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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 19


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Hey meu povo voltei, sentiram minha falta?
LEMBRANDO QUE O CAPITULO 20 ESTÁ NO BLOG
Fiquem tranquilas, as coisas vão acontecer no tempo certo.
Quero saber a opinião de vocês, o que estão achando? Gostando? Odiando? Falem comigo, minhas crianças.

Capítulo 19 - Capitulo 19


Eu estava morta de medo, liguei para Kat, mas só chamou e ninguém atendeu, ela era minha primeira opção, a segunda era Bruna, não porque não considerava ela, mas sim porque não queria colocar uma pressão enorme nos ombros dela. Por volta de duas da manhã o medo falou mais alto, então decidi ligar para Bruna. Chamou diversas vezes e nada dela atender, tentei ligar novamente e na terceira tentativa eu estava quase desistindo, quando ela atendeu.

- Allooouu! – Uma música muito alta tocava no fundo. Bruna com certeza não estava em casa, deveria ter saído com os amigos.

- Oi Bruna.

- Oi Ju! Ta muito barulho... mas eu te amo ta?

- Tudo bem.

- Desliga essa bosta gatinha, vem dançar! – Ouvi a voz de um homem. – Não, gatinho, espera... to falando com minha amiga... está tudo bem?

- Está sim, eu liguei errado.

- Ju...

- Aproveita sua noite Bruna, amanhã nos falamos. – Desliguei.

Eu não sabia mais o que fazer ou a quem recorrer. Eu teria que esperar até de manhã para que Kat pudesse ver minhas chamadas e me retornasse. As horas passaram bem devagar, mas eu tomei uma decisão importante aquela noite, uma que eu deveria ter tomado a muito tempo. Quando o relógio marcou cinco horas, eu já tinha tudo que eu precisava numa mala. Fui até o quarto de Helena primeiro.

- Filha. – Me sentei ao lado dela na cama e passei a mão no rosto dela. Minha filha era linda, era muito parecida com o pai, mas com certeza com um caráter melhor.

- Mãe, o que houve?

- Você precisa fazer suas coisas, nós vamos embora.

- Por quê? O quê houve?

- Faça suas malas e eu explico depois. Pegue o mais importante, depois voltamos para pegar o resto.

- Foi o papai? – Concordei. – Para onde vamos?

- Eu ainda vou decidir isso.

- Vamos ficar com Bruna?

- De inicio não.

- Vocês brigaram?

- Não, mas no momento ela não vai poder me ajudar. – Ela concordou. – Eu vou acordar o Henrique e pedir para ele arrumar as coisas dele.

- Mãe, quando você diz coisas importantes, são tipo, coisas que eu não posso viver sem?

- O essencial por um tempo.

Acordei Henrique, ele nem questionou, começou a arrumar tudo que iria precisar, as vezes ia e vinha do quarto da irmã. Me sentei na sala, guardei as coisas importantes, principalmente as roupas que precisaria entregar, desci com elas e deixei na portaria, pedi para o porteiro guardar e me prometer que não diria nada a Carlos, dei a ele cinquenta reais por isso, deixei algumas malas lá também, ficando só o básico no apartamento.

- Mãe a tia Kat tá no telefone. – Henrique me entregou o telefone e eu fui para o quarto, não queria que eles ouvissem que Carlos me ameaçou e a eles também.

- Mana, Henrique me contou que você disse para eles arrumarem tudo. O que houve?

- Carlos quer voltar, ele está furioso, ele nos ameaçou e eu estou com medo. Eu queria te pedir ajuda, Kat, eu não posso viver com meus filhos sobre o mesmo teto que ele.

- Você tem mais ou menos ideia para onde ir?

- Não, não tenho. – Eu sabia que era uma pergunta indireta para saber se eu ficaria no apartamento de Bruna ou não.

- O negocio vem dando certo, mas eu sei que você não vai conseguir arrumar algo da noite para o dia. Eu vou fazer o seguinte, tem uma amiga minha que está no Rio, ela virá para São Paulo hoje, então ela pode ajudar vocês. Chegando aqui vocês ficam comigo e com Michele.

- Eu não quero ser incomodo, eu pretendo ficar apenas uns três dias no máximo até conseguir um local.

- Quando você chegar aqui veremos tudo isso, primeiro você e as crianças precisam ficar em segurança. O nome dela é Rose, eu vou pedir para ela ir o mais rápido possível para sua casa.

- Eu me sinto péssima tendo que incomodar terceiros.

- Ela não vai se importar.

Katarina me passou todos os dados de sua amiga Rose, a mulher disse que chegaria por volta das oito, me mandou foto de como ela era e de como era o carro dela, trocamos algumas palavras no whatsapp, mas apenas isso. Meus filhos tentavam agir normalmente, tomaram café, Henrique estocou uma quantidade considerável de comida dentro de sua mochila e por fim os dois sentaram no sofá comigo, cada um de um lado.

- Vamos ficar bem. – Eles seguraram minhas mãos.

- Eu nunca pensei que fossemos morar em São Paulo. – Helena falou triste.

- Só vamos ficar lá por um tempo, depois podemos voltar para o Rio.

- Eu não me importo. – Henrique deu de ombros.

- Claro você não tem amigos.

- Helena! – A repreendi.

O silencio voltou a predominar no local, até o barulho da chave na porta nos alarmou. De lá um Carlos mais magro, olheiras grandes passou pela porta. Só sua presença no local fazia ele ficar pesado e bem tenso. Eu me levantei, era hora de ir, eu queria que Rose tivesse chegado antes dele, mas infelizmente o destino não deixou.

- Vamos crianças. – Meus filhos foram pegar suas mochilas, já que suas malas estavam na portaria.

- O que é isso? – Ele olhou ao redor.

- Estamos indo embora.

- O quê? – Ele riu de mim. – Indo embora para onde, viver em baixo da ponte.

- Talvez. – Peguei minha bolsa e ia em direção a porta.

- Não me dê as costas quando eu estiver falando com você. – Ele me pegou pelo braço. – Que história é essa de ir embora? – Ele me sacudiu. – Você está me traindo, sua puta? – Ele apertou ainda mais o apertão no meu braço, pegou o celular da minha mão e jogou com tanta força na parede que o aparelho se quebrou completamente, acho que não tinha sobrado nada dele.

- Solta ela! – Henrique se meteu.

- CALA A BOCA VOCÊ TAMBÉM! – Gritou com meu filho. – Você está com aquele imundo do Rodrigo, não está sua puta domestica?

- Eu mandei parar! – Henrique o empurrou, assim Carlos me soltou. Os dois se engalfinharam, Henrique era só um menino de quatorze anos e Carlos era um homem, claro que meu filho estava na desvantagem, então não pensei duas vezes me meter no meio deles, depois de ver o soco que Carlos deu em Henrique, eu tentei empurrá-lo, mas ele era mais forte que eu, me deu um tapa, que fez meu ouvido zumbir.

- Para pai! – Helena também tentou separar.

Era inútil, Carlos não parava, distribuía tapas, mas era muito mais violento com Henrique, por fim eu precisei fazer algo, vi um jarro de flor na mesa e não pensei duas vezes em acertar sua cabeça, ele cambaleou até o canto da sala, colocou a mão na cabeça, estava sangrando.

- Júlia... por que... você fez isso? – Ele estava atônito, não esperava aquela reação, não da mulher que sempre apanhou calada no quarto.

- Ajuda seu irmão. – Falei com Helena. Com dificuldade Henrique se levantou, eu corri até a gaveta do armário da cozinha e tirei de lá uma faca. – Eu juro por Deus que se tentar nos impedir eu te mato. – Minhas mãos tremiam, elas estava sujas de sangue, eu sinceramente não sabia de quem era aquele sangue. Os dois passaram pela porta e eu sabia que estavam seguros, Carlos jamais faria nada fora daquele apartamento.

- Olha o que você está fazendo Júlia, você está nos destruindo. – Carlos chorava. – Eu não sei viver sem você e você quer me deixar. Por quê?

- Se tivesse sido um bom marido não iria precisar estar me perguntando porque estou te deixando.

- Eu nunca vou te deixar... nunca.

- Mais eu sim, hoje eu sou Júlia e não só a esposa do Carlos Barros. – Larguei a faca ali e sai correndo para fora do apartamento, encontrei meus filhos na escada, o rosto de Henrique estava todo machucado.

- Mãe eu prometo que o papai nunca mais vai tocar na senhora. – Henrique falou. – Se ele fizer isso, eu juro que mato ele.

- Não querido, não fala isso.

Quando chegamos a portaria, claro que o porteiro se assustou com o estado do meu filho, mas Helena e eu também não estávamos muito atrás, Carlos bateu em todos nós. Ele nos deu uma toalha molhada para limpar o rosto do meu filho e deu gelo. Eu estava esperando por Rose, mas quem apareceu novamente foi Carlos.

- Júlia, amor, vamos conversar. – Ele estava , manso, claro que ficara, até porque ele tinha uma reputação naquele prédio.

- Vamos ficar lá fora crianças.

- Júlia! – Ele falou ais grosso.

- Não temos mais nada para conversar Carlos, nós só queremos ir embora.

- Você acha que pode ir assim? – Ele se aproximou de mim.

- Se afasta dela. – Henrique levantou da cadeira.

- Obrigada Joaquim, nossa carona chegou. – O carro de Rose parou na porta do prédio, eu sabia porque ela havia me mandado foto e também porque ela tinha descido do carro. Rose era exatamente como a foto. Morena, cabelo bem curto, usava roupas bastantes masculinas, estava de óculos escuro e entrou no prédio.

- Júlia, se você for com essa sapatão eu juro que você vai se arrepender. – Ele segurou meu pulso.

- Me solta Carlos. – Pedi, eu já não conseguia impedir as lagrimas.

- Eu não vou soltar.

- Carlos eu tenho que ir.

- Eu não vou deixar você ir. – Ele apertava cada vez mais forte.

- Solta ela! – Henrique novamente o empurrou, dessa vez Carlos só retribuiu empurrando ele.

- Ei! Fica parado! – Rose se aproximou e o silencio imperou. Ela estava com uma arma, até eu fique chocada, não esperava por aquilo.

- Eu sou um advogado Criminalista eu vou acabar com você, sua sapatão ridícula.

- Eu sou uma delegada federal e agredir sua mulher é crime. Anda Júlia, pega seus filhos e suas coisas e coloca no meu carro.

Aquela era oportunidade de ouro, rapidamente com as crianças eu fiz tudo. Até peguei as roupas para enviar. Só não consegui levar a maquina, mas tudo bem, eu poderia comprar outra usada, pelo menos para ajudar. Guardamos tudo rapidamente, podia ver Carlos bufando dentro da portaria, algumas pessoas estavam olhando Rose apontar a arma para ele. Quando ela percebeu que estávamos seguros dentro do carro, ela abaixou a arma, guardou na cintura e entrou no carro.

- Acabou? – Helena perguntou.

- Acabou filha. – Respondi assim que Rose deu partida no carro.


Notas Finais




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