1. Spirit Fanfics >
  2. A amante do meu marido (Romance lésbico) >
  3. Capitulo 13

História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 13


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Então pessoal mais um capitulo. Eu escrevi bastante essa semana por isso deu para postar 3 por semana. O CAPITULO 14 já está disponível no blog (link externo). Bruna e Julia pode estar demorando para acontecer, mas quando acontecer vai... vai acontecer kk

Capítulo 13 - Capitulo 13


Hoje completava exatamente um mês desde que tudo aconteceu. Eu voltei a minha antiga rotina, nada de sair para casa de Bruna, nem ir a shopping ou coisas do gênero. Meu marido, mal pisou em casa nesse mês, talvez Bruna tivesse realmente tirando ele de casa para me castigar. Eu tentava ao máximo não pensar nela, nele e nem em mais nada. Fui fazer o almoço e vi que a geladeira estava vazia, isso estava começando a me assustar, Carlos nunca deixou de trazer nada para casa e nesse ultimo mês, ele não tem feito nada, só pagou as contas porque se não ficaríamos sem nada e as coisas estavam em seu nome. Eu ainda tinha algumas coisas para fazer o almoço e servir na janta também, mas só iriam durar até fim da semana.

Na quarta minha preocupação dobrou, completava duas semanas que não via Carlos, ele realmente nem parecia mais morar na mesma casa que eu, chegava a hora que queria, saia a qualquer momento, nem se quer falava comigo, castigo por eu ter saído com minha irmã e com a... Bruna. Quinta-feira, a geladeira só tinha água, meus filhos comeriam o quê? Eles passariam fome por conta de um pai relapso e irresponsável? Com o coração na mão, peguei o celular, que estava cheio de poeira, eu não mexia nele por causa de Bruna, eram diversas ligações, mensagens, eu simplesmente resolvi ignorar tudo. Liguei no carregador e esperei ele ter carga o suficiente para ligar. Assim que liguei ele levou um longo tempo até iniciar, tinham muitas mensagens e ligações. Por que eu iria ligar para ela? Simplesmente porque ela deveria estar com meu marido enfurnado em sua casa. Alguns toques e ela atendeu, mas ficou muda, parecia estar esperando que eu dissesse algo.

- Eu só liguei para dizer que mande meu marido vir para casa, ele precisa comprar as coisas para casa. – Ouvi um suspiro.

- Eu só vou mandar Carlos para casa se você conversar comigo pessoalmente.

- Isso não é um acordo, se me der na telha eu apareço ai e arrasto ele pelos cabelos.

- Então faça, venha até eu apartamento e arraste ele pelos cabelos, estou pagando para ver. – Bruna falou de maneira abusada.

- Olha aqui garota...

- Garota não Júlia, você sabe meu nome e pare de agir assim. Quer seu marido de volta, converse comigo. – Eu não queria vê-la, não sairia nada bom desse encontro, provavelmente brigaríamos de novo e sendo sincera eu não queria brigar com Bruna, nem queria trata-la daquela maneira. – Ju, por favor. – Ela amenizou o tom de voz, aquilo realmente tocou meu coração, ela parecia triste e sei que no fundo era culpada por essa tristeza.

- Eu não tenho dinheiro para sair. – Admiti de maneira envergonhada.

- Eu vou te buscar.

- Eu vou estar na rua de trás do meu prédio.

- Eu chego ai em quarenta minutos. Obrigada por aceitar conversar.

- Eu só estou fazendo isso pelos meus filhos, eles não merecem pagar pelas falcatruas do meu marido.

- Quando eu chegar, conversamos. Até daqui a pouco.

Foram longos os quarenta minutos, diversas vezes pensei em voltar para casa e me esconder lá, não queria encará-la, nem sabia como fazer. Quando seu carro parou, um Citroen c3 prata, ela abaixou os vidros, para se identificar e destravou a porta. As vezes eu não achava que ela era apenas uma estagiaria, era impossível manter tudo aquilo, mas ai eu lembrava que meu marido bancava suas regalias.

- Prefere ir para um local publico ou um lugar mais reservado. – Ela perguntou.

- Eu não vou ao seu apartamento.

- Então quer ir a um restaurante? Tem alguma preferencia?

- Um que ninguém possa nos ver.

- Tudo bem.

Seguimos viagem ao som do rádio, já que nenhuma de nós duas falou nada. Quando ela estacionou, saltei do carro e fomos seguindo lado a lado. Nos sentamos no lado mais vazio do restaurante, ela me trouxe no Recreio, não era tão longe da Barra, mas creio que seria difícil encontrar algum conhecido.

- Eu posso começar? – Bruna pediu e eu apenas concordei. – Eu não tenho mais nada com seu marido tem um mês.

- Você mentiu para mim! – Eu acabei falando um pouco alto e atraindo atenção.

- Você não queria falar comigo e só me ligou por causa do Carlos.

- Eu não acredito nisso, eu perdi meu tempo vindo aqui.

- Não fala assim. – Bruna falou sentida. – Ju, eu sei que está assustada com o que aconteceu, mas por favor, não joga fora nossa amizade.

- Você jogou fora nossa amizade quando me beijou.

- Não, eu só me declarei para você.

- Você me mostrou que só estava interessada em mim, que não existia amizade.

- Claro que não! – Bruna se ajeitou na cadeira, respirou fundo. – A amizade existiu e ainda existe para mim, só que eu sinto algo a mais, eu tenho sentimentos por você Júlia, mas se não quiser nada comigo sou madura o suficiente para lhe dar com isso. Eu não fiz nada disse por causa de Carlos ou qualquer outra teoria maluca de mulher traída que você possa ter criado na sua cabeça, eu fiz isso porque eu gosto de você, somente por isso.

- De uma hora para outra você começou a gostar de mim? Conta outra Bruna.

- É claro, porque somos capazes de medir quando nos apaixonar, né? Foi tudo premeditado Júlia, eu sou um gênio do crime. Para de ser cabeça dura e entende de uma vez que eu gosto de você.

- Por quê?

- Porque você é a Júlia, sem auto estima, sem amor próprio, de coração enorme, carinhosa e que partiu meu coração, mas no fim, mesmo fingindo não querer estar aqui, tem um olhar doce. – Bruna ia tocar meu rosto, mas eu segurei sua mão.

- Estamos em publico. – Sim, eu acabei deixando escapar que se não fosse o local eu deixaria ela tocar meu rosto. Ela sorriu timidamente. – Bruna, eu não consigo, não é você, mas algo em mim, eu sou hetero.

- Tudo bem, eu compreendo isso. – Bruna parecia triste, mas ainda assim sorriu para me confortar. – Eu me contento com sua amizade.

- Não vai ser a mesma coisa.

- Prefiro o pouco do que não te ter na minha vida.

- Bruna pare de dizer essas coisas. – Pronto, eu havia tirado aquela mascara de mulher durona, eu não ia conseguir continuar mantendo ela mesmo. – É estranho ouvir essas coisas.

- Antes você não achava.

- Antes eu não entendia em que sentido elas eram ditas.

- O que importa é que são verdadeiras.

O garçom chegou até nossa mesa, cortando nosso assunto, Bruna foi a primeira a pedir e eu fiquei sem graça de pedir, afinal não tinha dinheiro, então ela tratou de pedir por mim. Eu realmente estava muito envergonhada por não ter nenhum centavo. Ela estava toda sorridente, acho que o fato de termos voltado a nos falar havia a deixar feliz. Quando voltamos para o carro, ela não parava de falar que estava tão próximo da efetivação que as coisas só iriam melhorar.

- Bruna, você realmente não sabe nada de Carlos? – Quando ela parou de contar todas as novidades tratei de perguntar e sua expressão mudou na hora.

- Não sei.

- Bruna, não perguntei por mal, é que... ele não aparece em casa a dias e... – Desviei o olhar, aquele era um assunto delicado, principalmente para mim. – Não tem mais nada na geladeira.

- E o cartão de credito?

- Carlos tomou, depois da noite que sai com você e Kat, ele mudou muito.

- Ele não fez nada com você, certo?

- Não, ele só não fica mais em casa.

- Ele deve ter conhecido outra.

- Outra? – Falei surpresa.

- Ju, eu não sou a única amante do seu marido. Sou a que mais durou, mas Carlos tem diversas mulheres. Me desculpe, não queria falar dessa forma.

- Está tudo bem, eu realmente sou muito cega para não ter notado.

- Você é só uma mulher que foi ensinada a ignorar coisas assim. – Bruna mexeu na carteira. – Vamos ao mercado, meu vale alimentação recarregou, tem uns três dias.

- Não Bruna, eu não posso aceitar.

- Claro que pode.

- Não, de verdade, eu não posso.

- Se você não for, eu vou ao mercado fazer as compras e pedir para entrar no seu apartamento.

- Você não faria isso.

- Eu faria e vou fazer.

- Eu não tenho como te pagar. – Ela ficou pensativa.

- Você tem sim, só investir na confecção das roupas, como te falei há um mês.

- Se antes eu não tinha como investi, quem dirá agora.

- Vamos ao mercado fazer as compras e eu te explico tudo que eu estudei sobre o mundo da moda e da confecção de roupas.

- Você ficou estudando sobre isso?

- Sim, é importante para você e eu disse que iria te ajudar. – Ela passou seu braço pelo meu e me puxou para o carro, para então voltar a falar novamente. Eu não diria em voz alta, mas eu senti muita falta dela, era como se parte de mim tivesse sumido, agora, essa parte havia voltado.


Notas Finais




Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...