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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 15


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Hey yo, let's go! Voltei pessoal, mais um capitulo para vocês, agora só domingo mesmo. Lembrando que o CAPITULO 16 ESTÁ NO BLOG (Notas finais).

Capítulo 15 - Capitulo 15


Na segunda como previ Bruna foi efetivada, mas ela estava nervosa. Na quarta nos vimos e ela me contou que eles pediram para ela fazer a prova da OAB do primeiro trimestre do ano. Ela estava bastante nervosa, queria até mesmo trancar a faculdade para estudar para a prova. A sua rotina de estudo para OAB começou logo após aquela quarta. Mais ela ainda reservava tempo para ficar comigo. Eu tentava ignorar a maneira que ela me olhava, o jeito que ria ou como me elogiava, mas era difícil, meu coração começava a me trair, os sorrisos bobos também. Eu estava enlouquecendo. Cheguei até furar meu dedo de tanto pensar em tudo aquilo. Bruna disse que nunca mais tentaria nada e se um dia eu quisesse algo, eu quem deveria tomar uma atitude.

- Mãe, Henrique e eu vamos ir ao cinema. - Helena me informou.

- Filha, eu infelizmente não tenho dinheiro. - Sim, eu não podia dar dinheiro a eles, porque precisava fazer compras.

- Tudo bem, eu tenho um dinheiro guardado. - Henrique me abraçou.

- Eu prometo que essa situação vai melhorar. - Meus olhos estavam queimando, era horrível passar por aquela situação.

- Você está fazendo seu melhor, mamãe. - Lena me abraçou também.

Quando eles saíram, eu chorei de novo. Eu tinha que costurar, mas queria conversar com alguém, claro que esse alguém era Bruna. Decidi ir até sua casa, peguei um ônibus que dava uma volta eterna, mas pelo menos gastava apenas uma passagem. Cheguei a seu apartamento, toquei a campainha e ela logo abriu. Bruna estava com suas roupas habituais, mas o que me surpreendeu é que tinha um homem com ela.

- Eu estou atrapalhando algo? - Sim, eu fiquei desconfortável, não esperava que ela tivesse acompanhada.

- Não, ele é só um amigo da faculdade. Está me ajudando a estudar, só isso. - Sim, eu acreditaria nisso, se o homem não estivesse ajeitando sua roupa no sofá e a boca dela não estivesse vermelha. - Entra Ju.

- Eu não quero atrapalhar os dois.

Por fim, ele levantou do sofá acho que tinha acalmado os ânimos, então ele me cumprimentou e avisou que iria embora. Eu não ia entrar no apartamento, mas ela me puxou para dentro.

- Está tudo bem? - Bruna perguntou preocupada.

- Sim. - Mentira, eu estava triste com a situação anterior com meus filhos. Bruna deu uma risadinha. - Você sempre recebe visitas masculinas com essas roupas?

- Algum problema? - Bruna cruzou os braços.

- Não, só que… esse short não está muito curto?

- Eu não acho.

- Ah claro. Ele está bem feliz com o cumprimento do seu short, e a desculpa do estudo foi a melhor que encontrou?

- Eu estava estudando.

- Com a língua dele na sua boca.

- Nossa! Menos Júlia. - Bruna fechou os livros.

- Quando você estiver com alguém, me avisa antes.

- Para você não dar ataque de ciúmes? Claro eu aviso.

- Quem está com ciúmes aqui? - Eu falei nervosa.

- Você!

- Claro que não, eu só vim aqui conversar.

- Júlia, você não vai morrer se admitir.

- Eu só não gostei do fato de estar vestida assim e ter um homem na sua casa.

- Júlia, não precisa sentir ciúmes. - Bruna riu.

- Você acha graça?

- Acho. - Bruna se aproximou de mim. - Vamos parar de brigar por bobagem?

- Vai estudar mais vezes com ele?

- Provavelmente. Por quê? - Joguei minha bolsa na mesa e me sentei no sofá.

- Nada. - Bruna sentou ao meu lado.

- Você vai ficar irritada se eu disser que ele e eu nos beijamos?

- Eu sabia! Por que você mentiu? - A olhei de maneira incrédula, não tinha porque ela ter mentido.

- Porque você estava nervosa e ele percebeu o clima entre nós duas.

- Que clima?

- De tensão e ciúme.

- Não era ciúme. - Falei mais uma vez irritada.

- Então não vai ter problema se eu beijar ele de novo?

- Bruna, qual é o seu problema?

- Só admite que sente algo por mim.

- Eu não sinto nada!

- Você é uma péssima mentirosa. - Bruna passou uma de suas pernas sobre mim e sentou no meu colo, de frente para mim. Meu corpo petrificou de novo, meu coração batia como louco.

- Bruna, não faz isso. - Eu tentei tirar ela do meu colo. - Já conversamos sobre isso.

- Eu estou aqui para apostar todas minhas fichas por você, só você não percebe.

Seus lábios novamente tocaram os meus. Quase havia esquecido como eram macios, quentes e convidativos. Minha mão que antes estava na sua cintura tentando tirar ela de lá, agora apertavam o local, para tentar aliviar a pressão do meu corpo. Os lábios de Bruna começaram a se mover, eu não queria continuar com o beijo, não era certo, eu sou casada, mas meu corpo, meu coração e até meu cérebro me traíram. Meus lábios corresponderam a seu beijo, eles se moviam juntos aos dela. Eu não sabia mais como fazer para afastá-la de mim, porque todo o meu ser a queria por perto. Sua língua pediu passagem e num ato automático, eu abri minha boca, quando sua língua aveludada tocou a minha, senti meu estômago se contorce. Eu nunca havia beijado outra pessoa além de Carlos, era diferente, era mais calmo, sem pressa, sem brutalidade. Eu estava ficando sem ar, o beijo parecia não ter fim, não que isso fosse ruim, mas eu precisava respirar.

- Bruna... - Me afastei um pouco. - Espera. - Falei ofegante.

- Por favor, não sai correndo. - Ela estava de olhos fechados com a testa encostada na minha.

- Bruna, o que nós fizemos?

- Nos beijamos e foi muito bom. - Ela estava rindo e eu acabei rindo também.

- Isso é loucura.

- Você beija tão bem. - Bruna me deu um rápido selinho.

- Bruna, isso não pode acontecer. - Comecei a sentir medo e insegurança.

- Eu não consigo lutar contra o que eu estou sentindo. - Bruna segurou minha nuca e puxou meu rosto, novamente colou nossos lábios. - Não quero lutar contra. - O beijo se iniciou de novo. Nem eu queria mais lutar contra, porque eu queria aquilo, gostava de como estava me sentindo.

Permanecemos nos beijando por algum tempo, depois Bruna apenas sentou ao meu lado e segurou a minha mão, não parava de rir, seus olhos estavam brilhando, por um momento achei que ela estava chorando.

- E agora? - Sim, eu precisava saber o que aconteceria depois disso.

- O que você acha que acontece?

- Eu não sei, nunca estive com mais ninguém além de Carlos.

- Agora nós aproveitamos o momento, e se um dia você quiser, podemos ter algo além disso.

- Como?

- Namorando.

- Eu sou casada Bruna. - Ela ficou séria.

- Então eu posso continuar sendo sua amante.

- Não fale assim. - Fiz um carinho em seu rosto.

- Eu não vou impôr nada, nem pedir nada, a decisão é sua Júlia.

- As coisas estão acontecendo muito rápido, eu realmente não sei o que pensar, mas eu gostei muito do que aconteceu, mas ainda assim, sou casada.

- Você está vivendo em separação de corpos, tecnicamente é quase um divórcio.

- Tem meus filhos e muitas outras coisas. Eu não posso me dar ao luxo de sair tomando decisões sem pesar os prós e os contras.

- Tudo bem, eu te entendo Ju. - Ela me deu um selinho. - O que decidir, eu vou respeitar.

- Agora eu preciso ir, já está tarde e meus filhos já devem estar voltando do shopping.

- Eu te levo. - Ela levantou.

- Troca de roupa primeiro. - Ela soltou uma gargalhada e foi para o quarto se vestir. Ficar sozinha fez todos os pensamentos ruins voltarem, todos os medos e os preconceitos pessoais que eu tinha. Eu não tinha nada contra gays, lésbicas, bissexuais, mas eu nunca pensei que um dia pudesse beijar uma mulher, sentir atração e até ciúmes.

- Estou pronta, vamos? - Concordei e seguimos para a garagem. - Eu ganho beijo de despedida?

- Bruna, não vamos ficar nos beijando no meio da rua.

- Só um beijinho.

- Dentro do carro.

- Tudo bem.

Ela me deixou na rua de trás de casa, cobrou diversos beijinhos de boa noite, não me importei de dar todos, mas ainda estava com medo de alguém nos ver. Quando cheguei em casa, recebi uma mensagem dela com diversos emojis de coração, de beijo e outros sem sentido. Ela estava feliz, eu estava feliz, me deitei com o coração ainda batendo rápido e antes de dormir recibo a cena do beijo diversas vezes, ainda podia sentia o gosto da sua boca, a maciez do seu toque e o cheiro do seu perfume.


Notas Finais




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