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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 30


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Antes tarde do que nunca... kkk

Voltei meu povo e minha pova, venho trazendo mais um cap.

LEMBRANDO QUE O CAP 31 JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO BLOG (NOTAS FINAIS)

Twitter: @FifthWriter

Capítulo 30 - Capitulo 30


Carlos nos olhava assustado, parecia perplexo, não o culpo, acho que era difícil imaginar que eu conhecia uma de suas amantes ou até mesmo ouvi-la me chamar de amor. Meu medo naquele momento era dele fazer algo, armar um escândalo ou pior, tentar nos agredir. Ele me encarou, seus olhos encheram-se de lagrimas, o que era aquilo? Eu nunca vi aquela expressão antes.

- Júlia... – Sua voz saiu abafada.

- Carlos, eu... preciso ir.

- Eu posso conversar com você por cinco minutos? – Carlos usava um tom ameno, sempre usou esse tom quando queria algo, mas algo nele estava diferente, talvez a certeza da morte estava fazendo com que ele mudasse.

- Não, você não pode. – Bruna tomou a frente.

- Você arrumou outra pessoa para responder por você? – Ele em momento nenhum dirigiu o olhar a Bruna.

- Carlos, vamos apenas cada um seguir seu caminho.

- Vocês se conhecem há quanto tempo?

- Quase um ano. – Ele concordou.

- Eu... não quero brigar.

- Sério? – Bruna perguntou irônica.

- Eu só queria poder... tentar consertar tudo.

- Agora?

- Eu não digo, consertar a gente, mas digo, pedir perdão e tentar ser um ser humano melhor.

- Que lindo, Carlos. – Bruna falou de maneira sarcástica.

- Bruna, por favor. – Eu a pedi para parar de debochar dele, eu nunca vi tanta sinceridade nele como hoje.

- Tudo bem, amor, eu vou para o carro. – Bruna se aproximou e me deu um selinho. Eu esperei a explosão do Carlos, mas ele não teve. Me olhava, com pena, parecia se sentir culpado.

- Não vai falar nada?

- Não. – Ele se aproximou um pouco mais. – Eu estou com raiva, mas por não ter percebido o que Bruna planejava.

- Bruna não planejou nada. Se isso tudo está acontecendo foi porque você procurou por isso.

- Sim, mas eu nunca achei que ela seria tão baixa a ponto de destruir minha família, exatamente como ela disse que faria.

- Você destruiu Carlos, não foi ela. – Ele negou.

- Ela te contou tudo? Pela sua expressão eu vejo que não.

- Você perguntou a ela por que eu terminei com ela?

- Você terminou com ela?

- Sim, eu ia dar um fim em todos meus casos extraconjugais, mas Bruna engravidou, era obvio que eu não iria assumir um filho dela, ela dorme com todo mundo. Eu dei dinheiro para ela abortar, ela não aceitou e bom, a natureza cuidou disso. Quando eu fui embora, ela disse que iria se vingar de mim, acabaria com minha linda família e que iria esfregar isso na minha cara. Acho que ela conseguiu.

- Eu não acredito em você. – Apenas dei as costas.

- Júlia... – Ele segurou meu braço, mas não com violência. – Eu preciso ver as crianças, por favor. – Nesse momento vi Bruna sair do carro furiosa.

- Carlos, eu preciso ir.

- Eu preciso me redimir...

- Eu ainda não consigo confiar em você.

- Se tem medo de mim, leva sua amiga com vocês. Só preciso de alguns minutos.

- Eu vou pensar.

- Solta ela! – Bruna chegou até nós.

- Calma, Bruna, está tudo bem. – Tentei acalma-la. – Carlos, eu preciso ir. – Ele soltou meu braço e Bruna automaticamente pegou minha mão.

Chegamos ao carro, Bruna não falava nada, apenas ficou de cara feia a viagem inteira. Quando chegamos ao apartamento, ela simplesmente partiu direto para quarto, claro que eu a segui, mas ela se trancou no banheiro. Pelo menos isso me deu tempo de pensar em tudo que aconteceu e absorver. Eu realmente não confiava em Carlos, mas aquele olhar de Bruna ao vê-lo me deixou intrigada, sem contar na história sobre a gravidez. Eu deveria tocar nesse assunto ou não? Se realmente aconteceu sobre isso, seria um assunto bem complicado para Bruna. Quando ela finalmente saiu do banheiro, me ignorou, deitou na cama sem dizer uma palavra.

- Você vai me ignorar?

- O que você quer que eu fale?

- O que está te chateando.

- Você sabe o que está me chateando.

- Eu quero que se expresse para que eu possa entender.

- Entender que eu estou puta com o fato de que você ainda querer conversar com ele.

- Não foi como se eu fosse para outro lugar com ele sem seu conhecimento.

- Como fez com Rodrigo?

- Agora vamos começar com as acusações. Bruna, eu realmente quero conversar como uma pessoa adulta, sem acusações, sem precipitações, quero apenas conversar com você e tentar solucionar nossos problemas.

- Como? Eu não consigo acreditar que ainda falou com ele, você lembra que você ficou com medo de ter Aids por culpa dele?

- Claro que eu lembro, porra! – Me levantei do sofá. – Me lembro de tudo que ele me fez passar, mas diferente dele, eu nunca vou fazer nada contra ele, o que me custa ouvir o que ele tem a falar, por cinco minutos?

- Custa? Como pode perdoar ele?

- Perdoando. Se ele não fizer nada contra meus filhos, eu simplesmente vou deixar ele viver a vida dele em paz, não preciso perseguir ele ou me vingar dele.

- Eu não consigo entender... Não consigo mesmo.

- Não precisa entender, apenas aceite. Talvez vou fazer coisas na minha vida que você não vai conseguir entender, mas vai ter que aceitar, porque a vida é minha e eu tomo minhas decisões.

- Você deixou isso claro. – Bruna se sentou na cama. – Eu tenho direito a nada na sua vida, não é?

- Não é isso, você tem direito de opinar quando eu pedir, mas não tem direito de dizer com quem eu posso ou não falar.

- Me chatear por falar com ele, isso não importa para você?

- Claro que importa, mas não quero ter que deixar de fazer coisas só porque te chateiam, daqui eu deixo de fazer tudo de novo, porque tudo vai começar a te chatear e eu simplesmente vou me privar de fazer tudo.

- É claro que não é assim.

- É claro que é assim, eu já passei por isso uma vez e não vou passar de novo, eu vou ser a Júlia. A Júlia que não vai fazer tudo que para agradar ninguém, que vai apenas ser ela mesmo.

- Então é assim que você vai viver?

- E como quer que eu viva? Viva em função do que você me deixa ou não fazer?

- Não, claro que não!

- É o que parece Bruna, sei que Carlos me fez muito mal, mas no fim não me custava trocar uma ou duas palavras com ele.

- E se ele te manipulasse a ir para outro lugar com ele?

- Me manipulasse? Bruna, eu posso ter sido submissa no passado, mas eu não sou uma criança de cinco anos que vai aceitar ir com alguém que me oferece doce. Acho que você não percebe, mas eu tenho personalidade e posso pensar por mim.

- Então você vai continuar conversando com ele?

- Em algum momento eu disse isso?

- Não, mas é que...

- Ele pediu para ver as crianças e eu respondi que iria pensar, em momento nenhum dei uma resposta impensada, não agi por impulso.

- Tudo bem Júlia, você sabe o que faz, só pense bem antes de tomar qualquer decisão.

- Pode apostar que eu penso. – Fui até minha mala. – Acho que você deveria descansar, já que vamos viajar a noite.

Entrei no banheiro, demorei propositalmente, queria que Bruna tivesse dormindo quando saísse e ela estava ou estava fingindo, não sei. Apenas fui para a sala e me deitei lá. Estava muito calor, mas ainda assim preferi ficar ali. Mandei uma mensagem para Kat, queria conversar com ela, mesmo que fosse por mensagem.

Kat: Oi, mana. Aconteceu alguma coisa?

Júlia: Encontramos Carlos no estacionamento do shopping.

Kat: Ele fez algo com vocês?

Júlia: Não, ele estava calmo, o que foi um pouco estranho. O mais estranho foi a reação de Bruna, eu fiquei com medo, mas ela estava irônica, parecia estar debochando dele.

Kat: Não vai me dizer que ficou com pena dele?

Júlia: Não, claro que não fiquei com pena dele, mas foi uma atitude diferente, eu não esperava por isso e bom, ele já parecia saber sobre nós duas...

Kat: Está achando que Bruna disse algo a ele?

Júlia: Bruna disse que ele havia procurado ela para conversar nesse tempo que ficamos sem nos falar, eu até fiquei com ciúmes, pensei que eles haviam tido relações, mas ela me disse que não.

Kat: Se ela tivesse contado para ele, com certeza ele iria atrás de você para se vingar.

Júlia: Eu também pensava assim, mas ele parece diferente. Carlos me disse que Bruna está fazendo isso porque ela quer se vingar dele.

Kat: Você acreditou nele?

Júlia: Não. Eu sei que ele vai fazer de tudo para que eu volte para casa, ai tudo começa novamente. Mas... a forma que ela agiu, eu nunca vi Bruna agir assim antes, com ninguém.

Kat: Você não confia nela?

Júlia: Eu confio, mas eu sinto que tem algo errado.

Kat: Acha mesmo que ela pode estar usando você para se vingar do Carlos?

- Júlia... – Bruna me chamou, ela estava parada exatamente atrás de mim, eu dei um salto do sofá pelo susto, não sei se ela leu o que eu estava escrevendo para Kat, mas eu realmente queria que não. Era um assunto que por mais que eu desconfiasse, não iria trazê-lo a tona agora. – Precisamos conversar.


Notas Finais




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