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História A acompanhante - The heart wants what it wants


Escrita por: hellishgirrl

Notas do Autor


volteeeei e genten, eu amei esse capitulo. Sério! E sei que vocês também vão amar! Obrigado pelos comentários maravilhosos amor vcs ♥

Capítulo 39 - The heart wants what it wants


Fanfic / Fanfiction A acompanhante - The heart wants what it wants

“Você me fez experimentar algo que não dá para comparar a nada que eu já conheci, mas eu espero que eu sobreviva a essa febre. Sei que estou agindo feito louca, exausta e confusa, com a mão no coração eu rezo para que eu sobreviva a isso.”

 

Eu acordei com a luz do sol invadido o meu quarto. Demorei um pouco para abrir os olhos e assim que me movi um pouco todas as lembranças da noite passaram voltaram de uma vez só: Eu... Jared bêbado. Ah não, Margot! Por um momento eu quis que aquilo tivesse sido apenas um sonho, mas por outro momento eu fiquei feliz que aquilo tenha acontecido de fato, respirei fundo e o cheiro dele ainda estava pelos meus lençóis mas... Onde ele estava? Será que tinha se arrependido e caiu fora antes que eu acordasse? Obvio! Que burra! Eu sempre caia na laia dele, sempre caia no que ele dizia.

Me levantei com raiva e num pulo da cama, procurei pelo meu celular para mandar um texto enorme xingando ele de todos os nomes por ser tão canalha, mas não o achava em lugar nenhum no meu quarto, enrolei o corpo no lençol da cama e fui até a sala para procura-lo, pisando firme no chão e a cada passo xingando-o com todos os xingamentos existentes e os que eu acabara de criar também, mas meu celular também não estava na sala, então fui até a coisa... Eu não podia acreditar que o Jared tinha sido tão canalha, tão aproveitador, tão manipulador, tão cretino, tão lindo?

Minha mente parou de xingar rapidamente assim que entrei na cozinha e ele estava apenas de calça abrindo e fechando meu armário com as sobrancelhas juntas. Ok! Acho que eu surtei um pouco, ele estava ali ainda, ele apenas havia acordado primeiro que eu. Confesso que meu coração se encheu de alegria ao vê-lo ali dentro do apartamento. Encostei na parede ainda segurando o lençol no meu corpo, até que ele reparou na minha presença ali.

Olhou para mim e sorriu.                               

-Bom dia. – falei olhando-o tímida, aliás, eu também não sabia como ele se sentia em relação ao que havia acontecido. Eu me sentia uma completa idiota, babaca, fraca, a vergonha de todas as mulheres do mundo, mas ele tinha a capacidade de me fazer sentir-se completa, feliz, como que se explica isso?

-Bom dia, dorminhoca. – ele falou se aproximando rapidamente e primeiro depositou um beijo em minha testa e depois em meus lábios, que fez meu corpo se arrepiar. Ele estava cheirando ao meu sabonete, e meu shampoo também. Ele havia tomado banho? Que horas era aliás? – São apenas nove horas ainda.

Ele falou como se lesse a minha mente. 

-Está cedo, achei que era mais tarde. – falei, ele sorriu novamente.

-Eu acordei por volta das oito, tomei um banho e vim preparar um café para você até perceber que não tem nada saudável por aqui. – disse com tom brincalhão se afastando de mim e voltando a vasculhar os armários.

-Lizzy e eu nunca compramos nada saudável, comemos sempre na rua. Você sabe como sou ocupada. – falei rapidamente. Ele parou para pensar um pouco.

-Bom, então acho que hoje você vai ser obrigada a tomar um café da manhã saudável comigo.

-Mas não tem nada pra comer aí... – falei bocejando, ele tinha exigido muito de mim na noite anterior.

Ele sorriu novamente.

-Eu vou comprar algumas coisas... por enquanto vá tomar um banho que você está péssima!

Nós dois rimos.

-E de quem é a culpa? – falei em auto defesa.

-Sempre é sua! – brincou.

-Cara de pau! – respondi enquanto ele ria. Então ele foi até a sala e colocou a sua blusa.

-Bom, eu já volto, vai querer algo em especial? – perguntou.

-Não. – falei ainda encostada na parede olhando para ele. Ele apenas assentiu com um movimento de cabeça e se virou mas parou no meio da caminho, olhou para trás e voltou correndo para me dar um beijo rápido e forte, um sorriso e então saiu. Ah! Jared!

Fui para o meu quarto e peguei uma toalha, tomei um banho quente e relaxante de vinte minutos. Assim que estava terminando de me vestir ouvi batidas na porta do meu apartamento. Ele poderia ter levado a chave.

-Já vai! Já vai! – falei penteando o cabelo e correndo até a porta – Você poderia ter... Leo?

Meu queixo quase foi ao chão. Diversos pensamentos tomaram conta da minha cabeça rapidamente naquele momento. Eu desejei fechar a porta na cara dele e me esconder, fingir que eu não estava em casa, mas era tarde demais para aquilo, era tarde demais para me esconder, mas o que ele estava fazendo ali? Ele não estava em Nova York? E Jared? Ele voltaria dali ah alguns minutos...

-Não parece muito contente em me ver. – ele falou, droga, ele segurava um buque em sua mão. Ele com certeza percebeu a minha cara de espanto e de surpresa.

-É... eu não estava esperando você. – falei rapidamente tentando formular a frase, mas as palavras saíram falhando.

Ele sorriu.

-Eu quis fazer uma surpresa para você. – disse olhando-me.

-Poderia ter me avisado, eu estou horrível! – falei tentando soar mais descontraída, mas meus dedos apertavam a maçaneta com tanta força.

-Se eu tivesse avisa, não seria uma surpresa. – ele riu – e também, você sempre está linda, Margot!

Ah, como ele era gentil comigo! Eu suspirei fundo sem saber ao certo o que dizer, ah, mas eu estava tão confusa. Olhei rapidamente para o corredor para ver se Jared não estava chegando.

-Não vai me convidar para entrar? – ele perguntou.

-Ah, claro, claro, entre! – falei rapidamente mas sem muita certeza do que eu estava fazendo, mas eu sabia que aquilo ali não poderia acabar bem. Ele entrou e eu fechei a porta atrás de nós, caminhamos até a cozinha onde paramos e ficamos calados um olhando para a cara do outro, ele percebeu o quanto eu estava nervosa e desconfortável com aquela sensação.

-São para você. – ele disse me estendendo o buque com rosas vivas e vermelhas – eu as vi no caminho para cá e lembrei de você.

Lentamente eu as peguei com um sorriso no rosto.

-Ah obrigado, elas são realmente muito lindas. – falei.

-Não tanto quanto você. – respondeu, mas por que os elogios dele nunca faziam surgir sentimentos em mim? Aquela timidez? Aquela vergonha que a gente até sente no estomago? Então ele deu um passo e tentou me beijar, mas por instinto ou sei lá o que me desviei.

-Eu vou colocar esse buque em um vaso para as rosas não morrerem – saí vasculhando um vaso e finalmente o achei, comecei a colocar água nele dando graças por não precisar encara-lo. Assim que terminei as deixei em cima da pia.

Suspirei fundo, Leo se aproximou por trás de mim e colocou a mão em minha cintura e beijou levemente o meu pescoço. Apertei os olhos com força. Mas que droga! Me virei para ele e dei um meio sorriso olhando em seus olhos.

-Por que eu sinto que não deveria estar aqui hoje? – ele falou acariciando o meu rosto. Eu não queria magoa-lo, eu não queria mentir para ele, ele sabia como a minha situação com Jared era complicada e ele sabia o quanto eu ainda o amava, mas será que ele entenderia que eu tinha passado a noite com o meu marido infiel? E que logo ele estaria ali para nós tomarmos café juntos como se nada de ruim tivesse acontecido entre a gente? Eu respirei fundo mas o peso e a culpa continuavam sobre os meus ombros. Por que eu sempre me colocava nesse papel? Por que eu estava sempre aceitando migalhas de um amor que parecia fadado ao fracasso? Eu queria que alguém me respondesse, respondesse o porquê eu tinha tudo o que qualquer pessoa poderia querer, saúde, dinheiro, beleza, qualquer coisa, mas não podia ter uma vida com a pessoa que eu amava mais do que tudo, e mesmo que eu decidisse seguir em frente eu sabia, tinha a certeza em meu coração de que nunca encontraria alguém que me fizesse se sentir tão viva quanto ele. Sentimentos são sempre tão complicados de entender, são sempre tão confusos. Amamos desesperadamente alguém sem pensar que um dia podemos perder aquela pessoa e em seguida nos perder. E todos dizem que a gente supera. Será? Será mesmo que superamos? Ou será que todas as vezes que ouvimos o nome daquela pessoa o nosso coração não acelera? E quando ouvimos uma música, ou sentimos um cheiro que instantaneamente nos leva de volta a memórias que desejamos apagar da nossa mente mas não conseguimos? Nós nunca superamos um grande amor, não importa o fim trágico que ele teve, não importa porque no final, tudo que nos sobra é um buraco no peito onde aquela pessoa costumava estar em nossa vida, e as vezes algumas lágrimas que como diria Amy Winehouse; se secam sozinhas, mas isso leva tempo e o tempo nem sempre é nosso aliado.

E eu só podia me sentir mais péssima, eu não sabia o que era pior: ter brigado com ele e ter posto um fim concreto naquela situação ou imaginar uma vida inteira sem ele mais ao meu lado! Eu gostaria de não estar no meio desse furacão, eu gostaria de não me sentir tão perdida.

Levantei os olhos para Leo e dei um sorriso sem mostrar os dentes, ele era perfeito. Olhando assim de perto, meu Deus, ele era perfeito. Lindo, gentil, um completo cavaleiro mas meu coração fraco só chama por um nome.

-Você deveria estar aqui – falei porque Jared que não deveria estar ali.

Então ele se inclinou e com as mãos apertando forte a minha cintura ele me beijou, com força, com desejo, com fúria, com intensidade, e por mais que eu tentasse, eu não conseguia retribuir aquele beijo, eu simplesmente não conseguia. E eu me senti a pior mulher do mundo.

-Margot? – e finalmente eu ouvi a voz que eu sabia que iria ouvir mas não pude impedir, não pude fazer nada.

Leo me soltou rapidamente e olhou para trás. Jared estava parado segurando algumas coisas nas mãos e nos olhando perplexos. Limpei minha boca rapidamente e olhei para ele com olhos marejados, que pediam desculpas mesmo que eu não devesse senti culpa por aquilo. Enquanto os olhos azuis deles dois pairavam sobre mim, confusos, um estava notoriamente irritado, traído, enquanto o outro estava confuso e triste?

-Jar... – tentei falar mas minha voz falhou.

-Acho que eu realmente não deveria estar aqui hoje, não é, Margot? – Leo falou arrumando sua blusa. Eu podia sentir a tristeza em sua voz.

E eu não aguentei olhar para eles dois.

-Não, você realmente não deveria estar aqui – Jared largou as coisas no chão e deu um passo a frente se aproximando. Leo olhou para ele com as sobrancelhas juntas.

-Acredito que você não deveria estar aqui, já que tem uma mulher grávida creio que a sua espera em casa. – Leo falou em tom de zombaria, ele nunca escondeu de mim o fato de abominar as coisas que Jared fazia, comigo e também com a Amber.

-Cuida da sua vida – ele respondeu se aproximando mais, Leo riu.

-Eu sei fazer isso! – ele disse em duplo sentido e olhou para mim com um sorriso de canto. – Bom, Margot, eu vou deixar vocês a sós, se precisar pode me ligar.

Ele se aproximou e me deu u beijo no rosto, e depois saiu. Mesmo que ele tentasse disfarçar eu podia ver o quanto ele estava triste com aquela situação, porque apesar de fazer tudo por mim eu ainda voltava correndo para os braços de Jared. Assim que ele saiu, Jared e eu ficamos por alguns momentos nos olhando em silencio. Até ele decidir quebrar.

-Então, você está realmente saindo com esse cara? – ele falou.

-E o que você esperava? Que eu ficasse sozinha esperando você voltar para mim? – falei, ele umedeceu os lábios.

-Honestamente, Margot? – falou – eu esperava que pudéssemos consertar nossos erros.

-Ah claro, por isso apareceu aqui bêbado ontem? – as palavras pularam da minha boca rapidamente e eu me arrependi por um segundo. Ele ficou sem saber o que me responder. – Olha, Jared, eu não sei como podemos consertar tudo isso.

-Com você transando com outro cara enquanto estamos casados, realmente não tem como resolver isso mesmo.

Ele alterou um pouco a voz. O que? Ele estava me julgando por estar com outro cara enquanto ele havia feito exatamente o mesmo? Eu não entendia como ele podia ser tão hipócrita e egoísta ao mesmo tempo, como ele podia falar aquelas coisas para mim.

-Não seja ridículo! – falei – Com que direito você acha que pode vim aqui e me dizer essas coisas?

-Eu vim aqui ontem Margot pedir perdão! Pedir para que você voltasse para mim!

Ele falou mais alto se aproximando de mim, com os olhos vermelhos porém com raiva nítida neles. Eu entreabri os lábios sem ter certeza de como me sentir em relação aquilo, bem? Mal? Arrependida? Eu só conseguia fixar meus olhos nos dele, só conseguia sentir meu coração palpitando forte dentro de mim e a minha respiração saindo entrecortada.

-Mas eu chego aqui e tem outro homem te beijando! – falou.

-Jared... – tentei falar algo.

-Eu sei que você acha que é hipocrisia minha – ele falou tentando acalmar a voz – mas eu não suporto, Margot, não suporto te ver com outro! Não suporto ver a mulher que eu amo com outro.

-E como você acha que eu me sinto? – dessa vez eu alterei a voz – como, Jared? Quando você tá lá na minha casa, vivendo uma mentira com uma garota que acabou de sair da adolescência, quando eu sou a mãe da sua filha! Quando você deveria estar comigo! Mas eu fui jogada de lado, passada para trás, e você quer falar sobre ciúmes? Quer falar que não suportaria me ver com outro? Honestamente? Eu nem sei se tenho estrutura mais para estar com outra pessoa depois do que eu vivi com você.

Ele estava estático, me olhando com os olhos ainda marejados e respirando fundo. Eu tentava buscar dentro de mim todas as palavras que pudessem dizer o que eu estava sentindo porém eu não conseguia, parecia que alguma coisa amarrava elas dentro de mim. Como se eu tivesse medo de magoa-lo, mesmo depois de tudo o que ele fez, mesmo depois de tudo o que eu passei eu ainda tinha medo de magoa-lo. Como isso pode ser possível? Como alguém pode viver com isso?

-Mas você foi embora, Margot! Você não me deu outras opções.

-Eu não te dei? – ele estava sendo tão injusto – eu não te dei outra opção? Por que você não lutou por mim quando disse que me amava tanto? Se você me amava tanto, por que foi simplesmente mais fácil para você desistir?

Eu abaixei minha voz, minha garganta deu um nó e lágrimas se formaram em meu rosto. Ele ficou quieto, e eu odiava aquele silencio! Eu queria uma resposta! Queria que ele me dissesse algo.

-Me responde! Não fica ai calado, como se eu tivesse gritando com a parede.

Ele balançou a cabeça e uma lágrima escorreu mas ele a secou rapidamente, então ele simplesmente me virou as costas e saiu da cozinha, em direção a porta da sala. Eu fiquei pasma, como ele simplesmente poderia virar as costas pra mim? Ele estava realmente fazendo aquilo, virando as costas pra mim, indo embora sem ao menos me dar uma resposta decente. Eu passei tanto tempo ao lado dele, e eu não entendia como chegamos nesse ponto. Quer dizer, eu o conhecia, conhecia o seu coração e eu sabia que ele não faria nada para me machucar, eu confiava nele então como isso tudo aconteceu? Mas eu não tinha percebido que antes dele aparecer na minha vida eu era tão confiante, tão independente, tão forte, e aí todas essas coisas aconteceram e tudo isso foi destruído por causa disso, por causa de uma coisa tão estupida. E ele me fazia se sentir como louca, como se eu fosse a única culpada. E então eu me vi presa a isso e não conseguia mais me libertar dessa dor. Eu estava com tanta raiva, que peguei o vaso com as lindas rosas que Leo me deu e joguei contra a parede, depois corri até meu quarto e coloquei qualquer roupa e saí do apartamento como louca, procurei pra ver se ele ainda estava por perto mas não, ele já havia partido. Entrei no meu carro e saí dirigindo em direção a nossa casa, a casa dele, eu nem sabia mais como chama-la. Era difícil dirigir direito com lágrimas nos olhos mas eu precisava que ele me respondesse, precisava que ele ao menos fosse homem para me dizer o que tinha acontecido!

Cheguei na mansão em menos de quarenta minutos, cortando todos carros que estavam na minha frente mas a casa parecia estar vazia, estava tudo em silencio, tudo calmo, calmo até demais. Nem sinal da minha filha, ou de Ellen, não havia ninguém na cozinha, nem jardineiros cuidando do jardim. Ele não estava ali. Ia me virando para ir embora até que ouvi barulho vindo das escadas.

Depois risadas. Eu poderia ter ido embora mas a minha curiosidade aguçada me fez retornar, me aproximei da escada em passos leves para poder escutar melhor.

-Para com isso – a voz feminina e irritante da Amber disse em gargalhadas.

Depois eu ouvi risadas masculinas, será que Jared... Não, não era a voz dele, não tinha o timbre dele. Coloquei o pé direito no primeiro degrau mas senti as pernas tremerem com o medo de subir, de ver eles dois juntos se divertindo, como eu ele estávamos noite passada. Então risadas e barulhos novamente e meu coração me deu a certeza de que não era ele. Não era ele que estava lá em cima, juntei forças e fui subindo as escadas devagar e enquanto subi via roupas caídas pela escada, roupas masculinas e femininas. No corredor, só havia uma luz acessa vindo de um quarto, do “meu” quarto.

-Para! Isso é do Jared, mas acho que fica sexy em você. – Amber falou, e juro que senti o sangue ferver por todo o meu corpo. Sem dúvidas ou medo algum, e com passos firmes fui até o quarto e abri a porta com força causando espanto neles dois.

-Meu Deus! – foi a única coisa que eu consegui dizer enquanto olhava para Amber sentada de lingerie em cima da minha cama e o Dr. Hunt estava em pé usando com um sorriso no rosto usando uma cueca boxer e a camiseta favorita de Jared. O sorriso de Amber sumiu dando lugar a uma feição espantada.

-O que você está fazendo aqui? – ela disse rapidamente puxando as cobertas para cima de seu corpo.

-O que vocês estão fazendo aqui?! – falei olhando para eles dois pasma. O Dr. Hunt se apressou a colocar uma calça e a retirar a blusa de Jared, trocando pela sua.

-Eu... Vim fazer uma consulta, Amber disse que não estava se sentindo bem. – ele falou gaguejando. Não acredito que ele queria que eu caísse naquilo.

Eu dei uma risada, mas não havia humor na minha voz.

-Você acha que eu vou acreditar nisso? – falei depois olhei para Amber e reparei em algo que eu não tinha percebido de início, ela estava apenas de sutiã e calcinha e não havia barriga alguma! Adentrei mais no quarto em direção a ela e tentei puxar o lençol.

-O que você está fazendo? – ela gritou segurando o lençol com força sobre seu corpo.

-Você é uma mentirosa – falei largando o lençol e indo pra cima dela, a segurei pelo cabelo e a retirei de cima da cama. Ela caiu no chão e levantou os olhos azuis para mim. Eu não deveria estar surpresa. O Dr. Hunt apenas ficou quieto.

-Você não está grávida! – falei.

-Margot... eu perdi o bebê por favor não conta para o Jared. – ela falou ficando de joelhos. Ela estava de joelhos.

-Eu acho que devo ir... tenho um compromisso. – o Dr. Falou rapidamente pegando suas coisas e desaparecendo uma velocidade que apenas deixou para trás o cheiro do medo e covardia que ele tinha. Amber ficou estática olhando aquilo, os lábios tremendo e olhos enchendo de lágrimas.

-Você é realmente uma vadiazinha traiçoeira e mentirosa. – eu falei, honestamente, meu coração palpitava de felicidade.

Ela se aproximou mais de mim ajoelhada e tentou segurar nas minhas pernas.

-Por favor, Margot, acredita em mim, eu perdi o bebê e não sabia como explicar para o Jared... Me ajuda, ele vai me odiar se souber disso.

Eu a empurrei com força para trás.

-Você acha que eu vou acreditar nessa sua mentira? – falei – Você merece que ele te odeie, merece que ele tenha nojo de você. E eu vou ficar muito feliz em ser a mensageira.

Abri um sorriso maldoso quando ela arregalou os olhos e se colocou de pé, totalmente desesperada.

-Não, você não vai fazer isso comigo. Não vai tirar de mim o homem que eu amo! – então ela segurou em meus ombros com força me balançando um pouco, mas a empurrei para trás.

-Não toca em mim! – falei. – Isso é exatamente o que vou fazer com você, só pra ver você pagando por tudo o que me causo!

-Não, você não vai! – então ela me acertou com um tapa forte que fez meu rosto arder. Sem pensar muito virei e a acertei com outro tapa um tanto mais forte que a fez cair. Mas ela deu risada. – Você acha que você vai conseguir? Eu já destruí tudo mesmo, seu casamento, eu estou dormindo na cama que era sua, eu transo com ele na sua cama. Eu tenho dó de você, Margot.

-Cala a boca! – falei tentando não deixar as palavras dela me atingir.

-Você fica ai aceitando migalhas de um homem que diz te amar mas não se importa de me comer na cama onde os dois dormiam.

Novamente eu senti o sangue ferver nas veias, travei minha mandíbula com tanta raiva que eu estava dela e agarrei em seus cabelos por trás da cabeça e a ergui, ela gemeu de dor.

-Eu disse para você calar essa maldita boca. – e a soltei a empurrando para trás, tentei sair mas ela se colocou entre mim e a porta.

-O que foi? Não acredito que você fugir, não é mulher o bastante para me enfrentar? – ela falou zombando.

-Você sabe que eu sou. – respondi.

-Eu duvido que seja, tirei seu marido de você com tanta facilidade, tirei sua casa, e posso até tirar sua filha... hoje no café da manhã ela até me chamou de mamãe, acho que eu ia gostar da ideia de ensinar sua vadiazinha a ser igual a mim.

-Você chamou minha filha de vadia? – falei como se eu tivesse escutado só aquilo dela.

-A mãe é uma prostituta de luxo, por que a filha não pode ser? – e riu. Se a intenção dela era realmente me fazer perder o controle, ela havia conseguido. Com toda força acertei seu rosto com um soco, ela quase tombou no chão mas a segurei pelo cabelo antes que tocasse nele. Depois a joguei em cima da penteadeira e taquei sua cabeça contra o espelho o quebrando, sua testa abriu um rasgo que começou logo a sangrar e ela gemeu com a dor que sentiu. A empurrei como se fosse um animal e a ela caiu no chão.

-Você fica bem longe da minha filha! – falei, mas ela riu, ela riu!

-Eu posso fazer o que eu quiser, aliás, eu estou mais próxima dela do que você mesma.

-Cala a porra da sua boca! – falei e chutei sua barria, como não havia criança alguma ali eu poderia aproveitar, a chutei novamente três vezes até ela cuspir sangue. – e ainda suja a merda do meu tapete de sangue!

Então ela finalmente começou a chorar.

Me ajoelhei ao seu lado e segurei sua cabeça novamente pelos cabelos.

-Você vai voltar pro buraco da onde você veio e deixar a minha vida, e da minha filha em paz antes que eu mate você, entendeu?

Ela ficou calada, apenas com os olhos arregalados, medrosos.

-Entendeu? – apertei mais seu cabelo e ela apenas assentiu com um balanço rápido. – Agora se levanta daí e arruma a bagunça que você fez no meu quarto, enquanto eu espero Jared chegar pra gente contar a novidade.

Dei um sorriso realmente alegre, eu iria adorar ver ela confessar para ele que mentiu aquele tempo todo.

-Eu to tonta, eu preciso de um médico.

-Foda-se! – respondi, me sentei na cama e respirei fundo cruzando as pernas. – Levanta e arruma!

Ela se levantou devagar gemendo, com a mão na barriga e a outra limpando o sangue da boca. Então meu telefone tocou. Era Marina.

-Margot, você tem que vim aqui na agencia agora! – ela falou.

-Por que? Não posso! Tenho algo para resolver. – falei.

-Agora é o momento certo para pegarmos Lila no flagra, preciso que você esteja aqui! – respirei fundo, estava entre a cruz e a espada. Olhei para Amber que me olhava assustada e confusa com sangue escorrendo pela cara.

-Ta tudo bem, já já eu chego. – respondi desligando e ficando em pé novamente, olhei para Amber e fiz uma careta – isso aí ta feio, vai deixar uma bela cicatriz na testa. Mas você pode fazer uma tatuagem em cima escrita “vadia mentirosa traiçoeira”, combina com você! – sorri sarcástica. – Quando Jared chegar, diz pra ele que eu mandei um beijinho tá?

Falei saindo do quarto, obvio que eu voltaria para terminar o que eu tinha começado mas eu tinha que resolver algo com outra traiçoeira. 


Notas Finais


se houver algum errinho me perdoem, eu n revisei.


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