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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 28


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Hey pessoal õ/

Mais um cap, espero que gostem <3

LEMBRANDO QUE O CAPITULO 29 JÁ ESTÁ DISPONIVEL NO BLOG (NOTAS FINAIS)

Capítulo 28 - Capitulo 28


A tensão corria por meu corpo, por um tempo fiquei surda, não conseguia ouvir nada ao meu redor, eu via a boca do médico se mexendo, sentia a mão dá Bruna apertar a minha, mas não ouvia nada, só um som abafado. Meu corpo esquentou, sentia o suor gelado na testa. Senti a mão de Bruna largar a minha e apertar meu ombro.

- Júlia… meu Deus, Júlia você está se sentindo mal? - Eu finalmente voltei a ouvir.

- O quê? - Perguntei num fio de voz, ela parecia que tinha sumido dentro de mim.

- Acho que sua pressão caiu. - Ele se aproximou com um aparelho automático de medir pressão e colocou no meu pulso e pediu para manter o braço imóvel. - É realmente, sua pressão caiu. Venha, deite um pouco. - Ele me colocou deitada com as pernas elevadas por travesseiros.

- Você quer alguma coisa? - Bruna perguntou preocupada.

- Água.

- Eu vou buscar, já volto. - Saiu como um raio.

- A menina realmente gosta de você. - Eduardo sorria, ele estava segurando meu pulso, verificando os batimentos.

- Não a chame de menina, ela fica chateada.

- Bom, no meio das pessoas quem você conviveu ou convive, ela é uma menina. Eu nunca esperaria te ver com uma mulher. - Ele sentou ao meu lado, na maca. - Você deve amar de verdade essa menina.

- Por quê?

- Porque eu nunca pensei que veria Júlia sem Carlos, porque eu via o Carlos sem a Júlia, mas nunca a Júlia sem o Carlos.

- Eu mudei muito.

- Começou a se amar? - Ele sorriu.

- Sim, comecei a me amar.

- Eu estou muito feliz por você. O pouco que nos falamos, eu sempre tive e tenho muito apreço por você. - Bruna entrou pela porta, trazia dois copos de água.

- Aqui amor. - Me entregou.

- Obrigada. - Bebi, pausadamente como Eduardo falou. - Eduardo, eu não consegui ouvir o resultado do exame, acho que fiquei muito ansiosa.

- Ah sim… - Ele puxou a cadeira dele. - O resultado deu negativo, mas identifiquei que você tem Clamídia.

- Oh Meu Deus, isso é grave? - Falei preocupada.

- É uma Doença sexualmente transmissível, só algumas mulheres apresentam sintomas, então no seu caso eu percebo que você não tenha tido nenhum sintoma.

- Mas é grave?

- Clamídia pode causar infertilidade, principalmente em mulheres, caso não seja tratada. Eu vou pedir para você fazer um exame de coleta de material do útero. - Ele anotou no receituário. - Não se preocupe, é uma doença simples de se tratar, mas vou pedir para as duas não terem relações sexuais por enquanto. O tratamento leva entre duas ou quatro semanas, eu vou precisar ver sua aceitação ao remédio. Com esse exame irei ter certeza se realmente é Clamídia é assim prescreve o tratamento. Seu nome completo? - Ele virou para Bruna.

- Você acha que eu posso ter passado para a Bruna? - Perguntei preocupada.

- A bactéria que causa essa doença, pode ser transmitida através do sexo vaginal, anal ou oral, então temo que sim.

- Eu sinto muito.

- Tudo bem. - Bruna sussurrou. - Bruna Maria Conceição.

- Tragam o exame o mais rápido possível para iniciarmos o tratamento.

- Muito Obrigada Eduardo. - Falei envergonhada.

- Vamos marcar aquele almoço ou jantar, estou louco para te apresentar o Hernand.

- Claro, você já tem meu número, vamos nos falando sobre o melhor dia dá semana.

- Claro.

Nos despedimos de Eduardo e saímos. Eu estava me sentindo péssima, tinha passado uma doença sexualmente transmissível para Bruna, tudo porque eu simplesmente era um iludida.

- Quer almoçar em algum lugar?

- Eu só quero ir para casa. - Eu não conseguia esconder minha chateação, não com ela, mas com a situação.

Bruna não me questionou, partimos para o seu apartamento. No carro ela segurou minha mão, mas não disse nada. Quando chegamos ao apartamento, antes que eu pudesse ir para o quarto, Bruna segurou minha mão e me encarou.

- Eu não me importo com isso.

- Eu te transmiti uma doença... - As lágrimas caíram.

- Não amor, Carlos te transmitiu uma doença. Olha eu não tô com raiva de você, nem dele, nem nada. Eu tô feliz por estar com você, independente dá situação.

- Você estava aqui, boa e eu aí você conheceu…

- Não amor… Shi... - Ela colocou os dedos nos meus lábios. - Olha para mim… - Segurou meu rosto. - Você está pensando em terminar, não está? Júlia você é uma mulher muito transparente. Eu não vou aceitar, porque simplesmente isso para mim é inaceitável.

- Você contraiu algo por minha culpa.

- Você nem sabia! Era mais fácil eu ter conversado com você sobre isso, porque eu tenho certeza que ninguém conversou, sexo para você era mamãe e papai e só. Você estava lá, quietinha, fazendo as coisas de casa, cuidando dos seus filhos, para um safado ir para rua pegar uma doença e te passar.

- Você me perdoa?

- Por que está me pedindo perdão?

- Por ter feito você passar por isso.

- Você não fez passar por nada. - Ela me deu um selinho rápido. - Não vamos deixar essa situação acabar com a nossa semana.

- Você ainda quer ficar comigo?

- Nada me fez mudar meu sentimento por você.

- Bruna, você sabe eu não faço por mal, mas na minha cabeça é como se depois de entrar na sua vida, eu só tenho te feito mal.

- Então coloca na sua cabecinha, que eu te amo muito, depois que você entrou na minha eu tenho me tornado muito mais feliz, se eu não tivesse você eu seria tão solitária, tão vazia.

- Você seria.

- Não, eu não seria. - Ela me deu um selinho. - Vamos almoçar, deitar um pouco, porque acordamos cedo e eu não quero que fique pensando nessas coisas. Me promete que vai tentar não pensar nisso?

- Prometo. - Ela me deu diversos selinhos. - O que quer comer?

- Vamos cozinhar juntar? - Concordei. - Sabia que eu sempre quis alguém para cozinhar comigo? - Bruna me abraçou.

- Por que você não sabe cozinhar? - Brinquei.

- Você vai me achar uma nova, mas eu sempre quis cozinhar em casal, eu acho fofo.

- Own. Vamos cozinhar juntas. Quando morarmos juntas, vamos cozinhar juntas pelo menos uma vez por semana.

- É bom saber que você está querendo algo sério comigo.

- E o que você acha que eu sou dona Bruna? - Prendi meu cabelo e tirei os sapatos. - Quer ir tomar banho enquanto eu começo a cozinhar?

- Não, vamos cozinhar juntas, depois vamos tomar banho para comer.

- Certo. Alguma receita especial?

- Vamos pesquisar na internet?

- Claro.

E foi assim, um dia que começou ruim, estava tomando um rumo que eu não esperava. Cozinhar com Bruna foi divertir, como se lavasse minha alma e meus problemas, depois de terminar nos deitamos e dormimos um pouco, juntinhas. Ela disse que estava com cólica, então eu iria mimá-la um pouco, era a minha vez. Acordei antes dela, então fui comprar frutas para fazer uma salada para ela. Na volta para o apartamento, passei em uma floricultura, pensei em comprar um buquê, mas no fim decidi levar apenas uma flor, eu achei exagerado demais comprar um buquê.

- Eu vou querer uma dessas. – Era piegas, uma rosa vermelha, mas ainda assim era algo que eu queria dar para ela.

Quando sai da floricultura, torci para ela não estar acordada quando cheguei ao seu apartamento, eu tinha tomado a liberdade de pegar sua chave. Quando entrei o local estava quieto, então deduzi que Bruna estava dormindo. Comecei a fazer a salada de frutas, era até bom, porque Bruna quase não comia nada saudável, então essa salada deveria durar uns dois dias. Quando terminei coloquei as coisas na geladeira e decidi ir acordá-la, com isso eu sei que ficaríamos acordadas até tarde, ou ela tentaria me deixar acordada até tarde.

- Amor... – Falei no ouvido dela. Tinha deixado a flor em cima do criado mudo para não danificar. – Acorda. – Dei uns beijinhos em seu pescoço.

- Hummm... – Bruna murmurou.

- Eu tenho algo especial para você. – Passei o nariz por seu pescoço.

- O quê? – Ela falou de olhos fechados.

- Vai ter abrir os olhos para ver.

- Sério? – Ela resmungou.

- Sim. – Peguei a rosa e passei de leve sobre seu rosto. – Sabe o que é? – Bruna abriu os olhos e mesmo cansados de sono, eu os via brilhar.

- Uma rosa?

- Você queria um buquê porque eu posso... – Bruna me beijou, não deixou eu terminar.

- Está perfeito. Eu nunca ganhei algo tão valioso. – Eu senti uma vontade de chorar quando ela falou aquilo, não chorar de tristeza e sim de felicidade.

- Eu nunca tive alguém tão valiosa na minha vida. Eu te amo. – Nos abraçamos. Eu realmente estava vivendo o relacionamento que eu queria, não era perfeito, cheio de altos e baixos, mas Bruna entendia e retribuía tudo que eu sentia, se esforçava para deixar a situação melhor, mesmo quando eu mesma não fazia isso. Eu não digo que Bruna é minha base, porque eu aprendi que apenas eu posso ser minha base, que eu preciso me amar, mas Bruna era uma peça muito importante na minha vida, uma peça que eu não queria que fosse embora e que eu faria de tudo para não perde-la.


Notas Finais




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