shannon segurou ela, com cuidado, por causa da barriga. As duas gritavam e debatiam como duas loucas descontroladas, eu arranhava Jared, mas ele parecia não sentir dor alguma.

-Margot, para com isso. – ele falou baixo em meu ouvido, e sua voz entrava em mim como uma calmaria que logo trazia tempestade.

Mas ela conseguiu se soltar de Shannon e veio para cima de mim, acabei me soltando de Jared e fui para cima dela, tentou acertar meu rosto com a faca mas coloquei meu braço na frente onde ela fez um belo corte, me abaixei e acertei suas pernas com o bastão e ela caiu de lado, sorri sem perceber o quanto estava sendo malvada, e apontei diretamente para sua barriga, quando ia bater com o bastão Jared me puxou com força para trás.

-Margot! Não! – ele me jogou para trás, Amber começou a chorar e todos foram socorre-la. – Vamos sair daqui! Cuidem dela. – ele disse pegando na minha mão e me puxando porta a fora da casa, colocou-me dentro do carro e foi ai que notei que tinha algo errado, o que eu tinha feito ou o que eu estava prestes a fazer. Tive um choque de realidade e joguei o bastão para longe, incrédula, eu poderia estar enganada e acabar matando um bebê que nem nasceu por causa de uma raiva, porque estava cega de ódio, um ódio que eu não conseguia controlar.

Jared entrou no carro e partimos, ele estava realmente nervoso. Eu não conseguia olhar para ele, e nem para mim mesma pelos espelhos. Ele dirigiu até meu apartamento e fez questão de entrar junto comigo.

-Precisa cuidar desse ferimento. – falou, não doía, talvez porque eu ainda estava em estado de choque. – Você precisa se controlar, Margot, ou vai acabar fazendo uma loucura!

-Eu não quis fazer aquilo... eu... – falei irritada.

Ele suspirou colocando as mãos na cintura, seu ódio e sua raiva eram nítidos através de seus olhos azuis.

-Margot, eu quero que você fique longe da Amber enquanto ela estiver grávida. Eu quero que você fique longe da minha casa, e se você não se controlar, você vai ficar longe da Lolla.

-O que? – olhei para ele mais incrédula ainda. Eu realmente tinha ouvido aquilo dele?

-Eu sei que você está com raiva porque ela está grávida mas isso não lhe dá o direito de machuca-la.

-Você acha que eu quero machucar o bebê dela? – perguntei me aproximando dele, e o silencio dele foi uma resposta bem compreensível. – Isso é ridículo, eu nunca machucaria uma mulher grávida.

-Você é descontrolada, está com raiva, está perdida, você machucou a Amber.

-Ela não está gravida, será que você é tão estupido que ainda não percebeu isso? – gritei, e foi como se meu peito estivesse finalmente conseguido expelir todo aquele ar. Ele me olhou com os olhos arregalados, dessa vez, ele que estava incrédulo no que tinha acabado de ouvir. Eu me arrependi de ter dito aquilo no minuto seguinte, mas lá no fundo estava esperando estar certa e que ele acreditasse em mim, mas tudo mostrava que sim, que ela não estava grávida. Mas eu não tinha provas contra isso, e não se faz uma acusação dessas sem ter provas. Passei a mão no cabelo jogando ele para trás e finalmente meu braço começou a doer.

-Você está realmente descontrolada. – ele falou.

-Como você pode duvidar de mim? Jared, é obvio!

Falei, eu não podia voltar mais atrás, não podia dizer que era só uma dúvida, ou ele sairia dali acreditando que eu estava inventando aquela mentira por amar ele demais e não conseguir aceitar que ele estava com outra. Aliás, ele estava com outra?

-Por que ela não quer ir com você não médico? Por que ela teve coragem de vim para cima de mim mesmo grávida? Jared... Eu estive grávida, eu conheço uma mulher quando ela realmente está grávida. Você está sendo enganado.

Ele ficou alguns segundos calados.

-Não seja ridícula, Margot. Eu vi os exames, eu estou acompanhando tudo mesmo de longe. – ele falou – Amber pode ter perdido o controle, mas eu conheço ela, é uma menina doce, ingênua, nunca mentiria para mim sobre isso, e está se sentindo miseravelmente culpada por achar que separou nós dois.

-E ela deve se sentir mesmo. – falei.

-Deve? Foi ela mesmo que separou a gente? – ele disse aquilo e meus olhos inevitavelmente se encheram de lagrimas. Ele estava realmente defendendo ela?

-Jared, você... você está defendendo ela? Como você pode? – falei. – e se for o filho de outro cara? Ela quis desde o começo tirar você de mim! – e aquelas lagrimas não ficaram só nos meus olhos, mas desceram pelo meu rosto me mostrando que eu era fraca por ele.

-Ela era virgem quando a conheci – ele falou depois de uns dois minutos em silencio, levantei os olhos para ele perplexa, me sentei no sofá por medo de perder as forças na perna. Ele suspirou. – Fique longe dela, Margot, ou eu terei que tomar medidas drásticas antes que você a machuque ou machuque o bebê.

Ele falou mas eu não consegui dizer mais nada depois de ouvir tudo aquilo dele, ele ficou alguns segundos em pé me olhando mas logo abriu a porta e saiu. A dor era tão grande que chorar não ia mais resolver em nada, nem mesmo ia aliviar a pressão dentro do meu peito. Ele tinha acabado comigo, pegado mais um pedaço do meu coração. 


Notas Finais


me digam o que acharammm ♥


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