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História A amante do meu marido (Romance lésbico) - Capitulo 39


Escrita por: YoungeWriter

Notas do Autor


Antes tarde do que nunca kkkk

O CAPITULO 40 ENCONTRA-SE DISPONIVEL NO BLOG (LINK EXTERNO)

A violência psicológica muitas vezes podem ferir mais que a violência fisica. :(

Capítulo 39 - Capitulo 39


A conversa entre nós duas se estendeu até a ponto de entrarmos em contato com Rose. Bruna estava avaliando todas as opções, segundo ela abrir apenas uma ordem de afastamento, mas que era preciso termos provas. Rose disse que meus filhos poderiam testemunhar, mas ainda assim não era causa ganha, até porque Carlos era advogado e não era leigo.

- Amanhã vamos a policia abrir um boletim de ocorrência e conversar sobre a ordem de pagamento. – Bruna falou ao desligar o telefone. – Mas isso não vai deixar a policia colada em você vinte quatro horas, esse é o problema. Por isso eu tomei uma decisão, que eu sei que você não vai aceitar muito bem, mas é o que foi necessário. Eu comprei uma arma...

- Bruna, eu não quero armas nessa casa!

- Amor... – Bruna segurou meu rosto. – Nós podemos querer Carlos longe de nós, podemos evitar cruzar o caminho dele, mas ele não vai evitar de ficar atrás de nós duas, de tentar nos machucar, física e psicologicamente, não podemos cometer o erro que muitas mulheres cometem todos os dias.

- Você pretende matar o Carlos?

- Não, eu pretendo me defender, legitima defesa não é assassinato.

- Bruna, uma arma é algo perigoso.

- Eu sei o que estou fazendo e estou fazendo isso por nós.

- Vamos a policia.

- A policia não vai resolver, mas pode nos ajudar um pouco. Homens como Carlos só querem destruir tudo, não ligam para nada, não amam ninguém. No jornal passa que ele matou por amor, mas isso não é amor, até porque o amor não mata ninguém é a mente psicótica desses homens.

- Eu acho que precisamos dar um tempo do Rio, eu vou ligar para Kat, vamos para a casa de praia dela.

- Não podemos fugir para sempre.

- Eu sei, mas pensar da maneira que você está pensando não vai ajudar em nada.

- Eu só quero nos defender.

- Bruna, eu sei que está tentando nos defender. Eu não sei mais o que fazer o que pensar, eu estou começando a perder a calma e o otimismo. – Coloquei as mãos no rosto, logo em seguida senti Bruna me abraçar.

- Eu prometo que vai dar tudo certo, vou cuidar de todos nós. Vamos fazer como você disse, vamos passar uma semana fora, para nos divertir sem ficar pensando no Carlos.

- Prefere ir para São Paulo?

- É melhor, vamos conversar sobre deixar o Henrique com ela até resolvermos tudo isso.

- Não vamos falar nada com ele.

- Júlia, Henrique não é mais criança, ele vai perceber que tem algo errado e teremos que levar ele com a gente para abrir o boletim.

- Bruna, por que não podemos viver em paz? – Eu não aguentei e cai no choro, Bruna tentou ser forte, mas também começou a chorar. O fim da noite foi assim, nós duas chorando, uma tentando consolar a outra. – Eu sinto muito ter te arrastado para isso.

- Sabe o que é engraçado, é que eu sabia o quanto ele era problemático e ainda assim não pensei duas vezes em assumir tudo isso que temos, na verdade não mudaria nada, apenas a parte em que eu fiz besteira, mas tirando isso, não mudaria nada.

- Eu só quero um pouco de paz, de sossego na minha vida, é pedir muito?

- Não é amor. – Ela me abraçou mais forte.

Eu não dormi nada aquela noite, mas aproveitei para adiantar as coisas. Arrumei algumas malas e deixei elas separadas, Bruna ainda estava dormindo, assim como Henrique, mas eu tinha perdido o sono, decidi ir comprar pão, mesmo com o pé machucado, até que eu já estava andando normalmente. A padaria não ficava muito longe, o pessoal já me conhecia, então depois de uma rápida conversa fui voltando para casa. Quando virei a esquina do meu prédio, eu senti como se alguém estivesse me vigiando e automaticamente olhei para o lado. Lá estava ele do outro lado da rua, senti meu coração disparar, comecei a andar rápido e quando olhei novamente, ele já não estava mais lá.

- Eu devo estar ficando louca. – Sussurrei. Entrei correndo no prédio, subi de escada e estava tremendo tanto que não consegui a chave na fechadura. A porta foi aberta e Bruna me olhava confusa.

- O que houve?

- E-eu... acho que o vi.

- Carlos? – Ela me puxou para dentro e olhou no corredor.

- E-eu n-não sei. – Eu estava tremendo, ela me colocou sentada no sofá e foi pegar um copo de água com açúcar.

- Calma, bebe um pouco. – Bruna acariciou meus cabelos. – Você o viu onde?

- Não sei se eu estava imaginando ou se era realmente ele. – Eu quase nem consegui beber a água.

- Amor, acho que você só estava muito impressionada com tudo ontem. – Bruna sentou dou lado e beijou minha testa. – Deite um pouco, você não dormiu nada.

- Bruna, eu estou realmente com medo.

- Vamos a policia, se ele estiver rondando nosso prédio, vamos pedir para uma viatura passar por aqui antes de irmos para São Paulo, eu vou ligar para sua irmã. – Concordei. Bruna ligou, sei que era cedo, se a situação fosse diferente não deixaria ela ligar, mas o medo estava me consumindo. – Ela quer falar com você.

- Ju, você está bem?

- Eu estou preocupada e com medo.

- Aquele maldito covarde, alguém deveria dar uma surra bem dada nele.

- Eu só queria que ele nos deixasse em paz.

- Carlos só vai te deixar quando morrer. Aquilo lá e pior que encosto.

- Eu preciso de paz, se não vou acabar ficando doente de novo.

- Você falou para Bruna sobre sua depressão?

- Não quis deixa-la preocupada.

- Você sabe que precisa falar.

- Eu sei, mas já temos problemas demais por agora, não temos tempo para pensar nisso.

- Tente não deixar se abater.

- Eu estou tentando, por isso preciso sair daqui.

- Minha casa está sempre aberta para vocês.

- Nós vamos passar na delegacia e depois vamos para São Paulo, devemos parar em algum lugar para descansar para Bruna não dirigir direto.

- Não preferem vir de ônibus?

- Vou conversar com a Bruna, eu também prefiro que ela não dirija tanto.

- Eu não me importo em dirigir. – Bruna me deu um selinho. – Preparei seu pão e seu leite com café do jeito que você gosta.

- Obrigada amor. – Ela me deu mais um selinho e voltou para a cozinha.

- E a vida de casada, como anda?

- Estamos evoluindo.

- Isso é bom, certo?

- Muito bom, Bruna tem se esforçado bastante, algumas vezes ela comete algumas gafes, mas é compreensível, ela é novinha.

- Quem é novinha? – Apontei para ela.

- Michele disse que é assim mesmo, disse que quando vai buscar vocês na rodoviária se vierem de ônibus e que vai te dar uns conselhos sobre viver com uma novinha instável. Vai se ferrar, Michele! – A ouvi gritar com sua esposa.

- Desde já agradeço os conselhos.

- Eu vou me unir a Bruna e vocês vão ver.

- Kat disse que quer se unir com você.

- Hey, não fale pelas minhas costas.

- Você está me ouvindo, não é exatamente pelas suas costas. – Nós duas rimos.

- Vamos ficar de esperando, Lena também vai ficar feliz em ver vocês e, adiantando logo o assunto, ela terminou com Tony, disse que vai experimentar coisas novas.

- Como assim?

- Pergunta para ela, ou para Bruna, as duas se falam todos os dias pelo whatsapp. Agora eu preciso ir, Michele e eu vamos ligar para a assistente social, se der tudo certo, mês que vem nosso bebê estará com a gente.

- Está preparada?

- Não mesmo, mas estou ansiosa por isso.

- Fico feliz que tenha mudado de ideia.

- O que não fazemos por quem amamos.

- É verdade.

- Te amo, minha irmã, se precisar de qualquer coisa, pode me ligar.

- Eu também te amo, eu digo o mesmo para você. – Desliguei a ligação e deitei minha cabeça no ombro de Bruna.

- Foi bom você ter falado com sua irmã.

- Foi sim, me sinto mais leve.

- Prefere ir de ônibus?

- Sim, é melhor.

- Vamos pegar um Uber até a delegacia, de lá vamos para a rodoviária e passamos um tempo em são Paulo, liguei para o meu chefe, acho que ele deve me demitir, mas já é um incentivo para abrir meu próprio escritório, tenho alguns clientes que tenho certeza que vão trabalhar comigo mesmo fora do escritório e isso já é algo.

- Tem certeza que está tudo bem?

- Não se preocupe, sem emprego não vou ficar. – Ela me deu um beijo na testa. – E eu quero sair daqui o quanto antes, tenho medo de ver Carlos e acabar fazendo uma besteira.

- Não diga uma coisa dessas. Você não vai fazer nada, deixaremos tudo nas mãos da policia.

- É o mesmo que nada, infelizmente. A policia no Brasil só age rapidamente se ela tiver algum interesse no caso, quando não, ela é tão rápida quanto uma tartaruga.

- Vamos pensar positivamente.

- É o mínimo que podemos fazer. – Bruna se levantou. – Vou acordar o Henrique.

- Tudo bem. – Bruna saiu, fiquei na sala tomando café, até que ouvi um grito, me levantei correndo para ver o que era.

- Que nojo.

- Vocês não batem não? – Henrique falou nervoso e muito vermelho.

- A essa hora da manhã garoto, você precisa se controlar. – Bruna falou. – Se usar muito seu amiguinho, vai ficar broxa quando ficar mais velho.

- Bruna! – A repreendi e ela riu. – Henrique faz as malas, vamos para São Paulo, depois que tomar banho e se vestir falamos sobre isso. – Fechei a porta do quarto.

- Você deveria conversar sobre pornografia com ele.

- Eu vou. – Coloquei as mãos na cabeça.

- Agora entendo porque Lena é um pouco complexada, aposto que o que falou de sexo com ela foi bem básico.

- Aposto que você tem dado muitos conselhos, já que as duas se falam todos os dias.

- Ops, Kat é uma fofoqueira. – Bruna riu.

- Minha filha agora quer experimentar, o que você disse a ela.

- Eu não disse nada, ela simplesmente decidiu experimentar as coisas sozinha.

- Drogas?

- Depende, no meu caso eu fiquei viciada.

- Como assim? – Bruna me abraçou de lado e beijou meu pescoço. – Viciada em que, Bruna?

- Vaginas. – Ela soltou uma gargalhada. – Na verdade, eu me viciei em você.

- Você não presta, pare de dar conselhos errados para minha filha.

- Eu dou bons conselhos e fico de olho por você, já que ela me conta tudo.

- E quando você pretendia conversar comigo sobre isso?

- Quando você fosse mais cabeça aberta.

- Eu estou com você, quer mais cabeça aberta que isso.

- Você por dentro está surtando por conta de Lena, mas está tentando passar uma ideia de que é uma mãe descolada. – Era verdade, eu estou surtando por dentro. – Relaxa amor, quando ela cansar disso, ela encontra alguém e sossega.

- Ah, ter filhos adolescentes é muita dor de cabeça.

- É sim, mas sua sorte que você tem a mim.

- Que sorte a minha. – Falei sarcástica.

- Pode apostar que sim e a única coisa que eu vou cobrar por isso são beijos.

- Pelo menos é um preço justo. – Nos beijamos carinhosamente, Bruna sentou de lado no meu colo, enquanto me beijava e fazia carinho no meu rosto. – Eu te amo. – Falei olhando em seus olhos.

- Eu também te amo, da maneira mais verdadeira que já amei alguém. – Bruna voltou a me beijar e em meio a todo aquele caos, me senti sortuda por tê-la comigo, afinal ela estava certa, se não fosse por ela, eu não saberia como passar por tudo isso.


Notas Finais




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