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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 20


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Eu não ia postar hoje, mas provavelmente não conseguirei postar no domingo, natal é complicado, então vou postar um hoje e tentar postar outro amanhã, se não conseguir, ai só terça mesmo.

CAPITULO 21 ESTÁ DISPONIVEL NO BLOG (NOTAS FINAIS)

Peço desculpa a quem não consegui responder nas mensagens ou comentários, foi uma semana complicada, mas enfim, o importante é que está tudo bem. Quero conhecer um pouco vocês, sabe, conhecer meus leitores (pq claro que deve ter meninos), então me contem um fato interessante sobre vocês e eu conto um sobre mim. Vamos nos conhecer kk

Capítulo 20 - Capitulo 20


Por praticamente toda a viagem eu chorei, meus filhos me acompanharam no inicio, mas depois eu era a única que chorava. Rose até parou o carro no meio da viagem, comprou água para mim, levou meus filhos para lanchar num Mc Donald’s, o que acabou me fazendo rir.

- Eu realmente sinto muito, te tirar da suas coisas para entrar no meio dos meus problemas. – Falei com Rose.

- Você é irmã da Kat, então automaticamente é da minha família. – Ela sorriu.

- Eu sinto muito Rose. – Em outra época talvez eu não falaria com ela, até porque Carlos não iria deixar. – Ainda mais pelas coisas que Carlos falou e ...

- Não peça desculpa por outras pessoas, a menos que você tenha pensado o mesmo que ele.

- Eu nunca pensei isso.

- Eu sei. – Ela me confortou. – Você realmente não quer comer nada? A viagem é longa.

- Não, está tudo bem, eu estou sem fome.

- Quer levar algo para comer no caminho? Sei que o lanche quando fica frio é horrível, mas pelo menos você não fica com fome.

- Meu filho pegou bastante biscoito da minha casa... antiga casa.

- Tudo bem, então vamos voltar a estrada, Kat não para de ligar.

- Você realmente é delegada federal?

- Sou sim. – Ela riu. – Desculpe eu ter puxado a arma daquela forma, mas eu fiquei com medo dele te agredir e seu filho estava com o rosto daquele jeito.

- Está tudo bem, acho que se você não tivesse feito isso, ele não teria me deixado sair do prédio.

Horas depois chegamos a casa de Kat, chorei assim que abracei minha irmã. Fiquei um tempo conversando com ela e Michele, que foi muito receptiva comigo e com meus filhos. Kat convidou Rose para jantar conosco e ela aceitou porque eu insisti bastante também. Meus filhos foram deitar por volta de oito da noite, eles estavam cansados e eu não estava atrás. Tomei um banho e fui dormir, foi só nesse momento em que consegui pensar em tudo que estava acontecendo. Eu comecei a pensar na minha vida a partir de agora e o tópico Bruna apareceu, durante todo o dia eu não parei para pensar nela ou no Carlos, os dois realmente iriam me enlouquecer. Na noite anterior eu tentei não pensar no fato dela estar numa balada com um homem e ainda me chamou de amiga. Na minha cabeça eu só conseguia pensar que ela estava fazendo algo com aquele homem e por isso não me chamou de amor e nem nada. Eu fiquei pensando se ela tinha tentando me ligar? Provavelmente sim. Me levantei, Kat ainda estava na sala com Michele, as duas estavam assistindo tv, bom era o que eu achava até chegar lá e ver as duas se agarrando no sofá. Primeiro me senti constrangida, depois achei graça, Kat iria me pagar pela noite da boate, então soltei um pigarro alto, as duas se assustaram e eu soltei uma gargalhada.

- Kat, você pode me emprestar seu celular?

- Pode dizer que se vingou pela boate. – Kat levantou do sofá rindo.

- Boate? Você levou a Júlia em uma boate? – Michele perguntou surpresa.

- Era só a sinônimo. – Kat me entregou o celular.

- Por que não me contou que foi a boate?

- Foi nada de mais amor.

- Ela fez algo Júlia?

- Não.

- Então agora acredito que não foi nada demais.

- Ah você acredita nela e não em mim? – Kat parecia ofendida.

- Eu conheço a Júlia.

- E você casou comigo.

- Exato! – Michele falou rindo, ela piscou para mim e vi minha irmã ficar extremamente vermelha, soltou um gritinho e foi para o quarto.

- Você está com sérios problemas. – Falei rindo.

- Valeu a pena. – Nos sentamos no sofá. – Como estão as coisas com sua amiga?

- Não nos falamos desde ontem.

- Eu imagino que para vir para cá você não esteja bem com ela.

- Não brigamos nem nada.

- Mas...

- Ontem quando eu liguei ela estava em uma festa, com um homem.

- Ela não te falou nada que iria sair?

- Não, ela falou comigo praticamente o dia inteiro, mas não me disse nada que iria sair.

- É normal que você se sinta insegura, ainda mais por tudo que seu marido fez, mas dê uma oportunidade para ela se explicar.

- Eu vou dar, só que... é estranho, ela sempre diz que eu posso contar com ela e quando eu realmente preciso de algo, eu simplesmente percebo que Bruna é uma mulher de vinte e três anos que quer curtir a vida e eu sou uma mulher de trinta e seis que tem milhares de problemas, dois filhos crescidos e um ex marido.

- Você acha ela imatura?

- Não... é só que minha vida não é balada no meio da semana, minha vida é dormir as onze, pensar se meus filhos estão bem e se aconteceu algo no caminho da escola. Quando você decidiu ficar com Kat como foi? – Michele era mais velha que Kat, quase dez anos.

- Eu te entendo, Júlia. Eu também tive medo, ela era jovem, tinha uma vitalidade incrível e eu só queria fazer coisas simples, ter uma casa, compartilhar com alguém, viajar para o litoral aos finais de semana e fazer uma viagem internacional por ano. Kat me arrastou para todos os bares da cidade, me fez conhecer a vida noturna de Paris, enquanto eu só pensava em ficar sentada ela dançava com varias pessoas. Com o tempo pensei que ela iria se cansar disso, mas ela nunca cansou, porque Kat é assim e eu aprendi a viver com ela desse jeito, assim como ela aprendeu a viver comigo desse jeito. Dá uma oportunidade a ela, de repente ela pode te surpreender. Bom, agora vou ver a Kat, ela deve estar cortando todas minhas roupas. – Nós duas rimos e ela foi em direção ao quarto.

Levei um tempo para descobrir como mandar mensagem para Bruna, mas quando descobri fiquei pensando se realmente eu deveria mandar mensagem ou dar um tempo. Ela é solteira, então eu não tenho nada com a vida dela, se ela saiu e simplesmente beijou outras pessoas, eu não poderia cobrar nada. No fim me decidi por enviar mensagem, não era justo sumir do nada, ela poderia acabar indo até minha casa.

Kat: Oi Bruna, aqui é a Júlia, meu celular quebrou então eu estou usando o da Kat para te enviar mensagem. Primeiro vou pedir para que fique calma, eu deixei o Carlos, mas pelas circunstancias eu precisei deixar o Rio, então estou na casa de Kat, em São Paulo.

Enviei, provavelmente ela estava na faculdade fazendo prova, então eu não ia esperar a resposta tão cedo. Pensei em ir para o quarto e deitar, mas sinceramente não iria conseguir dormir. Alguns minutos depois Kat e Michele voltaram, acho que tinham feito as pazes. Aceitei assistir um filme com elas, fizemos pipoca e ficamos vendo Velozes e Furiosos 6 eu disse que não tinha visto ainda, então elas disseram para assistirmos o seis e depois o sete. No meio do filme o celular de Kat notificou, mas claro que eu não peguei, poderia ser outra coisa.

- É para você, mana. – Kat nem pegou o celular. – Como você está aqui, não tem ninguém para me mandar mensagem a noite.

- Eu prometo que é rápido. – Peguei o seu celular.

- Amor você não tem aquele Iphone 5 antigo que estava querendo vender? – Kat falou com Michele.

- É verdade. – Michele levantou do sofá e foi para o quarto, logo voltou com um celular em mãos. – Pode ficar com ele, quando fomos aos EUA eu comprei o 6s.

- Eu realmente não posso aceitar.

- Aceita logo o celular da maçãzinha. – Kat falou e as duas riram. – Amanhã compro um chip novo para você. – Kat pegou o celular e começou a mexer nele.

- Você realmente falou celular da maçãzinha? – Revirei os olhos. – Já tenho minha resposta.

Bruna: Desculpa a demora, estava fazendo prova. Como assim deixou o Carlos? Você está bem? Por que não me disse nada? Posso te ligar?

- Kat posso receber uma ligação rapidinho?

- Claro! – Minha irmã sorriu.

Kat: Pode ligar.

Me levantei fui para a varanda e me sentei lá, esperando a ligação de Bruna. Alguns minutos depois o celular começou a tocar e era ela. Atendi rapidamente e coloquei o celular no ouvido, deixaria que ela começasse a conversa.

- Júlia, está tudo bem? – Sua voz exalava preocupação.

- Está sim.

- Ju, amor... – Agora era amor de novo. – Foi por isso que me ligou de madrugada?

- Sim, na verdade foi mais como uma decisão forçada.

- Ele te colocou para fora de casa?

- Não, eu decidi sair, porque não poderia continuar vivendo na mesma casa que ele.

- Eu sinto muito Júlia, ontem...

- Não precisa se explicar, afinal não temos nada.

- Amor, eu não lembro bem de ontem, mas eu posso te garantir que não aconteceu nada, eu juro.

- Tudo bem Bruna.

­- Acredita em mim, por favor.

- Eu acredito. – Sim, eu acreditava nela, afinal confiança era o pilar de tudo, mesmo eu tendo passado tudo com Carlos, eu nunca iria culpar ela sem ter provas, até porque nem tinha sentido fazer isso.

- Ju... – Pude notar a voz dela ficar falhada, acho que estava chorando. – Você não quer mais nada comigo?

- Eu sinceramente não sei Bruna.

- Eu disse, não aconteceu nada ontem, foi só uma festa que o pessoal da faculdade me chamou para ir.

- Você é uma mulher de vinte e três anos, jovem, que quer curtir a vida.

- Não, eu quero estar com você, eu vou ai busco suas coisas e você pode ficar aqui no meu apartamento com seus filhos e...

- Não Bruna.

- Por que não?

- Porque eu preciso começar a ser independente.

- Amor, não me tira da sua vida, eu sei que errei ontem... mas eu te amo de verdade. – Eu podia ouvir ela soluçar.

- Bruna, eu só quero organizar minha vida e pensar em tudo.

- Nós finalmente podemos ficar juntas e você quer um tempo para se organizar? É sério isso? Só porque ontem eu estava numa maldita festa!

- Não Bruna, não é por conta dessa festa ou com quem você estava nela, foi exatamente porque eu precisava de você, precisava de alguém, mas me vi sozinha até de manhã com medo de Carlos chegar e me bater naquele quarto ou até mesmo bater nos meus filhos. Eu espero pelas pessoas e acabo não fazendo nada, por isso eu preciso me organizar, viver para mim e solucionar meus problemas sem precisar de ninguém para me ajudar. É por isso que eu quero um tempo para mim, porque eu estou destruída emocionalmente e fisicamente.

- Por que não me disse isso ontem? Era só dizer que precisava de mim e...

 - E o quê? Você sairia alcoolizada de uma festa para ir na minha casa? Bruna minha vida não é festa no meio da semana e eu não quero estar com alguém que eu não sei quando vou poder contar ou se algo acontecer no meio da noite eu tenho que prevê que ela está no meio de uma festa cercada por homens, que a ficam chamando de gatinha. Minha vida não é brincadeira, minha vida é mais que uma quarta feira ou mais que um final de semana, minha vida é pensar se vou ter dinheiro para encher a geladeira e agora minha vida é pensar em como vou arrumar um lugar para viver com meus dois filhos.

- Então você não quer mais me ver.

- Eu ainda estou pensando se volto para o Rio ou não, mas não volto antes de 2017.

- Me responde o que eu te perguntei, você não quer mais me ver?

- Eu só quero um tempo do que estamos tendo.

- Tudo bem Júlia, só espero que quando decidir algo não seja tarde.

- Você conviveu tanto tempo com Carlos, que às vezes você parece com ele falando. Tchau Bruna. – Desliguei a ligação, abracei minhas pernas e coloquei meu rosto entre meus joelhos, mas eu não chorei, apenas me senti triste, me senti chateada e frustrada, acho que finalmente estava começando a aprender a lidar com minhas emoções ao invés de chorar escondida num quarto, estava me permitindo sentir.


Notas Finais




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