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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 03


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Mais uma atualização da história, o capitulo 04 já encontra-se disponivel no blog (link nas notas finais)
Espero que estejam gostando, gostaria muito de saber a opinião de vocês <3

Capítulo 3 - Capitulo 03


Kátia não parou de gritar comigo um minuto. Me chamava de louca, babaca, idiota, que precisava me impôr, esfregar a cara dela na calçada e queimar todas as roupas de Carlos, mas eu não conseguia ser assim, sinceramente eu odiava brigas, discussões ou até mesmo de ter que elevar minha voz.

- Me diz que ela negou essa ideia? Me diz que você não vai mais procurar essa mulher.

- Ela aceitou.

- Julia, você vai virar amiga da porra da amante do seu marido.

- Sem palavrões. Não vou virar amiga dela, vou apenas aprender algumas coisas.

- Vê um filme porno, muda de posição, sei lá. Não faz isso mana.

- Eu… só quero entender o que faz ele ser tão amoroso com ela, mandar flores, levar para viajar, sendo que ela diz que é só sexo.

- Pra ela talvez… ou ele queria continuar com o sexo, eu não sei… Julia, algo me diz que se você continuar, isso não vai acabar bem.

- Só preciso de um mês, foi esse o combinado.

- Certo, mas me mantenha informada. Troque a porcaria desse celular por um mais moderno e instale o Whatsapp.

- Eu não levo muito jeito com tecnologia.

- Aproveita que a amante do seu marido vai te ensinar sobre sexo, pede para ela te ensinar a mexer em um celular Android.

No dia seguinte Kat voltou a São Paulo, me deixando sem mais ninguém para conversar. Mantive minha rotina normalmente até a quarta-feira. Durante toda manhã ponderei se deveria ir me encontrar com ela ou não. Depois de pensar um pouco mais eu comecei a perceber o quão estúpida fui fazendo naquele pedido, no fim lá estava eu novamente. Pior do que ter praticamente implorado a amante do meu marido para me ensinar sobre sexo sórdido que ele gostava, era realmente ter aparecido lá no dia marcado. Ela pareceu bem surpresa ao abrir a porta.

- Eu pensei que iria desistir. - Me deu passagem.

- Eu também achei que desistiria. - Soltei um longo suspiro.

- Por que não desistiu?

- Quero manter meu marido em casa.

- Eu já não disse que ele não vai te deixar.

- Mas morar lá nos significa que ele ainda esteja em casa, na verdade ele mais parece que mora em outro lugar do que na própria casa. - Ela me encarou, parecia querer dizer algo, mas desistiu.

- Um mês, depois disso, essa loucura acaba, certo? - Concordei.

- Vamos assistir a uma série. - Ela de sentou no sofá e eu não entendi muito bem.

- Série?

- Sim, se chama Game of Thrones. Hoje vamos assistir apenas alguns episódios, até porque você volta para casa às quatro, mas o episódio que eu quero que assista é logo no início.

No início o clima era bem desconfortável, nos primeiros quinze minutos de episódio, ela foi fazer pipoca, quase protestei, era meio dia, ninguém come pipoca ao meio dia.

- Você não vai almoçar? - Eu não consegui me segurar, tive que perguntar.

- Não, quarta é dia de comer besteira.

- Se você diz. - Murmurei.

- Coma um pouco. - Me estendeu a bacia.

- Não obrigada.

- Ande, coma logo.

Depois de muito insistir eu aceitei, comemos três baldes de pipoca, em determinados momentos da série eu fechava os olhos, tinha muito sangue, ou sexo muito explícito. Ela ia me explicando algumas coisas, ia falando sobre os personagens e que ela já estava na última temporada, que não aguentava mais esperar pela temporada que viria.

- O trono de ferro parece a representação do ego deles. - Ela me encarou, abriu a boca e fechou diversas vezes.

- Eu nunca pensei nisso. - Assistimos ate o episódio quatro, então pude notar muitas coisas. - Mas faz sentido. A busca incessante pelo poder, pela glória de se sentar naquele trono.

- Os reis anteriores morreram pelo ego e pela falta de administração.

- Verdade, temos um exemplo disso hoje em dia, nossa Presidente.

- Eu não falo sobre política. - Da última vez que fale, Carlos só faltou quebrar os móveis da casa, tudo porque eu o contrariei, então prefiro me abster.

- Por quê?

- Prefiro assim. - Claro que não iria lhe dizer o real motivo.

- Voltando ao assunto da série, você viu a Khalisse e o Khal Drogo, certo? - Concordei. - Você não pode agir daquele jeito.

- Eu devo ter mais iniciativa?

- Sim. Eu sei que Carlos não gosta de ficar por baixo ou de receber ordens, macho alfa, mas faça parecer que é ideia dele.

- Entendi. - Fiz uma nota mental com o que ela falou.

- Em quais posições vocês costumam transar? - Na mesma hora meu rosto esquentou, todas as palavras ficaram presas na minha garganta. - Mamãe e papai, saquei. É uma boa, mas ficar só nisso, não dá.

Era realmente muito estranho, uma menina quase da idade da minha filha estar me ensinando sobre sexo, na verdade era mais constrangedor que estranho. Ela percebeu que o assunto estava me deixando desconfortável e mudou. Começou a fazer diversas perguntas sobre minha vida, como era antes de me casar.

- Você só terminou a escola com vinte e sete anos?

- Eu parei de estudar assim que engravidei, aos dezesseis e só consegui voltar aos vinte e cinco. Carlos também não gostava muito, afinal eu estudava a noite e muitos homens frequentavam a escola.

- Muitos homens frequentam diversos locais, então você não sai? - Ela revirou os olhos.

- Depois fiz um curso de corte e costura no Senac, eu sempre gostei de costurar, desenhar roupas, minha mãe me ajudou, tomando conta do meu filho e pagando meu curso.

- E o que Carlos achou disso?

- Eu… fiz escondida dele.

- Até hoje ele não sabe.

- Me surpreendeu o fato de você saber costurar. Você ainda costura?

- As vezes, faço algumas blusas, vestidos, mas só para meus filhos.

- Você tem máquina?

- Uma bem antiga que herdei da minha mãe. - Sorri sem graça, ninguem tinha ficado tão animado com o fato de que eu costurava, ou fazia algo.

- Eu gostaria muito de ver seus desenhos.

- Eu não desenho mais nada há anos.

- Pode ser antigo mesmo.

- Por que tanta animação com isso, é algo tão banal.

- Eu acho legal, só isso. - Deu de ombros.

- Pensei que iria achar isso coisa de velho.

- Claro que não.

O alarme do meu celular tocou, sinal de que eu deveria ir. Me despedi dela, apenas com um aceno, por mais que estivéssemos próximas e com uma pequena intimidade, ainda assim era estranho. Quando cheguei em casa torci para que Carlos viesse para casa, mas ele não veio. Fiquei pensando se eles deveriam estar juntos, fiquei com medo dela falar algo, talvez ela só estivesse fazendo um joguinho para parecer boazinha e roubar o Carlos de uma vez. Acabei dormindo com aqueles pensamentos. Acordei durante a madrugada, com barulho no quarto.

- Carlos? - Perguntei confusa.

- O-oi… meu amor. - Ele parecia bêbado.

- Você bebeu?

- Ah, já vai começar com suas chatices. - Ele começou a abrir a calça. - Anda logo, tira a roupa.

- Eu… não vou fazer nada com você bêbado. Minha voz era trêmula, sim eu estava com medo quando Carlos bebia ele ficava ainda pior.

- Você é minha mulher, porra! É sua obrigação dar pra mim.

Eu simplesmente fechei os olhos e deixei acontecer. Não era a primeira vez, não seria a última, eu sabia disso.


Notas Finais


Blog >> http://www.contoscontados.com/ (quem não conseguir acessar pode me mandar mensagem que por lá eu envio o link)


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